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Mercado de trabalho

Estudo do Ipea aponta população ocupada nos maiores níveis em 10 anos

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Foto/Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Agência Brasil

A nova edição do Boletim de Mercado de Trabalho do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgada nesta quarta-feira (9), consolida indicadores que comprovam as melhorias no mercado de trabalho brasileiro. Com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Ipea ressalta que a força de trabalho e a população ocupada estão nos maiores maiores níveis registrados desde o início da série histórica da PNAD Contínua em 2012.

No segundo trimestre deste ano, a força de trabalho atingiu 109,4 milhões de pessoas, com 101,8 milhões de população ocupada. No terceiro trimestre, esse indicador bateu novo recorde, chegando a 102,5 milhões de pessoas ocupadas no Brasil.

Com foco no segundo trimestre, os pesquisadores do Ipea destacam que o emprego formal também apresentou crescimento, com uma alta de 4,0% em relação ao segundo trimestre de 2023. O Novo Caged registrou a criação de 1,7 milhão de novas vagas com carteira assinada, representando um aumento de 3,8% no período.

Setores

A taxa de desocupação, segundo a pesquisa, atingiu seu menor nível desde o quarto trimestre de 2014, caindo para 6,9%. A taxa de desemprego de longo prazo também caiu (-1,5 pontos percentuais), e houve uma pequena redução no desalento (-0,4 pontos percentuais).

De acordo com o Ipea, as quedas foram significativas em diversas categorias e, exceto no recorte por gênero, as reduções no desemprego contribuíram para a diminuição das desigualdades dentro de cada grupo.

Entre os setores da economia, destacaram-se os de transporte, informática e serviços pessoais. O crescimento do emprego formal foi observado na maioria dos setores, com exceção da agropecuária, dos serviços domésticos e do setor de utilidade pública.

A renda média também cresceu no segundo trimestre de 2024 em comparação ao mesmo período do ano anterior, com um aumento real de 5,8%, encerrando o trimestre em R$ 3.214.

A massa salarial real registrou um crescimento expressivo de 9,2% em termos interanuais, atingindo R$ 322,6 bilhões, significando um acréscimo de R$ 27 bilhões em relação ao primeiro trimestre de 2023.

Desafios

Apesar dos avanços, os pesquisadores do Ipea alertam para alguns desafios. De acordo com nota divulgada pelo Instituto, a estabilidade das taxas de subocupação e de participação da força de trabalho nos últimos trimestres são motivos de preocupação.

“É crucial entender por que o número de inativos permanece elevado, totalizando 66,7 milhões de pessoas fora da força de trabalho. Entre elas, 3,2 milhões desistiram de procurar emprego devido ao desalento – um grupo que deveria ser prioridade para a reintegração ao mercado de trabalho”, aponta o estudo.

Os pesquisadores também destacam a necessidade de investigar mais profundamente as causas desse desalento e de investir em políticas eficazes para atrair essa parcela da população para oportunidades produtivas.

Outro ponto de preocupação do Ipea é o setor agropecuário, que registrou sua nona redução consecutiva na população ocupada. Além disso, problemas estruturais continuam a impactar o mercado de trabalho, com muitos trabalhadores ainda presos a empregos informais, sem acesso a proteções sociais e trabalhistas.

As desigualdades regionais, de gênero, raça, idade e escolaridade, tanto em termos de oportunidades de inclusão produtiva quanto de rendimento médio mensal, seguem como desafios críticos.

Atualizado em 10/10/2024 – 07:25.

Karin Botteon

Médica-veterinária destaca prevenção de câncer de mama em cadelas

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Câncer de mama cadela
Foto/Imagem: Freepik

As ações destinadas ao Outubro Rosa também refletem no mundo animal. E, anualmente, são feitas campanhas de conscientização sobre a doença para os pets, principalmente em cães, trazendo maior notoriedade à causa e informações relevantes aos tutores. Segundo pesquisa do médico-veterinário Andrigo Barbosa Nardi, divulgada em seu livro Oncologia em Cães e Gatos (2009), os animais representam 25% da incidência, e esse número salta para 45% quando o recorte é de fêmeas caninas em idade avançada e que não foram castradas.

Suas causas principais em animais variam entre questões genéticas, hormonais e a falta de nutrientes na alimentação, sendo perceptível por um nódulo ou caroço nas mamas do animal. “A percepção da patologia também pode ser feita por meio do toque ou observação da mama avermelhada, inchada ou com secreção. Por isso, o acompanhamento médico frequente e o tratamento precoce são fundamentais para reverter o quadro clínico do animal”, explica Karin Botteon, médica-veterinária e gerente técnica da área de pets da Boehringer Ingelheim.

Ainda com dados do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), 20% dos diagnósticos são realizados de maneira tardia, dificultando a ação do profissional da saúde. “É recomendado que sejam feitos check-ups frequentes com os médicos-veterinários para que esse tipo de patologia, e outra doenças similares, silenciosa seja identificada o quanto antes”, complementa Botteon.

Para que haja o controle da doença, a castração segue sendo a principal forma de prevenir os tumores mamários, sendo recomendada já nos primeiros anos de vida da cadela ou após o segundo cio. Fazendo a prevenção precoce, é estimado uma redução de 90% na possibilidade de criar um tumor durante a vida do pet.

Já após o ato da castração, é fundamental que o cão seja tratado com medicamentos que evitem dor e inflamação. A veterinária reforça que, com o tratamento adequado, as cadelas não sofrem dor. “Muitos tutores, por sentirem pena dos pets, apresentam resistência ao ato da castração. Porém, é necessário entender que essa é uma questão de saúde, e, que em muitos casos, o prevenirá de diversas doenças no futuro, em especial o câncer de mama”, finaliza Botteon.

Atualizado em 19/10/2024 – 08:54.

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Dr. André Ceballos

É possível detectar traços de psicopatia na infância? Especialista responde

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psicopatia na infância
Foto/Imagem: Freepik

Na última semana o caso de uma criança de nove anos invadiu um hospital veterinário e matou 23 animais em Nova Fátima, no Paraná, chocou o país, gerou indignação em pais e responsáveis e colocou a classe médica para discutir o que leva uma criança a cometer uma barbárie como esta: problemas genéticos, mentais ou um surto momentâneo?

Para o Dr. André Ceballos, neurocirurgião especializado no desenvolvimento infantil, não é possível fechar um diagnóstico para essa criança, principalmente considerá-la uma psicopata como o tribunal da internet está fazendo. “Antes de qualquer coisa é importante não rotular crianças com diagnósticos severos baseados em comportamentos isolados” – pontua. O médico também esclarece que comportamentos agressivos não são necessariamente indicativos de psicopatia, e podem estar relacionados a outros transtornos, como TDAH ou TEA, mas cada criança é única, e é fundamental realizar uma avaliação individualizada para entender as origens de comportamentos diferentes.

Além disso, para a Classificação Internacional de Doenças (CID) e a comunidade médica, termos como “psicopatia” não podem ser aplicados a crianças e por isso, condições como Transtornos de Conduta ou Transtorno Desafiador Opositivo podem ser mais apropriados. Mas de qualquer maneira, é necessária uma avaliação multidisciplinar para identificar e realizar o tratamento adequado.

O neurocirurgião aproveita esse caso para fornecer um alerta: o primeiro passo para criar adultos saudáveis é cuidar deles na primeira infância, observando, monitorando e acompanhando todos os marcos do desenvolvimento infantil. “A demora para atingir algum destes marcos ou a ausência total dele merece atenção e acompanhamento. Falta de empatia e a ausência de interação social podem ser preocupantes, por exemplo. Assim como as crianças que não demonstram interesse em brincar com outras ou que apresentam comportamentos agressivos persistentes”, comenta.

Intervenções precoces podem mudar o rumo de crianças com comportamentos preocupantes. “Pais atentos, avaliações profissionais e acompanhamento médico especializado fazem uma grande diferença”, afirma Dr. André Ceballos.

Afinal, é na primeira infância que as crianças estão vivendo a fase mais importante do desenvolvimento humano dos pontos de vista biológico, psicológico e social e por isso, devem viver em um ambiente seguro, acolhedor, com suporte emocional e rotinas consistentes. “Ambientes estressantes, falta de estímulo e apego inseguro podem impactar o desenvolvimento emocional da criança e gerar adultos com comportamentos antissociais”, alerta.

Para isso, Ceballos reforça o papel crucial que os pais e responsáveis desempenham na identificação precoce de atrasos ou desvios de comportamento, permitindo intervenções que podem fazer toda a diferença no futuro da criança. “É dever dos adultos encorajar habilidades sociais e empatia por meio de brincadeiras e atividades que promovam a compreensão dos sentimentos dos outros”, finaliza.

É essencial abordar comportamentos preocupantes com seriedade e empatia, buscando compreender as causas subjacentes e fornecendo o suporte necessário. A sociedade como um todo tem a responsabilidade de apoiar famílias e promover o desenvolvimento saudável de todas as crianças.

Atualizado em 19/10/2024 – 06:52.

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