Projeto social leva serviços gratuitos a população de baixa renda no Paranoá Parque
O semblante concentrado e a habilidade para gingar no ritmo do berimbau não denunciam ser a primeira vez que Ana Beatriz Vieira da Silva, de 9 anos, participa de uma aula de capoeira. Ela, a mãe, o pai e dois irmãos moram há um ano no Paranoá Parque e formam uma das famílias que, desde setembro, têm acesso a serviços gratuitos perto de casa. A iniciativa faz parte do Projeto de Trabalho Técnico e Social, coordenado pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab), com verba do governo federal.
As atividades são destinadas aos moradores com renda de até R$ 1,6 mil, que caracterizam a chamada faixa 1 do programa habitacional Morar Bem, vinculado ao Minha Casa, Minha Vida, do Executivo federal. Além da capoeira, há plantão social — com atendimento de psicólogos e assistentes sociais — e cursos profissionalizantes. A mãe de Ana, Carla Vieira de Oliveira, de 30 anos, aprovou a ideia. “É uma oportunidade valiosa para muitas famílias que não teriam condições de arcar com o custo dessas aulas.”
Ela aproveitou a ida da filha à capoeira para se informar sobre os cursos e fez a pré-matrícula em fotografia. A ideia é aplicar aquilo que aprender no que atualmente ela só consegue fazer de vez em quando. A dona de casa tem o sonho de abrir uma empresa para organizar festas infantis. “Trabalho com biscuit [objetos feitos de porcelana fina] e, sempre que tem alguma festinha lá em casa, sou eu quem dou um jeito. Poderia divulgar boas fotos do que faço”, conta.
Associação
O projeto tem investimento de R$ 8,1 milhões, para duração de 23 meses e poderá ser prorrogado. Mesmo com o fim da iniciativa, a intenção é estimular os moradores a criar uma associação no Paranoá Parque que dê continuidade às atividades, uma vez que os materiais a que tiverem acesso nesses quase dois anos ficarão com eles. Ana Beatriz, por exemplo, em breve ganhará seu uniforme para treinar capoeira.
Entre os serviços há palestras sobre temas como gestão condominial, educação sanitária e ambiental. “A ideia é sensibilizá-los para o uso racional do patrimônio deles e ajudá-los a gerir a nova vida”, explica a responsável técnica do projeto, Hellen Cristyna Francisco de Araújo.
Além das atuais 1.856 famílias (do total de 6.240) do Paranoá Parque, têm direito a participar do projeto 33 de Sobradinho II; 1.889 da Estrutural; 316 do Varjão; 8 mil do Mestre D’armas e 15 mil do Arapoanga, em Planaltina; 1.888 do Riacho Fundo II; 960 do Recanto das Emas; 2.040 da QNR e 15.738 do Sol Nascente, em Ceilândia. No último local, os benefícios são liberados de acordo com o trecho. No 1, dos três eixos previstos pela iniciativa, dois foram concluídos: o de mobilização comunitária e o de educação sanitária e ambiental. O último, que prevê a oferta de dez cursos profissionalizantes, está prestes a começar. Os trechos 2 e 3 encontram-se em processo de reprogramação. No restante das regiões, o projeto ainda não foi iniciado.
Beneficiados
O Projeto de Trabalho Técnico e Social é previsto pela Portaria n° 21, de 22 de janeiro de 2014, do Ministério das Cidades, e é assegurado em casos de intervenções de habitação e saneamento objetos de repasse ou financiamento firmadas com o setor público ou com entidades sem fins lucrativos e de intervenções do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que envolvam o deslocamento involuntário de famílias. Também atende famílias da faixa 1 do programa Minha Casa, Minha Vida.
Interessados em participar das atividades oferecidas no Paranoá Parque podem procurar a sede da Sociedade Vida e Natureza, no centro da região (Avenida Paranoá, quadra 29, conjunto 21, lote 13/14). O telefone para contato é 3214-1819.
Mariana Damaceno, da Agência Brasília
Atualizado em 20/11/2015 – 12:53.
Segurança Pública
Sete RAs do Distrito Federal estão há mais de um ano sem registrar homicídios
O Distrito Federal tem reduzido de forma consistente o número de homicídios. Em 2024, alcançou as menores taxas já verificadas em toda a série histórica, chegando à redução de 35% no total de homicídios registrados em outubro deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado. Como efeito positivo da estabilidade dos dados, algumas regiões administrativas têm se destacado e estão há mais de um ano sem registros desta natureza criminal.
Em novembro, Candangolândia e Sudoeste/Octogonal completaram 12 meses sem registro de homicídios. O secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, ressalta o esforço das forças de segurança, das demais áreas de governo e da sociedade civil na redução desses crimes: “O planejamento constante de nossas ações, tanto preventivas quanto repressivas, pautadas na integralidade, converge para promover a pacificação das regiões administrativas”.
O monitoramento dos crimes no DF, desenvolvido pela Subsecretaria de Gestão da Informação da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), mostra, ainda, que Jardim Botânico, Cruzeiro, Riacho Fundo, Varjão e Arniqueira também integram a lista das cidades sem registro de homicídio em 12 meses.
“Trabalhamos para que todas as regiões administrativas alcancem essas taxas. Reconhecemos que ainda temos a evoluir e estamos constantemente em busca de novas soluções e parcerias com esse foco. No entanto, esses resultados precisam ser evidenciados e demonstram que o programa DF Mais Seguro – Segurança Integral está no caminho certo”, assegura Avelar.
Para a comandante da Polícia Militar do Distrito Federal, coronel Ana Paula Barros Habka, os números refletem as permanentes ações da corporação pautadas em dados e estudos analíticos deste fenômeno criminal. “O policiamento ostensivo do Distrito Federal é permanentemente orientado pelos dados e análises de manchas criminais, sendo determinante para uma maior eficiência das ações de prevenção.”
O delegado-geral da Polícia Civil, José Werick, destaca, ainda, a atuação da instituição na responsabilização dos autores de crimes de homicídio. “Nosso empenho é intenso para que nenhum caso fique sem solução no Distrito Federal. Prova disso é a recente pesquisa divulgada pelo Instituto Sou da Paz, que nos posicionou como a unidade da Federação com a maior taxa de elucidação de homicídios do país”, afirma.
Operações integradas
A Subsecretaria de Operações Integradas da SSP-DF promove sistematicamente reuniões técnicas com as forças de segurança pública e demais agências do Governo do Distrito Federal (GDF) para aprimoramento do planejamento das ações com foco na redução de homicídios. A subsecretária Cintia Queiroz enfatiza que esses encontros são fundamentais para que todos possam atuar com o mesmo foco.
“Reuniões integradas entre diferentes esferas de governo, forças de segurança e sociedade civil são fundamentais para o enfrentamento da violência. Ao promover o compartilhamento de informações, a articulação de estratégias conjuntas e a troca de experiências, essas reuniões contribuem para a aplicação de políticas públicas e planejamento operacional mais eficazes e direcionadas”
Evidências
A Subsecretaria de Gestão da Informação é o setor encarregado da análise de dados e da elaboração de estudos diagnósticos na área de segurança pública. O papel dela é crucial no planejamento tático-operacional, fornecendo informações estratégicas para a execução de ações integradas.
“É imprescindível entender a dinâmica criminal em todo o Distrito Federal, considerando as particularidades regionais e as principais causas dessas ocorrências, para orientar de maneira mais eficaz a atuação conjunta das forças de segurança. Desta forma, estamos sempre em busca de criar ferramentas e análises que possam contribuir com nossas políticas e para servir de base para atuação de nossas forças de segurança”, ressalta o subsecretário de Gestão da Informação, George Couto.
Pesquisas recentes
Segundo o levantamento do Atlas da Violência 2024, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a capital federal tem a segunda menor taxa de homicídio: 13%. A cidade só perde para Florianópolis (8,9%), capital de Santa Catarina. Os dados se referem ao ano de 2022. Salvador (BA), Macapá (AP) e Manaus (AM) figuram entre as capitais com o maior número de assassinatos.
DF Mais Seguro – Segurança Integral
O programa DF Mais Seguro tem sido fundamental para o fortalecimento das políticas de segurança pública, por meio de uma abordagem inovadora, com base na integralidade, ou seja, com a participação de órgãos governamentais e população. Lançado há um ano, o objetivo da reformulação da política era sustentar a redução histórica da criminalidade no DF. A política, que vinha sendo implementada desde o início de 2023, foi oficialmente lançada em novembro do ano passado.
Atualizado em 22/11/2024 – 06:17.
Secretaria de Justiça e Cidadania
Carreta do Na Hora estará em Samambaia nesta sexta (22) e sábado (23)
Dois dias de atendimento de serviços prestados por órgãos públicos estarão disponíveis para a comunidade na Unidade Móvel do Na Hora em Samambaia. A carreta estará nesta sexta-feira (22), das 9h às 16h, e no sábado (23), das 9h às 12h, em frente à administração regional da cidade.
A unidade móvel oferece à população serviços do BRB, Caesb, Codhab, Detran-DF, INSS, Neoenergia, Procon-DF, Receita Federal, entre outros. O Na Hora é vinculado à Secretaria de Justiça e Cidadania do DF (Sejus-DF).
“Essa é a grande oportunidade de a comunidade local resolver as suas pendências ao lado de casa. A Carreta do Na Hora concentra os serviços prestados por órgãos públicos aos cidadãos e isso desburocratiza os serviços. E a Sejus trabalha para isso: facilitar a vida da população do DF. O Na Hora traz agilidade e conforto e prioriza a cidadania”, afirma a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani.
Lançada em fevereiro de 2022, a unidade móvel do Na Hora já promoveu 34.452 atendimentos à população. Também chamada de Carreta do Na Hora ou Na Hora Móvel, a iniciativa busca facilitar o acesso do cidadão, especialmente daqueles que vivem nas regiões mais distantes e vulneráveis do Distrito Federal, aos serviços de órgãos parceiros.
Atualizado em 22/11/2024 – 06:16.
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