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Festival São Batuque 2021 abre trabalhos no Dia da Consciência Negra
Em 2021, o festival que, há 15 anos, ocupa os territórios afetivos e de resistência das culturas tradicionais afro-brasileiras, acontece em versão online. No Mês da Consciência Negra, de 20 a 23 de novembro, a partir das 19h, o Instituto Rosa dos Ventos apresenta, em seu canal YouTube, o São Batuque 2021.
Composto por quatro episódios de diferentes temáticas, o evento traz representantes de segmentos da arte negra brasileira, como cinema, dança, literatura e gastronomia, além de encontros musicais inéditos. Tudo isso regado a muito bate-papo e shows.
Sem perder a tradição, o festival foi registrado em espaços de extrema importância para a cultura, símbolos de nossa riqueza — Ilê Axé Oyá Bagan (DF), Casa do Benin (BA), Ilê Asè Egi Omim (RJ), Ilê Asè Omi Ola (BA) foram as moradas do São Batuque 2021, durante as gravações.
Com realização da Rosa dos Ventos e fomento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (SECEC-DF), o projeto, que desde 2007 celebra as culturas populares de matrizes indígenas e africanas, tem por tradição homenagear divindades todos os anos. Este ano será a vez de Omulu, Orixá da cura, e de Oxum, a deusa das águas doces e do amor. Como manifesta Stéffanie Oliveira, presidente da Rosa, “essas forças regem o festival em 2021, nesse momento que fomos surpreendido na saúde física e mental, com tanto retrocesso e desrespeito, chamamos a cura e o amor! Atotô e Ora iê iê ô! Sigamos juntes, promovendo o respeito, a divulgação e a manutenção histórica dos fundamentos do popular profundo e das tradições inventadas, por meio da reverência ao toque profano e à percussão sagrada”.
Igualmente devoto, Mestre Gilvan do Vale, condutor do Tambor de Crioula de Seu Teodoro, presente no encontro, expressa seu apreço pela fé ao manifestar sua arte: “quando chega a época do festejo junino, não vejo a hora de chegar em frente ao altar para fazer minhas preces e pedir proteção a São João, para que nos fortaleça e nos conduza durante a brincadeira do Boi e do Tambor de Crioula”.
Dividido em 4 episódios sobre a cultura afro-brasileira, esta edição foi organizada a partir de diálogos sobre distintos temas acompanhados de suas respectivas apresentações musicais: Tela e Tradição — diálogo sobre cinema com Vitor Hugo (DF) e Larissa Fulana de Tal (BA), e música com Éllen Oléria (DF) e Gabi Guedes (BA); Sabores e Saberes — diálogo sobre Gastronomia com Atauan (DF) e Jorge Washington (BA), e música com Renata Jambeiro (DF) e Arifan Jr. (RJ); Movimento e Sentimento — diálogo sobre dança Tainara Cerqueira (BA) e Naná Viana (DF), e música com Lazir Sinval (RJ) e Larissa Umaitá (DF); Prosa e Poesia — diálogo sobre literatura com Tico Magalhães (DF) e Mãe Baiana (DF), e música com Mestre Gilvan (DF) e Marcus Moraes (DF);
A cantora e compositora Éllen Oléria, uma das atrações do festival, representante dessa diversidade presente no São Batuque, fala sobre raízes e ancestralidade: “não tem como dialogar sobre identidade sem mencionar cultura afrodiaspórica. Essa nossa latinidade, aquilo que nos conecta com os povos originários das Américas é das riquezas mais bonitas. O povo preto, nesse fluxo de quilombo, nessa organização com outro tipo de hierarquia, essas tecnologias pretas de ajuntamento, que multiplica o saber em vez de aniquilar, isso é tão poderoso e tão nosso. Tanto que se alguém, nascido nessa terra, tentar se desconectar dessas tecnologias do afeto, ela não conseguirá”.
Outra atração, a cantora Lazir Sinval, compartilha sua visão sobre tradições brasileiras e espiritualidade: “são as entidades, são os orixás, que nos guiam, que nos protegem, que abrem nossos caminhos. Estamos aqui graças a essa força, a essa energia conosco diariamente. Faz parte do nosso cotidiano essa convivência com o mundo espiritual. Esse é o nosso Brasil”.
Atualizado em 19/11/2021 – 20:09.
Entrada gratuita
Edição no Clube do Choro celebra 10 anos do Festival Divas do Samba
Jovelina, Ivone, Leci, Alcione, Beth: é inquestionável a contribuição fundamental das mulheres na construção do gênero musical que é a cara do Brasil. E o samba do DF também é comandado por mulheres, ou melhor, por divas.
Clécia Queiroz, Karynna Spinelli, Karla Sangaleti, Mirian Marques, Fernanda Jacob e Gija Barbieri são os nomes confirmados para a 4ª edição do Festival Divas do Samba, evento gratuito que celebra o protagonismo feminino no samba e dá visibilidade às mulheres que representam a força do gênero musical.
O encontro, com entrada gratuita, está marcado para os dias 6 e 7 de dezembro, no Clube do Choro de Brasília, no Eixo Monumental, e vem para comemorar o Dia Nacional do Samba, celebrado em 2 de dezembro, e os 10 anos do Divas do Samba, que teve sua primeira edição em 2014.
“O protagonismo feminino no projeto Divas do Samba reafirma a contribuição e a participação das mulheres na história do samba, que no passado cediam suas casas e terreiros e, muitas vezes, deixavam que seus maridos e companheiros assumissem o protagonismo de suas composições, simplesmente para que o samba pudesse existir e prosperar”, lembra Dhi Ribeiro, cantora que é referência do samba brasiliense, e esteve presente em todas as edições do projeto e nesta temporada assina como madrinha do Divas.
A diretora-geral do projeto, Ellen Oliveira, reforça que a missão do projeto é preservar o samba, que é patrimônio imaterial, e enaltecê-lo por meio das interpretações das mulheres que vão subir ao palco do festival.
Segundo a diretora, o objetivo também é mostrar a importância da mulher no samba, seja no palco ou nos bastidores. “A equipe é majoritariamente feminina. Nós temos mulheres na parte técnica como direção de palco, luz e roadies. O festival é idealizado, produzido e apoiado no crescimento feminino, destacando a mulher na cultura”, detalha Ellen.
Referências do samba
A curadoria para a 4ª edição faz jus à grandeza desse ritmo que é patrimônio imaterial da cultura brasileira, enaltece artistas do nosso quadradinho e traz grandes nomes do samba nacional, como a pernambucana Karynna Spinelli e a baiana Clécia Queiroz.
“Traremos para o Divas o espetáculo Cabeça Feita do meu último álbum, lançado este ano. É o terceiro de minha trajetória e traz canções autorais e arranjos feitos por meus músicos e por mim. Então, vamos levar ao palco do Divas o sotaque do samba de pernambuco”, anuncia Karynna.
Ainda segundo a cantora, 10 anos de Divas reflete uma vitória muito grande para o samba. “Eu me sinto extremamente honrada em fazer parte da história do projeto. Cantei no Divas em 2019, após uma pequena pausa no meu trabalho por questões de saúde, então esse palco foi o ninho que me trouxe de volta. É muito importante termos espaços e festivais, feitos por mulheres que movimentam a cadeia da música. O Divas traz isso”, complementa Spinelli.
Sobre o Festival
O Divas do Samba chega a sua quarta edição, sendo que a estreia do festival foi em 2 de dezembro de 2014, na Torre de TV, comemoração que também contou com o talento de Dhi Ribeiro, um dos grandes nomes do samba do DF. A segunda edição foi em 2019, com um tributo inesquecível à matriarca e rainha do samba, Ivone Lara. A última edição, já no Clube do Choro, foi em homenagem à Beth Carvalho, em 2022.
Atualizado em 20/11/2024 – 09:08.
De 21/11 a 15/12
CCBB traz a Brasília obra de Torquato Neto em peça teatral com Tuca Andrada
Neste que marca o retorno do ator ao teatro e à direção, apresenta uma leitura autoral sobre o poeta, escritor e jornalista piauiense Torquato Neto (1944-1972). Um dos mais importantes pensadores, artistas e provocadores da cultura brasileira nos anos 60/70, que se tornou conhecido em todo o país por ter sido uma das principais figuras do Tropicalismo.
Let´s Play That ou Vamos Brincar Daquilo cumpre temporada na Galeria 4 do Centro Cultural Banco do Brasil – Brasília, de 21 de novembro a 15 de dezembro. Com ingressos a R$ 15 (meia entrada), à venda a partir de 15/11, a peça será apresentada de quinta a sábado, às 19h30, e domingo, às 18h30. A classificação indicativa é não recomendada para menores de 16 anos. Mais informações no site do CCBB Brasília.
Com texto de Tuca Andrada e dirigido pelo mesmo em parceria com sua amiga de adolescência Maria Paula Costa Rêgo, fundadora com Ariano Suassuna do Grupo Grial de Dança, o projeto surgiu a partir da leitura da obra “Torquatália”, uma antologia do Torquato Neto por Paulo Roberto Pires. E se alimentou da leitura de poemas, parcerias musicais, trabalhos jornalísticos, roteiros, correspondências e de um diário escrito de dentro de um hospital psiquiátrico.
Sem quarta parede, cuja encenação se desenvolve numa arena onde o público está dentro da ação, ao longo de 80 minutos o ator costura a dramaturgia fragmentada com canções de autoria de Torquato. Responsável por composições como Louvação e Geleia Geral, com Gilberto Gil; Mamãe Coragem e Nenhuma Dor, com Caetano Veloso; Let’s Play That, com Jards Macalé, e interpretadas em cena pelo ator na companhia dos músicos Caio Cesar Sitônio, que assina a direção musical, e Pierre Leite.
Let´s Play That ou Vamos Brincar Daquilo é dividido em duas partes, mas sem intervalo. Na primeira, o ator mostra à assistência sua visão, impressões e marcas que teve ao se envolver com o poeta. Na segunda, o público é convocado a interagir, perguntando, fazendo observações, críticas e tirando dúvidas, o que torna o espetáculo renovado a cada noite.
Atualizado em 13/11/2024 – 10:25.
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