R$ 119 milhões
Caixa libera verba para licitar Hospital Oncológico de Brasília
Uma vitória do Governo do Distrito Federal. Atual gestão do governador, Ibaneis Rocha, não mediu esforços para garantir a construção do Hospital Oncológico de Brasília. A Caixa Econômica Federal (CEF) liberou R$ 119.772.956,97 para licitar e construir a unidade no Setor Noroeste. Esse é maior convenio entre a Secretaria de Estado da Saúde e o Ministério da Saúde dos últimos dez anos.
O projeto arquitetônico elaborado pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) está concluído e foi aprovado pela CEF. A expectativa do órgão é de que a licitação seja aberta até o primeiro semestre de 2020, com previsão das obras iniciarem 60 dias após o processo ser finalizado.
“O Hospital Oncológico é um ganho importante para a nossa cidade e para a região Centro-Oeste. Segundo nossos estudos epidemiológicos, há grande demanda nessa região, com necessidade de internação para exames e cirurgias. À medida que formos trabalhando nessa especialidade, poderemos nos tornar referência, com profissionais especializados nessa patologia. O governador Ibaneis Rocha esteve trabalhando desde a transição para conseguir esses recursos e sempre acreditou que seria possível”, afirma o secretário de Saúde, Osnei Okumoto.
“Havia um trabalho conjunto entre Secretaria de Saúde, Novacap e equipe do governo para que esse projeto do hospital fosse aprovado. O governador Ibaneis Rocha foi o maior incentivador para que toda a documentação fosse entregue à Caixa, que analisou e aprovou o projeto”, conta a diretora do Fundo de Saúde do Distrito Federal, Beatris Gautério.
O Hospital de Especialidades Cirúrgicas e Centro Oncológico de Brasília, conhecido como Hospital Oncológico, deverá ser construído em um terreno de 40 mil metros quadrados ao lado do Hospital da Criança de Brasília. A estimativa é de que a nova unidade tenha 152 leitos de internação, 20 leitos de UTI e capacidade para realizar até 9 mil atendimentos por ano.
Administração
Os recursos da Caixa Econômica serão recebidos a partir do início da construção, com a emissão da primeira ordem de serviço. A verba será administrada e fiscalizada pelo Fundo de Saúde do Distrito Federal (FSDF). “Temos dado o devido valor aos convênios firmados com a União e, a cada dia, pretendemos firmar novos contratos com eles”, ressaltou a diretora do FSDF, Beatris Gautério.
Ainda de acordo com a gestora, o esforço do Fundo de Saúde e do Governo do Distrito Federal (GDF) tem sido no sentido de recuperar recursos não executados por gestões anteriores e avançar em projetos necessários à população, como o do Hospital Oncológico.
Justiça
A entrega da documentação e dos projetos para a obra só foi possível após a decisão favorável obtida pelo governo na Justiça Federal, que aceitou o pedido do GDF para prorrogar o prazo de conclusão e entrega.
Assim, o governo ganhou mais seis meses para evitar uma perda de R$ 121.998.888,00, recursos do governo federal destinados à obra. A verba foi obtida por meio de contrato de repasse (convênio) com a União, destinada em 2016 por emenda parlamentar da bancada federal.
A Justiça aceitou a argumentação de que o prazo que a CEF leva para analisar a documentação não poderia ser descontado do período de 24 meses que o governo possui para entregá-la.
A Secretaria de Saúde aguarda, ainda, a aprovação, pela Caixa Econômica, de 15 projetos de eficiência energética no valor de R$ 64 milhões. Os projetos preveem 11 subestações, troca de lâmpadas para hospitais, condicionadores de ar, entre outros. Pretende-se gerar, com eles, economia de energia e suprir os hospitais com capacidade para ampliação de equipamento, se necessário.
Xô, Aedes!
Distrito Federal tem queda de 81% no número de casos de dengue
O engajamento da população e as iniciativas do Governo do Distrito Federal (GDF) para combater o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, têm dado resultado. No ano passado, nesta mesma época, foram 1.354 novos casos em uma semana. Agora, foram 256, uma queda de 81%.
“Esse levantamento mostra o resultado das ações, seja do governo, seja da população. É uma situação do momento, então pode haver mudanças. O importante é mantermos o foco e a união para juntos mantermos a dengue sob controle”, afirma a secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio.
O mais recente boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde mostra que, até o fim da Semana Epidemiológica 48, o DF somava 283.841 casos suspeitos de dengue ao longo de todo o ano, frente a 283.685 da semana epidemiológica 47, um acréscimo de 256. Já em 2023, a SE 48 somava 31.997 casos suspeitos, uma diferença maior que a apresentada frente ao término da SE 47 de 2023, com 30.643, à época, um acréscimo de 1.345 em uma semana.
O maior registro de números absolutos em 2024 ocorre por conta do “pico” dos casos de dengue ocorrido no início do ano. No entanto, o subsecretário de Vigilância à Saúde, Fabiano dos Anjos, reforça que o cenário atual é melhor que o vivido no fim de 2023, quando houve uma aceleração de infecções por dengue. “No mesmo período do ano passado, o número de casos era muito superior ao que se tem observado até o momento”, explica.
Visando à prevenção da dengue, a Secretaria de Saúde ampliou as ferramentas para monitoramento, como o uso de novas tecnologias digitais para análise de dados, por exemplo. A pasta também ampliou a força de trabalho envolvida nas ações diárias de combate à dengue, além de ter adotado novas estratégias, como as ovitrampas.
Ao longo de 2024, foram realizadas 1.357.780 inspeções em imóveis pela Vigilância Ambiental em Saúde. Além das inspeções de rotina, foram instaladas até o momento 2.175 armadilhas ovitrampas, tendo sido removidos 1.390.606 ovos do Aedes aegypti. Foram instaladas, ainda, 1.278 estações disseminadoras de larvicida.
Outros órgãos do GDF, como as administrações regionais e o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), atuam em ações de limpeza, por exemplo. Já a Secretaria de Educação, em parceria com a Secretaria de Saúde, se destaca pelas ações realizadas ao longo do ano com a comunidade escolar.
Estoque crítico
A negativo: FHB oferece senhas preferenciais para doadores de sangue
A Fundação Hemocentro de Brasília (FHB) está distribuindo senhas preferenciais para doadores de sangue A negativo até 11 de dezembro. A medida prioriza o atendimento a esse grupo em um momento crítico, em que os estoques operam com apenas 66% do nível considerado ideal.
“A senha preferencial é uma estratégia que utilizamos quando os estoques de determinada tipagem atingem níveis críticos, como é o caso, agora, do A negativo. Precisamos restabelecê-lo a níveis considerados seguros, a fim de manter o atendimento regular aos hospitais”, explica a gerente de Captação de Doadores do Hemocentro de Brasília, Kelly Barbi.
A queda no volume de doações foi intensificada pelos diversos feriados do mês de novembro. “Com a proximidade das festas de fim de ano e das férias escolares, convidamos a população a doar sangue, realizar esse gesto solidário e altruísta para com os pacientes do DF que necessitam de transfusões para manter ou recuperar a saúde. Há um aumento histórico de transfusões nesse período, motivo pelo qual fazemos esse apelo junto à população”, completa Kelly.
O Hemocentro de Brasília é responsável por abastecer toda a rede de saúde pública do Distrito Federal, além de instituições conveniadas, como o Hospital da Criança, o Instituto de Cardiologia do DF e o Hospital das Forças Armadas.
Como funciona a senha preferencial
A senha preferencial para doadores A negativo será concedida mediante comprovação do grupo sanguíneo, seja com o cadastro no Hemocentro ou por meio de um exame de tipagem sanguínea. A medida otimiza o atendimento e prioriza as necessidades emergenciais, garantindo que o Hemocentro possa atender à alta demanda desses pacientes.
Para doar sangue, é preciso ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 51 kg e estar saudável. Quem passou por cirurgia, exame endoscópico ou adoeceu recentemente deve consultar o site do Hemocentro para saber se está apto a doar sangue.
Quem teve gripe deve aguardar 15 dias após o desaparecimento dos sintomas para poder doar sangue. Quem teve covid-19 deve aguardar 10 dias após o fim dos sintomas, desde que sem sequelas. Se assintomático, o prazo é contado da data de coleta do exame. Pacientes diagnosticados com dengue clássica devem aguardar 30 dias para se candidatar à doação de sangue. Para a dengue hemorrágica, o prazo é de seis meses.
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