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Palhaços Sem Fronteiras

Artistas brasileiros espalham alegria ao redor do mundo

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Foto/Imagem: Divulgação
Pedro Nascimento

É durante o aquecimento e a maquiagem que a atriz Aline Moreno e Arthur Toyoshima vão dando vida a Donatella e Jean Pièrre, os bobos e divertidos palhaços cheios de afeto. Com longa  atuação no trabalho de palhaçaria, a dupla foi responsável por trazer ao Brasil em 2016 a Organização Palhaços Sem Fronteiras.

Sem fins lucrativos, o grupo com sede na Espanha e presente em mais 15 países, tem como causa nobre arrancar sorrisos de crianças e jovens que estão em zonas de conflitos ou de catástrofes humanitárias, realizando espetáculos circenses e de palhaçaria em campos de refugiados, comunidades, alojamentos e em qualquer outro lugar que grite por paz.

Línguas, gêneros ou religiões diferentes não são barreiras para os Palhaços Sem Fronteiras, que se comunicam com o público através da linguagem universal: o riso, tão indispensável como comida e segurança. “Rir é minha maneira de existir e resistir. Diante de tanta instabilidade, o afeto e a subversão são necessários” conta Aline.

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Entre as expedições Brasil afora, a equipe já realizou ações em comunidades quilombolas no Vale do Ribeira, nas periferias da grande São Paulo, El Salvador e São Martinho.

Também estiveram presentes nas comunidades ribeirinhas do Rio Doce, afetado pelo rompimento das barragens em Mariana (MG), onde realizaram apresentações e oficinas para os atingidos pela tragédia.

Mais de 13 mil gargalhadas foram agregadas na bagagem dos Palhaços Sem Fronteiras Brasil, número de pessoas que assistiram às performances em 2017.

Até o fim deste ano, o grupo tem planos de continuar expandindo seus trabalhos nos lugares mais delicados do país, sempre levando alegria e oferecendo esperança.

Para a fundadora da organização no Brasil, um dos momentos mais marcantes ocorreu em Cáli, na Colômbia, quando os artistas foram interrompidos no meio de uma apresentação por policiais, casas sendo demolidas e pessoas com medo. “Ficamos paralisados. Havia muitos gritos e choros”.

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Aline conta que pouco a pouco o clima foi ficando mais leve, o que possibilitou que a apresentação continuasse, e fizesse com que os moradores esquecessem por um momento o que estava acontecendo. “Naquele dia percebi que é possível nos comunicar de uma maneira mais afetiva” diz.

“A palavra regenerar é bela para traduzir o nosso trabalho. A dor está ali, mas o riso é facilitador nesse processo de gerar novamente, de semear novas possibilidades, novos caminhos. O trauma não se dissolve da noite para o dia, mas através do encontro, vamos desfazendo os muros e criando pontes de afeto. Sutil e profundamente” conta Aline.

Em um mundo adoecido, os Palhaços Sem Fronteiras são uma alternativa de ensinar a enxergar os invisíveis sociais com um olhar de generosidade, fazendo do riso a poesia de alívio nos momentos difíceis.

Com nariz de palhaço, talento e bom-humor, o grupo ensina com uma sensibilidade humana que sorrir é de fato a menor distância entre duas pessoas.

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Atualmente, a equipe conta com uma média de 50 membros no Brasil, entre palhaços, voluntários e doadores. “É necessário ter coragem para a realização do nosso trabalho” pontua Aline.

As dores da fome e o barulho das bombas podem dar lugar, mesmo que por um momento, à curiosidade e os sons de gargalhadas, quando os Palhaços sem Fronteiras batem de porta em porta ao redor do mundo chamando para brincar. Assim, toda a plateia volta a ser criança e esquece das guerras e conflitos criados por adultos.

“A palhaçaria me entregou os óculos da empatia. E com empatia não tem como não pertencer e amar. Porque sabemos que tudo está conectado. Seja na Síria, no Rio Doce ou na rua da sua casa. As pessoas somos nós” Finaliza Aline.

Atualizado em 19/04/2018 – 20:17.

Sudeste lidera o ranking

Brasil contabiliza 1.578 casos de mpox (varíola dos macacos) em 2024

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mpox
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O Brasil registrou, ao longo de 2024, 1.578 casos confirmados de mpox. O painel de monitoramento do Ministério da Saúde contabiliza ainda 60 casos prováveis e 434 casos suspeitos da doença no país.

A maioria das infecções se concentra na faixa etária dos 30 aos 39 anos (751 casos), seguida pelos grupos de 18 a 29 anos (496 casos) e de 40 a 49 anos (275 casos). Os homens respondem por 81% dos casos confirmados, sendo que 70% declararam ter relações sexuais com homens.

Outro recorte divulgado pelo painel de monitoramento do ministério é o de raça e cor. Os dados mostram que 46% dos casos de mpox no Brasil se concentram entre brancos; 29%, entre pardos; e 11%, entre pretos.

O Sudeste lidera o ranking de regiões com mais infecções, com 1.269 casos. Em seguida estão Nordeste (137), Centro-Oeste (97), Norte (712) e Sul (61). Entre os estados, São Paulo e Rio de Janeiro aparecem na frente, com 866 e 320 casos, respectivamente.

Emergência global

A Organização Mundial da Saúde (OMS) convocou para a próxima sexta-feira (22) uma reunião do comitê de emergência para reavaliar o cenário de mpox no mundo. Em agosto, o mesmo comitê declarou a doença como emergência em saúde pública de importância internacional.

Dados da entidade revelam que, de 1º de janeiro de 2022 a 30 de setembro deste ano, 109.699 casos de mpox foram confirmados em todo o mundo, além de 236 mortes. Pelo menos 123 países reportaram casos da doença.

O continente africano responde pela maior parte das infecções – 11.148 casos confirmados entre 1º de janeiro a 3 de novembro de 2024, além de 46.794 casos suspeitos. A África contabiliza também 53 mortes confirmadas por mpox e 1.081 óbitos suspeitos.

A República Democrática do Congo segue liderando o ranking, com 8.662 casos confirmados, 39.501 casos suspeitos, 43 mortes confirmadas e 1.073 óbitos suspeitos pela doença. Em seguida aparecem Burundi, com 1.726 casos confirmados, e Uganda, com 359 casos confirmados.

Nova variante

Segundo a OMS, três novos países confirmaram casos importados da variante 1b: Reino Unido, Zâmbia e Zimbábue. Além disso, pela primeira vez, a transmissão local da nova variante foi detectada fora da África – no Reino Unido, três pessoas foram infectadas por um viajante.

Atualizado em 16/11/2024 – 13:27.

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Medicina

Residência médica pode ser a melhor escolha para recém-formados

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Residência médica
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A residência médica é uma etapa fundamental para quem deseja se especializar em áreas específicas da medicina. Esse programa, oferecido em instituições de saúde credenciadas pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Ministério da Saúde, busca fornecer aprendizado teórico e prático em ambientes hospitalares, para que os médicos residentes adquiram competências, e aprimorem sua capacidade de atendimento e diagnóstico.

O que o estudante pode escolher?

Quando os candidatos optam pela residência médica, eles podem escolher entre várias especialidades como clínica médica, pediatria, ginecologia e obstetrícia, cirurgia geral, anestesiologia, entre outras.

Essas especialidades servem como base para subespecializações, como cardiologia, neurologia e medicina intensiva, permitindo que o médico recém-formado aprofunde seus conhecimentos em áreas específicas após a formação inicial.

Quanto tempo dura?

Geralmente, o período de duração da residência pode variar entre dois e seis anos, dependendo da especialidade escolhida. Os programas seguem uma rotina intensa, com jornadas de trabalho que podem ultrapassar 60 horas semanais.

Durante a formação, o residente passa por rodízios em diferentes setores do hospital, para aprimorar suas habilidades em diagnóstico, tratamento e tomada de decisões rápidas, especialmente em áreas de alta complexidade. Além disso, o programa oferece uma bolsa-auxílio aos residentes, financiada pelo governo ou pela própria instituição de saúde, garantindo suporte financeiro durante a especialização.

Como se consegue uma residência?

O processo seletivo para uma residência médica é altamente concorrido, com exames rigorosos que avaliam os conhecimentos teóricos dos candidatos. Entre os exames de acesso, o edital Enare é um dos mais importantes e abrangentes do Brasil.

Isso porque ele organiza o processo seletivo para diversos programas de residência, sendo reconhecido por facilitar o acesso dos candidatos a programas de qualidade em instituições renomadas. Além disso, o edital oferece uma plataforma centralizada para inscrições e resultados, tornando todo o processo mais acessível e organizado.

A inclusão do Enare contribui para a democratização do acesso às vagas de residência médica e amplia as oportunidades para médicos recém-formados em todo o território nacional.

Residência ou especialização: o que escolher?

A residência médica e a especialização são ambas modalidades de pós-graduação, mas diferem em carga horária e formato. A residência é mais intensiva, concede título e bolsa-auxílio, enquanto a especialização, com menor carga horária e autofinanciada, permite que o profissional se qualifique rapidamente.

Para escolher a modalidade certa, é preciso ter claramente os objetivos de carreira, como obter um título ou desenvolver conhecimentos técnicos. Ambas são reconhecidas pelo MEC, e o profissional pode combinar os cursos para aprimorar ainda mais a sua formação.

Portanto, a escolha pela residência médica oferece inúmeros benefícios, que incluem a valorização no mercado de trabalho e a possibilidade de atender em áreas específicas com maior qualificação e conhecimento técnico. Dessa forma, o médico residente se torna um profissional capacitado para lidar com casos complexos e promove uma assistência de qualidade à população.

Atualizado em 16/11/2024 – 09:47.

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