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Obesidade infantil

Campanha estimula crianças a desenvolver hábitos saudáveis

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Foto/Imagem: Shutterstock
Christiana Suppa

A obesidade infantil é um problema mundial de saúde pública a ser vencido. Dados do Ministério da Saúde mostram que 3 a cada 10 crianças de 5 a 9 anos estão acima do peso. Por isso, pela primeira vez, o Ministério da Saúde lançou, nesta quarta-feira (13), uma campanha de prevenção e controle da obesidade infantil, para alertar e orientar as famílias sobre a importância da formação de hábitos saudáveis para que a criança se torne um adolescente e um adulto com saúde. Promover saúde, crescimento e desenvolvimento das crianças, para que elas alcancem todo o seu potencial é prioridade do governo federal.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, fez o lançamento da campanha durante o XV Encontro Nacional de Aleitamento Materno (XV ENAM); V Encontro Nacional de Alimentação Complementar Saudável (V ENACS); III Conferência Mundial de Aleitamento Materno (3rd WBC) e I Conferência Mundial de Alimentação Complementar (1st WCFC), que acontecem simultaneamente no Rio de Janeiro (RJ). Na ocasião, o ministro também apresentou a nova versão do Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 anos.

O Brasil avança nas ações e estratégias que fazem parte desse esforço de cuidar do bem-estar e qualidade de vida das crianças brasileiras e o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta acrescentou que novos esforços são bem vindos. “Nós vamos atrás das grandes metas. Também é preciso avançar no Congresso Nacional a regulamentação que melhora as condições para que as cantinas escolares sejam saudáveis. As escolas são outro ponto fundamental de apoio para que a gente possa ter uma melhor oferta de alimentos e que a cultura da alimentação saudável seja progressivamente incorporada”, pontuou o ministro.

Marcio Atalla, professor de educação física e especialista em nutrição, é o embaixador da Campanha da Prevenção e Controle da Obesidade Infantil. Reconhecido por estimular os hábitos que levam ao bem-estar, gravou vídeos para redes sociais para destacar a importância dos três pilares: alimentação saudável; atividade física e; brincadeiras sem TV, celular e videogame. “O Ministério da Saúde está agindo para que o país tenha uma população infantil mais saudável com boa qualidade na alimentação”, destacou Atalla, o embaixador da campanha.

O excesso de peso entre crianças brasileiras é uma preocupação para pais, profissionais de saúde, governo e sociedade. Os brasileiros mudaram a forma de se alimentar. A população passou a consumir menos alimentos naturais, como frutas e verduras, e aumentou o consumo de alimentos ultraprocessados (alimentos com altas quantidades de sal, gordura e açúcar).

Vários estudos mostram associação do consumo de alimentos ultraprocessados com excesso de peso. Dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan) 2018 revelam a frequência de consumo de alimentos ultraprocessados no dia anterior é de 49% em crianças de 6 a 23 meses e de bebidas adoçadas em 33% para crianças de 6 a 23 meses, chegando em 68% entre crianças de 5 a 10 anos. Nessa mesma faixa etária, observa-se uma frequência de 62% de consumo de macarrão instantâneo, salgadinhos de pacote ou biscoitos salgados, no dia anterior.

A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), de 2013, já trouxe os dados que chamam atenção para o problema ao mostrar que 32,3% das crianças menores de dois anos consomem refrigerantes e sucos artificiais e 60,8% consomem biscoitos, bolachas ou bolo

Mais atividade física

O padrão de prática de atividade física também sofreu mudanças negativas ao longo dos anos. De 2001 a 2016, o Brasil foi um dos países com maior prevalência de atividade física insuficiente. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que crianças menores de 1 ano façam até 30 minutos de atividades físicas diárias, como engatinhar, movimentar os braços e ficar de barriga para baixo.

Crianças de 1 a 2 anos devem fazer até 180 minutos de atividades por dia. Entre 3 a 4 anos, os mesmos 180 minutos por dia, sendo que 60 minutos devem ser de atividades físicas moderadas ou vigorosas. Já as crianças maiores de 5 anos devem fazer 60 minutos por dia de atividade física de intensidade moderada. O tipo de atividade vai variar de acordo com a idade da criança.

As práticas de atividades físicas são muito importantes no combate à obesidade infantil, mas também é preciso reduzir o tempo em comportamento sedentário, que para crianças, na maioria das vezes, acontece em frente a telas de computador, televisão, smartphones e tablets. Dados nacionais, mostram que somente 24% das crianças e jovens relataram ficar 2 horas ou menos por dia em frente a telas.

São fortes as evidências dos efeitos negativos do tempo prolongado em comportamento sedentário e isso ocorre independentemente de a pessoa alcançar as recomendações de atividade física. Ou seja, mesmo que as recomendações sejam cumpridas, se o tempo em frente às telas não for reduzido, os efeitos negativos podem permanecer, anulando ou se sobrepondo aos positivos. É necessário, sempre que possível, que os pais estimulem essas práticas, incluindo mais atividade física e menos comportamento sedentário na cultura familiar.

Promoção da saúde

O programa Crescer Saudável, que funciona no âmbito do Programa Saúde na Escola (PSE), é uma das principais estratégias do Ministério da Saúde para prevenir a obesidade infantil. Em 2019, 4.118 municípios aderiram ao Programa e receberam repasse de R$ 38,8 milhões para executarem ações de promoção da saúde.

Para o próximo ano, o repasse está vinculado ao cumprimento de 4 metas: avaliar o estado nutricional das crianças, ou seja, ir na escola pesar e medir as crianças; fazer ações de promoção da alimentação saudável e de atividade física na escola; e quando identificar uma criança com excesso de peso na escola, encaminhar para acompanhamento na Unidade de Saúde da Família (USF) para que a equipe da atenção primária possa ofertar os cuidados. A expectativa é atender 10,5 milhões de escolares menores de 10 anos.

Além do Crescer Saudável, o PSE trabalha com um conjunto de 12 ações e conta com a participação de mais de 91 mil escolas em 5.289 municípios, atendendo quase 22,5 milhões de escolares. Em 2019, já foram repassados R$ 56,7 milhões aos municípios do PSE.

Entre as ações de prevenção da obesidade infantil estão ainda a Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil, que qualifica os profissionais da atenção primária para incentivar o aleitamento materno e a alimentação saudável para crianças menores de dois anos; os Guias Alimentares, que oferecem recomendações oficiais sobre alimentos, alimentação e padrões alimentares e apoiam a formulação de políticas públicas nas áreas de alimentação, nutrição, saúde, agricultura, entre outras; e a Promoção da Alimentação Adequada e Saudável nas capas dos livros didáticos, em parceria com o Ministério da Educação.

Xô, Aedes!

Distrito Federal tem queda de 81% no número de casos de dengue

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Combate à dengue GDF
Foto/Imagem: Freepik

O engajamento da população e as iniciativas do Governo do Distrito Federal (GDF) para combater o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, têm dado resultado. No ano passado, nesta mesma época, foram 1.354 novos casos em uma semana. Agora, foram 256, uma queda de 81%.

“Esse levantamento mostra o resultado das ações, seja do governo, seja da população. É uma situação do momento, então pode haver mudanças. O importante é mantermos o foco e a união para juntos mantermos a dengue sob controle”, afirma a secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio.

O mais recente boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde mostra que, até o fim da Semana Epidemiológica 48, o DF somava 283.841 casos suspeitos de dengue ao longo de todo o ano, frente a 283.685 da semana epidemiológica 47, um acréscimo de 256. Já em 2023, a SE 48 somava 31.997 casos suspeitos, uma diferença maior que a apresentada frente ao término da SE 47 de 2023, com 30.643, à época, um acréscimo de 1.345 em uma semana.

O maior registro de números absolutos em 2024 ocorre por conta do “pico” dos casos de dengue ocorrido no início do ano. No entanto, o subsecretário de Vigilância à Saúde, Fabiano dos Anjos, reforça que o cenário atual é melhor que o vivido no fim de 2023, quando houve uma aceleração de infecções por dengue. “No mesmo período do ano passado, o número de casos era muito superior ao que se tem observado até o momento”, explica.

Visando à prevenção da dengue, a Secretaria de Saúde ampliou as ferramentas para monitoramento, como o uso de novas tecnologias digitais para análise de dados, por exemplo. A pasta também ampliou a força de trabalho envolvida nas ações diárias de combate à dengue, além de ter adotado novas estratégias, como as ovitrampas.

Ao longo de 2024, foram realizadas 1.357.780 inspeções em imóveis pela Vigilância Ambiental em Saúde. Além das inspeções de rotina, foram instaladas até o momento 2.175 armadilhas ovitrampas, tendo sido removidos 1.390.606 ovos do Aedes aegypti. Foram instaladas, ainda, 1.278 estações disseminadoras de larvicida.

Outros órgãos do GDF, como as administrações regionais e o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), atuam em ações de limpeza, por exemplo. Já a Secretaria de Educação, em parceria com a Secretaria de Saúde, se destaca pelas ações realizadas ao longo do ano com a comunidade escolar.

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Estoque crítico

A negativo: FHB oferece senhas preferenciais para doadores de sangue

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estoque Hemocentro de Brasília
Foto/Imagem: Divulgação/Hemocentro

A Fundação Hemocentro de Brasília (FHB) está distribuindo senhas preferenciais para doadores de sangue A negativo até 11 de dezembro. A medida prioriza o atendimento a esse grupo em um momento crítico, em que os estoques operam com apenas 66% do nível considerado ideal.

“A senha preferencial é uma estratégia que utilizamos quando os estoques de determinada tipagem atingem níveis críticos, como é o caso, agora, do A negativo. Precisamos restabelecê-lo a níveis considerados seguros, a fim de manter o atendimento regular aos hospitais”, explica a gerente de Captação de Doadores do Hemocentro de Brasília, Kelly Barbi.

A queda no volume de doações foi intensificada pelos diversos feriados do mês de novembro. “Com a proximidade das festas de fim de ano e das férias escolares, convidamos a população a doar sangue, realizar esse gesto solidário e altruísta para com os pacientes do DF que necessitam de transfusões para manter ou recuperar a saúde. Há um aumento histórico de transfusões nesse período, motivo pelo qual fazemos esse apelo junto à população”, completa Kelly.

O Hemocentro de Brasília é responsável por abastecer toda a rede de saúde pública do Distrito Federal, além de instituições conveniadas, como o Hospital da Criança, o Instituto de Cardiologia do DF e o Hospital das Forças Armadas.

Como funciona a senha preferencial

A senha preferencial para doadores A negativo será concedida mediante comprovação do grupo sanguíneo, seja com o cadastro no Hemocentro ou por meio de um exame de tipagem sanguínea. A medida otimiza o atendimento e prioriza as necessidades emergenciais, garantindo que o Hemocentro possa atender à alta demanda desses pacientes.

Para doar sangue, é preciso ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 51 kg e estar saudável. Quem passou por cirurgia, exame endoscópico ou adoeceu recentemente deve consultar o site do Hemocentro para saber se está apto a doar sangue.

Quem teve gripe deve aguardar 15 dias após o desaparecimento dos sintomas para poder doar sangue. Quem teve covid-19 deve aguardar 10 dias após o fim dos sintomas, desde que sem sequelas. Se assintomático, o prazo é contado da data de coleta do exame. Pacientes diagnosticados com dengue clássica devem aguardar 30 dias para se candidatar à doação de sangue. Para a dengue hemorrágica, o prazo é de seis meses.

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