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Dra. Juliana Rosa

Afinal, qual o momento ideal para levar crianças ao oftalmologista?

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criança oftalmologista
Foto/Imagem: Freepik


Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 1,4 milhão de crianças no mundo apresentam problemas de visão em algum grau. Por isso, é tão importante a atenção aos cuidados com a saúde ocular dos pequenos. Uma visão infantil de qualidade é fundamental para o desenvolvimento físico, cognitivo e social da criança.

É fundamental investir nos cuidados com a saúde ocular das crianças. Visitar regularmente um médico oftalmologista para a realização de exames preventivos, adotar alguns hábitos diários, além de proteger os olhos da exposição à luz solar são algumas das recomendações. Os pais também devem manter a atenção aos comportamentos e reclamações dos pequenos”, afirma Dra Juliana Rosa, médica oftalmologista e consultora da HOYA Brasil. Confira a seguir, 5 dicas importantes sobre o momento ideal para levar as crianças ao oftalmologista.

1. A importância de visitas regulares ao oftalmologista: de acordo com a Sociedade Brasileira de Oftalmopediatria (SBOP) em sua última recomendação (2021): “se factível, um exame oftalmológico completo pode ser feito pelo oftalmologista entre 6 a 12 meses de vida. Além disso, pelo menos um exame oftalmológico completo deve ser realizado entre 3 e 5 anos de idade, preferencialmente aos 3 anos”.

O que se quer dizer com essa recomendação é que sempre que possível, já devemos realizar o exame da criança até os 12 meses, mas quando não for possível, obrigatoriamente, o exame de 3 a 5 anos tem que ser feito.

Essas recomendações possuem o objetivo de evitar que haja alguma falha no desenvolvimento neurológico da visão, já que ocorre nos primeiros anos de vida. “O diagnóstico precoce de graus muito altos, desvios oculares, diferenças de grau entre os olhos e outras questões possibilita o tratamento em tempo hábil para evitar que o olho não se desenvolva da melhor forma”, destaca a especialista.

2. Cuidados com a saúde ocular dos bebês: as doenças infecciosas contraídas ainda na gestação são as principais causas de alterações oculares no nascimento. É preciso ter atenção ao pré-natal, com acompanhamento contínuo de um especialista para identificar qualquer problema com o bebê. Além disso, é importante tomar alguns cuidados durante o período de gestação, como lavar bem verduras e legumes, evitando a ingestão de alimentos crus, no caso da toxoplasmose; higiene das mãos, para se preservar contra herpes, por exemplo, entre outras medidas.

Em relação ao diagnóstico, o teste do reflexo vermelho (ou teste do olhinho) é realizado ao nascer, até 72 horas de vida e repetido pelo pediatra durante as consultas pelo menos três vezes ao ano durante os primeiros 3 anos de vida. A falha de visualização ou anormalidades do reflexo são indicações para um encaminhamento urgente para um oftalmologista. Esse teste pode detectar o retinoblastoma (um tumor ocular grave), catarata congênita, glaucoma congênito, dentre outras alterações. É importante dizer que esse teste é fundamental mas não detecta outras alterações oculares que só são diagnosticadas na consulta de rotina com o oftalmologista.

3. Fique atento aos sinais e sintomas nos olhos das crianças: a criança nem sempre consegue expressar o que sente, além de muitas vezes não ter a percepção do que é uma visão boa ou ruim. Por isso, a melhor maneira de identificar problemas oculares nas crianças é por meio de consulta de rotina com o oftalmologista.

É importante que essa consulta seja realizada periodicamente para avaliar se a visão da criança está se desenvolvendo normalmente. Os responsáveis devem ficar atentos a sinais e sintomas que possam estar relacionados a algum problema visual como: coçar os olhos, apertar os olhos, piscar muito, dores de cabeça, problemas de aprendizagem, episódios de agitação ou aparente desatenção, dificuldades na locomoção ou quedas frequentes.

Muitos responsáveis acabam não levando a criança pequena ao oftalmologista pois acham que o médico não conseguiria realizar o exame por causa da idade, mas isso não é verdade. É possível realizar um exame muito completo, com inspeção dos olhos e anexos, avaliação da função visual apropriada para a idade, avaliação da motilidade e alinhamento ocular, refração sob cicloplegia e avaliação do fundo de olho dilatado.

4. O diagnóstico precoce é muito importante: em casos de doenças mais graves como tumores, por exemplo, o diagnóstico precoce pode salvar a vida da criança, mas felizmente esses casos graves são raros. “Nosso maior medo em relação aos casos mais comuns do dia a dia é que a criança chegue tarde ao consultório, após a fase em que ainda é possível estimular o desenvolvimento neurológico da visão”, completa Dra. Juliana.

Podemos dar um exemplo de uma criança que tenha um grau muito maior num olho do que no outro. Essa criança pode não se queixar de nada, mas seu cérebro está desenvolvendo mais a visão do olho que já enxerga melhor (de menor grau). O olho de pior visão (maior grau) pode não se desenvolver da mesma forma, o que chamamos de ambliopia (popularmente conhecido como “olho preguiçoso”).

Quando a criança chega no consultório ainda pequena, podemos fazer a correção do grau com óculos, em alguns casos usar tampão ocular, e com esses tratamentos estimular o desenvolvimento da visão igualmente nos dois olhos. Quando a criança chega tarde, muitas vezes não é possível e ela se transforma em um adulto com visão baixa em um dos olhos.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, em todo o mundo cerca de um bilhão de pessoas apresentam algum problema ocular que poderia ser evitado ou tratado.

5. Preste atenção no impacto das telas na saúde ocular: as telas apresentam um impacto direto na visão das crianças e adolescentes e, com isso, há uma preocupação crescente com possíveis danos no desenvolvimento visual. Os casos de miopia tem crescido em todo o mundo e o uso excessivo da visão de perto (não só nas telas) é um dos vilões. O uso por muitas horas estimula o crescimento do olho aumentando a miopia. Essa é uma questão que os oftalmologistas têm estudado muito e na consulta orientamos as famílias em relação às mudanças de comportamento e aos tratamentos disponíveis, pois a miopia (especialmente quando mais alta) pode levar a alterações da retina e baixa visão. Hoje temos bons tratamentos para controlar esse aumento da miopia, mas evitar esse uso excessivo da visão de perto é também fundamental.

Além disso, as crianças apresentam cada vez mais sintomas como olho seco e cansaço visual devido ao excesso de tempo de tela. Isso ocorre porque durante a exposição da tela, piscamos menos do que o necessário, diminuindo a lubrificação. É fundamental fazer pausas periódicas para descansar a visão e melhorar a lubrificação. A cada 20 minutos usando a visão de perto deve-se desviar o olhar para algo a aproximadamente seis metros de distância (20 pés) e fixar a visão por 20 segundos (chamamos isso de 20/20/20).

Sobre a HOYA

A Hoya Vision Care é uma empresa japonesa que produz lentes para óculos de alta tecnologia desenvolvidas para correção de problemas da visão, como miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia. Em seu portfólio estão produtos ópticos, incluindo filtros fotocromáticos e lentes de óculos, como a MiYOSMART, única lente pautada em seis anos de estudos e que reduz em até 60% a progressão da miopia infantil. A lente conta com a pioneira D.I.M.S. technology, tecnologia patenteada pela HOYA e desenvolvida em colaboração com a Universidade Politécnica de Hong Kong, que corrige o defeito visual em toda a sua superfície e possui uma área de tratamento em forma de anel para diminuir e até frear a progressão da miopia.

Protegendo bebês

Saúde do DF é pioneira na aplicação de medicamento contra bronquiolite

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Nirsevimabe bronquiolite
Foto/Imagem: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF

O Governo do Distrito Federal (GDF) dá um passo importante para a proteção da saúde de bebês prematuros: a capital do Brasil é a primeira unidade da federação a aplicar o Nirsevimabe na rede pública de saúde. O medicamento adquirido pela Secretaria de Saúde (SES-DF) é um anticorpo de ação prolongada que protege bebês contra infecções graves causadas pelo vírus sincicial respiratório (VSR), principal responsável por casos de bronquiolite e pneumonia nos primeiros meses de vida.

A pequena Ana Ísis, nascida com 36 semanas, foi a primeira bebê da rede pública a tomar o medicamento. Nesta quinta-feira (17), ao lado da mãe Raimunda Ribeiro, 38 anos, ela recebeu o Nirsevimabe no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib). Ana Ísis integra o público-alvo do medicamento: recém-nascidos prematuros, com idade gestacional entre 32 semanas e 36 semanas e 6 dias, nascidos a partir de 1º de outubro de 2024 – faixa etária que integra o período de maior circulação do VSR no Distrito Federal em 2025.

“O Nirsevimabe representa um avanço enorme na proteção da primeira infância. Essa ação reforça o compromisso do Governo do Distrito Federal com a prevenção, o cuidado e a inovação na saúde pública, especialmente para os nossos pequenos mais vulneráveis”, afirmou o secretário de Saúde do DF, Juracy Cavalcante Lacerda Júnior.

A aplicação do medicamento é feita antes do pico da sazonalidade das infecções respiratórias em bebês, como medida preventiva para reduzir complicações e internações – o que tem impacto direto na ocupação de leitos de UTI neonatal. A distribuição está sendo realizada para as 11 maternidades da rede pública, de forma proporcional à estimativa de nascimentos prematuros.

Todo o processo seguirá um protocolo rigoroso e humanizado da SES-DF, elaborado em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria e o Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB). A capacitação dos profissionais da rede – médicos, enfermeiros e farmacêuticos – já foi iniciada.

Aprovado pela Anvisa em outubro de 2023 e incorporado ao SUS em fevereiro deste ano, o Nirsevimabe é um anticorpo pronto, que oferece proteção imediata sem necessidade de ativação do sistema imunológico, sendo especialmente eficaz para prematuros e crianças com menos de dois anos com comorbidades.

“É importante destacar que o Palivizumabe continuará sendo utilizado para os grupos de risco já estabelecidos, como crianças com cardiopatias congênitas e displasias pulmonares. O Nirsevimabe vem ampliar a estratégia de proteção, de forma complementar e integrada ao protocolo vigente”, explicou a médica pediatra e gestora da SES-DF, Julliana Macêdo.

Com essa iniciativa pioneira, o Distrito Federal assume o protagonismo nacional no enfrentamento das síndromes respiratórias graves em crianças, priorizando a vida desde os primeiros dias.

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26 de abril

Dia nacional de prevenção à hipertensão alerta para o controle da doença

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Ao Vivo de Brasília
hipertensão arterial
Foto/Imagem: Freepik

Celebrado no próximo sábado, 26, o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial faz um alerta importante para a conscientização da população sobre a identificação dessa doença “silenciosa”, mas que pode ser controlada com o acompanhamento médico e mudanças de hábitos.

Estima-se que cerca de 27,9% dos brasileiros sejam hipertensos. A maior prevalência ocorre entre mulheres, com 29,3% das pessoas do sexo feminino com a doença. Entre os homens, 26,4% tem hipertensão. Os dados são do levantamento feito pelo Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) do Ministério da Saúde, realizado, em 2023, nas 27 capitais.

O médico da Família e Comunidade da Amparo Saúde, Pedro Pina, informa que “a hipertensão arterial sistêmica, popularmente conhecida como pressão alta, é uma condição crônica caracterizada pelo aumento persistente da pressão sanguínea nas artérias. Isso significa que o coração precisa fazer mais força para bombear o sangue para o resto do corpo, o que pode causar sérios problemas de saúde ao longo do tempo”.

Pina explica que uma pessoa é considerada hipertensa quando apresenta valores iguais ou superiores a 140/90 mmHg em medições repetidas em diferentes ocasiões. “É importante ressaltar que apenas uma aferição acima do normal não caracteriza hipertensão arterial sistêmica, mas indica que a pessoa deve procurar um médico para compreender o motivo”, salienta ele, acrescentando que o diagnóstico preciso para essa doença “silenciosa” deve ser feito por um profissional de saúde, considerando também fatores de risco e condições clínicas.

A pressão alta pode ter diversas causas, incluindo fatores genéticos, como histórico familiar de hipertensão; hábitos alimentares inadequados, com o consumo excessivo de sal, gorduras e alimentos ultraprocessados; sedentarismo; obesidade; estresse; tabagismo; consumo excessivo de álcool; e doenças preexistentes, a exemplo de diabetes e doenças renais.

Sinais de pressão alta

Os sintomas da hipertensão podem não aparecem em todos os pacientes, como alerta Pina, tornando a doença ainda mais perigosa. No entanto, alguns sinais podem indicar que algo está errado, como dores de cabeça frequentes, tontura e mal-estar, visão embaçada ou alterações visuais associadas à dor de cabeça, falta de ar e dor no peito.

“Caso esses sintomas apareçam, é essencial buscar atendimento médico, porque o grande problema da hipertensão arterial sistêmica são suas consequências. Se não for controlada, ela pode levar a sérias complicações, como acidente vascular cerebral (AVC), infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca, doenças renais e problemas na visão”, informa.

Embora seja mais comum em adultos, crianças e adolescentes também podem desenvolver hipertensão, principalmente devido a fatores genéticos, obesidade e maus hábitos alimentares. “O acompanhamento pediátrico é fundamental para a prevenção e tratamento. A hipertensão em crianças, geralmente, tem causas de maior gravidade e que precisam ser investigadas com maior atenção”, pontua.

Para confirmar o diagnóstico da hipertensão será necessária a aferição da pressão arterial em diferentes momentos. Em alguns casos, exames complementares, como monitorização ambulatorial da pressão arterial (Mapa) ou monitorização residencial da pressão arterial (MRPA), podem ser solicitados pelo médico.

“O tratamento inclui mudanças no estilo de vida e, em muitos casos, o uso de medicamentos anti-hipertensivos”, informa Pina, pontuando que as principais medidas para o controle da hipertensão são: reduzir o consumo de sal e alimentos ultraprocessados, principalmente aqueles ricos em sódio, como refrigerantes; praticar atividade física regularmente para manter um peso saudável; controlar o estresse e evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, além de seguir corretamente as orientações médicas e tomar os medicamentos prescritos.

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