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Ajude um adolescente a virar a página: doe livros para o Projeto Leitura – a Arte do Saber

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A Vara da Infância e da Juventude do DF (VIJ/DF), por meio da Rede Solidária Anjos do Amanhã, e da Secretaria de Políticas para Crianças, Adolescentes e Juventude, lançam, nesta quarta-feira (15), a Campanha de Arrecadação de Livros para o Projeto Leitura – a Arte do Saber. A cerimônia acontece às 16h30, no Salão Branco do Palácio do Buriti.

Os livros paradidáticos podem ser entregues no Palácio do Buriti (sede e anexo), nas Secretarias de Educação, da Criança, Mulher, Cultura, Ciência e Tecnologia, Esportes, Desenvolvimento Humano e Social, Câmara Legislativa, Biblioteca Nacional, nas seis unidades do Na Hora e em todos os fóruns do DF. Clique aqui e confira a lista com as sugestões de livros.

O Projeto Leitura – a Arte do Saber, atualmente desenvolvido pela Secretaria da Criança na Unidade de Internação de Santa Maria (UISM), beneficia 150 adolescentes, entre meninos e meninas, que aos poucos vão tendo a oportunidade de virar a página por meio da leitura. A intenção é ampliar o Projeto para as outras cinco unidades de internação do DF, com a arrecadação dos livros, contemplando cerca de 900 jovens. A campanha vai até 15 de maio, e pretende-se arrecadar livros paradidáticos, ou seja, livros de literatura em geral.

Em funcionamento desde abril de 2014, o Projeto tem por objetivo fomentar a leitura entre os adolescentes internos que cumprem medida socioeducativa nas unidades de internação do DF. A proposta é incentivar novas formas de ocupação dentro das unidades, a exemplo do hábito da leitura. Os adolescentes são conduzidos semanalmente à biblioteca da Unidade para devolver ou retirar livros ou podem fazê-lo no carrinho conduzido por um servidor que percorre os corredores dos módulos, distribuindo e recolhendo os exemplares.

Depois da implementação do Projeto, aproximadamente 90% dos 150 adolescentes internos da UISM passaram a se interessar pela leitura e a ler cerca de dois livros por semana, oito por mês. A UISM se destaca também por ter conquistado o status de tabaco zero, ou seja, não entra cigarro na Unidade.

Segundo o supervisor da Rede Solidária Anjos do Amanhã, Gelson Leite, a leitura já está impactando positivamente na vida desses jovens. “Já é possível identificar um aprimoramento no vocabulário dos adolescentes, inclusive nas audiências. A leitura despertou um maior interesse pelas aulas do ensino regular, além de importantes mudanças cognitivas e no comportamento”, pontua.

Além do ganho no vocabulário, a leitura impactou na ampliação do conhecimento e na melhora da autoestima dos jovens. Segundo a secretária da Criança, Jane Klebia Reis, os livros vão fazer toda a diferença na vida dos adolescentes quando saírem da Unidade.  “Muitos nunca tinham aberto um livro para ler e hoje quando visitamos a UISM eles pedem por mais títulos. Isso é um primeiro passo para mudar de vida quando saírem do sistema”.

O carrinho do Abdala
A Unidade de Internação de Santa Maria (UISM) possui um acervo com 1,5 mil obras classificadas conforme a complexidade e o gênero (romance, história, poesia, psicologia, artes, autoajuda, sociologia, religião, biografias, literatura estrangeira). A maior parte fica na biblioteca e a outra é organizada dentro de um carrinho.

Abdallah Antun, um dos operadores do projeto, percorre os corredores dos módulos da Unidade com a biblioteca móvel, recolhendo e entregando livros. Roges Ribeiro, agente de reintegração socioeducativo da Secretaria da Criança, disse que os meninos e meninas já reconhecem o barulho do carrinho de Abdallah e fazem uma festa pedindo a aquisição de novos títulos. A partir da leitura, os jovens elaboram textos que, depois de corrigidos, valem bonificações.

“O livro me tira daqui e me leva para outros lugares”
Leitora voraz de livros, a interna da UISM, Marcela*, de 18 anos, vê na leitura uma oportunidade de “sair” dali e de visitar outros lugares. Ela está na Unidade há 1 ano e 8 meses e, desde o início do Projeto, em abril do ano passado, já passaram pelas suas mãos e crivo cerca de 30 títulos dos mais variados gêneros: de Dostoiévski à Clarice Lispector. Atualmente, ela está debruçada sobre dois livros de uma jornalista chinesa, Xinran: “As boas mulheres da China” e “Enterro celestial”, e relata que foram os melhores livros da sua vida.

Marcela diz que sempre teve o hábito da leitura, mas o aprimorou exponencialmente na unidade. “Ler é uma forma de ocupar a mente. Não tem como ficar sem eles”, registra. Atualmente, está no 1º ano do Ensino Médio, e as perspectivas para o futuro são boas. “Quero fazer Direito ou História. Os livros ampliam o meu conhecimento e melhoram a minha articulação na escrita. As resenhas que faço me ajudam nas provas do Ensino Regular”, declara.

Marcela afirma que o assunto que mais gosta é História do Brasil e estrangeira. “As meninas aqui gostam mais de romance. Posso afirmar que a maior parte das coisas que sei aprendi nos livros”. Além desses benefícios, a interna diz que a leitura traz ainda vantagens na execução da medida socioeducativa. “Ler melhora a nossa reputação aos olhos da juíza. Ela vê que estamos fazendo algo construtivo e isso pode nos beneficiar no cumprimento da medida”, conclui.

*Nome fictício em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente

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Maio Laranja

Sejus-DF intensifica combate ao abuso sexual contra crianças e adolescentes

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Ao Vivo de Brasília
Maio Laranja Sejus-DF
Foto/Imagem: Jhonatan Vieira/Sejus-DF

Com um esforço contínuo na promoção de políticas públicas de proteção, a Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF) realiza, ao longo de maio, uma série de ações da campanha Maio Laranja, dedicada ao combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes. As atividades são conduzidas pela Subsecretaria de Políticas para Crianças e Adolescentes (Subpca), e abrangem escolas, espaços públicos e equipamentos da rede de proteção social do DF.

Um dos principais eventos da programação é o encontro “Proteger é nosso dever: Cuidar, nossa missão”, que será realizado no dia 22, às 18h30, no Cine Brasília, com a expectativa de reunir mais de 600 pessoas, entre autoridades, conselheiros tutelares, profissionais da rede e representantes da sociedade civil. Na ocasião, será exibido o premiado longa-metragem “Manas”, da cineasta Marianna Brennand. O filme aborda de forma sensível e impactante a realidade de meninas em situação de vulnerabilidade social no agreste pernambucano, com foco em temas como violência, sororidade e resistência. Após a sessão, haverá um cine-debate com a presença da diretora e mediação da secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani.

A campanha Maio Laranja também prevê a realização ao longo do mês de palestras educativas, promovidas pelo Centro Integrado 18 de Maio – unidade referência no atendimento às vítimas de violência sexual infantojuvenil, vinculada à Sejus. As atividades acontecerão em 12 escolas de diversas regiões administrativas do DF, com o objetivo de orientar estudantes, professores e famílias sobre os sinais da violência e os caminhos de denúncia e acolhimento.

Mobilização nas ruas reforça a conscientização

No dia 15 de maio, será realizado o Dia D de combate ao abuso sexual infantojuvenil, com ações intensificadas em todo o DF, incluindo blitze educativas em pontos estratégicos e no posto da PRF em Santa Maria, em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Departamento de Trânsito do DF (Detran-DF). Por todo o mês de maio, outras abordagens também estão previstas nas ruas para reforçar a divulgação dos canais de denúncia e dos serviços oferecidos pela Sejus.

“A violência sexual contra crianças e adolescentes é uma das formas mais cruéis de violação de direitos, e precisamos enfrentá-la com firmeza e empatia. O Maio Laranja é um momento de intensificarmos esse combate, mas esse é um trabalho que realizamos o ano inteiro. Proteger a infância é responsabilidade de todos”, afirma a secretária Marcela Passamani.

Proteção integral como política permanente

A atuação da Sejus em defesa dos direitos da infância vai além da campanha Maio Laranja. O Centro Integrado 18 de Maio, localizado na Asa Sul, na SQS 307, é um dos pilares dessa política. No local, crianças e adolescentes vítimas de violência sexual recebem atendimento humanizado, com escuta especializada, apoio psicológico, social e orientação jurídica, sempre com foco na redução de danos e na proteção integral.

Outro instrumento essencial é o Cisdeca – Canal de Comunicação e Apoio ao Sistema de Garantia de Direitos –, que atua como elo entre os conselhos tutelares, o Ministério Público, o Judiciário e os serviços públicos. O contato pode ser feito em qualquer dia e horário pelo telefone 125, de forma gratuita.

A Sejus também investe na capacitação permanente de conselheiros tutelares e demais profissionais da rede, garantindo preparo técnico e suporte institucional para atuar em situações de risco. Atualmente, o DF conta com 44 conselhos tutelares, cuja gestão administrativa é de responsabilidade da Secretaria.

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Até 9 de junho

Inscrições abertas para o 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

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Ao Vivo de Brasília
Festival de Brasília do Cinema Brasileiro 2025
Foto/Imagem: Geovana Albuquerque/Agência Brasília

Na edição comemorativa de 60 anos do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, criado em 1965 por Paulo Emílio Salles Gomes, a mais tradicional e longeva mostra cinematográfica do país volta a ser realizada em setembro, com formato ampliado: serão nove dias de programação, com a inclusão de um longa-metragem a mais na Mostra Competitiva Nacional e na Mostra Brasília.

O anúncio das novidades para o 58º Festival de Brasília foi feito nesta terça-feira (6), durante coletiva de imprensa no hall do Cine Brasília, ocasião que também marcou a abertura das inscrições de curtas e longas-metragens nacionais para a seleção oficial do evento. Os interessados podem se inscrever pelo site oficial do Festival até 9 de junho.

A edição de 60 anos celebra a resiliência do festival, que se mantém como referência nacional, segundo o secretário de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal e presidente do evento, Claudio Abrantes. “Nem a ditadura nem a pandemia conseguiram parar o Festival”, destacou, ao lembrar que as edições de 1972, 1973 e 1974 não foram realizadas por conta do regime militar.

Uma das principais mudanças nesta edição é o retorno ao mês de setembro. “É o período em que o Festival sempre aconteceu, com ipês floridos e sem chuvas. Do ponto de vista técnico, temos certeza de que o evento retoma o protagonismo que nunca deveria ter perdido entre os grandes festivais do país”, afirmou Abrantes.

Para Sara Rocha, coordenadora-geral do Festival, essa retomada só foi possível graças ao edital trianual que garantiu orçamento para as edições de 2024, 2025 e 2026: “O retorno a setembro é fundamental para o posicionamento estratégico do Festival no calendário nacional, e foi viabilizado pelo trabalho continuado ao longo desses três anos”.

Neste ano, o evento terá nove dias de duração, abrangendo dois fins de semana. Com isso, haverá mais exibições, oficinas e atividades culturais em diversas regiões do Distrito Federal, além das sessões no Cine Brasília.

Desde o ano passado, o Banco de Brasília (BRB) é o patrocinador master do Festival, o que também possibilitou a ampliação de formato e estrutura. “Foi o maior investimento já feito pelo banco no Festival, com foco na valorização das produções cinematográficas”, afirmou o gerente de patrocínios do BRB, João Eduardo Silveira.

Mostra Brasília

A Mostra Brasília também será ampliada, com mais dias de competição, maior número de filmes e aumento no valor dos prêmios. Serão exibidos dez curtas e cinco longas no decorrer de cinco dias. O valor total dos prêmios passa de R$ 240 mil para R$ 298 mil. O edital específico será lançado ainda nesta semana, mas as inscrições já estão abertas no site oficial do Festival.

Além das exibições e mostras paralelas, o 58º Festival de Brasília contará com a sétima edição do Ambiente de Mercado, voltado para pitchings e rodadas de negócios, com a presença de players nacionais e internacionais do setor audiovisual. Também será realizada, pelo segundo ano consecutivo, a Conferência Nacional do Audiovisual – fórum de debates sobre políticas públicas para o setor, com participação do público.

A programação completa do Festival será divulgada em 20 de agosto.

Cine Brasília

A estrutura do Cine Brasília será novamente ampliada para a edição de 2025, com pelo menos uma nova sala para exibições paralelas, além de espaços para oficinas e debates. O anexo previsto no projeto original de Oscar Niemeyer, que deve consolidar essa expansão de forma permanente, está em fase de viabilização. O edital para a construção será lançado nas próximas semanas.

“Essa área externa já é muito utilizada, mas agora é hora de consolidar esse espaço com salas menores de cinema e uma cinemateca que abrigue acervos de grandes nomes do cinema brasiliense, como o homenageado da sala, Vladimir Carvalho”, reforçou Claudio Abrantes. Ele também anunciou o lançamento de licitação para aquisição de um projetor 4K para o Cine Brasília.

Mostra 60 Anos do Festival

Como parte das comemorações pelos 60 anos do Festival, o Cine Brasília realiza, desta terça (6) até domingo (11), sempre às 18h, a mostra especial 1 Filme por Década, com entrada franca.

A seleção reúne seis filmes emblemáticos premiados com o Troféu Candango de Melhor Filme. Veja abaixo.

  • Todas as Mulheres do Mundo(1966), de Domingos de Oliveira
  • Nunca Fomos tão Felizes (1984), de Murilo Salles
  • Que Bom te Ver Viva (1989), de Lúcia Murat
  • Amarelo Manga (2002), de Cláudio Assis
  • É Proibido Fumar (2009), de Anna Muylaert
  • Temporada (2018), de André Novais de Oliveira
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