Até 14 de junho
Câmara Legislativa expõe obras de Antônio Eustáquio, pintor naïf
Com obras no acervo de importantes coleções de arte naïf – palavra francesa que significa “ingênuo”, relacionada à produção de artistas autodidatas – e com uma trajetória que inclui participação na consagrada Bienal Naïfs do Brasil, realizada pelo Sesc São Paulo, o artista Antônio Eustáquio está em cartaz, na Câmara Legislativa do DF.
São mais de 40 trabalhos, de tamanhos variados, que apresentam as duas principais vertentes do pintor, entre o ingênuo e o imaginário. O artista tem predileção por temas religiosos, atrelados ao imaginário popular. Também há trabalhos nos quais ele deixa a inspiração fluir – que se inclui na classificação de outsider art, mas onde a figuração também é uma constante. Ligando as duas, as cores fortes que aparecem como uma marca.
A obra do artista já recebeu o reconhecimento de críticos e artistas renomados, como é o caso de Carlos Bracher, que o reconhece como possuidor de um “inato talento”. Para o professor Augusto Luitgards, curador da exposição, ele consegue manter, nas duas vertentes, “a originalidade, que distingue os bons artistas”.
Trajetória – Nascido em Raul Soares (MG), Antônio Eustáquio de Jesus foi criado em Mariana, onde teve contato com variados estilos. Desde cedo, convivia com a arte local. Em meados da década de 1980, mudou-se para o litoral capixaba, onde ensaiou trabalhos com o uso de materiais recolhidos do litoral. Retornou a Minas Gerais, passando a viver em Belo Horizonte, onde começou a pintar e voltou a conviver com artistas. Atualmente, reside no DF.
Já expôs, entre outros, na Casa dos Contos, em Ouro Preto (MG); no Sesc – Belo Horizonte; no Casarão Centro Cultural Nhô-Quim Drummond, em Sete Lagoas (MG) e integrou coletiva na Casa Thomas Jefferson, em Brasília. Agora, traz à CLDF “Sem medo de se expressar – a arte inquieta de Antônio Eustáquio”, que será aberta hoje, às 19 horas, e permanece até o dia 14 de junho próximo.
Consolidação – A mostra é uma iniciativa do Conselho Curador de Cultura da Câmara Legislativa do Distrito Federal, que comemora a consolidação do foyer do plenário da Casa, como um espaço cultural. “Diversos eventos artísticos e culturais vêm sendo realizados no local e o número de solicitações para ocupá-lo só aumenta”, comenta a presidente do colegiado, Jane Marrocos.
Nos últimos anos, o espaço recebeu importantes exposições de artistas como Athos Bulcão, Galeno e Rubem Valentim, além de mostras históricas como a recém-encerrada “Construtores de Brasília 1759-1960”, concebida pelo Sesc – Distrito Federal, em homenagem aos 55 anos da Capital.
“Sem medo de se expressar – a arte inquieta de Antônio Eustáquio“
Local: Foyer do Plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal
Visitação: até 14 de junho
Horários: de segunda a sexta-feira, das 8h às 19h
Classificação indicativa: livre para todos os públicos
Entrada franca
Atualizado em 17/05/2018 – 08:49.
Entrada gratuita
Edição no Clube do Choro celebra 10 anos do Festival Divas do Samba
Jovelina, Ivone, Leci, Alcione, Beth: é inquestionável a contribuição fundamental das mulheres na construção do gênero musical que é a cara do Brasil. E o samba do DF também é comandado por mulheres, ou melhor, por divas.
Clécia Queiroz, Karynna Spinelli, Karla Sangaleti, Mirian Marques, Fernanda Jacob e Gija Barbieri são os nomes confirmados para a 4ª edição do Festival Divas do Samba, evento gratuito que celebra o protagonismo feminino no samba e dá visibilidade às mulheres que representam a força do gênero musical.
O encontro, com entrada gratuita, está marcado para os dias 6 e 7 de dezembro, no Clube do Choro de Brasília, no Eixo Monumental, e vem para comemorar o Dia Nacional do Samba, celebrado em 2 de dezembro, e os 10 anos do Divas do Samba, que teve sua primeira edição em 2014.
“O protagonismo feminino no projeto Divas do Samba reafirma a contribuição e a participação das mulheres na história do samba, que no passado cediam suas casas e terreiros e, muitas vezes, deixavam que seus maridos e companheiros assumissem o protagonismo de suas composições, simplesmente para que o samba pudesse existir e prosperar”, lembra Dhi Ribeiro, cantora que é referência do samba brasiliense, e esteve presente em todas as edições do projeto e nesta temporada assina como madrinha do Divas.
A diretora-geral do projeto, Ellen Oliveira, reforça que a missão do projeto é preservar o samba, que é patrimônio imaterial, e enaltecê-lo por meio das interpretações das mulheres que vão subir ao palco do festival.
Segundo a diretora, o objetivo também é mostrar a importância da mulher no samba, seja no palco ou nos bastidores. “A equipe é majoritariamente feminina. Nós temos mulheres na parte técnica como direção de palco, luz e roadies. O festival é idealizado, produzido e apoiado no crescimento feminino, destacando a mulher na cultura”, detalha Ellen.
Referências do samba
A curadoria para a 4ª edição faz jus à grandeza desse ritmo que é patrimônio imaterial da cultura brasileira, enaltece artistas do nosso quadradinho e traz grandes nomes do samba nacional, como a pernambucana Karynna Spinelli e a baiana Clécia Queiroz.
“Traremos para o Divas o espetáculo Cabeça Feita do meu último álbum, lançado este ano. É o terceiro de minha trajetória e traz canções autorais e arranjos feitos por meus músicos e por mim. Então, vamos levar ao palco do Divas o sotaque do samba de pernambuco”, anuncia Karynna.
Ainda segundo a cantora, 10 anos de Divas reflete uma vitória muito grande para o samba. “Eu me sinto extremamente honrada em fazer parte da história do projeto. Cantei no Divas em 2019, após uma pequena pausa no meu trabalho por questões de saúde, então esse palco foi o ninho que me trouxe de volta. É muito importante termos espaços e festivais, feitos por mulheres que movimentam a cadeia da música. O Divas traz isso”, complementa Spinelli.
Sobre o Festival
O Divas do Samba chega a sua quarta edição, sendo que a estreia do festival foi em 2 de dezembro de 2014, na Torre de TV, comemoração que também contou com o talento de Dhi Ribeiro, um dos grandes nomes do samba do DF. A segunda edição foi em 2019, com um tributo inesquecível à matriarca e rainha do samba, Ivone Lara. A última edição, já no Clube do Choro, foi em homenagem à Beth Carvalho, em 2022.
Atualizado em 20/11/2024 – 09:08.
De 21/11 a 15/12
CCBB traz a Brasília obra de Torquato Neto em peça teatral com Tuca Andrada
Neste que marca o retorno do ator ao teatro e à direção, apresenta uma leitura autoral sobre o poeta, escritor e jornalista piauiense Torquato Neto (1944-1972). Um dos mais importantes pensadores, artistas e provocadores da cultura brasileira nos anos 60/70, que se tornou conhecido em todo o país por ter sido uma das principais figuras do Tropicalismo.
Let´s Play That ou Vamos Brincar Daquilo cumpre temporada na Galeria 4 do Centro Cultural Banco do Brasil – Brasília, de 21 de novembro a 15 de dezembro. Com ingressos a R$ 15 (meia entrada), à venda a partir de 15/11, a peça será apresentada de quinta a sábado, às 19h30, e domingo, às 18h30. A classificação indicativa é não recomendada para menores de 16 anos. Mais informações no site do CCBB Brasília.
Com texto de Tuca Andrada e dirigido pelo mesmo em parceria com sua amiga de adolescência Maria Paula Costa Rêgo, fundadora com Ariano Suassuna do Grupo Grial de Dança, o projeto surgiu a partir da leitura da obra “Torquatália”, uma antologia do Torquato Neto por Paulo Roberto Pires. E se alimentou da leitura de poemas, parcerias musicais, trabalhos jornalísticos, roteiros, correspondências e de um diário escrito de dentro de um hospital psiquiátrico.
Sem quarta parede, cuja encenação se desenvolve numa arena onde o público está dentro da ação, ao longo de 80 minutos o ator costura a dramaturgia fragmentada com canções de autoria de Torquato. Responsável por composições como Louvação e Geleia Geral, com Gilberto Gil; Mamãe Coragem e Nenhuma Dor, com Caetano Veloso; Let’s Play That, com Jards Macalé, e interpretadas em cena pelo ator na companhia dos músicos Caio Cesar Sitônio, que assina a direção musical, e Pierre Leite.
Let´s Play That ou Vamos Brincar Daquilo é dividido em duas partes, mas sem intervalo. Na primeira, o ator mostra à assistência sua visão, impressões e marcas que teve ao se envolver com o poeta. Na segunda, o público é convocado a interagir, perguntando, fazendo observações, críticas e tirando dúvidas, o que torna o espetáculo renovado a cada noite.
Atualizado em 13/11/2024 – 10:25.
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