Segurança Pública
DF registra menor número de homicídios em 24 anos
A implementação de políticas coordenadas, assim como o investimento em tecnologia, inteligência e capacitação, tem contribuído para a redução criminal no Distrito Federal. No acumulado de janeiro a setembro, a queda chegou a 10,1% na comparação com o ano anterior. No mês de setembro, a redução se manteve. Em 2023, foram oito registros a menos que em 2022. Ou seja, neste ano foram computados 15 homicídios e, em 2022, ocorreram 23 crimes da mesma natureza, 34,7% a menos.
Os crimes violentos letais intencionais (CVLIs) — que englobam homicídios, feminicídios, lesões corporais seguidas de mortes e latrocínios — também apresentaram o menor número dos últimos 24 anos, tanto no mês de setembro (16 crimes em 2023 e 21 em 2022), como no acumulado dos nove meses deste ano, em que a redução chegou a 9,9%. Foram 201 CVLIs neste ano e 223 no ano passado.
“A atuação da segurança pública tem se pautado pela integralidade das nossas ações, que significa envolver, além das forças de segurança e órgãos de governo, outros segmentos da sociedade civil nos assuntos de segurança. Temos o desafio de continuar superando os resultados já alcançados na redução de homicídios e crimes contra o patrimônio, por exemplo, conquistas que têm colocado o DF em posição de destaque no cenário nacional”, avalia o secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar.
“Estamos constantemente revisando nossos processos de gestão para torná-los mais eficientes e temos, ainda, ampliado nossos canais de diálogo com a sociedade visando não só a redução da criminalidade, mas também o aumento da sensação de segurança e a qualidade de vida da população. O apoio integral e o direcionamento do governador Ibaneis Rocha são fundamentais. Ele acredita no trabalho conjunto das forças de segurança, que se dedicam diariamente à implementação de nossas políticas de redução criminal”, acrescenta Avelar.
No que diz respeito aos feminicídios, foram dois registros em setembro, mesmo número do ano anterior. A luta contra a violência de gênero é prioridade para o Governo do Distrito Federal (GDF), com programas e ações específicas para enfrentar esse crime e parcerias com órgãos locais.
O secretário-executivo da SSP-DF, Alexandre Patury, enfatiza a importância das estratégias de prevenção dos crimes de gênero e do encorajamento de denúncias. “Adotamos ações de enfrentamento a todas as formas de violência contra a mulher e, principalmente, contra a mais grave delas, que é o feminicídio. Sendo assim, convidamos todos a participar da campanha #NãoAoCovarde, em que o principal mote é a não tolerância à covardia. Grave seu vídeo e poste nas redes sociais com essa hashtag. A segurança pública é dever do Estado, mas responsabilidade de cada um de nós como cidadãos”, afirma.
Roubos e furtos
No que diz respeito aos crimes contra o patrimônio, os seis crimes monitorados pela secretaria – roubos a transeunte, em transporte coletivo, de veículo, em comércio, em residência e o furto em veículo – apresentaram redução significativa de 20,5% no acumulado dos nove primeiros meses. “Os crimes contra o patrimônio merecem atenção especial, pois têm impacto relevante na sensação de segurança da população”, comenta Avelar.
De janeiro a setembro, o roubo em transporte coletivo teve a maior redução (31,3%), passando de 547, ano passado, para 376 este ano, o que corresponde a 171 ocorrências a menos. Este é o segundo mês consecutivo que a redução se mantém. Além de atuações rotineiras de investigação e policiamento, a SSP-DF realiza uma série de ações específicas envolvendo forças de segurança, a Secretaria de Mobilidade (Semob), representantes de empresas de ônibus, entre outros órgãos.
Na sequência, também no acumulado do ano, os roubos a transeunte tiveram redução de 22,5%. Os furtos em veículos (quando objetos são subtraídos sem que a vítima perceba), roubo de veículos e em comércio tiveram redução de, respectivamente, 17%, 15,6% e 15,3%. O roubo à residência teve queda de 13,8%.
A Secretaria de Segurança Pública destaca a importância do registro de ocorrências pela população para apoiar a elaboração de estudos criminais, que monitoram e indicam locais e horários de maior incidência de cada tipo de crime. Essas informações são fundamentais para o planejamento de estratégias de policiamento pela Polícia Militar do DF e para a identificação de grupos especializados pela Polícia Civil do DF.
Videomonitoramento
Entre as medidas adotadas para redução da criminalidade está o uso da tecnologia, por meio das câmeras de videomonitoramento. Os equipamentos são essenciais para acompanhar situações e direcionar policiamento de forma mais ágil e inteligente. No último mês foi publicado o contrato para complemento da contratação de serviços, como fornecimento de materiais, compondo o investimento realizado para a continuidade da implantação de novos pontos de captura e manutenção das 980 câmeras já instaladas.
A previsão é de que cerca de 500 novas câmeras contemplem regiões que ainda não contam com a tecnologia e, também, fortalecimento daquelas que já contam com o serviço. A fase de ampliação teve início neste ano e conclusão esperada para 2025.
As imagens são transmitidas em tempo real para o Centro Integrado de Operações de Brasília (Ciob) e, a partir disso, distribuídas ou disponibilizadas às dez centrais de Monitoramento Remoto (CMRs), instaladas em unidades da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF).
Atualizado em 05/10/2023 – 21:31.
Será enviado à CLDF
Governador Ibaneis Rocha anuncia projeto de lei para reduzir o ITBI no DF
O governador Ibaneis Rocha anunciou, nesta sexta-feira (22), um projeto de lei para alterar a alíquota do Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), sendo de 1% na primeira transmissão de imóvel novo edificado e de 2% nos demais casos.
A fala ocorreu durante as comemorações dos 60 anos do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Distrito Federal (Sinduscon-DF), onde o chefe do Executivo foi homenageado pelo trabalho em prol do setor.
O projeto de lei será enviado em breve à Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) para votação e, se aprovado, terá validade a partir de 1º de janeiro de 2025.
No discurso, o governador Ibaneis Rocha afirmou que a redução do tributo não vai afetar os investimentos no DF, que terá de R$ 8 bilhões a R$ 10 bilhões de investimentos para o próximo ano. “O compromisso no momento que a gente tivesse com as contas ajustadas era fazer essa redução. Ela tem um impacto muito grande, principalmente na vida das pessoas que compram seus imóveis, seja o primeiro imóvel, seja o primeiro imóvel novo. Porque quando você fala de redução de 3% para 2% você está falando de uma redução de quase 50% desse valor do ITBI. Isso faz uma diferença muito grande na vida das pessoas, porque os imóveis no Brasil são muito caros. E a gente, por outro lado, com essa redução para 1% do imóvel novo, aquele primeiro imóvel, aquela primeira escritura, a gente incentiva também a construção civil, porque os empresários vão investir mais. Então nós vamos ter um retorno disso aí na parte do ICMS, porque nós vamos vender mais ferro, cimento, tijolo, e vamos gerar mais emprego nas cidades, porque a cidade precisa de geração de emprego. A construção civil é muito importante para o Distrito Federal”, disse Ibaneis Rocha.
A redução na alíquota do ITBI faz parte do trabalho do GDF para fortalecer setores importantes da economia e colaborar com a geração de emprego e renda.
“Nós vamos ter uma redução na arrecadação em torno de R$ 500 milhões, mas que está perfeitamente acomodada dentro do nosso orçamento. Isso mostra que nós estamos trabalhando no caminho certo, com organização, sem deixar de fazer os investimentos necessários, mas também pensando no lado da geração de emprego na nossa cidade”, acrescentou Ibaneis Rocha.
Em 2015, o ITBI subiu de 2% para 3%. Em 2022, o Governo do Distrito Federal (GDF) reduziu temporariamente para 1% pelo período de três meses como parte do programa Pró-Economia II, criado para recuperar e fortalecer a economia da capital, afetada pela pandemia de covid-19. Agora, a redução virá por meio de lei, conforme explica o secretário de Economia, Ney Ferraz.
“A determinação do governador Ibaneis Rocha é trabalharmos sempre na construção de um ambiente favorável para o desenvolvimento econômico da nossa cidade. E a redução do ITBI converge nesse sentido, pois estimula as transações imobiliárias, novas construções, gera emprego e renda. Além disso, estamos estimulando também a arrecadação do ICMS, com a venda de material de construção, por exemplo. Ou seja, a redução é na verdade um estímulo para o crescimento da nossa economia. O melhor é que não se trata de uma medida temporária. A proposta do governo é manter as alíquotas de 2% para transações de imóveis usados e 1%, no caso de novos imóveis”, detalhou Ney Ferraz.
A medida foi bem recebida por diferentes setores. Para o presidente do Sinduscon-DF, Adalberto Valadão Júnior, a medida mostra uma visão inteligente do governo.
“Cabe a gente ser bastante grato e reconhecer esse esforço que o governador fez. São basicamente três motivos importantes pelo qual isso nos orgulha e nos agrada muito. Primeiro, é uma demonstração de sensibilidade com os pleitos do setor. Segundo, é a correção de um erro histórico, que como eu falei, aconteceu há cerca de 10 anos, quando numa sanha arrecadatória, o governo anterior aumentou o ITBI, prejudicando não só o setor produtivo, mas também boa parte da população. E terceiro, demonstra uma ideologia pouco presente hoje entre os políticos, mas que deveria estar mais presente e que é muito importante, que é compreender que carregar, que colocar peso sobre o empresário, sobre a população, isso só atrasa a vida de todo mundo”, avalia.
Em visão semelhante, o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF), José Aparecido da Costa Freire, comemorou o anúncio. “Há tempos destacamos a necessidade de reduzir a carga tributária como uma medida essencial para impulsionar o investimento, a expansão e a inovação nos negócios. Essa iniciativa do GDF promove benefícios amplos, como a facilitação da regularização de imóveis, a redução de custos operacionais e o estímulo à formalização”, avalia.
Atualizado em 22/11/2024 – 23:37.
Mudança de vida
Ex-moradores de rua do DF ganham oportunidades de emprego na Sejus
O pedreiro Francisco Tavares, 40 anos, pai de três filhos, viveu quase três anos nas ruas, desde que perdeu o seu último emprego. No entanto, há três meses sua vida se transformou. Ele recebeu a abordagem do governo e dias depois foi nomeado para uma oportunidade de trabalho na Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF). “Já tinha perdido as esperanças e, de repente, as portas do mercado de trabalho voltaram a se abrir para mim. Estou trabalhando com pintura, reforma, o que eu já sei fazer, mas me aprimorando. Essa oportunidade me trouxe condições de sustentar minha família e de sonhar com um futuro melhor”, celebrou.
Francisco é mais um dos beneficiados pelas políticas públicas do Governo do Distrito Federal (GDF) voltadas para à inclusão social de pessoas em situação de rua. Por meio do Decreto 46.250/2024, o Executivo oficializou a criação de 15 cargos dentro da estrutura do GDF destinados exclusivamente para atendimento deste público. A medida estabelece que os postos de trabalho sejam oferecidos nas estruturas administrativas da Sejus e das outras pastas que trabalham com temas relacionados a direitos humanos, qualificação profissional e assistência social.
A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, define a iniciativa como uma política de inclusão social inovadora. “A contratação de pessoas que já estiveram em situação de rua é uma forma de dignidade, ao oferecer trabalho e possibilidades reais de reintegração à sociedade. Este projeto piloto quebra barreiras e cria pontes para quem mais precisa, pois pessoas em situação de vulnerabilidade terão a chance de recomeçar e contribuir ativamente para o desenvolvimento do Distrito Federal”, afirma.
Mudança de vida
Gilvandro Soares, de 55 anos, foi mais um dos selecionados para fazer parte dessa iniciativa na Sejus. Ele relatou as dificuldades que passou neste período em que viveu nas ruas e como esta oportunidade deve mudar sua vida. “Foi um período difícil e sem privacidade. Esse emprego tem um impacto muito grande na minha vida. Agora tenho renda para adquirir o que eu quero e, mais importante, tenho muitos planos. A gente sonha quando não pode, tendo um salário fixo é outra coisa”.
Os selecionados para trabalhar na Sejus estão lotados no departamento de manutenção e participam das obras de revitalização de equipamentos públicos entregues pela pasta. Tanto Francisco quanto Gilvandro participaram da recente revitalização da sede da Associação Nova Cidadania, uma entidade sem fins lucrativos, que oferece atividades culturais e desportivas para pessoas idosas de Santa Maria.
A reserva de vagas de emprego para pessoas em situação de rua se soma às demais propostas do governo previstas no Plano de Ação para a Efetivação da Política Distrital para a População em Situação de Rua. Criado em 25 de maio, o documento está dividido em sete eixos, entre os quais está o Eixo de Trabalho e Renda. Nele, o GDF reconhece a importância do trabalho e da geração de renda como meio de inclusão social e dignidade, e oferece estratégias para a consolidação desse objetivo.
Atualizado em 22/11/2024 – 23:45.
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