Brasília, 60 anos de Cultura
Websérie homenageia artistas consagrados da capital federal
A série documental “Brasília, 60 anos de Cultura” será lançada no dia 3 de abril no canal do YouTube (@vanguardacine), com 9 episódios de até 1h de duração apresentados semanalmente na plataforma. A websérie tem como premissa uma narrativa sobre a trajetória de artistas com mais de 60 anos, que foram pioneiros no desenvolvimento e crescimento do cenário cultural da cidade.
Cada episódio é focado em um artista, contando sua experiência na cultura do DF, abordando progressos, dificuldades, política, como a arte foi fomentada no início de Brasília e o ponto que ela se encontra nos dias atuais. Uma das propostas da série é mostrar também a perspectiva de cada entrevistado sobre a cidade e como é estar inserido em sua ambientação que mescla concreto e campos arborizados.
A websérie é produzida pela Vanguarda Cine Ateliê e realizada pelo Fundo de Apoio à Cultura (FAC) da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF. Além do YouTube (@vanguardacine), será disponibilizada também no formato de podcast para os usuários do Spotify e com acessibilidade em todas as plataformas.
O 9° episódio da série é um especial em homenagem a um dos grandes fotógrafos da cidade, Luis Humberto, que faleceu antes da conclusão do projeto.
De acordo com o diretor do projeto, Arthur Gonzaga, “a série propõe um resgate dos artistas e ativistas culturais, que vem construindo ativamente a identidade cultural de Brasília. Estes artistas percebem, assim como nós, a arte do DF em um movimento de crescimento e potência para todos os cantos do país…é parte de um processo que vem desde a fundação da cidade “, destaca.
Brasília, 60 anos de Cultura
Episódio 1 – Música com Martinha do Coco
Data: 3 de abril
Hora: 20h
Sinopse: A pernambucana Marta Leonardo, conhecida artisticamente pela alcunha de Martinha do Coco, é moradora do Paranoá há mais de 40 anos. Martinha foi empregada doméstica e babá antes de ingressar na música. Quando trabalhou como gari, fez parte de uma banda com instrumentos reciclados. O samba de coco é sua marca e devido ao ritmo musical todo ano ela promove, no Paranoá, o pré-carnaval de rua com o bloco Segura o Coco.
Em nosso primeiro episódio conversamos com Martinha sobre: arte, referências da sua cidade natal, família, música e seus projetos culturais.
Episódio 2 – Circo com Palhaço Formiguinha – Ivan Portugal
Data: 6 de abril
Hora: 20h
Sinopse: Ivan Portugal, mais conhecido como Palhaço Formiguinha, fundou a cena circense em Brasília. Neto de portugueses, também de origem circense, é proprietário do circo Real Português e trabalha como palhaço há 77 anos. Neste bate-papo, ele relembra momentos da sua carreira, fala sobre a pandemia, família circense e sobre como é a vida rodando o país com o circo.
Episódio 3 – Fotografia com Kazuo Okubo
Data: 10 de abril
Hora: 20h
Sinopse: No terceiro episódio da websérie “Brasília, 60 anos de cultura”, o nosso entrevistado é o fotógrafo Kazuo Okubo. Trabalhando há 40 anos com a arte da fotografia, ele ingressou na publicidade em 1989. Em 2003 ele decidiu focar a carreira apenas em criações autorais e posteriormente, em 2009, inaugurou em Brasília a primeira galeria de arte de fotografia no Centro-Oeste, A Casa da Luz Vermelha. Aqui ele aborda diversos temas como: polêmicas em sua carreira, política, família, religião e opressão à arte.
Episódio 4 – Cinema com André Luiz Oliveira
Data: 13 de abril
Hora: 20h
Sinopse: O cineasta baiano André Luiz de Oliveira desenvolveu seu primeiro longa-metragem “Meteorango Kid – O Herói Intergaláctico” e com ele foi vencedor de muitos prêmios. Realizou também o filme “A lenda de Ubirajara”, baseado na obra de José de Alencar Ubirajara, discos com inspiração na poesia de Fernando Pessoa e diversos comerciais para TV. Chegou a Brasília na década de 90 e a cidade abriu muitas portas ao seu trabalho cinematográfico. Neste episódio, batemos um papo com André Luiz onde ele conta um pouco da sua trajetória de vida, sobre ancestralidade, envolvimento com autismo, prisão manicomial e como ingressou no cinema.
Episódio 5 – Artes Visuais com Ray de Castro
Data: 17 de abril
Hora: 20h
Sinopse: No quarto episódio, a nossa conversa é com a artista plástica maranhense, Ray di Castro. Ela fala como chegou a Brasília em sua inauguração, como ela começou a pintar – ainda na escola, de quando foi professora de artes, sobre a falta de investimento nas artes plásticas, as dificuldades de viver da arte, sustentabilidade e de quando expôs suas obras no Palácio do Planalto, Banco Central, em Paris (com curadoria do Louvre) e em Israel.
Episódio 6 – Produção Cultural com Eduardo Cabral
Data: 20 de abril
Hora: 20h
Sinopse: Goiano radicado em Brasília, começou a vida como artista plástico mudando seu ramo de atuação para a produção cultural. Foi responsável pela produção de grandes eventos no DF, como a Bienal do Livro e Leitura e edições do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. No 5º episódio, Eduardo discorre sobre as dificuldades na produção cultural em Brasília, a lei Rouanet e como a pandemia afetou o setor.
Episódio 7 – Literatura com Gustavo Dourado
Data: 24 de abril
Hora: 20h
Sinopse: O episódio foca na carreira do professor, escritor e poeta, Gustavo Dourado. Membro efetivo da Academia de Letras do Distrito Federal e autor de 12 livros, alguns premiados e com poemas traduzidos em cinco idiomas. Gustavo já foi também premiado na Áustria e é recomendado pelo World Poetry Day e World Portal Libraries, ambos da Unesco. Natural da Bahia, Gustavo comenta um pouco sobre como ingressou na literatura através dos cordéis, sua chegada a Brasília, como se tornou parte também da Academia de Letras de Taguatinga, sobre a ditadura e sobre políticas de apagamento da informação e cultura.
Episódio 8 – Teatro com Zé Regino
Data: 27 de abril
Hora: 20h
Sinopse: José Regino é diretor, ator, cenógrafo e figurinista – natural de Minas Gerais, chegou em Brasília no ano de 1969. Hoje ele é considerado uma das figuras mais importantes do teatro de Brasília. Neste episódio, Regino fala um pouco sobre como as políticas públicas influenciam diretamente em seu trabalho, a “americanização” das artes na cidade, ditadura e sobre o medo de não conseguir se aposentar algum dia.
Episódio 9 – Especial em homenagem a Luis Humberto
Data: 01 de maio
Hora: 20h
Sinopse: Especial em homenagem a Luis Humberto Martins Pereira, um dos fotógrafos mais notórios de Brasília. O episódio destaca sua trajetória na carreira como professor, fotógrafo e arquiteto. O fotógrafo formou-se em 1959 pela atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e começou a carreira trabalhando como desenhista no Ministério da Educação e Cultura. Estabelecido em Brasília, foi um dos principais expoentes da fotografia da nova capital. Em 2021, Luis Humberto faleceu aos 86 anos devido a um linfoma, mas seu legado permanece vivo na memória da cidade.
Atualizado em 28/03/2023 – 19:58.
Entrada gratuita
Edição no Clube do Choro celebra 10 anos do Festival Divas do Samba
Jovelina, Ivone, Leci, Alcione, Beth: é inquestionável a contribuição fundamental das mulheres na construção do gênero musical que é a cara do Brasil. E o samba do DF também é comandado por mulheres, ou melhor, por divas.
Clécia Queiroz, Karynna Spinelli, Karla Sangaleti, Mirian Marques, Fernanda Jacob e Gija Barbieri são os nomes confirmados para a 4ª edição do Festival Divas do Samba, evento gratuito que celebra o protagonismo feminino no samba e dá visibilidade às mulheres que representam a força do gênero musical.
O encontro, com entrada gratuita, está marcado para os dias 6 e 7 de dezembro, no Clube do Choro de Brasília, no Eixo Monumental, e vem para comemorar o Dia Nacional do Samba, celebrado em 2 de dezembro, e os 10 anos do Divas do Samba, que teve sua primeira edição em 2014.
“O protagonismo feminino no projeto Divas do Samba reafirma a contribuição e a participação das mulheres na história do samba, que no passado cediam suas casas e terreiros e, muitas vezes, deixavam que seus maridos e companheiros assumissem o protagonismo de suas composições, simplesmente para que o samba pudesse existir e prosperar”, lembra Dhi Ribeiro, cantora que é referência do samba brasiliense, e esteve presente em todas as edições do projeto e nesta temporada assina como madrinha do Divas.
A diretora-geral do projeto, Ellen Oliveira, reforça que a missão do projeto é preservar o samba, que é patrimônio imaterial, e enaltecê-lo por meio das interpretações das mulheres que vão subir ao palco do festival.
Segundo a diretora, o objetivo também é mostrar a importância da mulher no samba, seja no palco ou nos bastidores. “A equipe é majoritariamente feminina. Nós temos mulheres na parte técnica como direção de palco, luz e roadies. O festival é idealizado, produzido e apoiado no crescimento feminino, destacando a mulher na cultura”, detalha Ellen.
Referências do samba
A curadoria para a 4ª edição faz jus à grandeza desse ritmo que é patrimônio imaterial da cultura brasileira, enaltece artistas do nosso quadradinho e traz grandes nomes do samba nacional, como a pernambucana Karynna Spinelli e a baiana Clécia Queiroz.
“Traremos para o Divas o espetáculo Cabeça Feita do meu último álbum, lançado este ano. É o terceiro de minha trajetória e traz canções autorais e arranjos feitos por meus músicos e por mim. Então, vamos levar ao palco do Divas o sotaque do samba de pernambuco”, anuncia Karynna.
Ainda segundo a cantora, 10 anos de Divas reflete uma vitória muito grande para o samba. “Eu me sinto extremamente honrada em fazer parte da história do projeto. Cantei no Divas em 2019, após uma pequena pausa no meu trabalho por questões de saúde, então esse palco foi o ninho que me trouxe de volta. É muito importante termos espaços e festivais, feitos por mulheres que movimentam a cadeia da música. O Divas traz isso”, complementa Spinelli.
Sobre o Festival
O Divas do Samba chega a sua quarta edição, sendo que a estreia do festival foi em 2 de dezembro de 2014, na Torre de TV, comemoração que também contou com o talento de Dhi Ribeiro, um dos grandes nomes do samba do DF. A segunda edição foi em 2019, com um tributo inesquecível à matriarca e rainha do samba, Ivone Lara. A última edição, já no Clube do Choro, foi em homenagem à Beth Carvalho, em 2022.
Atualizado em 20/11/2024 – 09:08.
De 21/11 a 15/12
CCBB traz a Brasília obra de Torquato Neto em peça teatral com Tuca Andrada
Neste que marca o retorno do ator ao teatro e à direção, apresenta uma leitura autoral sobre o poeta, escritor e jornalista piauiense Torquato Neto (1944-1972). Um dos mais importantes pensadores, artistas e provocadores da cultura brasileira nos anos 60/70, que se tornou conhecido em todo o país por ter sido uma das principais figuras do Tropicalismo.
Let´s Play That ou Vamos Brincar Daquilo cumpre temporada na Galeria 4 do Centro Cultural Banco do Brasil – Brasília, de 21 de novembro a 15 de dezembro. Com ingressos a R$ 15 (meia entrada), à venda a partir de 15/11, a peça será apresentada de quinta a sábado, às 19h30, e domingo, às 18h30. A classificação indicativa é não recomendada para menores de 16 anos. Mais informações no site do CCBB Brasília.
Com texto de Tuca Andrada e dirigido pelo mesmo em parceria com sua amiga de adolescência Maria Paula Costa Rêgo, fundadora com Ariano Suassuna do Grupo Grial de Dança, o projeto surgiu a partir da leitura da obra “Torquatália”, uma antologia do Torquato Neto por Paulo Roberto Pires. E se alimentou da leitura de poemas, parcerias musicais, trabalhos jornalísticos, roteiros, correspondências e de um diário escrito de dentro de um hospital psiquiátrico.
Sem quarta parede, cuja encenação se desenvolve numa arena onde o público está dentro da ação, ao longo de 80 minutos o ator costura a dramaturgia fragmentada com canções de autoria de Torquato. Responsável por composições como Louvação e Geleia Geral, com Gilberto Gil; Mamãe Coragem e Nenhuma Dor, com Caetano Veloso; Let’s Play That, com Jards Macalé, e interpretadas em cena pelo ator na companhia dos músicos Caio Cesar Sitônio, que assina a direção musical, e Pierre Leite.
Let´s Play That ou Vamos Brincar Daquilo é dividido em duas partes, mas sem intervalo. Na primeira, o ator mostra à assistência sua visão, impressões e marcas que teve ao se envolver com o poeta. Na segunda, o público é convocado a interagir, perguntando, fazendo observações, críticas e tirando dúvidas, o que torna o espetáculo renovado a cada noite.
Atualizado em 13/11/2024 – 10:25.
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