Mês do Consumidor
Mutirão da Febraban negocia dívidas com 160 instituições; confira

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que congrega a maioria das instituições bancárias do país, iniciou neste sábado, 1º de março de 2025, mais uma edição do Mutirão de Negociação e Orientação Financeira, no qual as 160 instituições participantes negociarão dívidas em condições mais vantajosas do que as realizadas normalmente nas agências.
O participante pode negociar diretamente com as instituições ou através da plataforma Consumidor.gov.br. Durante o mutirão, que ocorre nos meses de março e novembro desde 2019, são oferecidas condições melhores de parcelamento, descontos e melhores condições de refinanciamento, em dívidas com cartão de crédito, cheque especial, crédito consignado e outros empréstimos com bancos e instituições financeiras.
A ação dura todo o mês de março e faz parte do Mês do Consumidor. São parceiros a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), os Procons estaduais.
Com a ferramenta Registrato, o Banco Central também colabora com o evento. Cada consumidor pode consultar suas dívidas no sistema do Banco Central por meio do qual é possível acessar, entre outros, o Relatório de Empréstimos e Financiamentos (SCR), que contém a relação de dívidas perante as instituições financeiras. Para acessar o sistema é preciso ter uma conta no Gov.br, canal de serviços digitais do governo federal.
Na última edição, em novembro de 2024, foram renegociados 1,75 milhão de contratos e desde 2019, foram 33 milhões. Informações sobre os canais de negociação e um passo a passo para participar estão no site Meu Bolso em Dia, que faz parte da campanha.
Também há a possibilidade de negociar com a Serasa, parceira da campanha com o Feirão Limpa Nome, e nas agências dos Correios, que permitem atendimento físico da visualização de dívidas até a pacto dos novos acordos.
Para facilitar a vida do consumidor, são oferecidos diferentes canais de negociação. Vale lembrar que, em todos eles, as condições oferecidas pelas instituições financeiras serão as mesmas. Por isso, a primeira dica é procurar o seu banco ou financeira e informar seu desejo de negociação pelo Mutirão. Confira, também, outros canais.
Por onde começar
A orientação do mutirão é que o consumidor:
- entre em contato com o banco ou a financeira usando os canais oficiais disponibilizados pela instituição;
- informe que deseja renegociar pelo Mutirão da Febraban;
- Informe a dívida que deseja quitar;
- pergunte quais são as condições (descontos e prazos) oferecidas;
- Se concordar com o que foi proposto, peça para assinar o acordo de negociação.
Alguns bancos e financeiras criaram canais específicos para este Mutirão. Veja a lista no site.

Atlas Mundial da Obesidade 2025
Uma a cada três pessoas no Brasil vive com obesidade, mostra relatório

Aproximadamente uma a cada três pessoas no Brasil, 31%, vive com obesidade e essa porcentagem tende a crescer nos próximos cinco anos. No país cerca da metade da população adulta, entre 40% e 50%, não pratica atividade física na frequência e intensidade recomendadas.
Os dados são do Atlas Mundial da Obesidade 2025, da Federação Mundial da Obesidade (World Obesity Federation – WOF).
O relatório mostra que, no Brasil, 68% da população tem excesso de peso e, dessas, 31% tem obesidade e 37% tem sobrepeso. O Atlas traz ainda uma projeção de que o número de homens com obesidade até 2030 pode aumentar em 33,4%. Entre as mulheres, essa porcentagem pode crescer 46,2%.
O sobrepeso e a obesidade podem trazer riscos. Segundo o Atlas, 60,9 mil mortes prematuras no Brasil podem ser atribuídas as doenças crônicas não transmissíveis devido ao sobrepeso e obesidade, como diabetes tipo 2 e Acidente Vascular Cerebral (AVC) – a informação é baseada em dados de 2021.
Diante desse cenário, o endocrinologista Marcio Mancini, diretor do Departamento de Tratamento Farmacológico da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso) e diretor da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), diz que o Brasil precisa tratar o sobrepeso e a obesidade com uma questão de saúde pública.
“É um problema de saúde pública, não dá mais para responsabilizar um indivíduo. Não dá para falar para aquela pessoa que sai às 5h da manhã de casa e chega em casa às 21h, que passa várias horas em transporte público, para comer mais frutas e legumes e ir para academia fazer exercício”, defende. “O problema de saúde pública tem que ser enfrentado com medidas de saúde pública”, enfatiza.
Ele cita exemplos de medidas como aumentar as taxas de bebidas açucaradas como formas de conscientizar a população e colocar avisos nos rótulos dos alimentos de que aquele produto possui altas taxas de açúcares adicionados, gorduras saturadas e sódio. Mas reforça que ainda são necessárias outras ações, como reduzir os preços de alimentos saudáveis e campanhas permanentes nas escolas.
“Tem um dia por ano que se fala de alimentação saudável na escola. Isso não adianta absolutamente nada. Ninguém vai mudar a sua alimentação por escutar uma vez do ano alguma coisa sobre a alimentação saudável. Tem muito a ser feito”, diz o médico.
Ele acrescenta que até mesmo medidas de segurança pública e urbanismo podem incentivar e permitir que a população tenha uma melhor qualidade de vida.
“Até mesmo violência urbana, iluminação urbana [têm impacto] porque as pessoas têm medo de andar na rua. As pessoas poderiam usar menos o carro e usar transporte público, se o transporte público fosse de qualidade”, diz. “Ter parques em todas as regiões da cidade, não só em regiões privilegiadas, ter calçadas adequadas para as pessoas caminharem. Vai muito além de só falar para a pessoa, olha, coma direito e vá se movimentar”.
Situação no mundo
De acordo com o Atlas, atualmente, mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo vivem com obesidade. Projeções indicam que esse número pode ultrapassar 1,5 bilhão até 2030, caso medidas efetivas não sejam implementadas.
O relatório mostra que dois terços dos países estão despreparados para lidar com o aumento dos níveis de obesidade, com apenas 7% tendo sistemas de saúde adequadamente preparados.
A obesidade está ligada a 1,6 milhão de mortes prematuras anuais por doenças não transmissíveis, superando as fatalidades em acidentes de trânsito. A Federação Mundial da Obesidade calcula um possível aumento de 115% na obesidade entre 2010 e 2030, e pede que a questão seja tratada por “toda a sociedade”, com políticas como rotulagem de alimentos, tributação e promoção da atividade física.
O relatório mostra que os índices brasileiros são melhores que os dos Estados Unidos, por exemplo, com 75% da população com excesso de peso e, dentro desse grupo, 44% das pessoas com obesidade. Mas, na outra ponta, são piores que países como a China, com 41% da população com excesso de peso e, desses, 9% com obesidade.
“Apesar de a alimentação do brasileiro estar piorando ano a ano, cada vez se come menos arroz e feijão e se come mais esses alimentos processados, o Brasil não come tanto ultraprocessado como os Estados Unidos, por exemplo. É o momento de tentar reverter esse cenário”, defende Mancini.
Mudar o Mundo Pela Saúde
Diante desses dados, a campanha Mudar o Mundo Pela Saúde busca mobilizar governos, organizações de saúde e toda a sociedade para promover mudanças. Esta terça-feira (4) é o Dia Mundial da Obesidade, que buscar conscientizar população e governos sobre a obesidade.
Como parte da campanha no Brasil, a Abeso, em parceria com a Sociedade SBEM, lança o e-book gratuito Mudar o Mundo Pela Nossa Saúde, que tem como objetivo analisar e propor mudanças em políticas públicas, iniciativas privadas e diversos setores para criar sistemas mais eficazes na prevenção e tratamento da obesidade.
Gustavo Quirino
Médico-veterinário alerta para cuidados com os pets durante onda de calor

Segundo a Organização Mundial de Meteorologia, o calor intenso experimentado nas últimas semanas deve continuar, sendo registradas as máximas temperaturas já vistas no Brasil nos últimos anos. Um sinal de alerta para os tutores de pets durante a onda de calor, que devem ficar atentos ao comportamento dos animais e redobrar alguns cuidados quando o assunto é a alimentação e hidratação, levando em conta as particularidades dos cães e dos gatos.
Os cães, por exemplo, regulam a temperatura de seu corpo por meio da ofegação, o que faz com que percam uma considerável quantidade de água. Por isso, seu consumo hídrico deve ser maior nos dias mais quentes. Os gatos, por sua vez, são descendentes de animais que viviam no deserto e, como reflexo, ainda hoje bebem pouca água voluntariamente, mesmo no calor. Por isso, os felinos necessitam de estímulo constante para maior ingestão hídrica.
Outro ponto a ser considerado é que o calor pode levar à diminuição do apetite. Além disso, o cuidado deve ser ainda maior em relação à conservação do alimento, tanto o armazenado quanto o que ficará disponível no comedouro, pois nessa temporada, além da alta temperatura e umidade, ocorre maior proliferação de insetos transmissores de doenças, como moscas, formigas e baratas, e outras pragas que contaminam os alimentos e que são atraídos pela ração.
O médico-veterinário Gustavo Quirino, que atua na capacitação técnica de nutrição de cães e gatos na Adimax, reforça os principais cuidados com os pets no calor. Seguindo essas dicas o tutor estará proporcionando saúde, bem-estar e qualidade de vida ao seu pet!
✔ Mantenha o bebedouro e o comedouro em ambiente tranquilo, fresco, livre da luz solar direta e da possibilidade de pegar chuva;
✔ Tenha mais de um bebedouro espalhado pela casa, tanto para os cães quanto para os gatos, pois isso estimula a ingestão de água;
✔ Quando possível, prefira fontes de água (principalmente para gatos), pois eles dão preferência por água fresca e corrente, estimulando, assim, o consumo;
✔ Lave e troque a água do bebedouro do animal pelo menos uma vez ao dia; podem ser adicionadas pedras de gelo no bebedouro;
✔ Procure reorganizar os horários de alimentação para os períodos mais frescos do dia (manhã e noite); se viajar, leve a alimentação que seu pet já está acostumado. Nunca faça trocas bruscas;
✔ Evite deixar sobras de alimentos no pote para evitar atrair insetos e também para evitar que o alimento se deteriore pela exposição prolongada. Além disso, a exposição longa promove perda do aroma, crocância e sabor, diminuindo a aceitação;
✔ Adicione alimentos úmidos na dieta, como os sachês, que colaboram para a ingestão hídrica. Estes alimentos podem ainda ser misturados com água e colocados em formas de gelo, e oferecidos ao pet como “sorvete”;
✔ Sempre que sair para passeios mais longos ou se o pet for te acompanhar na rotina, jamais esqueça de levar seu bebedouro e uma garrafinha com água para ir oferecendo;
✔ Na loja, verifique se o pacote do alimento a ser adquirido não apresenta pequenos furos ou até pequenos rasgos, que podem ter sido porta de entrada para insetos, bem como observe se nas dobras não existem pequenos pontos brancos ou “teias” que podem indicar contaminação do alimento por insetos;
✔ Em casa, se optar por manter o produto na embalagem original, garanta que estará bem fechada e vedada, longe do chão e de paredes. Se for utilizar um recipiente para guardar, ele deve ser bem vedado, limpo, seco e proteger o alimento da luz. Independentemente da escolha, o alimento deve ser sempre guardado em ambiente seco, ao abrigo da luz e longe de produtos químicos. E muito importante: não se esqueça de guardar a embalagem original para uma eventual necessidade de contato com o fabricante.
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