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Em 2024

Brasil é quarto país no ranking mundial de voos domésticos

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Aeroporto Santos Dumont
Foto/Imagem: Tânia Rêgo/Agência Brasil


O Brasil alcançou a posição de quarto maior mercado de voos domésticos do mundo em 2024, representando 1,2% do total mundial, conforme ranking da Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata).

De acordo com o Ministério do Turismo, a nova posição aponta para a recuperação do número de passageiros internos, depois da pandemia, e mostra que o setor segue o mesmo ritmo em outros países, como Estados Unidos, China e Japão, que lideram o ranking global.

Conforme o Ministério do Turismo, o avanço do mercado nacional este ano foi acima da média mundial, com 6,6%. O crescimento médio mundial foi de 5,6%. Até julho, os voos domésticos brasileiros tiveram 44 milhões de passageiros, segundo a Iata.

Dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) apontam que 80% dos cerca de 10 milhões de turistas, em setembro, voaram para destinos nacionais, informa o ministério.

O governo federal lançou, em julho, o Voa Brasil, programa destinado a aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), independente da faixa de renda e que não tenham viajado nos últimos 12 meses. O público pode comprar passagens aéreas por até R$ 200 cada trecho. Em dois meses, o Voa Brasil já havia comercializado cerca de 10,4 mil passagens para 68 destinos brasileiros.

Atualizado em 31/10/2024 – 18:23.

Karin Botteon

Médica-veterinária destaca prevenção de câncer de mama em cadelas

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Câncer de mama cadela
Foto/Imagem: Freepik

As ações destinadas ao Outubro Rosa também refletem no mundo animal. E, anualmente, são feitas campanhas de conscientização sobre a doença para os pets, principalmente em cães, trazendo maior notoriedade à causa e informações relevantes aos tutores. Segundo pesquisa do médico-veterinário Andrigo Barbosa Nardi, divulgada em seu livro Oncologia em Cães e Gatos (2009), os animais representam 25% da incidência, e esse número salta para 45% quando o recorte é de fêmeas caninas em idade avançada e que não foram castradas.

Suas causas principais em animais variam entre questões genéticas, hormonais e a falta de nutrientes na alimentação, sendo perceptível por um nódulo ou caroço nas mamas do animal. “A percepção da patologia também pode ser feita por meio do toque ou observação da mama avermelhada, inchada ou com secreção. Por isso, o acompanhamento médico frequente e o tratamento precoce são fundamentais para reverter o quadro clínico do animal”, explica Karin Botteon, médica-veterinária e gerente técnica da área de pets da Boehringer Ingelheim.

Ainda com dados do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), 20% dos diagnósticos são realizados de maneira tardia, dificultando a ação do profissional da saúde. “É recomendado que sejam feitos check-ups frequentes com os médicos-veterinários para que esse tipo de patologia, e outra doenças similares, silenciosa seja identificada o quanto antes”, complementa Botteon.

Para que haja o controle da doença, a castração segue sendo a principal forma de prevenir os tumores mamários, sendo recomendada já nos primeiros anos de vida da cadela ou após o segundo cio. Fazendo a prevenção precoce, é estimado uma redução de 90% na possibilidade de criar um tumor durante a vida do pet.

Já após o ato da castração, é fundamental que o cão seja tratado com medicamentos que evitem dor e inflamação. A veterinária reforça que, com o tratamento adequado, as cadelas não sofrem dor. “Muitos tutores, por sentirem pena dos pets, apresentam resistência ao ato da castração. Porém, é necessário entender que essa é uma questão de saúde, e, que em muitos casos, o prevenirá de diversas doenças no futuro, em especial o câncer de mama”, finaliza Botteon.

Atualizado em 19/10/2024 – 08:54.

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Dr. André Ceballos

É possível detectar traços de psicopatia na infância? Especialista responde

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psicopatia na infância
Foto/Imagem: Freepik

Na última semana o caso de uma criança de nove anos invadiu um hospital veterinário e matou 23 animais em Nova Fátima, no Paraná, chocou o país, gerou indignação em pais e responsáveis e colocou a classe médica para discutir o que leva uma criança a cometer uma barbárie como esta: problemas genéticos, mentais ou um surto momentâneo?

Para o Dr. André Ceballos, neurocirurgião especializado no desenvolvimento infantil, não é possível fechar um diagnóstico para essa criança, principalmente considerá-la uma psicopata como o tribunal da internet está fazendo. “Antes de qualquer coisa é importante não rotular crianças com diagnósticos severos baseados em comportamentos isolados” – pontua. O médico também esclarece que comportamentos agressivos não são necessariamente indicativos de psicopatia, e podem estar relacionados a outros transtornos, como TDAH ou TEA, mas cada criança é única, e é fundamental realizar uma avaliação individualizada para entender as origens de comportamentos diferentes.

Além disso, para a Classificação Internacional de Doenças (CID) e a comunidade médica, termos como “psicopatia” não podem ser aplicados a crianças e por isso, condições como Transtornos de Conduta ou Transtorno Desafiador Opositivo podem ser mais apropriados. Mas de qualquer maneira, é necessária uma avaliação multidisciplinar para identificar e realizar o tratamento adequado.

O neurocirurgião aproveita esse caso para fornecer um alerta: o primeiro passo para criar adultos saudáveis é cuidar deles na primeira infância, observando, monitorando e acompanhando todos os marcos do desenvolvimento infantil. “A demora para atingir algum destes marcos ou a ausência total dele merece atenção e acompanhamento. Falta de empatia e a ausência de interação social podem ser preocupantes, por exemplo. Assim como as crianças que não demonstram interesse em brincar com outras ou que apresentam comportamentos agressivos persistentes”, comenta.

Intervenções precoces podem mudar o rumo de crianças com comportamentos preocupantes. “Pais atentos, avaliações profissionais e acompanhamento médico especializado fazem uma grande diferença”, afirma Dr. André Ceballos.

Afinal, é na primeira infância que as crianças estão vivendo a fase mais importante do desenvolvimento humano dos pontos de vista biológico, psicológico e social e por isso, devem viver em um ambiente seguro, acolhedor, com suporte emocional e rotinas consistentes. “Ambientes estressantes, falta de estímulo e apego inseguro podem impactar o desenvolvimento emocional da criança e gerar adultos com comportamentos antissociais”, alerta.

Para isso, Ceballos reforça o papel crucial que os pais e responsáveis desempenham na identificação precoce de atrasos ou desvios de comportamento, permitindo intervenções que podem fazer toda a diferença no futuro da criança. “É dever dos adultos encorajar habilidades sociais e empatia por meio de brincadeiras e atividades que promovam a compreensão dos sentimentos dos outros”, finaliza.

É essencial abordar comportamentos preocupantes com seriedade e empatia, buscando compreender as causas subjacentes e fornecendo o suporte necessário. A sociedade como um todo tem a responsabilidade de apoiar famílias e promover o desenvolvimento saudável de todas as crianças.

Atualizado em 19/10/2024 – 06:52.

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