Ottobock
Cadeiras de rodas para obesos garantem inclusão e qualidade de vida

Um país que precisa lutar contra o excesso de peso e garantir a inclusão. Estudos recentes tanto dentro quanto fora do Brasil mostram que a parcela da população considerada obesa tem crescido. A pesquisa Vigitel 2021, realizada pelo Ministério da Saúde, mostrou que, naquele ano, 22,35% dos brasileiros tinham obesidade, acima dos 21,55% do ano de 2020 e do índice de 20,27% de 2019. Até o ano de 2035, conforme o Atlas Mundial da Obesidade de 2023, 41% da população adulta no país seria enquadrada nesse perfil.
A obesidade ocorre quando o índice de massa corporal (IMC), que é um cálculo que envolve o peso corporal e a altura de uma pessoa, está acima de 30. Mais do que buscar saídas para frear esse avanço retratado nas pesquisas, é também necessário que se encontrem métodos para garantir a inclusão da população com esse quadro de saúde. E a evolução tecnológica em cadeiras de rodas para auxiliar na locomoção de pessoas obesas, em especial quando possuem paralisias ou limitações motoras nos membros inferiores, tem sido uma forma de trazer melhorias para a mobilidade desse grupo populacional.
Segundo a fisioterapeuta Vanessa Fernanda Pereira Cruz, que é coordenadora técnica de produtos da Ottobock, empresa alemã com atuação no Brasil e que trabalha com estudos e produtos na área de cadeiras de rodas, próteses e órteses, o setor tem avançado para atender a essa população. Isso acontece tendo em vista a necessidade de uma demanda por mais qualidade de vida. “Nós entendemos que, ainda que seja uma questão maior, de necessidade de evitar a obesidade, que enquanto essas pessoas com dificuldade na mobilidade estiverem nessa condição de saúde, elas precisam de equipamentos adequados a sua estrutura corporal. Dessa forma, o setor tem aprimorado seus estudos e investimentos em equipamentos de qualidade”, afirma.
Estrutura da cadeira conforme a necessidade
Em geral, de acordo com Vanessa, para que o conforto seja garantido, algumas questões são levantadas na hora de desenvolver esse tipo de equipamento. Por isso, as cadeiras de rodas para pessoas obesas são construídas com larguras especiais, que variam entre 48 a 60 cm. Já o chassi (que é a estrutura do equipamento como um todo) é reforçado para suportar massa corporal próxima dos 200 kg.
Para escolher a cadeira adequada ao paciente, é sempre importante que a pessoa que esteja nesta condição passe por uma avaliação clínica. “O profissional habilitado, seja ele médico, fisioterapeuta ou um terapeuta ocupacional, precisa analisar o paciente como um todo: as medidas corporais, as funções motoras preservadas, a rotina diária e a rotina social. Com essa avaliação, é possível indicar a melhor cadeira de rodas, seja ela manual ou motorizada, que atenderá funcionalmente todos os aspectos da vida do paciente”, explica.
No caso da Ottobock, por exemplo, a empresa possui uma linha de seis equipamentos de mobility, que inclui as cadeiras de rodas. Além da estrutura da cadeira, Vanessa ainda pondera a importância do uso de acessórios como almofadas desenvolvidas especificamente para esse uso e que ajudam na prevenção de feridas por pressão. “Como as pessoas passam muito tempo na cadeira de rodas, algum desconforto precisa ser evitado com esses acessórios que vão garantir ainda mais o bem-estar do utilizador”, explica.
De olho na higiene e manutenção
Além dos cuidados com a produção do equipamento, o próprio utilizador da cadeira de rodas precisa estar atento à manutenção. Por isso, conforme explica a especialista, é importante verificar a higiene dos aros da estrutura. Da mesma forma, deve-se fazer a limpeza do encosto e do assento. “Isso é necessário para evitar a proliferação de bactérias nessas regiões, que acabam se tornando úmidas e quentes devido ao uso constante”, alerta.
Também é importante que o utilizador leve a cadeira de rodas para fazer revisões periódicas, conforme orientação dos especialistas da área, para avaliação da condição dos freios e dos pneus. Esse acompanhamento, inclusive, torna-se necessário para a limpeza das rodas. Outra questão, segundo a especialista, é realizar a revisão do produto. “Sempre é bom ficar atento ao funcionamento como um todo, se a cadeira está alinhada ou apresenta alguma anormalidade, por exemplo. Caso alguma anormalidade aconteça, é indicado procurar uma assistência técnica especializada”, diz.
A Ottobock possui oito clínicas na qual oferece atendimento para os utilizadores de cadeiras de rodas e outras tecnologias de mobilidade, tanto para revisão quanto para o acompanhamento dos pacientes.
Sobre a Ottobock
Fundada em 1919, em Berlim, na Alemanha, a Ottobock é referência mundial na reabilitação de pessoas amputadas ou com mobilidade reduzida por sua dedicação em desenvolver tecnologia e inovação a fim de retomar a qualidade de vida dos usuários. Dentro de um vasto portfólio de produtos, a instituição investe em próteses (equipamentos utilizados por pessoas que passaram por uma amputação); órteses (quando pacientes possuem mobilidade reduzida devido a traumas e doenças ou quando estão em processo de reabilitação); e mobility (cadeiras de rodas para locomoção, com tecnologia adequada a cada necessidade).
A Ottobock chegou ao Brasil em 1975 e atua no mercado da América Latina também em outros países como México, Colômbia, Equador, Peru, Uruguai, Argentina, Chile e Cuba, além de territórios da América Central. Atualmente, no Brasil, são oito clínicas, presentes em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Recife e Salvador.

Influenza A
Brasil tem aumento de hospitalizações por gripe, alerta Fiocruz

No Brasil, 13 estados e o Distrito Federal estão em nível de alerta, de risco ou de alto risco para a incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Nesses locais, a tendência é de crescimento dos casos, considerando o que foi observado nas últimas seis semanas. Em todo o país, houve ainda o aumento das hospitalizações por influenza A, que é o vírus da gripe.
As informações são do último Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado nesta sexta-feira (25). A análise refere-se ao período de 13 a 19 de abril.
De acordo com o boletim, os estados com as maiores incidências de SRAG são Acre, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo.
A alta geral de casos de SRAG, segundo o boletim, tem sido alavancada, principalmente, pelo o aumento das hospitalizações de crianças pequenas por conta do vírus sincicial respiratório (VSR) e, em menor volume, de crianças mais velhas e adolescentes até 14 anos com rinovírus.
O boletim também chama atenção para o aumento das hospitalizações por influenza A no agregado nacional. O estado do Mato Grosso do Sul apresenta um cenário mais crítico, com incidência muito alta de hospitalizações pela doença.
Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos de SRAG viral foi de 56,9% de vírus sincicial respiratório, 25,5% de Rinovírus, 15,7% de Influenza A, 3,9% de SARS-CoV-2 (covid-19) e 1% de influenza B.
Entre as mortes registradas com testes positivos para as doenças respiratórias, 35,7% estavam com SARS-CoV-2 (covid-19), 30,4% com Influenza A, 16,1% com Rinovírus, 10,1% com vírus sincicial respiratório e 3,6%, Influenza B.
Orientações
A pesquisadora do Programa de Processamento Científico da Fiocruz e do InfoGripe Tatiana Portella ressalta que esse cenário serve como alerta para que a população intensifique as medidas de prevenção, combatendo o aumento de casos graves por alguns vírus de transmissão respiratória.
Portella reforça ainda a importância da vacinação contra a influenza e indica o uso de máscaras em locais fechados ou com maior aglomeração de pessoas e dentro dos postos de saúde onde a situação for mais preocupante.
Para quem apresentar sintomas de doenças respiratórias, a orientação é adotar a chamada etiqueta respiratória que inclui cobrir o nariz e a boca com lenços de papel ao tossir ou espirrar; evitar abraços, aperto de mão e beijos; não compartilhar copos, utensílios e toalhas; e, lavar as mãos com frequência.
Rabdomiólise
Exercícios extremos podem causar falência renal, alerta nefrologista

Um estudo de caso de falência renal após um treino intenso publicado na revista Medicine por médicos e pesquisadores da China reacendeu o alerta para os riscos associados à prática de exercícios físicos extremos. A condição conhecida como rabdomiólise induzida pelo exercício é rara, mas grave, e pode levar à necessidade de hemodiálise em casos mais severos.
A rabdomiólise ocorre quando há uma destruição excessiva das fibras musculares, levando à liberação de substâncias como mioglobina e creatina quinase (CPK) na corrente sanguínea. A mioglobina, em particular, é tóxica para os rins e pode causar lesão renal aguda.
“Quando o músculo sofre uma lesão intensa, ele libera proteínas que podem entupir os túbulos renais e causar um quadro grave de insuficiência renal”, explica a nefrologista Lectícia Jorge, diretora médica da Fresenius Medical Care. “Nos casos mais graves, é necessário recorrer à hemodiálise para substituir temporariamente a função dos rins.”
De acordo com a médica, a melhor forma de prevenir a rabdomiólise é respeitar os limites do corpo e manter uma hidratação adequada. “A hidratação vigorosa é uma das primeiras medidas adotadas quando há suspeita da condição, pois ajuda a diluir e eliminar a mioglobina do organismo, reduzindo o risco de dano renal”, afirma.
O uso indiscriminado de suplementos e esteroides anabolizantes também pode agravar o problema. “A creatina de boa procedência, por si só, não costuma causar dano renal, mas pode interferir na interpretação de exames. Já os anabolizantes, sim, têm potencial de afetar diretamente a função dos rins e devem ser evitados sem prescrição e acompanhamento médico”, alerta a nefrologista.
A médica reforça que o acompanhamento profissional durante os treinos é indispensável. “Exercício é saúde, mas deve ser feito com responsabilidade. O excesso pode trazer consequências sérias. Ter orientação médica e nutricional é fundamental para garantir a segurança”, destaca.
Sinais como dor muscular intensa, inchaço incomum, fraqueza extrema ou urina escura podem ser indicativos de rabdomiólise. “Se esses sintomas aparecerem, é fundamental procurar um médico imediatamente”, finaliza Lectícia Jorge.
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