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Governo de Brasília anuncia prioridades para parcerias com a iniciativa privada

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Na tarde desta segunda-feira (9), o governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, assinou a Resolução nº 72, pela qual autoriza a abertura de editais de chamamento público convidando pessoas físicas e jurídicas a apresentarem projetos de gerenciamento do Jardim Zoológico de Brasília, do Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek, do Centro de Convenções Ulysses Guimarães, da Torre de TV de Brasília, da Torre de TV Digital, da Granja do Torto, da Via Transbrasília, do Parque Tecnológico Capital Digital e do serviço de iluminação pública.

A parceria entre o governo de Brasília e a iniciativa privada pode contribuir para a modernização e o melhoramento de espaços e de serviços públicos. Os nove itens foram selecionados por ser considerados potencialmente exploráveis do ponto de vista econômico. Interessados em apresentar projetos deverão fazer a manifestação de interesse privado até 60 dias após a publicação da resolução no Diário Oficial do DF. As sugestões serão analisadas por um grupo técnico-executivo, composto por vários órgãos e coordenado pela Secretaria de Economia, Desenvolvimento Sustentável e Turismo. Posteriormente, serão levadas para deliberação do Conselho de Parcerias Públicos-Privadas, cujo presidente é o próprio governador.

O Executivo vai estabelecer os critérios da parceria após a apreciação dos projetos, mas a cobrança de entrada no Parque da Cidade e na Torre de TV, por exemplo, será prontamente vetada. As empresas ou pessoas físicas que tiverem projetos selecionados não necessariamente serão as escolhidas para o fechamento das parcerias público-privadas (PPPs), uma vez que haverá licitações. Assim, se o vencedor da concorrência pública não tiver feito o projeto, terá de indenizar o autor em até 2,5% do valor total do investimento.

Concluído o processo licitatório, o ganhador — empresa ou pessoa física — terá de abrir uma sociedade de propósitos específicos (SPE) apenas para administrar as operações relativas à parceria.

Prioridades
Em 17 de junho, por meio do Decreto nº 36.554, o governo já havia estabelecido regras para o setor privado elaborar levantamentos e estudos para administrar equipamentos públicos. Com os nove editais de chamamento, o Executivo expressa as prioridades no que diz respeito a PPPs. Para o secretário de Economia, Desenvolvimento Sustentável e Turismo, Arthur Bernardes, a possibilidade das parcerias traz eficiência à máquina pública. “Vamos atrair investimentos, dinamizar a economia e criar emprego e renda, sem onerar o cidadão.”

Parque da Cidade e Jardim Zoológico
No mais famoso parque urbano da capital, a ideia é oferecer espaços publicitários e pontos comerciais para ser explorados por empresas. Em contrapartida, elas devem arcar com a manutenção. Levantamento do governo com base no último quadriênio mostra que o parque arrecadou, em média, R$ 1,3 milhão por ano e gastou R$ 6,9 milhões, déficit de R$ 5,6 milhões.

A intenção de melhorar a relação custo versus benefício segue a mesma lógica no Jardim Zoológico de Brasília. O subsídio do governo para bancar a manutenção ultrapassa os R$ 16,6 milhões, considerando a média dos últimos quatro anos. Isso porque o custo anual médio é de R$ 17,7 milhões, mas a arrecadação da bilheteria foi de R$ 1,1 milhão. Com ingressos a R$ 2, apenas 7% das despesas eram cobertas. Em setembro, a entrada foi reajustada para R$ 10 —com a instituição da meia-entrada e a manutenção da gratuidade para crianças até 5 anos. Com isso, a previsão é que a bilheteria arque com pelo menos 22% dos gastos. O objetivo com a PPP é tornar um dos três melhores zoos do País, segundo a Sociedade de Zoológicos e Aquários do Brasil, mais sustentável financeiramente.

Torres de TV e Digital
A Torre de TV, um dos mais tradicionais pontos turísticos de Brasília, também será colocada à disposição de empresas ou cidadãos na manifestação de interesse privado. A exemplo do Parque da Cidade, o Executivo não aceitará proposições de cobrança de ingressos. Se a cooperação entre público e particular se concretizar, o prognóstico é que o governo deixe de gastar R$ 1,1 milhão anualmente.

A equipe do Executivo que trabalha na elaboração dos termos das concessões identificou também a Torre Digital como um equipamento público potencialmente rentável e capaz de atrair o interesse da iniciativa privada. O último monumento da capital idealizado por Oscar Niemeyer, na região do Setor Habitacional Taquari, ficou fechado por dois anos e representou despesa anual de R$ 2,4 milhões aos cofres públicos e nenhuma arrecadação. Foi reaberto em 12 de junho. Por se tratar de um local com apelo turístico, a Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap) sugeriu anexar dois terrenos próximo à Torre Digital para que empresas construam centros comercial e cultural.

No Parque de Exposições Granja do Torto, há possibilidade de a iniciativa privada promover calendários regulares de eventos, algo que o governo local não tem condição de fazer em função da crise financeira.

O projeto de enterramento de linhas de transmissões em áreas urbanas também pode ser desenvolvido na forma de parceria. A chamada Transbrasília abrange mais de 26,2 quilômetros de linhas de alta tensão, da altura do Cemitério Campo da Esperança até a BR-060, em Samambaia Sul. O objetivo é requalificar essas áreas e criar condições para a exploração econômica, como atividades que fomentem o emprego e a renda.

Centro de Convenções
O Centro de Convenções Ulysses Guimarães também está entre os equipamentos públicos que podem ser gerenciados pela classe empresarial. O prédio é autossuficiente, mas estudos indicam que poderia ser bem mais rentável com a administração compartilhada. Na média dos últimos três anos, arrecadaram-se cerca de R$ 3 milhões anuais com a realização de eventos e o aluguel do espaço e gastaram-se R$ 2,5 milhões para mantê-lo.

A proposta de fechar PPPs ainda contempla a iluminação pública da cidade. Empresas especializadas poderão substituir as lâmpadas de postes por modelos mais econômicos. A contratação desse serviço especializado pelo governo pode resultar na diminuição de até 50% dos gastos do Executivo com energia elétrica.

Parque Tecnológico
A aliança com a iniciativa privada ainda pode tirar do papel um antigo projeto: o Parque Tecnológico Capital Digital. O espaço foi criado por lei em 2002, mas nunca se transformou em referência no desenvolvimento de ciência e tecnologia. Situado entre a Granja do Torto e o Parque Nacional, abrange uma área de cerca de 1,2 milhão de metros quadrados e conta apenas com uma subestação de energia da Companhia Energética de Brasília (CEB) e um complexo tecnológico do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal.

A intenção do governador Rodrigo Rollemberg é atrair empreendimentos nas áreas de informática; de biotecnologia, com a liderança da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa); e de desenvolvimento de energias alternativas. A concessão será importante na consolidação da infraestrutura do parque, levando asfalto, ligação das redes de luz e esgoto, estacionamentos e construção de espaços de uso comum. A administração do parque também ficará sob a gestão do parceiro privado do governo.

Saiba mais sobre as PPPs em www.parceria.df.gov.br.

Saulo Araújo, da Agência Brasília

Atualizado em 09/11/2015 – 16:19.

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Novembro Azul

Retinopatia diabética afeta mais de 10 milhões de brasileiros

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Retinopatia diabética
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O Novembro Azul também é uma campanha de conscientização sobre o diabetes e suas complicações, como a retinopatia diabética. A doença ocular é causada por lesões nas pequenas artérias que irrigam a retina, danificando o tecido localizado no fundo do olho que capta as imagens interpretadas pelo cérebro. Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) mostram que a doença é a principal causa de perda de visão entre pessoas de 20 a 64 anos de idade. Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), mais de 10 milhões de brasileiros convivem com problemas associados à enfermidade, número que pode ser ainda maior devido à subnotificação dos casos.

Antônio Sardinha, oftalmologista do Hospital de Olhos de Cuiabá (HOC), enfatiza que a retinopatia diabética é uma complicação séria que pode ocorrer em qualquer estágio e tipo de diabetes. “A cegueira está associada à fase avançada da retinopatia diabética, caracterizada pela retinopatia proliferativa e suas manifestações, como neovascularização na retina ou no disco óptico, hemorragia pré-retiniana ou vítrea e proliferação fibrovascular, que pode resultar em descolamento de retina”, explica o especialista.

Entre os sintomas iniciais estão visão borrada, distorcida, presença de manchas flutuantes e áreas escuras na visão. “O problema pode evoluir silenciosamente, causando hemorragias em áreas da retina menos importantes e progredir para glaucoma, hemorragias maiores e descolamento de retina, o que pode levar à perda de visão”, alerta o especialista.

Ele ressalta que o exame de fundo de olho é crucial para o diagnóstico da retinopatia diabética. “Pacientes com diabetes tipo 1 devem realizar o exame anualmente após cinco anos do diagnóstico, enquanto os com diabetes tipo 2 devem ser examinados no momento do diagnóstico e anualmente depois disso. Gestantes com diabetes devem ser avaliadas precocemente, enquanto mulheres com diabetes gestacional apresentam baixo risco para retinopatia diabética”, explica o oftalmologista.

De acordo com o especialista, o tratamento inclui controle rigoroso do diabetes, ajustes nos hábitos alimentares e no estilo de vida, além de tratamento imediato do edema macular diabético, quando necessário, para prevenir a piora da visão e a cegueira. “Acompanhamento médico regular é essencial para determinar a gravidade da retinopatia e orientar o tratamento adequado”, conclui o oftalmologista do Hospital de Olhos de Cuiabá (HOC).

Atualizado em 24/11/2024 – 10:01.

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Será enviado à CLDF

Governador Ibaneis Rocha anuncia projeto de lei para reduzir o ITBI no DF

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Ibaneis anuncia PL para redução ITBI no DF
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O governador Ibaneis Rocha anunciou, nesta sexta-feira (22), um projeto de lei para alterar a alíquota do Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), sendo de 1% na primeira transmissão de imóvel novo edificado e de 2% nos demais casos.

A fala ocorreu durante as comemorações dos 60 anos do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Distrito Federal (Sinduscon-DF), onde o chefe do Executivo foi homenageado pelo trabalho em prol do setor.

O projeto de lei será enviado em breve à Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) para votação e, se aprovado, terá validade a partir de 1º de janeiro de 2025.

No discurso, o governador Ibaneis Rocha afirmou que a redução do tributo não vai afetar os investimentos no DF, que terá de R$ 8 bilhões a R$ 10 bilhões de investimentos para o próximo ano. “O compromisso no momento que a gente tivesse com as contas ajustadas era fazer essa redução. Ela tem um impacto muito grande, principalmente na vida das pessoas que compram seus imóveis, seja o primeiro imóvel, seja o primeiro imóvel novo. Porque quando você fala de redução de 3% para 2% você está falando de uma redução de quase 50% desse valor do ITBI. Isso faz uma diferença muito grande na vida das pessoas, porque os imóveis no Brasil são muito caros. E a gente, por outro lado, com essa redução para 1% do imóvel novo, aquele primeiro imóvel, aquela primeira escritura, a gente incentiva também a construção civil, porque os empresários vão investir mais. Então nós vamos ter um retorno disso aí na parte do ICMS, porque nós vamos vender mais ferro, cimento, tijolo, e vamos gerar mais emprego nas cidades, porque a cidade precisa de geração de emprego. A construção civil é muito importante para o Distrito Federal”, disse Ibaneis Rocha.

A redução na alíquota do ITBI faz parte do trabalho do GDF para fortalecer setores importantes da economia e colaborar com a geração de emprego e renda.

“Nós vamos ter uma redução na arrecadação em torno de R$ 500 milhões, mas que está perfeitamente acomodada dentro do nosso orçamento. Isso mostra que nós estamos trabalhando no caminho certo, com organização, sem deixar de fazer os investimentos necessários, mas também pensando no lado da geração de emprego na nossa cidade”, acrescentou Ibaneis Rocha.

Em 2015, o ITBI subiu de 2% para 3%. Em 2022, o Governo do Distrito Federal (GDF) reduziu temporariamente para 1% pelo período de três meses como parte do programa Pró-Economia II, criado para recuperar e fortalecer a economia da capital, afetada pela pandemia de covid-19. Agora, a redução virá por meio de lei, conforme explica o secretário de Economia, Ney Ferraz.

“A determinação do governador Ibaneis Rocha é trabalharmos sempre na construção de um ambiente favorável para o desenvolvimento econômico da nossa cidade. E a redução do ITBI converge nesse sentido, pois estimula as transações imobiliárias, novas construções, gera emprego e renda. Além disso, estamos estimulando também a arrecadação do ICMS, com a venda de material de construção, por exemplo. Ou seja, a redução é na verdade um estímulo para o crescimento da nossa economia. O melhor é que não se trata de uma medida temporária. A proposta do governo é manter as alíquotas de 2% para transações de imóveis usados e 1%, no caso de novos imóveis”, detalhou Ney Ferraz.

A medida foi bem recebida por diferentes setores. Para o presidente do Sinduscon-DF, Adalberto Valadão Júnior, a medida mostra uma visão inteligente do governo.

“Cabe a gente ser bastante grato e reconhecer esse esforço que o governador fez. São basicamente três motivos importantes pelo qual isso nos orgulha e nos agrada muito. Primeiro, é uma demonstração de sensibilidade com os pleitos do setor. Segundo, é a correção de um erro histórico, que como eu falei, aconteceu há cerca de 10 anos, quando numa sanha arrecadatória, o governo anterior aumentou o ITBI, prejudicando não só o setor produtivo, mas também boa parte da população. E terceiro, demonstra uma ideologia pouco presente hoje entre os políticos, mas que deveria estar mais presente e que é muito importante, que é compreender que carregar, que colocar peso sobre o empresário, sobre a população, isso só atrasa a vida de todo mundo”, avalia.

Em visão semelhante, o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF), José Aparecido da Costa Freire, comemorou o anúncio. “Há tempos destacamos a necessidade de reduzir a carga tributária como uma medida essencial para impulsionar o investimento, a expansão e a inovação nos negócios. Essa iniciativa do GDF promove benefícios amplos, como a facilitação da regularização de imóveis, a redução de custos operacionais e o estímulo à formalização”, avalia.

Atualizado em 22/11/2024 – 23:37.

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