Cidades
Caesb consegue licença ambiental para captar água do Lago Paranoá
A Caesb obteve licença do Instituto Brasília Ambiental (Ibram) para instalar sistema de captação de água do Lago Paranoá. O “Sistema Produtor de Água do Paranoá” será construído com verba dos governos federal e distrital. A previsão é que a obra custe R$ 465 milhões e beneficie 600 mil pessoas em Sobradinho I e II, Planaltina, Itapoã, São Sebastião, Lago Norte e condomínios da região norte do DF.
Serão R$ 400 milhões do Programa de Aceleração ao Crescimento (PAC). A Caesb deve investir R$ 65 milhões. O início da construção está autorizado para 2016. Em setembro de 2015, a companhia havia aberto licitação para construção de quatro obras de captação, ao custo total de R$ 275 milhões. O investimento previa a construção de nove reservatórios em áreas próximas ao lago, no Itapoã, Paranoá, Colorado, Sobradinho, Lago Sul, Jardim Botânico, São Sebastião, Mangueiral e Tororó.
De acordo com a companhia, desde 2005 existem estudos que buscam utilizar o lago como fonte alternativa de abastecimento. Naquele ano, a Caesb teve vazão de captação de 8 mil litros de água por segundo nos sistemas do Rio Descoberto e Santa Maria/Torto, dois dos principais sistemas. O estudo apontava um aumento significativo da demanda por conta do crescimento demográfico.
Em 2015, a companhia escolheu três opções de obras para captação: Corumbá, ribeirão Bananal e o Lago Paranoá. Corumbá está em construção e terá capacidade de captação estimada entre 2,8 mil e 5,6 mil litros de água por segundo. No sistema do ribeirão Bananal, que vai ser colocado em licitação novamente em 2016, a capacidade inicial será de 750 litros de água por segundo. A capacidade inicial do Paranoá será de 2,1 mil a 2,8 mil litros de água por segundo.
O sistema prevê a construção de uma estação de captação próxima à Barragem do Paranoá, uma estação de tratamento de água no Parque Bernardo Sayão – no Lago Sul – e 44,5 quilômetros de tubulações de transporte de água.
De acordo com o presidente da Caesb, Maurício Luduvice, o projeto não vai comprometer o nível de água do lago. Ele afirma que o limite estabelecido para captação foi aprovado pela Agência Nacional das Águas (ANA) e pela Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal (Adasa).