Janeiro Roxo
Campanha visa conscientizar e diagnosticar casos de hanseníase
O Consultório Itinerante de Hanseníase, uma ação da Campanha de Enfrentamento da Hanseníase da Secretaria de Saúde, diagnosticou 15 casos de hanseníase durante a semana em que esteve prestando assistência na Rodoviária do Plano Piloto. A iniciativa tem o objetivo de alertar a população para o problema e diagnosticar novos casos da doença no Distrito Federal.
“É uma ação efetiva que tem um custo benefício muito bom. Os casos diagnosticados são uma amostra direcionada, que representam um número alto de casos para a quantidade de pessoas atendidas”, destaca Ciro Gomes, especialista em hanseníase da Universidade de Brasília.
Mais de quatro mil pessoas foram abordadas para a triagem do Consultório Itinerante, durante a primeira semana de ação. Desses atendimentos iniciais, mais de 200 pessoas foram consultadas por médicos da Secretaria de Saúde e da Universidade de Brasília. O consultório também realizou 25 baciloscopias, que são exames para o diagnóstico da doença.
O padeiro A. P., de 62 anos, foi um dos pacientes consultados e que teve o diagnóstico confirmado para hanseníase. Ao perceber a carreta na Rodoviária do Plano Piloto, o padeiro foi buscar informações e já saiu do Consultório Itinerante medicado e com o encaminhamento para a unidade de saúde próxima de casa. “Achei muito boa essa oportunidade. Fui muito bem atendido. Fui consultado, medicado e já estou até com o medicamento na mão”, destaca o padeiro.
O Consultório Itinerante estará nas regiões de saúde até o dia 10 de março, contemplando 13 regiões administrativas. A Região Leste será a próxima a receber a carreta, que estará no Paranoá, a partir desta segunda-feira (27) até sexta-feira (29) e, depois, em São Sebastião, nos dias 30 e 31 de janeiro, sempre das 8h às 17h.
Janeiro Roxo
A Campanha de Enfrentamento da Hanseníase no Distrito Federal tem o objetivo de diagnosticar novos casos da doença, aproximar a população das práticas de promoção da saúde e treinar os profissionais da atenção primária para um diagnóstico precoce da doença.
A ação é realizada em sintonia com o Janeiro Roxo, uma campanha nacional de combate da hanseníase, que busca melhorar o controle da doença por meio da disseminação de informações especializadas e da conscientização da população sobre sua gravidade, bem como da necessidade de diagnóstico e tratamento precoces, contribuindo para a redução do preconceito acerca da doença.
Além do Consultório Itinerante, as unidades básicas de saúde (UBS) e as da Atenção Secundária e Hospitalar, também estarão preparadas para atender a demanda da campanha.
A campanha conta com a parceria do Ministério da Saúde, do Conselho de Saúde, da Universidade de Brasília (UnB), e do Grupo de Apoio às Mulheres Atingidas pela Hanseníase (Gamah).
“Essa parceria é positiva, pois com essa campanha já foi possível realizar diagnósticos e treinar equipes da saúde da família para uma orientação mais efetiva sobre os cuidados e o diagnóstico precoce da doença”, pontua a presidente do Gamah, Marly Araújo.
Xô, Aedes!
Distrito Federal tem queda de 81% no número de casos de dengue
O engajamento da população e as iniciativas do Governo do Distrito Federal (GDF) para combater o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, têm dado resultado. No ano passado, nesta mesma época, foram 1.354 novos casos em uma semana. Agora, foram 256, uma queda de 81%.
“Esse levantamento mostra o resultado das ações, seja do governo, seja da população. É uma situação do momento, então pode haver mudanças. O importante é mantermos o foco e a união para juntos mantermos a dengue sob controle”, afirma a secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio.
O mais recente boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde mostra que, até o fim da Semana Epidemiológica 48, o DF somava 283.841 casos suspeitos de dengue ao longo de todo o ano, frente a 283.685 da semana epidemiológica 47, um acréscimo de 256. Já em 2023, a SE 48 somava 31.997 casos suspeitos, uma diferença maior que a apresentada frente ao término da SE 47 de 2023, com 30.643, à época, um acréscimo de 1.345 em uma semana.
O maior registro de números absolutos em 2024 ocorre por conta do “pico” dos casos de dengue ocorrido no início do ano. No entanto, o subsecretário de Vigilância à Saúde, Fabiano dos Anjos, reforça que o cenário atual é melhor que o vivido no fim de 2023, quando houve uma aceleração de infecções por dengue. “No mesmo período do ano passado, o número de casos era muito superior ao que se tem observado até o momento”, explica.
Visando à prevenção da dengue, a Secretaria de Saúde ampliou as ferramentas para monitoramento, como o uso de novas tecnologias digitais para análise de dados, por exemplo. A pasta também ampliou a força de trabalho envolvida nas ações diárias de combate à dengue, além de ter adotado novas estratégias, como as ovitrampas.
Ao longo de 2024, foram realizadas 1.357.780 inspeções em imóveis pela Vigilância Ambiental em Saúde. Além das inspeções de rotina, foram instaladas até o momento 2.175 armadilhas ovitrampas, tendo sido removidos 1.390.606 ovos do Aedes aegypti. Foram instaladas, ainda, 1.278 estações disseminadoras de larvicida.
Outros órgãos do GDF, como as administrações regionais e o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), atuam em ações de limpeza, por exemplo. Já a Secretaria de Educação, em parceria com a Secretaria de Saúde, se destaca pelas ações realizadas ao longo do ano com a comunidade escolar.
Estoque crítico
A negativo: FHB oferece senhas preferenciais para doadores de sangue
A Fundação Hemocentro de Brasília (FHB) está distribuindo senhas preferenciais para doadores de sangue A negativo até 11 de dezembro. A medida prioriza o atendimento a esse grupo em um momento crítico, em que os estoques operam com apenas 66% do nível considerado ideal.
“A senha preferencial é uma estratégia que utilizamos quando os estoques de determinada tipagem atingem níveis críticos, como é o caso, agora, do A negativo. Precisamos restabelecê-lo a níveis considerados seguros, a fim de manter o atendimento regular aos hospitais”, explica a gerente de Captação de Doadores do Hemocentro de Brasília, Kelly Barbi.
A queda no volume de doações foi intensificada pelos diversos feriados do mês de novembro. “Com a proximidade das festas de fim de ano e das férias escolares, convidamos a população a doar sangue, realizar esse gesto solidário e altruísta para com os pacientes do DF que necessitam de transfusões para manter ou recuperar a saúde. Há um aumento histórico de transfusões nesse período, motivo pelo qual fazemos esse apelo junto à população”, completa Kelly.
O Hemocentro de Brasília é responsável por abastecer toda a rede de saúde pública do Distrito Federal, além de instituições conveniadas, como o Hospital da Criança, o Instituto de Cardiologia do DF e o Hospital das Forças Armadas.
Como funciona a senha preferencial
A senha preferencial para doadores A negativo será concedida mediante comprovação do grupo sanguíneo, seja com o cadastro no Hemocentro ou por meio de um exame de tipagem sanguínea. A medida otimiza o atendimento e prioriza as necessidades emergenciais, garantindo que o Hemocentro possa atender à alta demanda desses pacientes.
Para doar sangue, é preciso ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 51 kg e estar saudável. Quem passou por cirurgia, exame endoscópico ou adoeceu recentemente deve consultar o site do Hemocentro para saber se está apto a doar sangue.
Quem teve gripe deve aguardar 15 dias após o desaparecimento dos sintomas para poder doar sangue. Quem teve covid-19 deve aguardar 10 dias após o fim dos sintomas, desde que sem sequelas. Se assintomático, o prazo é contado da data de coleta do exame. Pacientes diagnosticados com dengue clássica devem aguardar 30 dias para se candidatar à doação de sangue. Para a dengue hemorrágica, o prazo é de seis meses.
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