Pelo DF
Duas carretas reforçam enfrentamento da dengue com atendimento móvel

O enfrentamento à dengue no Distrito Federal ganhou reforço. Neste sábado (27), durante a terceira edição do Dia D de Combate à Dengue que integrou a programação do GDF Mais Perto do Cidadão no Recanto das Emas, o governo apresentou uma das unidades móveis de atendimento itinerante para acolhimento e triagem de pessoas com sintomas da doença e anunciou a ampliação do atendimento em três unidades básicas de saúde (UBSs). Ao todo, são duas carretas atuando em duas cidades para dar celeridade aos diagnósticos e mais conforto aos pacientes que buscarem assistência médica.
“Nós estamos trabalhando muito forte, a Secretaria de Saúde juntamente com os demais órgãos do Distrito Federal, e queremos mostrar exatamente isso, que estamos junto com à população e vamos combater o mosquito e a doença”, afirmou o governador que esteve presente no evento para acompanhar de perto a ação.
Ibaneis Rocha citou ainda as medidas mais recentes do GDF, como o decreto de emergência em função da dengue e a criação de um grupo de trabalho executivo, e fez um apelo à sociedade: “[A dengue] É uma questão cultural. Nós temos que ter a limpeza dentro das casas e nós temos que ter a observância da população em relação aos locais que estão abandonados no DF, onde os mosquitos estão avançando”.
Os dois veículos foram adaptados para o atendimento médico. Eles foram cedidos pela Defensoria Pública à Secretaria de Saúde por meio de um termo de cooperação. “Nós emprestamos para que haja esse espaço climatizado de acolhimento e de atendimento da população no combate à dengue. As carretas, tanto aqui do Recanto das Emas quanto do Sol Nascente, estão atendendo a população mais vulnerável”, destacou o defensor público-geral substituto Fabrício Rodrigues.
Funcionamento das carretas
A unidade que está no Recanto das Emas tem 16 metros, dois andares e 15 postos de atendimento. Uma equipe da Secretaria de Saúde (SES-DF), composta por um médico, dois enfermeiros e três técnicos de enfermagem, fica responsável pela triagem, realização de testes rápidos e hidratação, em caso de necessidade. Já a outra está montada na administração regional no Sol Nascente/Pôr do Sol para atender os pacientes.
As carretas são voltadas para casos de menor gravidade. “As carretas têm uma demanda de atendimento e de resolução semelhante às tendas. Elas têm a possibilidade de mobilidade e uma estrutura fantástica, com climatização, que nesse período quente, sem dúvida, é um fator que corrobora. Então ela atende aos casos de menor gravidade”, explicou a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio.
A titular da pasta reforçou que a população pode procurar também as 176 unidades básicas de saúde do DF e as nove tendas montadas nas Regiões Administrativas. Ela aproveitou para anunciar que três UBSs no Gama e em Taguatinga passarão a funcionar todos os dias.
Há alguns dias com sintomas de dengue, a aposentada Joaquina Alves de Abreu, 62 anos, resolveu voltar a procurar atendimento médico e optou pela carreta. “Infelizmente os sintomas vão e voltam. Tive uma diarreia horrível, febre e vômito. Fui medicada e ficou tudo bem, só que alguns dias depois voltou tudo de novo”, lembrou. “Vi essa oportunidade [da carreta] e vim logo procurar. Está sendo tudo muito rápido”, contou.
A auxiliar de encarregado Rosiele Pompeu, 33 anos, também foi até o evento para fazer a testagem rápida. “Estou com sintomas de dengue desde ontem e meu filho também. Como comecei a sentir isso, resolvi vir aqui. É muito importante porque eu consegui fazer tudo em menos de 20 minutos”, disse a moradora do Recanto das Emas.

Xô, Aedes!
Casos de dengue no Distrito Federal caem 97% em relação ao ano passado

O Distrito Federal continua a registrar queda no número de casos de dengue. Até 29 de março deste ano, a capital notificou 9,3 mil ocorrências suspeitas da doença, das quais 6,1 mil eram prováveis. No mesmo período de 2024, foram registrados quase 220 mil casos prováveis. Os dados estão no último boletim epidemiológico, divulgado pela Secretaria de Saúde (SES-DF).
“Devemos registrar e comemorar esses dados, mas sem perder de vista os cuidados para combater a dengue. Afinal, alcançamos esse resultado por meio de um esforço conjunto da população e do governo. É um trabalho contínuo”, explica o subsecretário de Vigilância à Saúde, Fabiano dos Anjos Martins.
O Aedes aegypti é responsável por transmitir não só o vírus da dengue, como também da febre amarela urbana, chikungunya e zika. Entre essas arboviroses, a capital federal contabilizou 129 casos suspeitos de chikungunya, dos quais 105 são considerados prováveis. Desses, 93,3% (98 ocorrências) correspondem a moradores do DF. Até o momento, 59 casos tiveram confirmação laboratorial, enquanto os demais seguem em investigação.
A chikungunya é uma doença febril aguda e sistêmica, causada por um arbovírus do gênero Alphavirus (CHIKV), e transmitida principalmente pelas fêmeas do mosquito. A infecção se destaca por sua elevada taxa de incapacitação, podendo causar sintomas persistentes em algumas pessoas.
Ação domiciliar dos Avas
Peça-chave no combate ao Aedes aegypti, a visita dos Agentes de Vigilância Ambiental em Saúde (Avas) promove a prevenção de doenças, o mapeamento de territórios e a execução de atividades de vigilância por meio da coleta e da pesquisa.
Identificá-los é simples: os Avas usam colete e chapéu com abas, os dois da cor marrom-cáqui, além de uma camiseta branca. Eles também carregam uma bolsa amarela, onde armazenam seu material de trabalho.
Os agentes devem estar devidamente identificados com símbolos da SES-DF e com a designação de suas funções bem visíveis no uniforme. Na maioria dos casos, o profissional estará munido de um crachá com nome e foto, porém pode haver situações em que o servidor ainda esteja com seu crachá provisório.
Sabin Diagnóstico e Saúde
Hemocromatose: como diagnosticar o excesso de ferro no sangue

O ferro é um mineral essencial para o organismo, mas seu acúmulo pode causar danos sérios à saúde. A hemocromatose é um distúrbio no qual o corpo absorve mais ferro do que o necessário dos alimentos, e um diagnóstico preciso pode prevenir complicações graves em diversos órgãos, como fígado, coração, pâncreas e articulações.
A doença pode ser hereditária, causada por mutações genéticas, ou adquirida, quando surge devido a fatores externos, como transfusões sanguíneas frequentes, doenças hepáticas ou suplementação do mineral em excesso.
Os sintomas da hemocromatose podem variar e, muitas vezes, demoram anos para se manifestar. De acordo com o Ministério da Saúde (MS), entre estes estão: fraqueza, fadiga, letargia, apatia e perda de peso. Em alguns casos, pode haver sinais específicos a depender do órgão afetado, como, por exemplo, arritmia (coração), diabetes (pâncreas) ou dor abdominal (hepatomegalia, termo médico para fígado grande).
Diagnóstico
O diagnóstico da hemocromatose envolve exames laboratoriais específicos que avaliam os níveis de ferro no sangue. Segundo a supervisora técnica do Sabin Diagnóstico e Saúde, Gélida Pessoa, identificar a doença com base nos sintomas pode ser difícil, por isso, exames de sangue podem indicar um caminho para o médico que avalia o paciente.
“Esses testes medem os níveis sanguíneos de ferro, a chamada ferritina (uma proteína que armazena ferro) e da transferrina, a proteína que transporta o ferro no sangue quando ele não está nos glóbulos vermelhos”, explica.
Dois procedimentos são a dosagem de ferritina sérica e a saturação da transferrina. Ambos podem indicar se os níveis destas proteínas estão deficitários ou elevados. Caso os índices estejam altos, o passo seguinte é investigar a origem da sobrecarga de ferro para determinar a melhor conduta médica.
Nos casos em que se suspeita de doença hereditária, uma das opções que podem ser indicadas pelo médico é o painel hereditário para hemocromatose. “Esse exame genético permite analisar múltiplos genes relacionados ao metabolismo do ferro, sendo essencial para confirmar casos hereditários e orientar o rastreamento familiar,” explica Gélida.
Em casos mais avançados, exames de imagem, como a ressonância magnética, podem ser utilizados para avaliar o grau de sobrecarga de ferro nos órgãos. “A ressonância é uma ferramenta importante na avaliação da carga férrica, especialmente no fígado e no coração, permitindo um planejamento terapêutico mais adequado”, acrescenta a supervisora técnica.
Prevenção
Embora a hemocromatose hereditária não possa ser evitada, algumas medidas podem ser adotadas para prevenir a forma adquirida da doença. Evitar o uso indiscriminado de suplementos de ferro sem orientação médica é um dos cuidados essenciais, assim como manter exames periódicos para monitorar os níveis de ferro no sangue, especialmente em pessoas com histórico familiar da doença.
Além disso, a alimentação também desempenha um papel importante na prevenção. Reduzir o consumo de carnes vermelhas e frutos do mar crus pode ajudar a controlar a absorção de ferro, assim como moderar a ingestão de bebidas alcoólicas, que podem sobrecarregar o fígado e agravar possíveis danos hepáticos.
Gélida reforça que, embora a hemocromatose seja difícil de diagnosticar nos estágios iniciais, a realização de check-ups anuais pode ser fundamental para a prevenção. “Manter exames regulares ao menos uma vez por ano é essencial não apenas para identificar a hemocromatose, mas também para monitorar outras alterações de saúde”, destaca.
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