Nem mocinho, nem vilão
Videogame pode ter papel terapêutico na rotina do jovem, segundo psicólogo
Os jogos de videogame podem afetar positivamente a saúde mental e o bem-estar dos mais jovens. É o que aponta pesquisa desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido. Diferente do senso comum, que demonstra uma preocupação sobre a influência dos games nos jovens, o estudo mostra que há uma pequena relação entre modelo de entretenimento e o bem-estar mental dos usuários, além de aspectos favoráveis para a sociabilidade.
Segundo o psicólogo Filipe Colombini, orientador parental e CEO da Equipe AT, a gamificação, como é chamado o uso de ferramentas dos jogos em situações diversas do dia a dia, ajuda no processo terapêutico uma vez que o paciente é motivado a exercer uma série de atividades com o apoio de um enredo criativo ou até mesmo um sistema de bonificação e de pontos, características comuns dos games.
“Os jogos têm uma capacidade incrível de motivar e envolver os jogadores, por isso, profissionais da saúde mental têm usado uma série de ferramentas dos jogos como aliadas no tratamento dos seus pacientes”, explica Colombini.
Vale lembrar, ainda, que os jogos podem funcionar como ferramentas contra o estresse, com redução nos níveis de ansiedade e aumento da resiliência frente a situações adversas. “Não é incomum que os jovens utilizem os jogos como válvula de escape para lidar com questões e problemas do cotidiano e da vida, da mesma forma que algumas pessoas escolhem praticar um esporte ou assistir a um filme”, diz o especialista.
E há também ganhos cognitivos, já que jogar videogame exige habilidades motoras e de raciocínio lógico. “Os jogadores passam seu tempo conhecendo novos usuários, aprendendo sobre lugares, habilidades e línguas diversas”, diz Colombini. “São muitos os contextos nos quais a gamificação exerce um papel positivo para a saúde mental, já que, graças ao seu caráter lúdico, esse processo permite unir a imaginação com demandas da vida real”, continua. “Além disso, os games também podem ajudar na socialização, servindo como um interesse em comum para unir diferentes pessoas”, afirma.
Não à toa, os jogos fazem parte das atividades implementadas pelo QG do Rolê, grupo terapêutico da Equipe AT focado no desenvolvimento de habilidades sociais. “Entre as atividades de gamificação que utilizamos de forma estratégica no QG estão os RPGs, games em que os jogadores assumem o papel de personagens, para criar um ambiente lúdico que facilite a interação e o trabalho em equipe entre os grupos”, conta o psicólogo.
Em tempo: todas as atividades de gamificação, quando utilizadas para ganhos na saúde mental, devem ser avaliadas segundo o contexto no qual a pessoa está inserida. Segundo Colombini, é preciso avaliar critérios como idade, objetivos, habilidades que precisam ser desenvolvidas e a dinâmica familiar do paciente. “É um processo individualizado para cada paciente, no qual aliamos estratégias de gamificação com outras ferramentas do universo terapêutico, para que possamos obter os melhores resultados”, conclui.
Atualizado em 08/10/2023 – 06:58.
“Hoje é um lindo dia para salvar vidas”
Hemocentro de Brasília lança campanha da Semana Nacional do Doador de Sangue
A Fundação Hemocentro de Brasília (FHB) inicia nesta segunda-feira (25) a campanha da Semana Nacional do Doador de Sangue. Com o tema “Hoje é um lindo dia para salvar vidas”, a ação celebra o Dia Nacional do Doador de Sangue, comemorado em 25 de novembro, e promove uma série de atividades para conscientizar a população sobre a importância da causa.
Segundo a gerente de Captação de Doadores da FHB, Kelly Barbi, a campanha é uma oportunidade de homenagear quem salva vidas. “A Semana Nacional do Doador é dedicada ao reconhecimento e agradecimento aos doadores. É um gesto nobre, de cidadania, que precisa ser lembrado e incentivado todos os dias”, ressaltou.
As atividades começam no domingo (24), no Mitzvah Day, uma data especial da comunidade judaica dedicada ao voluntariado. Na ocasião, materiais informativos serão distribuídos no Eixão do Lazer para conscientizar a população sobre a importância da doação de sangue.
A programação especial se estende até sexta-feira (29). Durante a semana, os doadores serão recebidos com algumas surpresas e poderão participar de atividades como a distribuição de mudas e plantas nativas pelo projeto Ethos do Cerrado, sessões de massagem e reflexologia promovidas pelo Grupo Fuji e apresentações musicais. Na terça-feira (26), a campanha contará com uma doação coletiva organizada pela torcida do Atlético Mineiro.
Para reforçar a importância do doador de sangue, monumentos e prédios públicos do Plano Piloto, como o Teatro Nacional Cláudio Santoro, o BRB e o prédio do Detran-DF, estarão iluminados na cor vermelha durante toda a semana.
Estoques de sangue e tipos prioritários
O Hemocentro de Brasília precisa de uma média de 180 doações diárias para atender toda a rede pública de saúde do Distrito Federal e instituições conveniadas, como o Hospital da Criança, o Instituto de Cardiologia do DF e o Hospital das Forças Armadas. Atualmente, o número de doações está em torno de 170 por dia.
Os tipos sanguíneos mais necessários no momento são O positivo, O negativo, B positivo e A negativo, mas todos os doadores são bem-vindos. O voluntário pode agendar sua doação pelo site Agenda DF ou pelo telefone 160, opção 2. O Hemocentro também atende doadores sem agendamento, conforme a capacidade máxima de atendimento do dia.
Para doar sangue, é preciso ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 51 kg e estar saudável. Quem passou por cirurgia, exame endoscópico ou adoeceu recentemente, a recomendação é consultar o site do Hemocentro para saber se está apto a doar sangue.
Quem teve gripe deve aguardar 15 dias após o desaparecimento dos sintomas para poder doar sangue. Quem teve Covid-19 deve aguardar 10 dias após o fim dos sintomas, desde que sem sequelas. Se assintomático, o prazo é contado da data de coleta do exame. Pacientes diagnosticados com dengue clássica devem aguardar 30 dias para se candidatar à doação de sangue. Para dengue hemorrágica, o prazo é de seis meses.
Atualizado em 23/11/2024 – 17:32.
Alexandre Gasperin
Tontura: especialista alerta para o risco de queda de idosos
Segundo dados do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), 40% dos idosos com 80 anos ou mais sofrem quedas todos os anos. Boa parte dessas quedas são geradas por tonturas, condição perigosa que pode ser potencializada por inúmeras doenças. Sendo assim, torna-se cada vez mais necessária a conscientização da população com relação aos cuidados básicos para garantir a segurança e bem-estar dos idosos.
De acordo com o médico otorrinolaringologista do Hospital Paranaense de Otorrinolaringologia (IPO), Alexandre Gasperin, são mais de 70 doenças, somente da parte periférica do corpo, que têm como sintoma a tontura. “Além da área periférica do sistema de equilíbrio existe a parte neurológica, que pode causar tonturas também. É preciso sempre ter em mente que tonturas são sintomas, não são uma doença. Um profissional qualificado vai identificar a causa e indicar o tratamento, que é individualizado caso a caso. A recorrência das tonturas indica que o tratamento não está correto”, alerta o especialista.
Na maioria dos casos, as quedas, que são uma das causas mais frequentes de trauma entre os idosos, podem ser previstas e evitadas. De acordo Gasperin, diversas condições podem causar o desequilíbrio em idosos, entre elas as doenças do labirinto, alterações visuais, fraqueza muscular, doenças crônicas como o diabetes e problemas neurológicos.
“Para o tratamento, cada caso tem a sua particularidade, por isso o acompanhamento deve ser individualizado e pode incluir medicações, mudanças comportamentais e tratamentos de reabilitação. O tratamento correto é prescrito após o diagnóstico médico do quadro”, complementa o especialista.
Conheça algumas medidas simples que podem evitar as quedas:
Escadas: providenciar iluminação suficiente para que seja possível enxergar todos os degraus. Instale corrimão em ambos os lados para permitir o apoio indispensável. Evite piso escorregadio ou coloque um carpete preso nos degraus.
Cozinha: não guarde alimentos e utensílios em locais altos. Não utilize cadeiras ou bancos para tentar acessar armários. Limpe imediatamente o chão ao derramar algo. Evite cera e tapetes.
Banheiro: utilize um distribuidor de sabão líquido ao invés de sabonete solto. Instale corrimão na banheira e nas paredes do banheiro. Coloque adesivos antiderrapantes em áreas úmidas e nunca tranque a porta do banheiro.
Calçados: evite usar saltos e chinelos, opte por um calçado firme no pé. Utilize calçadeira para auxiliar a colocar o sapato.
Orientações gerais: não pule refeições, estômago cheio é importante. Use óculos, se necessitar, mas remova os de leitura ao caminhar. Não corra para atender o telefone ou a campainha. Conserte o assoalho se tiver tábuas soltas. Mantenhas os números de emergência, entre eles os de hospitais e de parentes e amigos, bem ao lado do telefone. Evite usar roupas muito compridas.
Atualizado em 23/11/2024 – 09:42.
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