Erasmo Tokarski
Dermatite atópica: clima frio pode agravar doença, alerta dermatologista
O outono acabou de começar e trouxe consigo as primeiras baixas temperaturas no Distrito Federal. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), nos próximos dias os termômetros da capital podem registrar temperaturas de 15ºC. A umidade relativa do ar, por sua vez, varia entre 95% e 50%.
Essas baixas temperaturas dos meses mais frios do ano, combinadas com a baixa umidade e com a ausência de alguns hábitos como, por exemplo, a hidratação da pele, podem afetar quem tem dermatite atópica, doença inflamatória crônica que atinge 20% das crianças e 3% dos adultos.
O médico dermatologista Erasmo Tokarski explica que o paciente com dermatite atópica apresenta uma deficiência na barreira cutânea, cuja função é a manutenção de água do organismo e, portanto, ele já perde mais água do que o normal. Segundo o especialista, nesse período, os cuidados precisam ser redobrados para que os pacientes não tenham crises.
“Banho quente para estas pessoas é altamente prejudicial, pois a água em altas temperaturas remove a oleosidade natural da pele, deixando-a mais ressecada e sem proteção”, explica. O médico ainda ressalta que a limpeza da pele, principalmente a do rosto, deve ser realizada com limites e que a hidratação é fundamental.
“É indicado que o rosto seja lavado, no máximo, duas vezes ao dia. Pois o ato em excesso pode ressecar ainda mais região, ou até mesmo causar o efeito rebote em pessoa que tem a pele oleosa. Já a hidratação evita que a pele fique ressecada e descamando. O ideal é escolher um hidratante indicado para o seu tipo de pele e usá-lo duas vezes ao dia ou logo após a lavagem do corpo e do rosto”, pontua.
Dermatite atópica
O especialista explica que a dermatite atópica é um dos tipos mais comuns de alergia cutânea caracterizada por eczema atópico. “É uma doença genética, crônica e que apresenta pele seca, erupções que coçam e crostas”, pontua Erasmo Tokarski.
O surgimento é mais comum nas dobras dos braços e da parte de trás dos joelhos e não se trata de uma doença contagiosa. O dermatologista enfatiza que a dermatite atópica pode vir acompanhada de asma ou rinite alérgica, porém, com manifestação clínica variável.
“Alguns fatores de risco para o desenvolvimento de dermatite atópica podem incluir: alergia a pólen, ao mofo, ácaros ou a animais; contato com materiais ásperos; exposição a irritantes ambientais, fragrâncias ou corantes adicionados a loções ou sabonetes, detergentes e produtos de limpeza em geral; roupas de lã e de tecido sintético; baixa umidade do ar, frio intenso, calor e transpiração; infecções; estresse emocional e até mesmo certos alimentos”, afirma.
A dermatite atópica apresenta níveis de gravidade que variam entre leve, moderado e grave. Os sintomas incluem coceira intensa e incontrolável, pele seca, vermelhidão, lesões e rachaduras e pode gerar grande impacto na qualidade de vida. A doença interfere no sono e no estado emocional dos pacientes, especialmente nos casos moderados a graves.
A doença não tem cura, mas tem controle. O tratamento é feito de forma contínua com medidas e cuidados especiais para evitar as crises e para reduzir o aparecimento dos sintomas da doença. Segundo Tokarski, nos pacientes com dermatite atópica moderada a grave, o tratamento deve ser indicado pelo médico dermatologista ou imunologista conforme o quadro e histórico de saúde do paciente.
Atualizado em 15/04/2021 – 10:00.
“Hoje é um lindo dia para salvar vidas”
Hemocentro de Brasília lança campanha da Semana Nacional do Doador de Sangue
A Fundação Hemocentro de Brasília (FHB) inicia nesta segunda-feira (25) a campanha da Semana Nacional do Doador de Sangue. Com o tema “Hoje é um lindo dia para salvar vidas”, a ação celebra o Dia Nacional do Doador de Sangue, comemorado em 25 de novembro, e promove uma série de atividades para conscientizar a população sobre a importância da causa.
Segundo a gerente de Captação de Doadores da FHB, Kelly Barbi, a campanha é uma oportunidade de homenagear quem salva vidas. “A Semana Nacional do Doador é dedicada ao reconhecimento e agradecimento aos doadores. É um gesto nobre, de cidadania, que precisa ser lembrado e incentivado todos os dias”, ressaltou.
As atividades começam no domingo (24), no Mitzvah Day, uma data especial da comunidade judaica dedicada ao voluntariado. Na ocasião, materiais informativos serão distribuídos no Eixão do Lazer para conscientizar a população sobre a importância da doação de sangue.
A programação especial se estende até sexta-feira (29). Durante a semana, os doadores serão recebidos com algumas surpresas e poderão participar de atividades como a distribuição de mudas e plantas nativas pelo projeto Ethos do Cerrado, sessões de massagem e reflexologia promovidas pelo Grupo Fuji e apresentações musicais. Na terça-feira (26), a campanha contará com uma doação coletiva organizada pela torcida do Atlético Mineiro.
Para reforçar a importância do doador de sangue, monumentos e prédios públicos do Plano Piloto, como o Teatro Nacional Cláudio Santoro, o BRB e o prédio do Detran-DF, estarão iluminados na cor vermelha durante toda a semana.
Estoques de sangue e tipos prioritários
O Hemocentro de Brasília precisa de uma média de 180 doações diárias para atender toda a rede pública de saúde do Distrito Federal e instituições conveniadas, como o Hospital da Criança, o Instituto de Cardiologia do DF e o Hospital das Forças Armadas. Atualmente, o número de doações está em torno de 170 por dia.
Os tipos sanguíneos mais necessários no momento são O positivo, O negativo, B positivo e A negativo, mas todos os doadores são bem-vindos. O voluntário pode agendar sua doação pelo site Agenda DF ou pelo telefone 160, opção 2. O Hemocentro também atende doadores sem agendamento, conforme a capacidade máxima de atendimento do dia.
Para doar sangue, é preciso ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 51 kg e estar saudável. Quem passou por cirurgia, exame endoscópico ou adoeceu recentemente, a recomendação é consultar o site do Hemocentro para saber se está apto a doar sangue.
Quem teve gripe deve aguardar 15 dias após o desaparecimento dos sintomas para poder doar sangue. Quem teve Covid-19 deve aguardar 10 dias após o fim dos sintomas, desde que sem sequelas. Se assintomático, o prazo é contado da data de coleta do exame. Pacientes diagnosticados com dengue clássica devem aguardar 30 dias para se candidatar à doação de sangue. Para dengue hemorrágica, o prazo é de seis meses.
Atualizado em 23/11/2024 – 17:32.
Alexandre Gasperin
Tontura: especialista alerta para o risco de queda de idosos
Segundo dados do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), 40% dos idosos com 80 anos ou mais sofrem quedas todos os anos. Boa parte dessas quedas são geradas por tonturas, condição perigosa que pode ser potencializada por inúmeras doenças. Sendo assim, torna-se cada vez mais necessária a conscientização da população com relação aos cuidados básicos para garantir a segurança e bem-estar dos idosos.
De acordo com o médico otorrinolaringologista do Hospital Paranaense de Otorrinolaringologia (IPO), Alexandre Gasperin, são mais de 70 doenças, somente da parte periférica do corpo, que têm como sintoma a tontura. “Além da área periférica do sistema de equilíbrio existe a parte neurológica, que pode causar tonturas também. É preciso sempre ter em mente que tonturas são sintomas, não são uma doença. Um profissional qualificado vai identificar a causa e indicar o tratamento, que é individualizado caso a caso. A recorrência das tonturas indica que o tratamento não está correto”, alerta o especialista.
Na maioria dos casos, as quedas, que são uma das causas mais frequentes de trauma entre os idosos, podem ser previstas e evitadas. De acordo Gasperin, diversas condições podem causar o desequilíbrio em idosos, entre elas as doenças do labirinto, alterações visuais, fraqueza muscular, doenças crônicas como o diabetes e problemas neurológicos.
“Para o tratamento, cada caso tem a sua particularidade, por isso o acompanhamento deve ser individualizado e pode incluir medicações, mudanças comportamentais e tratamentos de reabilitação. O tratamento correto é prescrito após o diagnóstico médico do quadro”, complementa o especialista.
Conheça algumas medidas simples que podem evitar as quedas:
Escadas: providenciar iluminação suficiente para que seja possível enxergar todos os degraus. Instale corrimão em ambos os lados para permitir o apoio indispensável. Evite piso escorregadio ou coloque um carpete preso nos degraus.
Cozinha: não guarde alimentos e utensílios em locais altos. Não utilize cadeiras ou bancos para tentar acessar armários. Limpe imediatamente o chão ao derramar algo. Evite cera e tapetes.
Banheiro: utilize um distribuidor de sabão líquido ao invés de sabonete solto. Instale corrimão na banheira e nas paredes do banheiro. Coloque adesivos antiderrapantes em áreas úmidas e nunca tranque a porta do banheiro.
Calçados: evite usar saltos e chinelos, opte por um calçado firme no pé. Utilize calçadeira para auxiliar a colocar o sapato.
Orientações gerais: não pule refeições, estômago cheio é importante. Use óculos, se necessitar, mas remova os de leitura ao caminhar. Não corra para atender o telefone ou a campainha. Conserte o assoalho se tiver tábuas soltas. Mantenhas os números de emergência, entre eles os de hospitais e de parentes e amigos, bem ao lado do telefone. Evite usar roupas muito compridas.
Atualizado em 23/11/2024 – 09:42.
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