Está amamentando? Doe
Banco de Leite Hospital Materno Infantil está com estoque baixo
O estoque de leite do Banco de Leite Humano (BLH) do Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB) está em baixa e o hospital faz um apelo às mães que estejam amamentando para que doem leite. “Hoje, temos 25 litros de leite pasteurizados no estoque o que daria, no máximo, para mais quatro dias de distribuição para os nossos bebês internados aqui”, alerta a chefe do Núcleo de Banco de Leite Humano do HMIB, Ana Cláudia Villa Verde Vasconcelos de Barros.
Quarenta e dois bebês receptores de leite humano estão internados atualmente no hospital, que distribui a eles uma média de seis litros de leite pasteurizado por dia. Mesmo sabendo que é comum diminuir a coleta domiciliar, nesta época do ano, os responsáveis pelo Banco de Leite estão bastante preocupados, visto que a queda das doações foi muito brusca.
O problema também está acontecendo em toda a rede da Secretaria de Saúde (SES/DF). A queda de doações costuma acontecer no período que vai de dezembro a fevereiro, em função das festas de final de ano e das férias. “Se a doação não melhorar o quanto antes, corremos o risco de zerar o estoque”, preocupa-se a chefe do Núcleo de Banco de Leite Humano do HMIB.
“A mulher que quiser doar o leite para ajudar os estoques só precisa estar saudável, apresentar as sorologias dos últimos 6 meses de sífilis, HIV, HTLV, hemograma completo, hepatite B e C. Caso ela não tenha esses exames, conseguimos fazer os testes com ela vindo aqui no HMIB, ou a gente se organizando para ela ir até a casa da doadora para coletar o exame”, explica o diretor do HMIB, Rodolfo Alves Paulo de Souza.
A coleta do leite é domiciliar e feita pelo Corpo de Bombeiros, uma vez por semana. São eles também que entregam o kit de coleta (gorro, máscara e um folheto informativo), para quem está iniciando a doação e também oferece todas as orientações necessárias para que a coleta seja feita da maneira ideal.
“Pedimos a solidariedade das mães que estão amamentando. Somos referência em prematuridade, temos bebês de baixo peso ou doentes internados em leitos da Unidade Neonatal e o leite humano pasteurizado é um alimento que salva vidas”, apela Ana Cláudia Barros.
Para agendar a coleta, bastar ligar no número 160, opção 4 que o Corpo de Bombeiros busca a doação na residência da mãe doadora. Mais informações podem ser obtidas pelos telefones: (61) 99168-6696 ou (61) 2017-1608.
Xô, Aedes!
Distrito Federal tem queda de 81% no número de casos de dengue
O engajamento da população e as iniciativas do Governo do Distrito Federal (GDF) para combater o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, têm dado resultado. No ano passado, nesta mesma época, foram 1.354 novos casos em uma semana. Agora, foram 256, uma queda de 81%.
“Esse levantamento mostra o resultado das ações, seja do governo, seja da população. É uma situação do momento, então pode haver mudanças. O importante é mantermos o foco e a união para juntos mantermos a dengue sob controle”, afirma a secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio.
O mais recente boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde mostra que, até o fim da Semana Epidemiológica 48, o DF somava 283.841 casos suspeitos de dengue ao longo de todo o ano, frente a 283.685 da semana epidemiológica 47, um acréscimo de 256. Já em 2023, a SE 48 somava 31.997 casos suspeitos, uma diferença maior que a apresentada frente ao término da SE 47 de 2023, com 30.643, à época, um acréscimo de 1.345 em uma semana.
O maior registro de números absolutos em 2024 ocorre por conta do “pico” dos casos de dengue ocorrido no início do ano. No entanto, o subsecretário de Vigilância à Saúde, Fabiano dos Anjos, reforça que o cenário atual é melhor que o vivido no fim de 2023, quando houve uma aceleração de infecções por dengue. “No mesmo período do ano passado, o número de casos era muito superior ao que se tem observado até o momento”, explica.
Visando à prevenção da dengue, a Secretaria de Saúde ampliou as ferramentas para monitoramento, como o uso de novas tecnologias digitais para análise de dados, por exemplo. A pasta também ampliou a força de trabalho envolvida nas ações diárias de combate à dengue, além de ter adotado novas estratégias, como as ovitrampas.
Ao longo de 2024, foram realizadas 1.357.780 inspeções em imóveis pela Vigilância Ambiental em Saúde. Além das inspeções de rotina, foram instaladas até o momento 2.175 armadilhas ovitrampas, tendo sido removidos 1.390.606 ovos do Aedes aegypti. Foram instaladas, ainda, 1.278 estações disseminadoras de larvicida.
Outros órgãos do GDF, como as administrações regionais e o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), atuam em ações de limpeza, por exemplo. Já a Secretaria de Educação, em parceria com a Secretaria de Saúde, se destaca pelas ações realizadas ao longo do ano com a comunidade escolar.
Estoque crítico
A negativo: FHB oferece senhas preferenciais para doadores de sangue
A Fundação Hemocentro de Brasília (FHB) está distribuindo senhas preferenciais para doadores de sangue A negativo até 11 de dezembro. A medida prioriza o atendimento a esse grupo em um momento crítico, em que os estoques operam com apenas 66% do nível considerado ideal.
“A senha preferencial é uma estratégia que utilizamos quando os estoques de determinada tipagem atingem níveis críticos, como é o caso, agora, do A negativo. Precisamos restabelecê-lo a níveis considerados seguros, a fim de manter o atendimento regular aos hospitais”, explica a gerente de Captação de Doadores do Hemocentro de Brasília, Kelly Barbi.
A queda no volume de doações foi intensificada pelos diversos feriados do mês de novembro. “Com a proximidade das festas de fim de ano e das férias escolares, convidamos a população a doar sangue, realizar esse gesto solidário e altruísta para com os pacientes do DF que necessitam de transfusões para manter ou recuperar a saúde. Há um aumento histórico de transfusões nesse período, motivo pelo qual fazemos esse apelo junto à população”, completa Kelly.
O Hemocentro de Brasília é responsável por abastecer toda a rede de saúde pública do Distrito Federal, além de instituições conveniadas, como o Hospital da Criança, o Instituto de Cardiologia do DF e o Hospital das Forças Armadas.
Como funciona a senha preferencial
A senha preferencial para doadores A negativo será concedida mediante comprovação do grupo sanguíneo, seja com o cadastro no Hemocentro ou por meio de um exame de tipagem sanguínea. A medida otimiza o atendimento e prioriza as necessidades emergenciais, garantindo que o Hemocentro possa atender à alta demanda desses pacientes.
Para doar sangue, é preciso ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 51 kg e estar saudável. Quem passou por cirurgia, exame endoscópico ou adoeceu recentemente deve consultar o site do Hemocentro para saber se está apto a doar sangue.
Quem teve gripe deve aguardar 15 dias após o desaparecimento dos sintomas para poder doar sangue. Quem teve covid-19 deve aguardar 10 dias após o fim dos sintomas, desde que sem sequelas. Se assintomático, o prazo é contado da data de coleta do exame. Pacientes diagnosticados com dengue clássica devem aguardar 30 dias para se candidatar à doação de sangue. Para a dengue hemorrágica, o prazo é de seis meses.
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