Rodolpho Reis
Carnaval: angiologista alerta para saúde das pernas durante a folia
O Brasil já está no clima da maior festividade cultural do país, que reúne milhares de pessoas de todas as partes do mundo. São quatro dias de Carnaval em que as pernas são bem requisitadas. Porém, pular, dançar e ficar horas em pé pode ser prejudicial para a saúde dos membros inferiores. Dessa forma, é possível que apareçam sintomas relacionados a problemas vasculares e ao aparecimento de varizes.
De acordo com o médico angiologista e cirurgião vascular, Rodolpho Reis, ficar em pé durante muitas horas pode levar as pessoas a acumular líquido nos pés e pernas. A situação piora ainda mais em dias quentes, já que o calor dilata os vasos e o inchaço é potencializado. Por isso, é natural que pessoas que já tenham problemas vasculares sintam incômodos e sensações de pernas pesadas.
“Esse tipo de problema, especialmente nessa época do ano, pode acometer qualquer pessoa. A questão é que quem tem problemas de varizes, está acima do peso ou leva um estilo de vida sedentário sofre mais com as dores nos membros inferiores. Crianças e idosos também merecem atenção. Vale lembrar que a desidratação ‘engrossa’ o sangue e prejudica a circulação nas veias. A recomendação é se hidratar bastante durante a folia e, se for beber, alternar a ingestão de bebida alcoólica com bastante água”, alerta o médico.
Para ter mais clareza sobre a questão, o médico explica que quando essas veias não estão funcionando de maneira correta, o paciente sofre de doença venosa crônica. A primeira manifestação é o surgimento de veias doentes e tortuosas, que são as varizes ou vasinhos, dependendo do seu tamanho e profundidade na pele, sendo as varizes a doença vascular mais comum.
O angiologista ressalta que controlar o consumo de bebida alcoólica é essencial, pois reflete negativamente na recuperação do organismo. Isso sem falar da má alimentação, que costuma ser inadequada nesses períodos de festa, com excesso de sal, gordura e alimentos pró-inflamatórios. Todas essas questões resultam na retenção de líquido e sobrecarregam o sistema linfático, causando o inchaço nas pernas.
Infelizmente, as mulheres são a parcela que tende a ser mais prejudicada pelas dores nas pernas durante esse período, tanto pela questão da ação hormonal na parede dos vasos, como pelo fato de usarem saltos, calçados mais apertados e dançarem mais.
Rodolpho conta que existem medicações que ajudam no trabalho das veias e do sistema linfático, levando ao alívio dos sintomas, mas que devem ser prescritas após avaliação médica.
“As pessoas ainda podem se preparar para essa maratona de folia, com caminhadas diárias, por cerca de 30 minutos. Isso vai ajudar o corpo a se acostumar com o que está por vir. Fora isso, alongamentos também são bem-vindos, já que ajudam tanto a coluna quanto as pernas”, explica.
Para finalizar, o médico enfatiza que, se o problema já estiver em um estágio que exige tratamento, há procedimentos que podem ser iniciados antes do período do feriado. Entre as opções disponíveis, destaca-se a Escleroterapia de varizes com espuma, uma técnica não cirúrgica eficaz para o tratamento de varizes. Além disso, a cirurgia de varizes (Endolaser) é recomendada para pacientes com varizes de grande e médio calibre, proporcionando resultados satisfatórios. Outra alternativa é o Laser transdérmico, que é aplicado diretamente sobre a pele, eliminando a necessidade de incisões, anestesia ou o uso de agulhas. Essas opções oferecem abordagens personalizadas e eficazes para atender às necessidades específicas de cada paciente.
Outro ponto fundamental durante esse período de celebração, é dormir bem e fazer repouso após o dia inteiro de curtição. Entretanto, se após todos os cuidados, a pessoa terminar o dia com sintomas de cãibras, dores nas pernas e pés, pernas inchadas, o ideal é aumentar o período de repouso com as pernas elevadas. E se houver persistência dos sintomas, é recomendável que o folião busque um médico especialista em angiologia ou cirurgia vascular para uma consulta, avaliação e orientação mais adequada.
Atualizado em 30/01/2024 – 06:44.
“Hoje é um lindo dia para salvar vidas”
Hemocentro de Brasília lança campanha da Semana Nacional do Doador de Sangue
A Fundação Hemocentro de Brasília (FHB) inicia nesta segunda-feira (25) a campanha da Semana Nacional do Doador de Sangue. Com o tema “Hoje é um lindo dia para salvar vidas”, a ação celebra o Dia Nacional do Doador de Sangue, comemorado em 25 de novembro, e promove uma série de atividades para conscientizar a população sobre a importância da causa.
Segundo a gerente de Captação de Doadores da FHB, Kelly Barbi, a campanha é uma oportunidade de homenagear quem salva vidas. “A Semana Nacional do Doador é dedicada ao reconhecimento e agradecimento aos doadores. É um gesto nobre, de cidadania, que precisa ser lembrado e incentivado todos os dias”, ressaltou.
As atividades começam no domingo (24), no Mitzvah Day, uma data especial da comunidade judaica dedicada ao voluntariado. Na ocasião, materiais informativos serão distribuídos no Eixão do Lazer para conscientizar a população sobre a importância da doação de sangue.
A programação especial se estende até sexta-feira (29). Durante a semana, os doadores serão recebidos com algumas surpresas e poderão participar de atividades como a distribuição de mudas e plantas nativas pelo projeto Ethos do Cerrado, sessões de massagem e reflexologia promovidas pelo Grupo Fuji e apresentações musicais. Na terça-feira (26), a campanha contará com uma doação coletiva organizada pela torcida do Atlético Mineiro.
Para reforçar a importância do doador de sangue, monumentos e prédios públicos do Plano Piloto, como o Teatro Nacional Cláudio Santoro, o BRB e o prédio do Detran-DF, estarão iluminados na cor vermelha durante toda a semana.
Estoques de sangue e tipos prioritários
O Hemocentro de Brasília precisa de uma média de 180 doações diárias para atender toda a rede pública de saúde do Distrito Federal e instituições conveniadas, como o Hospital da Criança, o Instituto de Cardiologia do DF e o Hospital das Forças Armadas. Atualmente, o número de doações está em torno de 170 por dia.
Os tipos sanguíneos mais necessários no momento são O positivo, O negativo, B positivo e A negativo, mas todos os doadores são bem-vindos. O voluntário pode agendar sua doação pelo site Agenda DF ou pelo telefone 160, opção 2. O Hemocentro também atende doadores sem agendamento, conforme a capacidade máxima de atendimento do dia.
Para doar sangue, é preciso ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 51 kg e estar saudável. Quem passou por cirurgia, exame endoscópico ou adoeceu recentemente, a recomendação é consultar o site do Hemocentro para saber se está apto a doar sangue.
Quem teve gripe deve aguardar 15 dias após o desaparecimento dos sintomas para poder doar sangue. Quem teve Covid-19 deve aguardar 10 dias após o fim dos sintomas, desde que sem sequelas. Se assintomático, o prazo é contado da data de coleta do exame. Pacientes diagnosticados com dengue clássica devem aguardar 30 dias para se candidatar à doação de sangue. Para dengue hemorrágica, o prazo é de seis meses.
Atualizado em 23/11/2024 – 17:32.
Alexandre Gasperin
Tontura: especialista alerta para o risco de queda de idosos
Segundo dados do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), 40% dos idosos com 80 anos ou mais sofrem quedas todos os anos. Boa parte dessas quedas são geradas por tonturas, condição perigosa que pode ser potencializada por inúmeras doenças. Sendo assim, torna-se cada vez mais necessária a conscientização da população com relação aos cuidados básicos para garantir a segurança e bem-estar dos idosos.
De acordo com o médico otorrinolaringologista do Hospital Paranaense de Otorrinolaringologia (IPO), Alexandre Gasperin, são mais de 70 doenças, somente da parte periférica do corpo, que têm como sintoma a tontura. “Além da área periférica do sistema de equilíbrio existe a parte neurológica, que pode causar tonturas também. É preciso sempre ter em mente que tonturas são sintomas, não são uma doença. Um profissional qualificado vai identificar a causa e indicar o tratamento, que é individualizado caso a caso. A recorrência das tonturas indica que o tratamento não está correto”, alerta o especialista.
Na maioria dos casos, as quedas, que são uma das causas mais frequentes de trauma entre os idosos, podem ser previstas e evitadas. De acordo Gasperin, diversas condições podem causar o desequilíbrio em idosos, entre elas as doenças do labirinto, alterações visuais, fraqueza muscular, doenças crônicas como o diabetes e problemas neurológicos.
“Para o tratamento, cada caso tem a sua particularidade, por isso o acompanhamento deve ser individualizado e pode incluir medicações, mudanças comportamentais e tratamentos de reabilitação. O tratamento correto é prescrito após o diagnóstico médico do quadro”, complementa o especialista.
Conheça algumas medidas simples que podem evitar as quedas:
Escadas: providenciar iluminação suficiente para que seja possível enxergar todos os degraus. Instale corrimão em ambos os lados para permitir o apoio indispensável. Evite piso escorregadio ou coloque um carpete preso nos degraus.
Cozinha: não guarde alimentos e utensílios em locais altos. Não utilize cadeiras ou bancos para tentar acessar armários. Limpe imediatamente o chão ao derramar algo. Evite cera e tapetes.
Banheiro: utilize um distribuidor de sabão líquido ao invés de sabonete solto. Instale corrimão na banheira e nas paredes do banheiro. Coloque adesivos antiderrapantes em áreas úmidas e nunca tranque a porta do banheiro.
Calçados: evite usar saltos e chinelos, opte por um calçado firme no pé. Utilize calçadeira para auxiliar a colocar o sapato.
Orientações gerais: não pule refeições, estômago cheio é importante. Use óculos, se necessitar, mas remova os de leitura ao caminhar. Não corra para atender o telefone ou a campainha. Conserte o assoalho se tiver tábuas soltas. Mantenhas os números de emergência, entre eles os de hospitais e de parentes e amigos, bem ao lado do telefone. Evite usar roupas muito compridas.
Atualizado em 23/11/2024 – 09:42.
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