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Sem registro na Anvisa

Mesmo com liminar, governo nega acesso a fosfoetanolamina a paciente

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Diagnosticada com câncer de fígado há dois anos, uma idosa conseguiu na Justiça a garantia de fornecimento da fosfoetanolamina sintética, produto fabricado pela Universidade de São Paulo (USP) que promete auxiliar no tratamento da doença. A substância deveria chegar à casa da mulher nesta quarta (6), mas a Secretaria de Saúde informou ao G1 que não vai fazer a compra porque o produto não tem registro oficial.

Distribuída pela USP de São Carlos por causa de decisões judiciais, a fosfoetanolamina, alardeada como cura para diversos tipos de câncer, não passou por testes em humanos necessários para se saber se é mesmo eficaz, e por isso não é considerada um remédio, como destaca a própria universidade.

O produto não tem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e seus efeitos nos pacientes são desconhecidos. Tampouco se sabe qual seria a dosagem adequada para tratamento. Relatos de cura com o uso dessa substância não são cientificamente considerados prova de eficácia, já que não tiveram acompanhamento adequado de pesquisadores.

De acordo com a sentença, o governo do DF deveria fornecer o medicamento em até cinco dias úteis, por tempo indeterminado até decisão definitiva da Justiça, contando a partir do dia 28 de dezembro, sob pena de multa diária de R$ 1 mil.

A família da mulher de 80 anos não quis conceder entrevista. Por nota, a Secretaria de Saúde informou que cumpre, rigorosamente, todas as medidas judiciais. “Contudo, no caso da substância fosfoetanolamina sintética, a pasta frisa que não é possível fornecê-la, uma vez que não é considerada medicamento e não existe a comercialização”, diz o texto.

O G1 questionou a diferença de procedimento em relação a outros produtos comprados pelo GDF antes da regulamentação no Brasil – ocanabidiol, por exemplo. Em resposta, a pasta disse que essa substância já era comercializada fora do país, ao contrário da fosfoetanolamida, que não é reconhecida em nenhuma parte do mundo.

A secretaria cita parecer do Instituto de Química de São Paulo, que faz parte da USP, em que a instituição diz que “a substância não apresentou eficácia no tratamento do câncer em humanos”. A pasta diz que a própria universidade admite não ter “acesso aos elementos técnico-científicos necessários para a produção da substância, cujo conhecimento é restrito ao docente aposentado e à sua equipe”, o que também inviabilizaria a compra.

O G1 noticiou decisões judiciais de estados como Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo que obrigaram a USP a disponibilizar a medicação. Questionado sobre o porquê de acionar a Secretaria de Saúde e não a USP, o advogado responsável pelo caso, Robinson Neves Filho, declara que o Estado, segundo a Constituição Federal, possui a obrigação de zelar pela saúde dos cidadãos e não a Universidade de São Paulo.

“No caso, como a cliente está no Distrito Federal, cabe a ele [estado] esse papel definido. É essencial que a Secretaria de Saúde acate o pedido. Trata-se de uma ordem judicial, ela [pasta] tem que realizar a compra ou outro modo de viabilizar e disponibilizar o remédio. Se não fizer, estará descomprimido preceito constitucional e incidindo em multa diária pelo atraso na disponibilização”, disse.

Nesta terça (5), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, pediu informações ao Instituto Nacional de Câncer (Inca) sobre a eficácia da fosfoetanolamina. O tribunal também analisa processos relacionados à substância.

‘Lutar pela vida’
Segundo Filho, a doença da idosa pode causar a morte a qualquer momento. O advogado diz que “lutar pela vida da cliente” é mais importante que esperar a conclusão das pesquisas exigidas pela Anvisa.

“Nossa constituição privilegia muito o direito à vida, ou seja, no caso, buscar meios de evitar o progresso da doença fatal ou permitir, ainda via do medicamento, mais tempo de vida para a paciente”, diz o advogado. Os esclarecimentos sobre o remédio estão disponibilizados no site doInstituto de Química de São Carlos.

 

 

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Segunda, 23 de dezembro

Semana começa com 208 oportunidades de emprego no Distrito Federal

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Ao Vivo de Brasília
Vagas de emprego agências do trabalhador DF
Foto/Imagem: Joel Rodrigues/Agência Brasília

As agências do trabalhador do DF oferecem, nesta segunda-feira (23), 208 oportunidades para quem procura um emprego. Há posições para candidatos de diferentes níveis de escolaridade, com e sem experiência. Algumas oportunidades são exclusivas para pessoas com deficiência. Os salários chegam a R$ 3 mil.

O posto que oferece maior remuneração é o de estoquista, em Taguatinga. Há uma vaga disponível e os candidatos precisam ter ensino médio completo e experiência prévia na função.

Já o cargo com mais vagas abertas é o de consultor de vendas, na Ceilândia Norte. São 25 oportunidades para pessoas com ensino médio completo. Não é preciso, porém, ter experiência. O salário é de R$ 1.850.

Para participar dos processos seletivos, basta cadastrar o currículo no aplicativo Sine Fácil ou ir a uma das 14 agências do trabalhador, das 8h às 17h, durante a semana. Mesmo que nenhuma das oportunidades do dia seja atraente ao candidato, o cadastro vale para oportunidades futuras, já que o sistema cruza dados dos concorrentes com o perfil que as empresas procuram.

Empregadores que desejam ofertar vagas ou utilizar o espaço das agências do trabalhador para entrevistas podem se cadastrar pessoalmente nas unidades ou pelo aplicativo Sine Fácil. Também é possível solicitar atendimento pelo e-mail [email protected]. Pode ser utilizado, ainda, o Canal do Empregador, no site da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet).

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O alerta

PMDF dá dicas de segurança durante festas e viagens de fim de ano

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Ao Vivo de Brasília
Segurança Pública DF
Foto/Imagem: André Feitosa/Ascom SSP-DF

Fim de ano é época de descanso e diversão. Muitas pessoas aproveitam o período para ir a festas ou para viajar. Mas é importante ficar alerta para garantir que tudo possa correr em segurança. Por isso, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) dá algumas dicas para que a curtição não vire dor de cabeça.

Em eventos, a primeira dica já é um clássico: se beber, não dirija. “Se tiver um ‘amigo da vez’ [aquele que vai ficar sem beber para dirigir], excelente. Se não tiver, a PM sugere o uso de veículos de aplicativo, que aí a pessoa pode se divertir em segurança”, aponta o porta-voz da PMDF, capitão Otávio Munhoz.

Outras orientações dizem respeito ao patrimônio. “Se for frequentar algum bar, algum show, não precisa levar todos os cartões ou dinheiro em espécie. Só com o celular, a pessoa consegue usar o cartão virtual, que é fácil de usar e de bloquear, além de ter uma senha para acessar esse cartão”, sugere Munhoz.

Bolsas e mochilas devem estar sempre na parte da frente, ao alcance da vista. Também é recomendado evitar usar cordões ou outras joias que chamem muito a atenção de possíveis criminosos. Do lado de fora, se estiver de carro, a orientação é não deixar objetos à mostra no interior do veículo. “Tudo isso pode chamar a atenção para o crime de ocasião, que é o furto”, pontua o capitão.

Residência

Para quem vai viajar, há a preocupação com a residência que ficará vazia. O primeiro cuidado deve ser com as fechaduras. Se possível, somada à tradicional, a PMDF recomenda o uso das eletrônicas. “Elas têm uma senha, que é muito difícil de conseguir acertar, e ainda têm uma espessura maior. Então, podem ser um reforço”, explica o porta-voz da corporação. Ele ainda acrescenta que não se deve “jamais colocar chaves em lugares secretos”, a fim de que outras pessoas possam pegar.

Uma outra orientação é tentar manter uma impressão de movimento na casa. Isso pode ser feito com a utilização de lâmpadas com fotocélulas, que acedem diante da ausência de luz e se apagam ao nascer do dia. Também é importante cancelar assinaturas de jornais e revistas, caso as tenha, para que os materiais não se acumulem em frente ao imóvel. Vale ainda pedir a um familiar ou amigo de confiança para fazer visitas periódicas à residência, para conferir se tudo está em ordem.

Por fim, a PMDF também sugere discrição na hora de sair com as malas — para que potenciais criminosos não vejam — e, se possível, a aquisição de alarmes e câmeras de vigilância. “E se a pessoa tiver um pouco mais de condições, vale a pena contratar um seguro contra furto, roubo, dano elétrico, alagamento. Vale a pena investir”, arremata o capitão Munhoz.

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