Cidades

Atendimento pediátrico passa por mudanças em regiões administrativas

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Pelos próximos 30 dias, crianças que precisarem de atendimento de emergência em Ceilândia devem ser levadas para o Hospital Regional de Ceilândia (HRC) e não para a unidade de pronto atendimento (UPA) local. Os médicos dessa unidade foram transferidos temporariamente para o hospital. A ideia da Secretaria de Saúde é concentrar a pediatria no HRC e, com isso, reforçar o quadro de profissionais diante da alta demanda típica do período — em abril cresce o número de casos de crianças infectadas com o vírus causador da bronquiolite.

A medida emergencial também atinge as UPAs de Samambaia e do Recanto das Emas. Haverá, neste mês, escala de trabalho. Os profissionais dessas regiões administrativas se concentrarão em uma das unidades em dias da semana distintos. De domingo a terça-feira, o atendimento será em Samambaia e, de quarta-feira a sábado, no Recanto das Emas. Pelo menos dois médicos ficarão disponíveis em cada turno.

O anúncio das mudanças foi feito nesta quarta-feira (1) pelo subsecretário de Atenção à Saúde, da Secretaria de Saúde, Tadeu Palmieri. “A pediatria está em um momento de surto de bronquiolite e isso tem causado sobrecarga nas nossas emergências, principalmente no Hospital Materno-Infantil”, disse. O surto de infecção pelo vírus causador da doença ocorre normalmente duas vezes por ano: em abril e em setembro, meses de maior variação climática.

Palmieri recomenda aos pais de crianças com sintomas de mal estar leves que priorizem o atendimento nos postos de saúde e evitem levar seus filhos aos hospitais nesse período. “O atendimento vai demorar e o risco de contágio é maior. Recomendo a procura pelos centros de saúde que terão reforço para cuidar dos casos menos graves”, disse.

Reforço
A quantidade de pediatras nas UPAs de Ceilândia, de Samambaia e do Recanto das Emas era insuficiente para completar a escala de pelo menos dois profissionais por turno. O remanejamento permitirá a presença de mais médicos. Naquelas unidades que não estiverem com atendimento pediátrico, duas ambulâncias ficarão disponíveis para fazer remoções de casos mais graves.

A medida terá duração de 30 dias, tempo que a secretaria espera receber autorização para contratar cerca de cem pediatras já aprovados em concurso público. Uma parte vai cobrir as vagas de profissionais temporários com contratos que serão encerrados ao longo do ano. A outra, será distribuída nos hospitais de Taguatinga, do Gama, de Ceilândia, de Sobradinho e de Brazlândia.

“Como teremos poucos médicos, não adianta pulverizar em toda a rede. Optamos por concentrar nos locais mais críticos”, explicou o subsecretário. Ainda segundo Palmieri, a rede pública de saúde tem, atualmente, uma defasagem de 276 pediatras. A expectativa é de que, caso sejam aprovadas as novas contratações, os cerca de cem profissionais comecem a trabalhar ainda em maio.

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