O alerta
Automedicação em casos de dengue pode agravar o quadro da doença

Em meio ao aumento dos casos de dengue, é crucial estar ciente dos cuidados necessários ao tratar os sintomas da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Diferentemente de outras patologias, a enfermidade não tem medicamento específico para o tratamento, que está mais focado em combater os já conhecidos sintomas, como dor de cabeça, dor no corpo, febre, enjoos, vômitos e manchas vermelhas.
Vários dos desconfortos habituais da doença podem ser combatidos por meio de remédios de venda livre, ou seja, cujo acesso não requer receita médica. Não à toa, é comum que muitas pessoas, cientes da suspeita de dengue, optem pela automedicação. A prática, contudo, não é recomendada e pode levar ao agravamento do caso clínico do paciente.
A médica Andrea Franco Amoras Magalhães, do Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox), alerta que alguns medicamentos como anti-inflamatórios e a aspirina não devem ser utilizados por pacientes com a doença. “Isso porque esses remédios aumentam, no organismo, a chance de o quadro do paciente evoluir para uma dengue hemorrágica”, enfatiza a profissional de saúde.
Segundo a especialista, é comum a utilização da dipirona e do paracetamol no tratamento dos quadros sintomáticos de dengue. No entanto, compete exclusivamente ao profissional de saúde receitar a dosagem adequada e o período de ingestão de cada medicamento, conforme o caso clínico de cada pessoa.
“A gente orienta a comunidade a utilizar os medicamentos dentro da dose permitida para o dia. Os antitérmicos, por exemplo, devem ser tomados a cada seis ou oito horas; em algumas situações a cada quatro horas. Essa conta, no entanto, quem vai fazer é o médico”, prossegue.
Outro risco está na superdosagem desses remédios, que pode resultar em casos de intoxicação. “O uso desregulado dos medicamentos pode ocasionar o que a gente chama de hepatotoxicidade, podendo gerar lesões no fígado e até insuficiência hepática”, detalha a servidora do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Busque atendimento
Como cada caso de dengue é único e a abordagem terapêutica deve ser personalizada, consultar um médico é o ponto de partida para a garantia de um tratamento seguro e eficaz, além de evitar complicações decorrentes da dengue.
O Distrito Federal conta com, ao todo, 176 unidades básicas de saúde (UBSs) que servem como porta de entrada de casos suspeitos da doença na rede pública. Destas, 11 oferecem um horário especial noturno para a população.
Em casos mais graves, classificados como grupos C e D, que envolvem dores intensas na barriga, vômitos persistentes, sangramentos no nariz, na boca ou pelas fezes, tonturas e extremo cansaço, os pacientes devem procurar uma das 13 unidades de pronto atendimento (UPAs) espalhadas pela capital.
Além das UBSs e das UPAs, o GDF também disponibiliza tendas de acolhimento à população, das 7h às 19h, nas administrações regionais a seguir:
- Ceilândia
QNM 13, Módulo B - Sol Nascente/Pôr do Sol
SHSN VC 311, Trecho II - Samambaia
Quadra 302, Conjunto 13, Lote 5 – Centro Urbano - Sobradinho
Quadra Central, St. Administrativo, Lote A - São Sebastião
Quadra 101, Conjunto 8 - Estrutural
Setor Central Área Especial 5 s/n - Recanto das Emas
Av. Recanto das Emas Q 206, 300 - Brazlândia
St. Tradicional Quadra 16 - Santa Maria
Quadra Central 1, Conjunto H, Lote 1

Protegendo bebês
Saúde do DF é pioneira na aplicação de medicamento contra bronquiolite

O Governo do Distrito Federal (GDF) dá um passo importante para a proteção da saúde de bebês prematuros: a capital do Brasil é a primeira unidade da federação a aplicar o Nirsevimabe na rede pública de saúde. O medicamento adquirido pela Secretaria de Saúde (SES-DF) é um anticorpo de ação prolongada que protege bebês contra infecções graves causadas pelo vírus sincicial respiratório (VSR), principal responsável por casos de bronquiolite e pneumonia nos primeiros meses de vida.
A pequena Ana Ísis, nascida com 36 semanas, foi a primeira bebê da rede pública a tomar o medicamento. Nesta quinta-feira (17), ao lado da mãe Raimunda Ribeiro, 38 anos, ela recebeu o Nirsevimabe no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib). Ana Ísis integra o público-alvo do medicamento: recém-nascidos prematuros, com idade gestacional entre 32 semanas e 36 semanas e 6 dias, nascidos a partir de 1º de outubro de 2024 – faixa etária que integra o período de maior circulação do VSR no Distrito Federal em 2025.
“O Nirsevimabe representa um avanço enorme na proteção da primeira infância. Essa ação reforça o compromisso do Governo do Distrito Federal com a prevenção, o cuidado e a inovação na saúde pública, especialmente para os nossos pequenos mais vulneráveis”, afirmou o secretário de Saúde do DF, Juracy Cavalcante Lacerda Júnior.
A aplicação do medicamento é feita antes do pico da sazonalidade das infecções respiratórias em bebês, como medida preventiva para reduzir complicações e internações – o que tem impacto direto na ocupação de leitos de UTI neonatal. A distribuição está sendo realizada para as 11 maternidades da rede pública, de forma proporcional à estimativa de nascimentos prematuros.
Todo o processo seguirá um protocolo rigoroso e humanizado da SES-DF, elaborado em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria e o Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB). A capacitação dos profissionais da rede – médicos, enfermeiros e farmacêuticos – já foi iniciada.
Aprovado pela Anvisa em outubro de 2023 e incorporado ao SUS em fevereiro deste ano, o Nirsevimabe é um anticorpo pronto, que oferece proteção imediata sem necessidade de ativação do sistema imunológico, sendo especialmente eficaz para prematuros e crianças com menos de dois anos com comorbidades.
“É importante destacar que o Palivizumabe continuará sendo utilizado para os grupos de risco já estabelecidos, como crianças com cardiopatias congênitas e displasias pulmonares. O Nirsevimabe vem ampliar a estratégia de proteção, de forma complementar e integrada ao protocolo vigente”, explicou a médica pediatra e gestora da SES-DF, Julliana Macêdo.
Com essa iniciativa pioneira, o Distrito Federal assume o protagonismo nacional no enfrentamento das síndromes respiratórias graves em crianças, priorizando a vida desde os primeiros dias.
26 de abril
Dia nacional de prevenção à hipertensão alerta para o controle da doença

Celebrado no próximo sábado, 26, o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial faz um alerta importante para a conscientização da população sobre a identificação dessa doença “silenciosa”, mas que pode ser controlada com o acompanhamento médico e mudanças de hábitos.
Estima-se que cerca de 27,9% dos brasileiros sejam hipertensos. A maior prevalência ocorre entre mulheres, com 29,3% das pessoas do sexo feminino com a doença. Entre os homens, 26,4% tem hipertensão. Os dados são do levantamento feito pelo Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) do Ministério da Saúde, realizado, em 2023, nas 27 capitais.
O médico da Família e Comunidade da Amparo Saúde, Pedro Pina, informa que “a hipertensão arterial sistêmica, popularmente conhecida como pressão alta, é uma condição crônica caracterizada pelo aumento persistente da pressão sanguínea nas artérias. Isso significa que o coração precisa fazer mais força para bombear o sangue para o resto do corpo, o que pode causar sérios problemas de saúde ao longo do tempo”.
Pina explica que uma pessoa é considerada hipertensa quando apresenta valores iguais ou superiores a 140/90 mmHg em medições repetidas em diferentes ocasiões. “É importante ressaltar que apenas uma aferição acima do normal não caracteriza hipertensão arterial sistêmica, mas indica que a pessoa deve procurar um médico para compreender o motivo”, salienta ele, acrescentando que o diagnóstico preciso para essa doença “silenciosa” deve ser feito por um profissional de saúde, considerando também fatores de risco e condições clínicas.
A pressão alta pode ter diversas causas, incluindo fatores genéticos, como histórico familiar de hipertensão; hábitos alimentares inadequados, com o consumo excessivo de sal, gorduras e alimentos ultraprocessados; sedentarismo; obesidade; estresse; tabagismo; consumo excessivo de álcool; e doenças preexistentes, a exemplo de diabetes e doenças renais.
Sinais de pressão alta
Os sintomas da hipertensão podem não aparecem em todos os pacientes, como alerta Pina, tornando a doença ainda mais perigosa. No entanto, alguns sinais podem indicar que algo está errado, como dores de cabeça frequentes, tontura e mal-estar, visão embaçada ou alterações visuais associadas à dor de cabeça, falta de ar e dor no peito.
“Caso esses sintomas apareçam, é essencial buscar atendimento médico, porque o grande problema da hipertensão arterial sistêmica são suas consequências. Se não for controlada, ela pode levar a sérias complicações, como acidente vascular cerebral (AVC), infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca, doenças renais e problemas na visão”, informa.
Embora seja mais comum em adultos, crianças e adolescentes também podem desenvolver hipertensão, principalmente devido a fatores genéticos, obesidade e maus hábitos alimentares. “O acompanhamento pediátrico é fundamental para a prevenção e tratamento. A hipertensão em crianças, geralmente, tem causas de maior gravidade e que precisam ser investigadas com maior atenção”, pontua.
Para confirmar o diagnóstico da hipertensão será necessária a aferição da pressão arterial em diferentes momentos. Em alguns casos, exames complementares, como monitorização ambulatorial da pressão arterial (Mapa) ou monitorização residencial da pressão arterial (MRPA), podem ser solicitados pelo médico.
“O tratamento inclui mudanças no estilo de vida e, em muitos casos, o uso de medicamentos anti-hipertensivos”, informa Pina, pontuando que as principais medidas para o controle da hipertensão são: reduzir o consumo de sal e alimentos ultraprocessados, principalmente aqueles ricos em sódio, como refrigerantes; praticar atividade física regularmente para manter um peso saudável; controlar o estresse e evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, além de seguir corretamente as orientações médicas e tomar os medicamentos prescritos.
-
Menores de 1 ano
Bronquiolite: maior causa de internação por infecção respiratória em crianças
-
Sem fake news
Vacina contra gripe é segura e não causa a doença
-
Cerimônia no dia 29 de junho
Inscrições para 2ª edição do Casamento Comunitário 2025 já estão abertas
-
Neste sábado (12)
Alameda Shopping comemora 35 anos com programação especial
-
Segunda, 14 de abril
Semana começa com 964 oportunidades de emprego no Distrito Federal
-
Acumulou!
Mega-Sena 2853 pode pagar prêmio de R$ 45 milhões nesta terça-feira (15)
-
O melhor tempo é agora
Brasília 65 anos: confira a programação completa dos três dias de comemorações
-
Esplanada dos Ministérios
Menos É Mais, Léo Santana e outras atrações agitam os 65 anos de Brasília