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Prevenção

Especialistas alertam para a importância de idosos se vacinarem contra a gripe

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Foto/Imagem: Breno Esaki/Agência Saúde-DF


Tradicionalmente realizada entre os meses de abril e maio, a campanha de vacinação contra o vírus Influenza (gripe), organizada pelo Ministério da Saúde, foi antecipada em razão do aumento da circulação de vírus respiratórios no país. Em alguns lugares – como a região norte, que foi vacinada entre novembro e dezembro, atendendo a particularidades climáticas locais – a vacinação já foi iniciada. A estimativa é que 75 milhões de pessoas sejam imunizadas.

A presidente da Comissão de imunização da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), Dra. Maisa Kairalla, fala sobre o significado da campanha: “A campanha da gripe é fundamental para incentivar a adesão à vacinação. Bem como demonstrar a importância da prevenção, especialmente, em pessoas idosas, que são mais suscetíveis, uma vez que a idade avançada é um dos principais fatores de risco para formas graves e complicações pela doença”.

Anualmente, a vacina tem a sua composição atualizada. Para 2024, a vacina utilizada é trivalente, ou seja, apresenta três tipos de cepas de vírus em combinação, protegendo contra os principais vírus em circulação no Brasil. “A atualização é necessária porque o vírus Influenza apresenta altas taxas de mutação, o que resulta na inserção de novas variantes, todos os anos, para as quais a população não apresenta imunidade”, salienta a Dra. Maisa Kairalla.

É importante salientar que a vacina Influenza pode ser administrada concomitantemente a outros imunizantes presentes no Calendário Nacional de Vacinação, conforme explica o membro da Comissão de Imunização da SBGG, Dr. Jarbas Roriz: “a vacina pode ser administrada simultaneamente com outras vacinas, incluindo as vacinas contra a covid-19, desde que em diferentes sítios anatômicos. Por exemplo, uma vacina em cada braço”.

A SBGG tem uma forte atuação na conscientização e apoio das campanhas na área da saúde. O presidente da entidade, Dr. Marco Tulio Cintra, comenta sobre a importância da vacina: “É fundamental que todas as pessoas idosas possam procurar os locais de vacinação e possam se imunizar. O período mais frio do ano se avizinha e a população idosa precisa estar imunizada aos vírus da Influenza para poder passar por este período com qualidade de vida e sem agravamento de saúde”.

Riscos da não vacinação e possíveis reações

Se a vacinação é importante para a saúde da população em geral, para a população idosa, em particular, torna-se ainda mais imprescindível, uma vez que a Influenza pode causar sérios danos à saúde nesta faixa etária: “A gripe provoca respostas no organismo da pessoa idosa, acarretando queda de imunidade com aumento de casos de pneumonias bacterianas secundárias; provoca também inflamação que precipitam complicações cardíacas e neurológicas, aumentando incidência de eventos isquêmicos como infarto do miocárdio e acidentes vasculares cerebrais. No Brasil, cerca de 70-80% das mortes relacionadas à Influenza ocorrem entre idosos”, enfatiza a Dra. Maisa Kairalla, presidente da Comissão de Imunização da SBGG.

Já sobre as possíveis reações adversas que a vacina pode ocasionar, Dr. Jarbas, membro da Comissão de Imunização afirma: “As vacinas inativadas são bem toleradas e seguras. Os eventos adversos mais comuns são dor, edema e eritema no local da aplicação, de curso autolimitado e resolução em até 48 horas. Efeitos sistêmicos leves e transitórios podem ocorrer, como febre, mal-estar e mialgia. Eventos mais graves, como reações anafiláticas e Síndrome de Guillain-Barré são raros. Em caso de persistência por mais de 48h ou agravamento dos sintomas, o paciente deverá procurar atendimento médico”.

Por fim, o presidente da SBGG, Dr. Marco Tulio Cintra, relembra medidas preventivas que podem fortalecer o sistema imunológico: “Manter um estilo de vida saudável, com o controle das doenças prévias, bons hábitos de vida (que incluem alimentação saudável, exercícios físicos, evitar tabagismo e consumo de álcool), cuidado com a saúde mental e momentos de lazer, além dos cuidados em relação a doenças virais transmissíveis como manter os ambientes ventilados, evitar locais fechados ou grandes aglomerações, higienização frequente das mãos e evitar de colocar as mãos nos olhos e na boca antes da higienização, são algumas das ações preventivas que podem ser adotadas para evitar a infecção pelo vírus da Influenza”.

Atualizado em 26/03/2024 – 08:19.

“Hoje é um lindo dia para salvar vidas”

Hemocentro de Brasília lança campanha da Semana Nacional do Doador de Sangue

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Hemocentro
Foto/Imagem: André Borges/Agência Brasília

A Fundação Hemocentro de Brasília (FHB) inicia nesta segunda-feira (25) a campanha da Semana Nacional do Doador de Sangue. Com o tema “Hoje é um lindo dia para salvar vidas”, a ação celebra o Dia Nacional do Doador de Sangue, comemorado em 25 de novembro, e promove uma série de atividades para conscientizar a população sobre a importância da causa.

Segundo a gerente de Captação de Doadores da FHB, Kelly Barbi, a campanha é uma oportunidade de homenagear quem salva vidas. “A Semana Nacional do Doador é dedicada ao reconhecimento e agradecimento aos doadores. É um gesto nobre, de cidadania, que precisa ser lembrado e incentivado todos os dias”, ressaltou.

As atividades começam no domingo (24), no Mitzvah Day, uma data especial da comunidade judaica dedicada ao voluntariado. Na ocasião, materiais informativos serão distribuídos no Eixão do Lazer para conscientizar a população sobre a importância da doação de sangue.

A programação especial se estende até sexta-feira (29). Durante a semana, os doadores serão recebidos com algumas surpresas e poderão participar de atividades como a distribuição de mudas e plantas nativas pelo projeto Ethos do Cerrado, sessões de massagem e reflexologia promovidas pelo Grupo Fuji e apresentações musicais. Na terça-feira (26), a campanha contará com uma doação coletiva organizada pela torcida do Atlético Mineiro.

Para reforçar a importância do doador de sangue, monumentos e prédios públicos do Plano Piloto, como o Teatro Nacional Cláudio Santoro, o BRB e o prédio do Detran-DF, estarão iluminados na cor vermelha durante toda a semana.

Estoques de sangue e tipos prioritários

O Hemocentro de Brasília precisa de uma média de 180 doações diárias para atender toda a rede pública de saúde do Distrito Federal e instituições conveniadas, como o Hospital da Criança, o Instituto de Cardiologia do DF e o Hospital das Forças Armadas. Atualmente, o número de doações está em torno de 170 por dia.

Os tipos sanguíneos mais necessários no momento são O positivo, O negativo, B positivo e A negativo, mas todos os doadores são bem-vindos. O voluntário pode agendar sua doação pelo site Agenda DF ou pelo telefone 160, opção 2. O Hemocentro também atende doadores sem agendamento, conforme a capacidade máxima de atendimento do dia.

Para doar sangue, é preciso ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 51 kg e estar saudável. Quem passou por cirurgia, exame endoscópico ou adoeceu recentemente, a recomendação é consultar o site do Hemocentro para saber se está apto a doar sangue.

Quem teve gripe deve aguardar 15 dias após o desaparecimento dos sintomas para poder doar sangue. Quem teve Covid-19 deve aguardar 10 dias após o fim dos sintomas, desde que sem sequelas. Se assintomático, o prazo é contado da data de coleta do exame. Pacientes diagnosticados com dengue clássica devem aguardar 30 dias para se candidatar à doação de sangue. Para dengue hemorrágica, o prazo é de seis meses.

Atualizado em 23/11/2024 – 17:32.

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Alexandre Gasperin

Tontura: especialista alerta para o risco de queda de idosos

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queda idoso
Foto/Imagem: Freepik

Segundo dados do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), 40% dos idosos com 80 anos ou mais sofrem quedas todos os anos. Boa parte dessas quedas são geradas por tonturas, condição perigosa que pode ser potencializada por inúmeras doenças. Sendo assim, torna-se cada vez mais necessária a conscientização da população com relação aos cuidados básicos para garantir a segurança e bem-estar dos idosos.

De acordo com o médico otorrinolaringologista do Hospital Paranaense de Otorrinolaringologia (IPO), Alexandre Gasperin, são mais de 70 doenças, somente da parte periférica do corpo, que têm como sintoma a tontura. “Além da área periférica do sistema de equilíbrio existe a parte neurológica, que pode causar tonturas também. É preciso sempre ter em mente que tonturas são sintomas, não são uma doença. Um profissional qualificado vai identificar a causa e indicar o tratamento, que é individualizado caso a caso. A recorrência das tonturas indica que o tratamento não está correto”, alerta o especialista.

Na maioria dos casos, as quedas, que são uma das causas mais frequentes de trauma entre os idosos, podem ser previstas e evitadas. De acordo Gasperin, diversas condições podem causar o desequilíbrio em idosos, entre elas as doenças do labirinto, alterações visuais, fraqueza muscular, doenças crônicas como o diabetes e problemas neurológicos.

“Para o tratamento, cada caso tem a sua particularidade, por isso o acompanhamento deve ser individualizado e pode incluir medicações, mudanças comportamentais e tratamentos de reabilitação. O tratamento correto é prescrito após o diagnóstico médico do quadro”, complementa o especialista.

Conheça algumas medidas simples que podem evitar as quedas:

Escadas: providenciar iluminação suficiente para que seja possível enxergar todos os degraus. Instale corrimão em ambos os lados para permitir o apoio indispensável. Evite piso escorregadio ou coloque um carpete preso nos degraus.

Cozinha: não guarde alimentos e utensílios em locais altos. Não utilize cadeiras ou bancos para tentar acessar armários. Limpe imediatamente o chão ao derramar algo. Evite cera e tapetes.

Banheiro: utilize um distribuidor de sabão líquido ao invés de sabonete solto. Instale corrimão na banheira e nas paredes do banheiro. Coloque adesivos antiderrapantes em áreas úmidas e nunca tranque a porta do banheiro.

Calçados: evite usar saltos e chinelos, opte por um calçado firme no pé. Utilize calçadeira para auxiliar a colocar o sapato.

Orientações gerais: não pule refeições, estômago cheio é importante. Use óculos, se necessitar, mas remova os de leitura ao caminhar. Não corra para atender o telefone ou a campainha. Conserte o assoalho se tiver tábuas soltas. Mantenhas os números de emergência, entre eles os de hospitais e de parentes e amigos, bem ao lado do telefone. Evite usar roupas muito compridas.

Atualizado em 23/11/2024 – 09:42.

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