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Doença sistêmica

Recém-recuperados da Covid-19 podem ter sequelas no coração

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coronavírus - coração
Foto/Imagem: Getty Images


No início da pandemia, a Covid-19 era considerada uma doença respiratória. Hoje, porém, a doença é encarada como sistêmica. Um estudo alemão, publicado no mês passado, indica que pacientes recém-recuperados da Covid-19 podem apresentar complicações cardíacas.

O médico Evandro Tinoco Mesquita, presidente do Departamento de Insuficiência Cardíaca e coordenador da Universidade do Coração da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), falou à CNN, nesta terça-feira (25), sobre a pesquisa e qual é o impacto da doença no coração do indivíduo que se recupera do quadro de infecção.

“Nós estamos ainda abrindo uma janela de oportunidades para estudar este problema. O número de pessoas recuperadas tem crescido. Isso aumenta a oportunidade de entendermos. Esta inflamação pode estar presente também depois da fase aguda da doença. De acordo com os estudos que utilizaram a ressonância para verificar os casos, foi identificado que, mesmo em pessoas sem sintomas, há um grau de agressão ao coração. Nós não sabemos o quanto ela evolui ou se ela estabiliza”, disse.

De acordo com o médico, é necessário se atentar aos sintomas das doenças cardiorespiratórias. Para Tinoco, pacientes que tiveram o acometimento do órgão após a fase aguda da doença, precisam de acompanhamento médico.

“Nesse momento temos dois caminhos: estimular a pesquisa e o outro é o acompanhamento médico das pessoas que tiveram acometimento no órgão após ou durante a fase aguda. Os principais sintomas de doenças cardíacas são a dor no peito, falta de ar, palpitação, inchaço nas pernas e o desmaio. Estes são os sinais de alerta para as doenças que atingem o coração. Se o indivíduo tiver alguns destes sintomas após a Covid-19 ele deve buscar ajuda médica”, orienta.

Questionado sobre os medicamentos utilizados no tratamento da Covid-19, o especialista diz que medicamentos como a cloroquina não são indicados para pacientes em quadros agudos da infecção. Suas reações podem ‘sobrecarregar o funcionamento do coração, desencadeando arritmia cardíaca. “Indivíduos que já apresentam quadros cardíacos, o uso de determinados medicamentos pode causar arritmia e a cloroquina é um deles. Normalmente, o paciente que tem utilizado a cloroquina é por um tempo menor”, completou.

Mesmo com os estudos preliminares, a comunidade científica ainda não sabe explicar sobre a durabilidade das sequelas no organismo humano. No entanto, de acordo com pesquisas recentes sobre o tema, o médico acredita que os estudos serão cruciais para dimensionar o impacto da Covid-19 no coração.

“Essa semana tivemos um estudo muito importante da USP que envolveu a biópsia e a necrópsia de uma criança que veio a falecer pela Covid-19. Neste caso, também foi identificado pela primeira vez o vírus no interior da célula cardíaca. Portanto, foi registrado desde a fase aguda uma inflamação, dilatação do coração e até as sequelas no coração, após a o período mais crítico.

E acrescentou: “O quanto estas sequelas serão duradouras ainda é uma questão desconhecida. Neste momento, o importante é chamar a atenção de médicos para alertar a população sobre monitoramento neste aspecto”, finaliza.

Atualizado em 25/08/2020 – 15:59.

“Hoje é um lindo dia para salvar vidas”

Hemocentro de Brasília lança campanha da Semana Nacional do Doador de Sangue

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Hemocentro
Foto/Imagem: André Borges/Agência Brasília

A Fundação Hemocentro de Brasília (FHB) inicia nesta segunda-feira (25) a campanha da Semana Nacional do Doador de Sangue. Com o tema “Hoje é um lindo dia para salvar vidas”, a ação celebra o Dia Nacional do Doador de Sangue, comemorado em 25 de novembro, e promove uma série de atividades para conscientizar a população sobre a importância da causa.

Segundo a gerente de Captação de Doadores da FHB, Kelly Barbi, a campanha é uma oportunidade de homenagear quem salva vidas. “A Semana Nacional do Doador é dedicada ao reconhecimento e agradecimento aos doadores. É um gesto nobre, de cidadania, que precisa ser lembrado e incentivado todos os dias”, ressaltou.

As atividades começam no domingo (24), no Mitzvah Day, uma data especial da comunidade judaica dedicada ao voluntariado. Na ocasião, materiais informativos serão distribuídos no Eixão do Lazer para conscientizar a população sobre a importância da doação de sangue.

A programação especial se estende até sexta-feira (29). Durante a semana, os doadores serão recebidos com algumas surpresas e poderão participar de atividades como a distribuição de mudas e plantas nativas pelo projeto Ethos do Cerrado, sessões de massagem e reflexologia promovidas pelo Grupo Fuji e apresentações musicais. Na terça-feira (26), a campanha contará com uma doação coletiva organizada pela torcida do Atlético Mineiro.

Para reforçar a importância do doador de sangue, monumentos e prédios públicos do Plano Piloto, como o Teatro Nacional Cláudio Santoro, o BRB e o prédio do Detran-DF, estarão iluminados na cor vermelha durante toda a semana.

Estoques de sangue e tipos prioritários

O Hemocentro de Brasília precisa de uma média de 180 doações diárias para atender toda a rede pública de saúde do Distrito Federal e instituições conveniadas, como o Hospital da Criança, o Instituto de Cardiologia do DF e o Hospital das Forças Armadas. Atualmente, o número de doações está em torno de 170 por dia.

Os tipos sanguíneos mais necessários no momento são O positivo, O negativo, B positivo e A negativo, mas todos os doadores são bem-vindos. O voluntário pode agendar sua doação pelo site Agenda DF ou pelo telefone 160, opção 2. O Hemocentro também atende doadores sem agendamento, conforme a capacidade máxima de atendimento do dia.

Para doar sangue, é preciso ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 51 kg e estar saudável. Quem passou por cirurgia, exame endoscópico ou adoeceu recentemente, a recomendação é consultar o site do Hemocentro para saber se está apto a doar sangue.

Quem teve gripe deve aguardar 15 dias após o desaparecimento dos sintomas para poder doar sangue. Quem teve Covid-19 deve aguardar 10 dias após o fim dos sintomas, desde que sem sequelas. Se assintomático, o prazo é contado da data de coleta do exame. Pacientes diagnosticados com dengue clássica devem aguardar 30 dias para se candidatar à doação de sangue. Para dengue hemorrágica, o prazo é de seis meses.

Atualizado em 23/11/2024 – 17:32.

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Alexandre Gasperin

Tontura: especialista alerta para o risco de queda de idosos

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Foto/Imagem: Freepik

Segundo dados do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), 40% dos idosos com 80 anos ou mais sofrem quedas todos os anos. Boa parte dessas quedas são geradas por tonturas, condição perigosa que pode ser potencializada por inúmeras doenças. Sendo assim, torna-se cada vez mais necessária a conscientização da população com relação aos cuidados básicos para garantir a segurança e bem-estar dos idosos.

De acordo com o médico otorrinolaringologista do Hospital Paranaense de Otorrinolaringologia (IPO), Alexandre Gasperin, são mais de 70 doenças, somente da parte periférica do corpo, que têm como sintoma a tontura. “Além da área periférica do sistema de equilíbrio existe a parte neurológica, que pode causar tonturas também. É preciso sempre ter em mente que tonturas são sintomas, não são uma doença. Um profissional qualificado vai identificar a causa e indicar o tratamento, que é individualizado caso a caso. A recorrência das tonturas indica que o tratamento não está correto”, alerta o especialista.

Na maioria dos casos, as quedas, que são uma das causas mais frequentes de trauma entre os idosos, podem ser previstas e evitadas. De acordo Gasperin, diversas condições podem causar o desequilíbrio em idosos, entre elas as doenças do labirinto, alterações visuais, fraqueza muscular, doenças crônicas como o diabetes e problemas neurológicos.

“Para o tratamento, cada caso tem a sua particularidade, por isso o acompanhamento deve ser individualizado e pode incluir medicações, mudanças comportamentais e tratamentos de reabilitação. O tratamento correto é prescrito após o diagnóstico médico do quadro”, complementa o especialista.

Conheça algumas medidas simples que podem evitar as quedas:

Escadas: providenciar iluminação suficiente para que seja possível enxergar todos os degraus. Instale corrimão em ambos os lados para permitir o apoio indispensável. Evite piso escorregadio ou coloque um carpete preso nos degraus.

Cozinha: não guarde alimentos e utensílios em locais altos. Não utilize cadeiras ou bancos para tentar acessar armários. Limpe imediatamente o chão ao derramar algo. Evite cera e tapetes.

Banheiro: utilize um distribuidor de sabão líquido ao invés de sabonete solto. Instale corrimão na banheira e nas paredes do banheiro. Coloque adesivos antiderrapantes em áreas úmidas e nunca tranque a porta do banheiro.

Calçados: evite usar saltos e chinelos, opte por um calçado firme no pé. Utilize calçadeira para auxiliar a colocar o sapato.

Orientações gerais: não pule refeições, estômago cheio é importante. Use óculos, se necessitar, mas remova os de leitura ao caminhar. Não corra para atender o telefone ou a campainha. Conserte o assoalho se tiver tábuas soltas. Mantenhas os números de emergência, entre eles os de hospitais e de parentes e amigos, bem ao lado do telefone. Evite usar roupas muito compridas.

Atualizado em 23/11/2024 – 09:42.

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