Curta nossa página

Natalee

Ribociclibe reduz em 25% o risco de retorno do câncer de mama mais comum

Publicado

Combate ao câncer de mama
Foto/Imagem: Freepik


O tratamento contra o câncer de mama inicial pode estar ganhando um novo aliado: resultados de um estudo clínico sugere que o medicamento Ribociclibe pode aumentar significativamente a taxa de sobrevivência de pessoas diagnosticadas com a forma mais comum da doença, o câncer de mama sensível ao bloqueio hormonal. As conclusões do estudo, chamado Natalee, foram apresentadas durante o primeiro dia de programação do Encontro Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco), maior congresso de oncologia do mundo.

Segundo os dados apresentados, a redução pode chegar a 25% no risco de recorrência em pacientes diagnosticadas com câncer de mama em fase inicial classificado como receptor hormonal positivo e HER2-negativo. Esse é o subtipo mais comum da doença, representando cerca de 70% de todos os casos.

“No cenário do câncer de mama inicial sabemos que, apesar da eficácia bem estabelecida da terapia endócrina, a chance de recidiva da doença em 20 ano é de aproximadamente 30% para as pacientes estadio II e pouco maior que 50% nas pacientes estadio III. Nesse cenário, existe uma necessidade de otimizar o tratamento adjuvante dessas pacientes com o intuito de reduzir o risco de recorrência. A redução percentual de recidiva da doença em ¼ dos casos a partir dessa adição de Ribociclibe à terapia hormonal abre novas frentes importantes no tratamento das pacientes com câncer de mama”, diz Luciana Landeiro, oncologista do Grupo Oncoclínicas.

Ribociclibe é um medicamento utilizado no tratamento do câncer de mama com presença de receptores hormonais positivos e Her 2 negativo, no cenário metastático. Ele pertence a uma classe de medicamentos chamados inibidores de quinase ciclina-dependente (CDK4/6) e funciona bloqueando a ação de proteínas que promovem o crescimento das células cancerosas. O Ribociclibe é geralmente administrado em combinação com medicamentos para o câncer de mama, que bloqueiam o estímulo hormonal que em aproximadamente 70% do casos atua como promotor do crescimento tumoral.

A pesquisa contou com a participação de 5.101 mulheres na pré e pós-menopausa com câncer de mama em risco de recorrência. Elas receberam Ribociclibe adjuvante em combinação a terapia endócrina (2.549 pacientes) ou apenas terapia endócrina (2.552 pacientes). Após um acompanhamento médio de 27.7 meses, 189 pessoas no grupo de Ribociclibe (7,4% dos pacientes) tiveram recorrência do câncer, em comparação com 237 pessoas no grupo de terapia hormonal isolada (9,3% dos pacientes).O estudo mostrou um ganho absoluto de 3.3% na redução do risco de doença invasiva a distância a favor do braço do Ribociclibe, com HR de 0,748 (0.618-0.906).

Luciana Landeiro ressalta que apesar dos dados serem animadores, sob a ótica da prática clínica ainda é necessário aguardar a aprovação dessa nova indicação para que esse protocolo possa então ser recomendado às pacientes. “Esse foi o resultado da segunda análise interina, pré planejada, do estudo com seguimento mediano de 27.7 meses. Vale ressaltar que 80% das pacientes ainda estava recebendo Ribociclibe quando a análise apresentada foi realizada. É muito importante acompanharmos como as curvas vão se comportar no seguimento”, finaliza.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 2 milhões de pessoas em todo o mundo são diagnosticadas a cada ano com câncer de mama, o que faz dele o líder do ranking de tumores mais incidentes em todo o mundo. No Brasil, a expectativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA) para o triênio de 2023 a 2025 é de 73.610 casos a cada ano, correspondendo a um risco estimado de 66,54 casos novos a cada 100 mil mulheres.

Asco 2023

Tendo como tema Parceria com os pacientes: o pilar do tratamento e pesquisa do câncer, a Asco reforça nesta edição os debates sobre a equidade no acesso a pesquisas, tratamentos, terapias e drogas no combate ao câncer. A programação também traz importantes atualizações sobre avanços em terapias, engenharia genética e tratamentos para diferentes tipos de tumores.

Com um público estimado de 40 mil pessoas, reunidas de forma presencial, os diferentes estudos a serem apresentados nos próximos dias trarão novidades que incluem métodos diagnósticos baseados em medicina de precisão e novidades terapêuticas em áreas como imunoterapia, Car-t, terapias gênicas e novas estratégias baseadas em rádio ligantes e anticorpos biespecíficos.

Sobre o Grupo Oncoclínicas

O Grupo Oncoclínicas – maior grupo exclusivamente dedicado ao tratamento do câncer no Brasil – tem um modelo especializado e inovador focado em toda a jornada do tratamento oncológico, alinhando eficiência operacional, atendimento humanizado e experiência de 12 anos de mercado. Com a missão de democratizar o tratamento oncológico no país, oferece um sistema completo de atuação composto por clínicas ambulatoriais integradas a câncer centers de alta complexidade. São 133 unidades em 35 cidades brasileiras, que permitem acesso a atendimento com padrão de qualidade dos melhores centros de referência mundiais no tratamento do câncer.

Com tecnologia de última geração, medicina de precisão, inteligência artificial, genoma e DNA, o grupo traz resultados efetivos na democratização do acesso ao tratamento oncológico e realiza 450 mil tratamentos por ano. É parceiro exclusivo na América Latina do Dana-Farber Cancer Institute, afiliado à Faculdade de Medicina de Harvard. Conta com a parceria da MedSir (Medica Scientia Innovation Research) no desenvolvimento de projetos para o câncer de mama, do Memorial Sloan Kettering Cancer Center, na validação de ampliação de painel NGS (Next Generation Sequencing), que investiga predisposição genética e fatores de risco hereditários, e do Weizmann Institute of Science.

Atualizado em 04/06/2023 – 09:16.

Cada gota faz a diferença

Novembro Roxo alerta para a importância do leite materno na prematuridade

Publicado

Por

Ao Vivo de Brasília
bancos de leite humano
Foto/Imagem: Breno Esaki/Secretaria de Saúde

A campanha Novembro Roxo conscientiza a população acerca dos desafios dos nascimentos prematuros em todo o mundo. A campanha tem a finalidade de alertar sobre o crescente número de partos prematuros, como preveni-los e informar a respeito das consequências do nascimento antecipado tanto para o bebê, família, sociedade e também para a equipe de saúde.

O roxo simboliza sensibilidade e individualidade, características que são muito peculiares aos bebês prematuros. Além disso, a cor também significa transmutação e mudança. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), é considerado bebê prematuro aquele que nasce antes das 37 semanas de gestação. Subdivide-se a classificação em prematuros extremos, os que vieram ao mundo antes das 28 semanas e correm mais risco de vida.

Referência no atendimento a gestantes de alto risco da região de saúde sul e entorno sul do Distrito Federal, o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) acaba realizando um número elevado de partos prematuros devido à complexidade do serviço. Atualmente, o HRSM possui 20 leitos na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), 15 leitos na Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal (UCIN) e mais 51 leitos na Maternidade, sendo dez deles destinados às gestantes de alto risco, além de contar com um Banco de Leite Humano (BLH) e uma equipe multidisciplinar para prestar toda a assistência a este bebê prematuro e sua família desde seu nascimento.

Essencial para o desenvolvimento da criança, o leite materno é um aliado importantíssimo para a vida dos recém-nascidos, principalmente os prematuros, tendo em vista que em alguns casos, eles ainda não podem ter contato com a mãe para mamar.

“Cada gota consumida faz a diferença na vida deste bebezinho prematuro. Por isso, todos os dias passamos visitando e conversando com as mães, perguntando como elas estão, se elas têm conseguido tirar o leite. Nesse processo, bem informal, é possível identificar aquelas mães que apresentam dificuldade e prestamos um auxílio”, afirma a chefe do serviço de Banco de Leite Humano do HRSM, Maria Helena Santos Faria.

Segundo ela, as doações são essenciais, pois a prioridade são os bebês prematuros. “Temos uma média de 600 bebês receptores de leite humano por mês, sendo diariamente cerca de 35 bebês alimentados com nossos estoques”, explica. Em outubro, o BLH do HRSM conseguiu coletar um total de 206,19 litros de leite, ficando atrás do mês de setembro, quando foram arrecadados 214,28 litros. As doações são sempre necessárias.

Toda mãe que amamenta seu filho é uma potencial doadora e pode ajudar centenas de bebês. Quem tiver interesse, basta procurar o Banco de Leite Humano do HRSM ou se preferir, se inscrever pelo site do Amamenta Brasília, ou fazer o cadastro no telefone 160 – opção 4.

Atualizado em 21/11/2024 – 10:56.

CONTINUAR LENDO

Câncer de próstata

Exame de toque retal não pode ser substituído por PSA, diz patologista

Publicado

Por

Ao Vivo de Brasília
exame toque retal cãncer de próstata
Foto/Imagem: Freepik

A medição da concentração do antígeno prostático específico total (PSA), do inglês Prostate Specific Antigen, é mais um aliado na saúde masculina, mas não substitui o exame digital retal, que continua sendo o mais importante recurso adotado pelos médicos urologistas para o diagnóstico do câncer de próstata, mesma nas fases mais precoces da doença.

O médico patologista clínico e professor titular de Clínica Médica e Medicina Laboratorial da Escola Paulista de Medicina da UNIFESP e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica (SBPC/ML), Dr. Adagmar Andriolo, esclarece que exames laboratoriais, como a medida do PSA total, com os cálculos da relação PSA livre sobre Total e do PHI (do inglês Prostate Health Index) e outros marcadores, devem ser entendidos como recursos complementares.

“Em relação ao exame digital e a medida do PSA, um não exclui o outro, portanto, os dois recursos devem ser realizados inicialmente, até mesmo para detectar, precocemente, a presença de câncer. Diante de uma suspeita clínica obtida pela história e/ou pelo exame digital e/ou pelo valor de PSA elevado, são realizados os exames de imagem, como a ressonância magnética e, somente, por fim, o de anatomia patológica ( biópsia), que auxilia na confirmação ou exclusão do diagnóstico”, explica.

Para a suspeita e posterior diagnóstico do câncer da próstata, vários aspectos devem ser considerados e, por essa razão, a consulta com o urologista se faz muito necessária. Dentre esses aspectos, ressaltam-se a idade do paciente, seu histórico pessoal e familiar, características anatômicas da glândula, dentre outros.

“Indivíduos com mais de 50 anos de idade possuem maior risco de desenvolverem esse tipo de câncer, assim como aqueles com história familiar na qual parentes de primeiro grau tenham tido câncer de próstata antes dos 50 anos (ainda que, do ponto de vista legal, parentes de primeiro grau sejam apenas pais e filhos, para essa avaliação, devem ser incluídos irmãos e tios paternos). Para esses indivíduos, está indicada uma avaliação mais precoce (antes dos 50 anos), que inclui, ao menos, o exame digital (toque) e medida do PSA total. Entendemos que há resistência das pessoas e muitos preferem fazer apenas o PSA, mas essa não é a recomendação médica, uma vez que, como em todos os exames laboratoriais, existe a possibilidade de resultados falso positivos e falso negativos”, detalha o professor Adagmar Andriolo.

Diante de evidências de tumor, o exame digital retal também é usado para direcionar a biópsia, caso necessário, com a finalidade de reduzir o risco de resultado falso negativo. O médico lembra que o exame de próstata não precisa, obrigatoriamente, ser anual, podendo ser realizado mais espaçadamente, a critério do urologista, baseado no risco individual.

“A idade de 50 anos para o primeiro exame digital retal e eventual medida da concentração do PSA é apenas para pessoas sem parentes próximos com câncer. Se a pessoa teve um irmão que apresentou o tumor antes dos 45 anos, o ideal é que ele comece a investigar também nessa mesma idade ou até um pouco antes. A mesma conduta deve ser aplicada ao indivíduos afrodescendentes, nos quais a ocorrência deste tipo de câncer é maior e , em geral, mais precoce” diz.

Alguns anos atrás, discutiu-se muito a validade da realização do exame de PSA como triagem populacional, chegando a ser contraindicado por entidades científicas internacionais. “Essa decisão se baseou no fato de que muitos pacientes eram encaminhados para realizar biópsia a partir de níveis alterados de PSA e os resultados eram negativo. para a presença de câncer. A supressão total de medida do PSA, no entanto, fez com que um grande número de pacientes fosse diagnosticado apenas em fases mais avançadas da doença, quando o tratamento é menos efetivo. A partir dessa constatação, as recomendações foram revistas e, no momento, o exame de PSA deve ser solicitado após avaliação adequada do risco do indivíduo e conscientização a respeito de suas limitações. Diante de alteração, faz-se exame de imagem e a biópsia é o último recurso na maioria dos casos”, explica Dr. Andriolo.

Sobre a SBPC/ML

A Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML) é uma associação de direito privado para fins não econômicos, fundada em 31 de Maio de 1944. Tem como finalidade congregar médicos, portadores do Título de Especialista em Patologia Clínica/Medicina Laboratorial e de outras especialidades, regularmente inscritos nos seus respectivos Conselhos Regionais de Medicina, e pessoas físicas e jurídicas que, direta ou indiretamente, estejam ligados à Patologia Clínica/Medicina Laboratorial, e estimular sempre o engrandecimento da especialidade dentro dos padrões ético-científicos.

Entre associados estão médicos patologistas clínicos e de outras especialidades (como farmacêuticos-bioquímicos, biomédicos, biólogos, técnicos e outros profissionais de laboratórios clínicos, estudantes de nível universitário e nível médio). Também podem se associar laboratórios clínicos e empresas fabricantes e distribuidoras de equipamentos, produtos e serviços para laboratórios. Ao longo das últimas décadas a SBPC/ML tem promovido o aperfeiçoamento científico em Medicina Laboratorial, buscando a melhoria contínua dos processos, evolução da ciência, tecnologia e da regulação do setor, com o objetivo principal de qualificar de forma permanente a assistência à saúde do brasileiro.

A SBPC/ML completou 80 anos em 2024. Além de fomentar o desenvolvimento contínuo da ciência, tecnologia e regulação no setor, a SBPC/ML lançou seu novo portal de notícias para aprimorar a comunicação com associados e a população, e está atualizando regularmente o Lab Tests Online, plataforma que oferece informações sobre exames laboratoriais, visando qualificar a assistência à saúde.

Atualizado em 20/11/2024 – 14:46.

CONTINUAR LENDO
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais Lidas da Semana

© 2015-2024 AVB - AO VIVO DE BRASÍLIA - SIA Trecho 5, Ed. Via Import Center, Sala 425, Brasília - DF. Todos os Direitos Reservados. CNPJ 28.568.221/0001-80 - Nosso conteúdo jornalístico é complementado pelos serviços de notícias de agências nacionais e internacionais, assessorias de imprensa e colaboradores independentes. #GenuinamenteBrasiliense