Distrito Federal
Com redução de internados, leitos Covid vão atender outras especialidades
Com a redução do número de internados com Covid-19 e a queda da taxa de transmissão da doença, o chamado índice RT, mantido abaixo de 1, e a desaceleração da contaminação, a Secretaria de Saúde tem feito a desmobilização de leitos Covid para atendimento de pacientes não-Covid.
Nesta quinta-feira (11), o índice RT estava em 0,69 e a média móvel de casos em 114,6; a média anterior era de 120. De acordo com o portal Info Saúde-DF, no início da noite desta quinta, a taxa de ocupação dos leitos de UTI Covid estava em 53,57%; já a dos leitos de suporte ventilatório pulmonar, dos hospitais de campanha, estava em 19%; e a dos leitos de enfermaria Covid era de 32,18%.
Até o momento, já foram desmobilizados no Hospital da Região Leste (HRL – antigo Hospital do Paranoá) 10 leitos de enfermaria Covid, convertidos para cirúrgicos. No Hospital Regional da Asa Norte (Hran), 48 leitos de enfermaria foram convertidos para a clínica médica; já no Hospital Regional de Ceilândia (HRC), os 63 leitos de enfermaria do hospital acoplado foram convertidos para atendimento da clínica cirúrgica e, também, para os pacientes de ortopedia, uma vez que a ala dessa especialidade está em obras.
No Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), 40 leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) foram convertidos para UTI geral não-Covid. Já no Hospital Regional de Samambaia (HRSam) ocorre o processo de conversão. A UTI 3, que possui sete leitos com diálise, vai ser convertida para Covid; e a UTI 1, que hoje é Covid e possui dez leitos sem diálise, será convertida para não-Covid, a fim de que possam ser mantidos os leitos com perfil cirúrgico e suporte dialítico para pacientes com Covid.
“Por enquanto, os leitos de enfermaria do acoplado de Ceilândia receberão pacientes com Covid-19, sendo analisada a conversão destes leitos. Depois disso, avaliaremos a desmobilização ou não das demais unidades”, explica Joseane Gomes Vasconcellos, diretora-geral do Complexo Regulador do Distrito Federal e membro da Comissão de Remobilização/Desmobilização de Leitos Covid.
Segundo ela, os indicadores dão segurança para as conversões já iniciadas, mas ainda é necessário observar, ao longo desta semana, se esses indicadores mantêm-se favoráveis para ampliar a desmobilização em outros hospitais.
“Com as desmobilizações já realizadas, ficaremos com enfermaria Covid apenas no Hran e HRSam. Todos os hospitais da rede continuam tendo leitos destinados ao primeiro atendimento de Covid e, caso seja necessária a internação após a observação, esses pacientes serão regulados para as enfermarias desses dois hospitais”, informa.
Nos casos mais graves, esses pacientes poderão ser encaminhados para os Leitos de Suporte Ventilatório Pulmonar nos Hospitais de Campanha ou para as UTIs do HRSam, do Hospital da Criança de Brasília, Hospital de Base ou unidades contratadas, caso necessitem de maior suporte.
Para o secretário-adjunto de Assistência à Saúde, Fernando Erick Damasceno, os números são positivos e mostram o esforço da Secretaria de Saúde em normalizar os atendimentos a pacientes não-Covid.
“Uma das nossas maiores preocupações, do ponto de vista da assistência é a gente conseguir encontrar esse ponto de equilíbrio entre o bom uso dos recursos públicos e em momento algum gerar desassistência, que é incorrer com risco à vida”, afirma. “Esses números são extremamente dinâmicos e são movimentados diuturnamente, para que a melhor estratégia seja executada. Estamos numa fase de intensa movimentação e esses dados precisarão ser acompanhados continuadamente”, conclui.
Atualizado em 11/11/2021 – 21:03.
Novembro Azul
Retinopatia diabética afeta mais de 10 milhões de brasileiros
O Novembro Azul também é uma campanha de conscientização sobre o diabetes e suas complicações, como a retinopatia diabética. A doença ocular é causada por lesões nas pequenas artérias que irrigam a retina, danificando o tecido localizado no fundo do olho que capta as imagens interpretadas pelo cérebro. Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) mostram que a doença é a principal causa de perda de visão entre pessoas de 20 a 64 anos de idade. Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), mais de 10 milhões de brasileiros convivem com problemas associados à enfermidade, número que pode ser ainda maior devido à subnotificação dos casos.
Antônio Sardinha, oftalmologista do Hospital de Olhos de Cuiabá (HOC), enfatiza que a retinopatia diabética é uma complicação séria que pode ocorrer em qualquer estágio e tipo de diabetes. “A cegueira está associada à fase avançada da retinopatia diabética, caracterizada pela retinopatia proliferativa e suas manifestações, como neovascularização na retina ou no disco óptico, hemorragia pré-retiniana ou vítrea e proliferação fibrovascular, que pode resultar em descolamento de retina”, explica o especialista.
Entre os sintomas iniciais estão visão borrada, distorcida, presença de manchas flutuantes e áreas escuras na visão. “O problema pode evoluir silenciosamente, causando hemorragias em áreas da retina menos importantes e progredir para glaucoma, hemorragias maiores e descolamento de retina, o que pode levar à perda de visão”, alerta o especialista.
Ele ressalta que o exame de fundo de olho é crucial para o diagnóstico da retinopatia diabética. “Pacientes com diabetes tipo 1 devem realizar o exame anualmente após cinco anos do diagnóstico, enquanto os com diabetes tipo 2 devem ser examinados no momento do diagnóstico e anualmente depois disso. Gestantes com diabetes devem ser avaliadas precocemente, enquanto mulheres com diabetes gestacional apresentam baixo risco para retinopatia diabética”, explica o oftalmologista.
De acordo com o especialista, o tratamento inclui controle rigoroso do diabetes, ajustes nos hábitos alimentares e no estilo de vida, além de tratamento imediato do edema macular diabético, quando necessário, para prevenir a piora da visão e a cegueira. “Acompanhamento médico regular é essencial para determinar a gravidade da retinopatia e orientar o tratamento adequado”, conclui o oftalmologista do Hospital de Olhos de Cuiabá (HOC).
Atualizado em 24/11/2024 – 10:01.
Será enviado à CLDF
Governador Ibaneis Rocha anuncia projeto de lei para reduzir o ITBI no DF
O governador Ibaneis Rocha anunciou, nesta sexta-feira (22), um projeto de lei para alterar a alíquota do Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), sendo de 1% na primeira transmissão de imóvel novo edificado e de 2% nos demais casos.
A fala ocorreu durante as comemorações dos 60 anos do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Distrito Federal (Sinduscon-DF), onde o chefe do Executivo foi homenageado pelo trabalho em prol do setor.
O projeto de lei será enviado em breve à Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) para votação e, se aprovado, terá validade a partir de 1º de janeiro de 2025.
No discurso, o governador Ibaneis Rocha afirmou que a redução do tributo não vai afetar os investimentos no DF, que terá de R$ 8 bilhões a R$ 10 bilhões de investimentos para o próximo ano. “O compromisso no momento que a gente tivesse com as contas ajustadas era fazer essa redução. Ela tem um impacto muito grande, principalmente na vida das pessoas que compram seus imóveis, seja o primeiro imóvel, seja o primeiro imóvel novo. Porque quando você fala de redução de 3% para 2% você está falando de uma redução de quase 50% desse valor do ITBI. Isso faz uma diferença muito grande na vida das pessoas, porque os imóveis no Brasil são muito caros. E a gente, por outro lado, com essa redução para 1% do imóvel novo, aquele primeiro imóvel, aquela primeira escritura, a gente incentiva também a construção civil, porque os empresários vão investir mais. Então nós vamos ter um retorno disso aí na parte do ICMS, porque nós vamos vender mais ferro, cimento, tijolo, e vamos gerar mais emprego nas cidades, porque a cidade precisa de geração de emprego. A construção civil é muito importante para o Distrito Federal”, disse Ibaneis Rocha.
A redução na alíquota do ITBI faz parte do trabalho do GDF para fortalecer setores importantes da economia e colaborar com a geração de emprego e renda.
“Nós vamos ter uma redução na arrecadação em torno de R$ 500 milhões, mas que está perfeitamente acomodada dentro do nosso orçamento. Isso mostra que nós estamos trabalhando no caminho certo, com organização, sem deixar de fazer os investimentos necessários, mas também pensando no lado da geração de emprego na nossa cidade”, acrescentou Ibaneis Rocha.
Em 2015, o ITBI subiu de 2% para 3%. Em 2022, o Governo do Distrito Federal (GDF) reduziu temporariamente para 1% pelo período de três meses como parte do programa Pró-Economia II, criado para recuperar e fortalecer a economia da capital, afetada pela pandemia de covid-19. Agora, a redução virá por meio de lei, conforme explica o secretário de Economia, Ney Ferraz.
“A determinação do governador Ibaneis Rocha é trabalharmos sempre na construção de um ambiente favorável para o desenvolvimento econômico da nossa cidade. E a redução do ITBI converge nesse sentido, pois estimula as transações imobiliárias, novas construções, gera emprego e renda. Além disso, estamos estimulando também a arrecadação do ICMS, com a venda de material de construção, por exemplo. Ou seja, a redução é na verdade um estímulo para o crescimento da nossa economia. O melhor é que não se trata de uma medida temporária. A proposta do governo é manter as alíquotas de 2% para transações de imóveis usados e 1%, no caso de novos imóveis”, detalhou Ney Ferraz.
A medida foi bem recebida por diferentes setores. Para o presidente do Sinduscon-DF, Adalberto Valadão Júnior, a medida mostra uma visão inteligente do governo.
“Cabe a gente ser bastante grato e reconhecer esse esforço que o governador fez. São basicamente três motivos importantes pelo qual isso nos orgulha e nos agrada muito. Primeiro, é uma demonstração de sensibilidade com os pleitos do setor. Segundo, é a correção de um erro histórico, que como eu falei, aconteceu há cerca de 10 anos, quando numa sanha arrecadatória, o governo anterior aumentou o ITBI, prejudicando não só o setor produtivo, mas também boa parte da população. E terceiro, demonstra uma ideologia pouco presente hoje entre os políticos, mas que deveria estar mais presente e que é muito importante, que é compreender que carregar, que colocar peso sobre o empresário, sobre a população, isso só atrasa a vida de todo mundo”, avalia.
Em visão semelhante, o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF), José Aparecido da Costa Freire, comemorou o anúncio. “Há tempos destacamos a necessidade de reduzir a carga tributária como uma medida essencial para impulsionar o investimento, a expansão e a inovação nos negócios. Essa iniciativa do GDF promove benefícios amplos, como a facilitação da regularização de imóveis, a redução de custos operacionais e o estímulo à formalização”, avalia.
Atualizado em 22/11/2024 – 23:37.
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