Coração
Arritmia pode ser solucionada com a técnica da crioablação

Você já ouviu falar em crioablação de arritmia? Se a resposta foi não, calma que, neste texto, será explicado o que é e em que situação é utilizada a técnica da medicina. Contudo, antes é preciso falar também sobre fibrilação atrial, uma arritmia bastante comum na população que provoca batimentos cardíacos mais rápidos e irregulares.
Atualmente, estima-se que entre 1% e 2% da população geral sofre com esta alteração de ritmo cardíaco. Ela ocorre quando as câmaras superiores do coração (átrios) não se contraem em um ritmo sincronizado e fibrilam. Além da sensação de batidas descompassadas, a alteração provoca fraqueza e cansaço, já que o sangue não é bombeado de maneira eficiente e aumenta a chance de Acidente Vascular Cerebral (AVC) devido a formação de coágulos dentro da câmara cardíaca.
Segundo a cardiologia eletrofisiologista do Instituto do Coração de Taguatinga (ICTCor), Carla Septimio Margalho, a fibrilação atrial pode se apresentar em três formas: paroxística – que dura alguns minutos ou dias e normaliza naturalmente; persistente – quando não para espontaneamente necessitando de intervenção do médico e permanente – que se mantém em todos os momentos e que, consequentemente, não retorna ao ritmo normal mesmo sob intervenção médica.
“A patologia é condição mais frequente em idosos e pessoas com cardiopatias, mas também pode se apresentar em jovens e adultos. Ela pode acarretar complicações graves como AVC e insuficiência cardíaca quando não devidamente tratada”, explica a médica.
Crioablação
Até pouco tempo, o tratamento não medicamentoso mais indicado para fibrilação atrial era a ablação por radiofrequência, que cauteriza pelo calor. O procedimento é realizado por cateterismo e era de longa duração (cerca de 5 a 6 horas).
Já a crioablação de arritmia cardíaca é uma técnica mais moderna onde o tempo de duração é de 1h30 a 3h, dependendo de cada paciente, ou seja, da apresentação clínica e da anatomia. O método realizado é um procedimento que consiste em cauterizar as lesões por meio de um cateter resfriado a temperaturas baixíssimas (-70ºC). O Instituto do Coração de Taguatinga (ICTCor) foi pioneiro na utilização da técnica no DF e há mais de três anos conta com esse método entre os procedimentos realizados pela equipe.
“Na crioablação é utilizado nitrogênio em estado líquido que é libertado na ponta do cateter e que é responsável pelo rápido resfriamento do tecido. A técnica é realizada de forma semelhante à ablação por radiofrequência, no entanto, ao invés de eliminar o ponto da arritmia cardíaca por meio da radiofrequência (calor) é utilizado um crioprobe (frio), que consiste em um tipo de ponta com um balão de gás, que permite eliminar a fibrilação atrial utilizando gases para congelar o local. O grande diferencial da crioablação é que ela oferece a possibilidade de avaliar o conjunto do problema podendo ser tomada uma melhor decisão no procedimento”, detalha Carla Septimio Margalho.
Além disso, a médica ressalta que o tratamento traz mais benefícios para o paciente como a comodidade, tem uma menor taxa de complicações e apresenta resultados a longo prazo mais consistentes quando comparados às técnicas tradicionais.

Atenção, pais e responsáveis!
Pneumonia é a doença que mais mata crianças menores de 5 anos no mundo

Com a sazonalidade das doenças respiratórias, os pais devem ficar alertas com uma doença bastante comum entre as crianças e uma das principais causas de internação: a pneumonia. Segundo dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a pneumonia mata mais crianças do que qualquer outra doença infecciosa, tirando a vida de mais de 700.000 crianças menores de 5 anos a cada ano, ou cerca de 2.000 a cada dia em todo o mundo. Isso inclui cerca de 190.000 recém-nascidos.
O infectologista pediátrico do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), Pedro Bianchini, destaca que todas as faixas etárias podem ser atingidas pela pneumonia, mas ela é mais frequente entre crianças menores de 6 anos de idade.
“Ao contrário da crença popular, tomar chuva, bebida gelada ou andar descalço não predispõe à pneumonia. Nós pegamos a pneumonia bacteriana de nós mesmos, com a infecção das vias aéreas inferiores, quase sempre ocorrendo por bactérias da nossa via respiratória alta (orofaringe) conseguindo atingir as vias mais baixas normalmente com um resfriado ou gripe, prejudicando os mecanismos de defesa da nossa via respiratória e predispondo a essa complicação”, explica.
Já a pneumonia viral normalmente é causada pelos mesmos vírus respiratórios do resfriado e gripe e está relacionada à evolução para essa complicação, assim como a bacteriana, com uma combinação de agressividade do agente infeccioso e resposta imune do paciente. A pneumonia fúngica é um evento bastante raro e comumente restrita a pacientes imunossuprimidos.
Segundo o especialista, os vírus respiratórios podem causar pneumonia também, conhecida por pneumonite. Em média, costumam ter evolução mais rápida e branda e não necessitam do uso de antibiótico. Mas tem como complicações principais uma possível evolução para Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e uma pneumonia bacteriana secundária. Os principais vírus são o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), Influenza, Metapneumovírus e Covid, mas existem outros menos comuns.
Prevenção
A pneumonia é uma doença evitável e tratável, porque diferente do vírus da gripe, ela não é transmitida facilmente. De acordo com Pedro Bianchini, a prevenção das pneumonias passam pela vacinação. “Atualmente, é disponível no SUS a vacina contra pneumococo, além das vacinas tríplice bacteriana, e contra Covid e Influenza, que tanto podem causar pneumonia viral como predispor a uma infecção bacteriana”, afirma.
O infectologista pediátrico ressalta que a vacinação é a medida mais importante, mas deve ser acompanhada por alimentação saudável, sono adequado e um acompanhamento ambulatorial frequente da criança com o pediatra.
Sintomas
Bianchini informa que os principais sintomas da pneumonia são febre, respirações mais rápidas e curtas, além de piora do estado geral da criança, diminuição do apetite e dor abdominal. “São sintomas comuns na Pediatria e que se confundem com resfriado e sibilância/bronquite. Por isso, essa distinção deve ser feita após a avaliação clínica, que pode envolver a solicitação de exames de sangue e de imagem. Por isso, em caso de sintomas, é indicado buscar o atendimento médico com urgência”, esclarece.
De acordo com o infectologista pediátrico, a necessidade da internação vai depender da avaliação do pediatra. Fatores como a gravidade clínica e idade da criança influenciam nessa decisão.
O médico alerta que as principais complicações da pneumonia bacteriana são o derrame pleural, quando há inflamação e líquido na pleura, membrana que recobre os pulmões, com necessidade de maior tempo de internação e antibioticoterapia e eventualmente da realização de drenagem. As pneumatoceles e abscessos também podem ser complicações da pneumonia bacteriana, mas são eventos raros e também implicam em uma necessidade maior de antibioticoterapia e internação hospitalar.
“A principal complicação da pneumonia viral é a sobreposição com a pneumonia bacteriana. Alguns casos de pneumonia podem evoluir com Síndrome Aguda Respiratória Grave (SRAG) ou sepse, infecção generalizada. São menos frequentes, mas podem acontecer. Por isso, é sempre importante a avaliação do quadro por um pediatra para que se diagnostique corretamente a doença e avalie a presença de complicações que podem acontecer quando não se há um diagnóstico correto e a tempo”, explica Bianchini.
Normalmente, frente a um quadro de pneumonia grave, a criança tem grande capacidade de regeneração e cicatrização, na maioria das vezes, sem sequelas significativas, o que não costuma acontecer com a população adulta, onde é comum o aparecimento de fibrose e outras sequelas nos pulmões.
Março Borgonha
Mieloma múltiplo: dor óssea é um dos principais sintomas desse câncer

Embora raro e pouco conhecido, o mieloma múltiplo é o segundo tipo de câncer de sangue mais frequente no mundo. No Brasil, estima-se que quatro a cada cem mil pessoas sofram com a doença, uma média de 7.600 novos casos a cada ano.
A doença compromete o sistema hematológico, causando, sobretudo, complicações nos ossos. Seus sintomas são inespecíficos e podem ser facilmente confundidos com os de outras doenças, o que pode atrasar o diagnóstico. Além disso, muitas pessoas desconhecem essa patologia, o que torna a busca por tratamento ainda mais tardia.
Sintomas
Entre os primeiros sinais do mieloma múltiplo, a dor óssea se destaca. Muitas pessoas, inclusive, chegam à primeira consulta com fraturas patológicas, causadas pela fraqueza da estrutura óssea. Segundo a hematologista Dra. Lisa Aquaroni Ricci, do Instituto de Oncologia de Sorocaba (IOS), além da dor, outros sintomas podem estar associados à doença, como fadiga, anemia, emagrecimento, urina com espuma e insuficiência renal.
A doença afeta os plasmócitos, um tipo de glóbulo branco, presente na medula óssea e responsável pela produção de anticorpos que combatem infecções. No lugar das células saudáveis, surgem versões malignas que se multiplicam descontroladamente, causando anemia e dor óssea. Elas também produzem anticorpos anormais, conhecidos como proteína M ou proteína monoclonal, o que pode causar dano renal.
Diagnóstico e tratamento
O mieloma múltiplo pode ser detectado através de exames laboratoriais, exames de imagem e de medula óssea. Embora não tenha cura, muitos pacientes conseguem levar uma vida com qualidade graças a tratamentos que controlam a progressão da doença e aliviam os sintomas. O diagnóstico precoce é essencial para evitar complicações irreversíveis e ampliar as opções terapêuticas disponíveis.
Nos últimos anos, avanços significativos na medicina têm aumentado a sobrevida e o bem-estar dos pacientes. Entre os tratamentos mais eficazes, Dra. Lisa destaca a imunoterapia, a terapia celular e os inibidores de osteólise. Outra opção de tratamento é o transplante de medula óssea, embora não seja uma indicação para todos os pacientes, já que os protocolos de tratamento são distintos para cada pessoa.
Fatores de risco
Atualmente, as causas do mieloma múltiplo ainda não são totalmente conhecidas e não há formas comprovadas de prevenção. No entanto, alguns fatores de risco já foram identificados, como idade acima de 60 anos, histórico familiar da doença e acometimento de mais homens do que mulheres.
Embora não exista uma maneira definitiva de evitar a doença, a hematologista orienta que manter um estilo de vida saudável pode contribuir para a saúde geral do organismo. Uma alimentação equilibrada, com acompanhamento nutricional, boa higiene bucal e vacinas em dia são hábitos que podem trazer benefícios para o bem-estar e fortalecer o sistema imunológico.
Sobre o Instituto de Oncologia de Sorocaba
Referência há 29 anos em quimioterapias e infusões oncológicas e não oncológicas, o Instituto de Oncologia de Sorocaba (IOS), junto com o Hospital Evangélico de Sorocaba, integra o hub Sorocaba da Hospital Care, uma das maiores administradoras de serviços de saúde do país.
O Instituto possui uma equipe multidisciplinar altamente capacitada formada por médicos, farmacêuticos, nutricionista, psicóloga e enfermeiros. Com estrutura completa, conta com quartos individuais e acolhedores e atendimento humanizado.
O IOS tem acreditação internacional de qualidade pela ACSA (Agencia de Calidad Sanitaria de Andalucía) desde 2021. Foi a segunda instituição de oncologia no país a obter esta certificação.
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