Xô, Aedes!
Casos prováveis de dengue despencam quase 60% no Distrito Federal

Os casos de dengue seguem em queda no Distrito Federal. No comparativo com o ano passado, houve uma redução de 59,4% dos registros prováveis da doença entre residentes da capital. Os casos notificados, por sua vez, caíram 52,7%. Os números constam no mais recente Boletim Epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF).
Segundo os dados, até o momento, foram notificados 36.309 casos; outros 27.023 são considerados prováveis. “Estamos na contramão do cenário nacional”, enfatiza o subsecretário de Atenção Integral à Saúde, Maurício Fiorenza. “Em todo o país, houve um aumento nos casos de dengue, enquanto aqui tivemos uma queda significativa. A capital saiu do mapa de criticidade de casos de dengue”.
Dos casos prováveis, 94,7% são de residentes do DF. A maior incidência é entre mulheres na faixa etária de 20 a 29 anos e acima de 80 anos. Há também pacientes de outras unidades da Federação, como Goiás (1.324 casos), Minas Gerais (64), Rio de Janeiro (11) e São Paulo (9).
O DF não registrou óbito pela doença entre 1º de janeiro e o dia 9 deste mês. “Isso se deve à atuação da parte assistencial, que realiza o atendimento do paciente infectado”, explica Fiorenza. “Todas as 176 UBSs [unidades básicas de saúde] contam com profissionais treinados e capacitados para o diagnóstico rápido de dengue e estão fortalecidas com salas para atender ao usuário do sistema público de saúde, evitando piora do seu quadro clínico”.
Eficiência
O Guará foi a cidade que apresentou a maior redução no índice de infectados. Em 2022, 2.002 moradores da região receberam o diagnóstico de dengue. Neste ano, 494 contraíram a enfermidade – uma queda de 75,3%. Cruzeiro, Varjão, Lago Sul, Ceilândia e Vicente Pires também tiveram quedas acentuadas, acima de 70%.
“Quando a gente fala de arboviroses, nada é uma ação exclusiva”, pontua o diretor de Vigilância Ambiental em Saúde, Jadir Costa. “São várias ações feitas em conjunto para que a gente possa chegar a esses resultados. São agentes de vigilância atuando com frequência na fiscalização dos focos e ações pontuais em cada região através dos nossos núcleos.”
O diretor ressalta, ainda, a utilização de ovitrampas – armadilhas para captura dos ovos do mosquito vetor da dengue, o Aedes aegypti.
“Essas armadilhas nos permitem retirar os ovos do mosquito de circulação”, aponta. “Cada ovo que capturamos é um mosquito a menos. Além disso, nos permite traçar um mapa de calor identificando os grandes focos da doença. Tudo isso torna nosso trabalho mais eficiente.”
Apesar da melhora dos índices, não é momento de relaxar no cuidado com focos da doença. “Este ano foi atípico com chuvas acima do esperado neste período que conhecemos por seca, e por isso precisamos ficar em alerta”, recomenda Jadir Costa. “Tire dez minutos da sua semana para fazer uma inspeção em áreas da sua residência que seriam possíveis depósitos para o mosquito. Isso evita que haja um crescimento de casos com a chegada do período chuvoso”.

Protegendo bebês
Saúde do DF é pioneira na aplicação de medicamento contra bronquiolite

O Governo do Distrito Federal (GDF) dá um passo importante para a proteção da saúde de bebês prematuros: a capital do Brasil é a primeira unidade da federação a aplicar o Nirsevimabe na rede pública de saúde. O medicamento adquirido pela Secretaria de Saúde (SES-DF) é um anticorpo de ação prolongada que protege bebês contra infecções graves causadas pelo vírus sincicial respiratório (VSR), principal responsável por casos de bronquiolite e pneumonia nos primeiros meses de vida.
A pequena Ana Ísis, nascida com 36 semanas, foi a primeira bebê da rede pública a tomar o medicamento. Nesta quinta-feira (17), ao lado da mãe Raimunda Ribeiro, 38 anos, ela recebeu o Nirsevimabe no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib). Ana Ísis integra o público-alvo do medicamento: recém-nascidos prematuros, com idade gestacional entre 32 semanas e 36 semanas e 6 dias, nascidos a partir de 1º de outubro de 2024 – faixa etária que integra o período de maior circulação do VSR no Distrito Federal em 2025.
“O Nirsevimabe representa um avanço enorme na proteção da primeira infância. Essa ação reforça o compromisso do Governo do Distrito Federal com a prevenção, o cuidado e a inovação na saúde pública, especialmente para os nossos pequenos mais vulneráveis”, afirmou o secretário de Saúde do DF, Juracy Cavalcante Lacerda Júnior.
A aplicação do medicamento é feita antes do pico da sazonalidade das infecções respiratórias em bebês, como medida preventiva para reduzir complicações e internações – o que tem impacto direto na ocupação de leitos de UTI neonatal. A distribuição está sendo realizada para as 11 maternidades da rede pública, de forma proporcional à estimativa de nascimentos prematuros.
Todo o processo seguirá um protocolo rigoroso e humanizado da SES-DF, elaborado em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria e o Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB). A capacitação dos profissionais da rede – médicos, enfermeiros e farmacêuticos – já foi iniciada.
Aprovado pela Anvisa em outubro de 2023 e incorporado ao SUS em fevereiro deste ano, o Nirsevimabe é um anticorpo pronto, que oferece proteção imediata sem necessidade de ativação do sistema imunológico, sendo especialmente eficaz para prematuros e crianças com menos de dois anos com comorbidades.
“É importante destacar que o Palivizumabe continuará sendo utilizado para os grupos de risco já estabelecidos, como crianças com cardiopatias congênitas e displasias pulmonares. O Nirsevimabe vem ampliar a estratégia de proteção, de forma complementar e integrada ao protocolo vigente”, explicou a médica pediatra e gestora da SES-DF, Julliana Macêdo.
Com essa iniciativa pioneira, o Distrito Federal assume o protagonismo nacional no enfrentamento das síndromes respiratórias graves em crianças, priorizando a vida desde os primeiros dias.
26 de abril
Dia nacional de prevenção à hipertensão alerta para o controle da doença

Celebrado no próximo sábado, 26, o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial faz um alerta importante para a conscientização da população sobre a identificação dessa doença “silenciosa”, mas que pode ser controlada com o acompanhamento médico e mudanças de hábitos.
Estima-se que cerca de 27,9% dos brasileiros sejam hipertensos. A maior prevalência ocorre entre mulheres, com 29,3% das pessoas do sexo feminino com a doença. Entre os homens, 26,4% tem hipertensão. Os dados são do levantamento feito pelo Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) do Ministério da Saúde, realizado, em 2023, nas 27 capitais.
O médico da Família e Comunidade da Amparo Saúde, Pedro Pina, informa que “a hipertensão arterial sistêmica, popularmente conhecida como pressão alta, é uma condição crônica caracterizada pelo aumento persistente da pressão sanguínea nas artérias. Isso significa que o coração precisa fazer mais força para bombear o sangue para o resto do corpo, o que pode causar sérios problemas de saúde ao longo do tempo”.
Pina explica que uma pessoa é considerada hipertensa quando apresenta valores iguais ou superiores a 140/90 mmHg em medições repetidas em diferentes ocasiões. “É importante ressaltar que apenas uma aferição acima do normal não caracteriza hipertensão arterial sistêmica, mas indica que a pessoa deve procurar um médico para compreender o motivo”, salienta ele, acrescentando que o diagnóstico preciso para essa doença “silenciosa” deve ser feito por um profissional de saúde, considerando também fatores de risco e condições clínicas.
A pressão alta pode ter diversas causas, incluindo fatores genéticos, como histórico familiar de hipertensão; hábitos alimentares inadequados, com o consumo excessivo de sal, gorduras e alimentos ultraprocessados; sedentarismo; obesidade; estresse; tabagismo; consumo excessivo de álcool; e doenças preexistentes, a exemplo de diabetes e doenças renais.
Sinais de pressão alta
Os sintomas da hipertensão podem não aparecem em todos os pacientes, como alerta Pina, tornando a doença ainda mais perigosa. No entanto, alguns sinais podem indicar que algo está errado, como dores de cabeça frequentes, tontura e mal-estar, visão embaçada ou alterações visuais associadas à dor de cabeça, falta de ar e dor no peito.
“Caso esses sintomas apareçam, é essencial buscar atendimento médico, porque o grande problema da hipertensão arterial sistêmica são suas consequências. Se não for controlada, ela pode levar a sérias complicações, como acidente vascular cerebral (AVC), infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca, doenças renais e problemas na visão”, informa.
Embora seja mais comum em adultos, crianças e adolescentes também podem desenvolver hipertensão, principalmente devido a fatores genéticos, obesidade e maus hábitos alimentares. “O acompanhamento pediátrico é fundamental para a prevenção e tratamento. A hipertensão em crianças, geralmente, tem causas de maior gravidade e que precisam ser investigadas com maior atenção”, pontua.
Para confirmar o diagnóstico da hipertensão será necessária a aferição da pressão arterial em diferentes momentos. Em alguns casos, exames complementares, como monitorização ambulatorial da pressão arterial (Mapa) ou monitorização residencial da pressão arterial (MRPA), podem ser solicitados pelo médico.
“O tratamento inclui mudanças no estilo de vida e, em muitos casos, o uso de medicamentos anti-hipertensivos”, informa Pina, pontuando que as principais medidas para o controle da hipertensão são: reduzir o consumo de sal e alimentos ultraprocessados, principalmente aqueles ricos em sódio, como refrigerantes; praticar atividade física regularmente para manter um peso saudável; controlar o estresse e evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, além de seguir corretamente as orientações médicas e tomar os medicamentos prescritos.
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