Folia
A vez da criançada: blocos infantis se preparam para o pré-carnaval
Não vão faltar opções para o público infantil curtir o carnaval de rua em Brasília este ano. A programação voltada para a criançada será intensa em todo o Distrito Federal. Começa com o pré-carnaval no próximo sábado e segue com festas em todos os fins de semana até a data do feriado de carnaval, comemorado na terça-feira 9 de fevereiro. Na agenda da cidade (veja programaçãono final da matéria), estão os tradicionais blocos ,como Baratinha, Gritinho do Carnapati, Suvaquinho da Asa, Galinho de Brasília, entre outros. Eles prometem uma variedade para a garotada ao som de axé, do frevo ou das marchinhas. E o melhor é que a maioria é gratuita e inclui o que os meninos gostam: pula-pula, cama elástica, pipoca, refrigerante e algodão-doce.
Não tem desculpa para não se divertir. Basta colocar a fantasia ou improvisar uma. Depois, é só escolher as atrações disponíveis nas ruas da cidade e aproveitar a festa. O Grupo Baratinha, bloco carnavalesco local, ocorre em 7 e 9 de fevereiro, a partir das 12h, no Parque Ana Lídia, localizado no Parque da Cidade. Durante o evento, haverá distribuição gratuita de guloseimas. Água e picolé também serão oferecidos à vontade. A criançada poderá ainda brincar nos brinquedos infláveis e fazer pintura no rosto.
Segundo o fundador do Baratinha, Luiz Lima, são esperadas cerca de 75 mil pessoas. “A festa vai ser bonita. Em 2015, nosso público superou a marca de 50 mil participantes. O carnaval de 2016 vai ter muita gente. Com a crise, a maioria das famílias não saiu de Brasília e os blocos vão ficar cheios. Garantimos para as famílias muita segurança e alegria”, diz. “Este ano, nós gostaríamos de ter feito algumas mudanças para deixar o nosso bloco ainda mais animado. Como não recebemos muitos recursos do governo, não conseguimos mudar quase nada. O estado tem que investir nesses eventos em benefício da população e da cidade”, cobra Lima.
A animação dos blocos de pré-carnaval começa no fim de semana que vem. Em 23 de janeiro, o bloco infantil do Suvaco da Asa, o Suvaquinho, se prepara para alegrar os foliões mirins em frente à Fundação Nacional das Artes (Funarte), no Eixo Monumental. Durante o evento, que ocorre das 10h às 13h, o público infantil terá a chance de fazer oficina de instrumentos musicais com material reciclado, oficina percussiva e de maracatu, além de participar de brincadeiras e show interativo. “A expectativa do bloco para este ano é grande. São 10 anos de Suvaco. Vamos para um lugar novo e esperamos receber mais pessoas. O bacana é que agora o bloco será no centro da cidade, onde o acesso à festa fica mais fácil. As pessoas podem chegar de ônibus ou bicicleta. É muito gratificante ver a interação dos pais e mães brincando o carnaval com os filhos. O evento já tem tradição no calendário brasiliense e tem a cara da cidade”, conta Pablo Feitosa Nunes, um dos diretores do Suvaco da Asa.
Preparativos
Esta é a primeira vez que a professora Mariana Barbosa Soares, 34 anos, vai levar os filhos, Letícia, 1 ano e 10 meses, Nicolas, 5, e Daniel, 7, a um bloquinho de carnaval no DF. “Tenho uma amiga que participa do Maria Vai Casoutras e me chamou para levar as crianças. Eles adoram uma farra e estamos preparando as fantasias que vão usar”, diz a professora. Ela aprova a ideia do evento kids. “É bacana por conta da família, normalmente os blocos têm muita gente, com muitos adultos e poucas crianças. Ter um bloco em que a prioridade são as crianças é muito melhor, muito mais tranquilo. Esperamos por um evento organizado e com bastante segurança.”
O educador físico Matheus Lemos, 30, pretende curtir com filhos e sobrinhos as festas de rua. Ele disse que aproveita a folia tanto quanto os pequenos. “Para quem está nesta fase de filhos pequenos, é importante ter um local para curtir o carnaval com a garotada, que tenha segurança e estrutura um pouco melhor. Ano passado curtimos os blocos e foi sensacional. Esperamos um carnaval com boa música, fantasias, confetes e serpentinas”, afirma.
Programação
Pré-carnaval
» 17 de janeiro, sábado, das 9h às 14h
Desfile do Bloco Abrindo a Roda
» Bosque do Sudoeste
» Entrada franca
» 23 de janeiro, sábado, às 10h
Suvaquinho da Asa
» Eixo Monumental, em frente à Funarte
» Entrada franca
» 23 de janeiro, sábado, das 14h às 18h
Gritinho do Carnapati
» SHCGN 707 Bloco K Casa 5
» Ingressos: R$ 40, adulto acompanhante R$ 20 e antecipados R$ 30
» 24 de janeiro, domingo, às 15h30
Bloquinho Kids Maria Vai Casoutras
» 201 Norte – Praça dos Prazeres, próximo ao antigo Balaio Café
» Entrada franca
Programação
Carnaval
» 6 e 8 de fevereiro, sábado e segunda-feira, das 9h às 12h
Carnapati
» Eixão Norte na altura da 202
» Entrada franca
» 7 de fevereiro, domingo, às 10h
Bicicobloco
» Eixão Norte na altura da 215
» Entrada franca
» 7 e 9 de fevereiro, domingo e terça-feira, a partir das 15h
Tesourinha
» Concentração na praça central da 410 Norte
» Entrada franca
» 7 e 9 de fevereiro, domingo e terça-feira, a partir das 12h
Baratinha
» Parque Ana Lídia, no Parque da Cidade
» Entrada franca
Nathália Cardim, Correio Braziliense
Atualizado em 11/01/2016 – 15:18.
Mudança de vida
Ex-moradores de rua do DF ganham oportunidades de emprego na Sejus
O pedreiro Francisco Tavares, 40 anos, pai de três filhos, viveu quase três anos nas ruas, desde que perdeu o seu último emprego. No entanto, há três meses sua vida se transformou. Ele recebeu a abordagem do governo e dias depois foi nomeado para uma oportunidade de trabalho na Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF). “Já tinha perdido as esperanças e, de repente, as portas do mercado de trabalho voltaram a se abrir para mim. Estou trabalhando com pintura, reforma, o que eu já sei fazer, mas me aprimorando. Essa oportunidade me trouxe condições de sustentar minha família e de sonhar com um futuro melhor”, celebrou.
Francisco é mais um dos beneficiados pelas políticas públicas do Governo do Distrito Federal (GDF) voltadas para à inclusão social de pessoas em situação de rua. Por meio do Decreto 46.250/2024, o Executivo oficializou a criação de 15 cargos dentro da estrutura do GDF destinados exclusivamente para atendimento deste público. A medida estabelece que os postos de trabalho sejam oferecidos nas estruturas administrativas da Sejus e das outras pastas que trabalham com temas relacionados a direitos humanos, qualificação profissional e assistência social.
A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, define a iniciativa como uma política de inclusão social inovadora. “A contratação de pessoas que já estiveram em situação de rua é uma forma de dignidade, ao oferecer trabalho e possibilidades reais de reintegração à sociedade. Este projeto piloto quebra barreiras e cria pontes para quem mais precisa, pois pessoas em situação de vulnerabilidade terão a chance de recomeçar e contribuir ativamente para o desenvolvimento do Distrito Federal”, afirma.
Mudança de vida
Gilvandro Soares, de 55 anos, foi mais um dos selecionados para fazer parte dessa iniciativa na Sejus. Ele relatou as dificuldades que passou neste período em que viveu nas ruas e como esta oportunidade deve mudar sua vida. “Foi um período difícil e sem privacidade. Esse emprego tem um impacto muito grande na minha vida. Agora tenho renda para adquirir o que eu quero e, mais importante, tenho muitos planos. A gente sonha quando não pode, tendo um salário fixo é outra coisa”.
Os selecionados para trabalhar na Sejus estão lotados no departamento de manutenção e participam das obras de revitalização de equipamentos públicos entregues pela pasta. Tanto Francisco quanto Gilvandro participaram da recente revitalização da sede da Associação Nova Cidadania, uma entidade sem fins lucrativos, que oferece atividades culturais e desportivas para pessoas idosas de Santa Maria.
A reserva de vagas de emprego para pessoas em situação de rua se soma às demais propostas do governo previstas no Plano de Ação para a Efetivação da Política Distrital para a População em Situação de Rua. Criado em 25 de maio, o documento está dividido em sete eixos, entre os quais está o Eixo de Trabalho e Renda. Nele, o GDF reconhece a importância do trabalho e da geração de renda como meio de inclusão social e dignidade, e oferece estratégias para a consolidação desse objetivo.
Atualizado em 22/11/2024 – 19:05.
Segurança Pública
Sete RAs do Distrito Federal estão há mais de um ano sem registrar homicídios
O Distrito Federal tem reduzido de forma consistente o número de homicídios. Em 2024, alcançou as menores taxas já verificadas em toda a série histórica, chegando à redução de 35% no total de homicídios registrados em outubro deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado. Como efeito positivo da estabilidade dos dados, algumas regiões administrativas têm se destacado e estão há mais de um ano sem registros desta natureza criminal.
Em novembro, Candangolândia e Sudoeste/Octogonal completaram 12 meses sem registro de homicídios. O secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, ressalta o esforço das forças de segurança, das demais áreas de governo e da sociedade civil na redução desses crimes: “O planejamento constante de nossas ações, tanto preventivas quanto repressivas, pautadas na integralidade, converge para promover a pacificação das regiões administrativas”.
O monitoramento dos crimes no DF, desenvolvido pela Subsecretaria de Gestão da Informação da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), mostra, ainda, que Jardim Botânico, Cruzeiro, Riacho Fundo, Varjão e Arniqueira também integram a lista das cidades sem registro de homicídio em 12 meses.
“Trabalhamos para que todas as regiões administrativas alcancem essas taxas. Reconhecemos que ainda temos a evoluir e estamos constantemente em busca de novas soluções e parcerias com esse foco. No entanto, esses resultados precisam ser evidenciados e demonstram que o programa DF Mais Seguro – Segurança Integral está no caminho certo”, assegura Avelar.
Para a comandante da Polícia Militar do Distrito Federal, coronel Ana Paula Barros Habka, os números refletem as permanentes ações da corporação pautadas em dados e estudos analíticos deste fenômeno criminal. “O policiamento ostensivo do Distrito Federal é permanentemente orientado pelos dados e análises de manchas criminais, sendo determinante para uma maior eficiência das ações de prevenção.”
O delegado-geral da Polícia Civil, José Werick, destaca, ainda, a atuação da instituição na responsabilização dos autores de crimes de homicídio. “Nosso empenho é intenso para que nenhum caso fique sem solução no Distrito Federal. Prova disso é a recente pesquisa divulgada pelo Instituto Sou da Paz, que nos posicionou como a unidade da Federação com a maior taxa de elucidação de homicídios do país”, afirma.
Operações integradas
A Subsecretaria de Operações Integradas da SSP-DF promove sistematicamente reuniões técnicas com as forças de segurança pública e demais agências do Governo do Distrito Federal (GDF) para aprimoramento do planejamento das ações com foco na redução de homicídios. A subsecretária Cintia Queiroz enfatiza que esses encontros são fundamentais para que todos possam atuar com o mesmo foco.
“Reuniões integradas entre diferentes esferas de governo, forças de segurança e sociedade civil são fundamentais para o enfrentamento da violência. Ao promover o compartilhamento de informações, a articulação de estratégias conjuntas e a troca de experiências, essas reuniões contribuem para a aplicação de políticas públicas e planejamento operacional mais eficazes e direcionadas”
Evidências
A Subsecretaria de Gestão da Informação é o setor encarregado da análise de dados e da elaboração de estudos diagnósticos na área de segurança pública. O papel dela é crucial no planejamento tático-operacional, fornecendo informações estratégicas para a execução de ações integradas.
“É imprescindível entender a dinâmica criminal em todo o Distrito Federal, considerando as particularidades regionais e as principais causas dessas ocorrências, para orientar de maneira mais eficaz a atuação conjunta das forças de segurança. Desta forma, estamos sempre em busca de criar ferramentas e análises que possam contribuir com nossas políticas e para servir de base para atuação de nossas forças de segurança”, ressalta o subsecretário de Gestão da Informação, George Couto.
Pesquisas recentes
Segundo o levantamento do Atlas da Violência 2024, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a capital federal tem a segunda menor taxa de homicídio: 13%. A cidade só perde para Florianópolis (8,9%), capital de Santa Catarina. Os dados se referem ao ano de 2022. Salvador (BA), Macapá (AP) e Manaus (AM) figuram entre as capitais com o maior número de assassinatos.
DF Mais Seguro – Segurança Integral
O programa DF Mais Seguro tem sido fundamental para o fortalecimento das políticas de segurança pública, por meio de uma abordagem inovadora, com base na integralidade, ou seja, com a participação de órgãos governamentais e população. Lançado há um ano, o objetivo da reformulação da política era sustentar a redução histórica da criminalidade no DF. A política, que vinha sendo implementada desde o início de 2023, foi oficialmente lançada em novembro do ano passado.
Atualizado em 22/11/2024 – 06:17.
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