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Todo cuidado é pouco

Acidentes com animais peçonhentos aumentam quase 12% no DF

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animais peçonhentos
Foto/Imagem: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF


Dados da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) apontam um aumento de 11,9% nos acidentes envolvendo animais peçonhentos entre 2023 e 2024. No ano passado, foram registrados mais de 4,3 mil acidentes, dos quais 3.995 ocorreram entre moradores do Distrito Federal. Desse total, mais de 3,4 mil casos foram provocados por escorpiões. Essa tendência se manteve na primeira semana epidemiológica de 2025, com 52 notificações, sendo 85% relacionadas ao animal.

Embora os dados mostrem um número expressivo de ocorrências envolvendo escorpiões, a letalidade histórica desses acidentes no DF permanece igual ou inferior à média nacional. Em 2024, por exemplo, houve apenas um óbito entre residentes do DF. A maioria dos casos (90%) foi classificada como leve, enquanto 7,4% foram considerados moderados.

Para orientar e integrar as diferentes áreas da saúde, o Comitê de Monitoramento de Eventos em Saúde Pública (CMESP) realiza reuniões quinzenais. Durante o último encontro, no dia 9 de janeiro, a diretora de Vigilância Epidemiológica da SES-DF, Juliane Malta, destacou a importância do atendimento rápido aos pacientes.

“A letalidade por acidentes com escorpiões está diretamente relacionada ao tempo entre o acidente e o atendimento. A literatura aponta que, quanto mais rápido o paciente recebe suporte, menor é o risco de complicações graves ou óbito. No DF, observamos que a maioria dos casos foi atendida em até três horas”, explicou.

Tratamento

O tratamento para envenenamento por animais peçonhentos varia de acordo com o tipo de animal e a gravidade do caso. Dependendo dos sintomas, medidas iniciais para alívio da dor, como compressas mornas, podem ser adotadas. No entanto, é fundamental que o paciente procure o serviço de saúde mais próximo para avaliação e tratamento adequado. A administração de soro específico dependerá de cada situação.

No caso de picadas de escorpião, as orientações incluem lavar o local com água e sabão, manter o membro afetado elevado e buscar atendimento médico imediatamente. Não se deve realizar torniquetes ou garrotes, nem furar, cortar, aplicar substâncias ou tentar sugar o veneno.

Proliferação

Escorpiões geralmente se abrigam em ambientes úmidos e escuros, podendo acessar residências por meio de conectores, como ralos, tomadas e redes elétricas. Durante períodos de chuva, animais peçonhentos, como os próprios escorpiões e as aranhas, buscam locais secos, muitas vezes dentro de casas, o que aumenta o risco de acidentes.

Manter jardins, quintais e outros espaços externos limpos e organizados é essencial para prevenir a presença não apenas de escorpiões, mas também de outros animais peçonhentos. É recomendável o uso de luvas de couro e botas ao manusear entulhos ou realizar atividades em áreas de risco.

Rede de atendimento

Em caso de acidentes, procure imediatamente a unidade de saúde mais próxima. No site da SES-DF, há uma lista de locais que disponibilizam soros antivenenos. Também é possível entrar em contato com o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox), que oferece atendimento 24 horas. Os telefones 0800 644 6774 e 0800 722 6001 estão disponíveis para orientar sobre os primeiros cuidados.

Xô, Aedes!

GDF intensifica o combate à dengue no Distrito Federal

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combate à dengue df
Foto/Imagem: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

O Governo do Distrito Federal (GDF) intensifica o combate à dengue com ações diárias em todas as 35 regiões administrativas. O reforço na equipe, com a nomeação de 400 agentes de Vigilância Ambiental (Avas) e 400 agentes comunitários de saúde (ACSs), ampliou a cobertura do serviço, permitindo mais visitas e fortalecendo as estratégias de prevenção e controle da doença na capital.

“Estamos trabalhando diariamente e atuando de forma intensa para reduzir ao máximo os casos de dengue no Distrito Federal e, nesta missão, precisamos também da ajuda da população”, destacou a vice-governadora Celina Leão.

Celina Leão lembou que a nomeação dos agentes é apenas uma das medidas adotadas pelo GDF no enfrentamento à doença. Mutirões para a retirada de lixos e inservíveis, implantação de armadilhas contra o mosquito transmissor e o lançamento do aplicativo e-Visit@ DF Endemias são algumas das iniciativas em andamento. Além disso, drones serão utilizados para mapear locais de risco antes da chegada dos agentes.

“Reforçamos o quadro de servidores, ampliamos as ações integradas de limpeza urbana e intensificamos a conscientização dos cidadãos. Os resultados já aparecem: conseguimos reduzir os casos em cerca de 95% em relação ao ano passado. Esse avanço só foi possível graças ao trabalho incansável dos agentes de vigilância ambiental em saúde, que estão na linha de frente dessa missão”, prosseguiu a gestora.

Trabalho de campo

Além dessas iniciativas, o trabalho de campo segue intenso em todas as regiões. Na última segunda-feira (3), agentes de vigilância ambiental em saúde percorreram as ruas do Recanto das Emas para orientar a população e eliminar focos do mosquito Aedes aegypti.

“A presença dos Avas nas residências do DF é fundamental para o combate à dengue. Eles atuam de forma direta, orientando a população sobre as medidas preventivas e identificando focos do mosquito transmissor. Cada visita é uma oportunidade de reforçar a conscientização e agir rapidamente para evitar a proliferação do Aedes aegypti, protegendo assim a saúde de toda a comunidade”, ressaltou a secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio.

Entre os agentes recém-nomeados, está João Vitor Ibiapina. De casa em casa, ele e a equipe de Vigilância Ambiental em Saúde do Recanto das Emas verificavam caixas-d’água, vasos de plantas, calhas e outros locais propensos ao acúmulo de água parada, além de esclarecer dúvidas dos moradores. “A recepção da população tem sido bem melhor do que eu imaginava. Foram poucas as vezes em que recebi uma negativa em relação a poder entrar nas residências; os moradores têm sido muito receptivos”, avaliou.

A supervisora dos Avas do Recanto das Emas, Aline Cândida, explica que cada agente recebe um itinerário e visita, em média, de 25 a 30 residências por dia. “A comunidade fica muito feliz porque observa a presença ativa dos agentes de vigilância ambiental, que estão sempre nas casas para orientar os moradores sobre como cuidar do seu espaço. Eles fazem a coleta de larvas, que são levadas para o nosso laboratório, onde verificamos se são do vetor da doença. Se identificamos muitos focos do mosquito em determinada área, reforçamos o trabalho naquele conjunto”, detalha.

Na avaliação dos os moradores, o trabalho dos agentes é fundamental para evitar novos casos da doença. Antônio Leite, aposentado de 73 anos, fez questão de receber a equipe. “Acho importante, porque ano passado pegamos dengue aqui em casa. Sempre abro o portão para todo mundo que vem fazer a fiscalização. Atendo a todos com o maior prazer, sei que é minha obrigação como cidadão”, afirmou.

Cássio Vieira, vigilante de 45 anos, já teve dengue duas vezes e reforça a relevância da iniciativa: “É importante para fiscalizar, ver se tem algum perigo, algum foco. Um trabalho muito necessário, ainda mais nessa época de chuva, que acumula muita água, e aqui tem muitos lotes vazios”, ressaltou.

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Ações imediatas e eficazes

TCDF determina medidas urgentes para o combate à dengue no DF

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Ao Vivo de Brasília
Agentes do GDF no combate à dengue
Foto/Imagem: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Em decisão unânime, o Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) determinou que a Secretaria de Saúde do DF (SES/DF) adote ações imediatas e eficazes para reforçar o combate às doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti, como a dengue. A decisão foi tomada após uma inspeção do Tribunal, que revelou falhas graves nas ações preventivas realizadas pela pasta, incluindo a ausência de registros informatizados das visitas domiciliares.

Risco para estudantes

Em visita à Região Administrativa de Ceilândia na terça-feira, dia 28 de janeiro, o presidente do TCDF, conselheiro Manoel de Andrade, inspecionou áreas abandonadas perto de unidades da Rede Pública de Ensino.

O terreno ao lado do Centro de Educação da Primeira Infância Jasmin e do Centro de Ensino Fundamental 02 está repleto de entulho e lixo, aumentando o risco de proliferação do mosquito. A creche e a escola atendem cerca de mil estudantes, incluindo de setores de maior vulnerabilidade social, como o Pôr do Sol e o Sol Nascente. “É preciso agir preventivamente para evitar outra epidemia como a do ano passado”, afirmou o presidente da Corte.

No entorno do Centro de Atenção Integral à Criança – Caic Professor Anísio Teixeira, onde estudam cerca de 450 alunos, também há muito entulho e risco de contaminação por dengue. A área em volta do EduSesc e do Centro de Atividades do Sesc, escola particular também na Ceilândia, é utilizada para descarte irregular de lixo e entulho, podendo servir de criadouro do mosquito transmissor da doença. “É inadmissível que a administração pública não cuide disso. O combate à dengue é uma missão de todos, mas o Estado tem que ir na frente”, defendeu o presidente do TCDF.

Equipes insuficientes

A fiscalização do TCDF identificou uma insuficiência significativa no número de Agentes Comunitários de Saúde (ACS) em todas as Regiões Administrativas do DF, contrariando parâmetros ideais definidos pelas diretrizes nacionais. Em áreas como Plano Piloto, Águas Claras, Vicente Pires, Núcleo Bandeirante, Guará, Riacho Fundo I, Taguatinga e Candangolândia, o déficit ultrapassa 80% do ideal. Já Riacho Fundo II e Fercal estão um pouco mais próximas do recomendado, com 63% e 92% da força de trabalho necessária, respectivamente.

A auditoria ainda revelou que o número de Agentes de Vigilância Ambiental em Saúde (AVAS) também é inadequado. Atualmente, cada agente precisaria cobrir, em média, 2.345 imóveis, o que compromete gravemente a eficácia das ações de controle da dengue.

Determinações

Diante desse cenário, o Tribunal exigiu que a SES/DF realize com urgência um diagnóstico detalhado para dimensionar o número adequado de profissionais, tanto AVAS quanto ACS, para atender à demanda de forma eficaz. A secretaria deverá apresentar um plano com cronograma de implementação para garantir a efetividade das ações de controle da dengue.

Outra determinação do Tribunal é a criação de um sistema informatizado para registrar as visitas domiciliares dos agentes, integrando essas informações aos sistemas de saúde já existentes. A SES/DF também deverá desenvolver um sistema de monitoramento contínuo das medidas de controle, permitindo ajustes rápidos conforme as variações dos indicadores de saúde.

O TCDF recomendou ainda que a SES/DF adote um regime de zoneamento para que os AVAS atuem em áreas próximas às suas residências, otimizando os recursos e melhorando a territorialização, alinhando-se às diretrizes da Atenção Primária à Saúde.

Essas medidas visam a intensificar o combate à dengue, especialmente durante os períodos quentes e chuvosos, quando há um aumento significativo na transmissão da doença.  Em 2024, o Distrito Federal enfrentou uma epidemia de dengue. Nos três primeiros meses daquele ano, foram registrados 217 mil casos prováveis, superando o acumulado dos cinco anos anteriores, que somaram cerca de 214 mil casos.

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