No SIA
Drones ajudam na busca de focos do Aedes em imóveis fechados
Em uma ação realizada nesta quarta-feira (5), a Secretaria de Saúde e o Corpo de Bombeiros, em parceria com outros órgãos do Governo do Distrito Federal, utilizou drones para vistoriar imóveis fechados no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA). Um levantamento feito pela administração regional apontou cerca de 150 espaços com possíveis criadouros de mosquito da dengue na região.
“Utilizamos três drones, operados por homens do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil. Os agentes de vigilância ambiental identificaram imóveis onde havia possibilidade de focos do mosquito e fomos até esses locais”, conta o diretor de Vigilância Ambiental, Edgar Rodrigues.
Segundo o coronel Vieira, do Corpo de Bombeiros, o drone apoia todas as atividades dos agentes de campo, “tendo em vista a possibilidade de chegar até o foco e, a partir disso, ser feito o tratamento adequado”, enfatiza o militar. Está prevista uma nova vistoria na região na manhã desta quinta-feira (6).
A ação foi promovida pela Secretaria de Saúde e pela Sala Distrital Permanente de Coordenação e Controle das Ações de Enfrentamento às Doenças Transmitidas pelo Aedes do Distrito Federal (SDCC), formada por diversos órgãos do DF, como Casa Civil, Secretarias de Saúde e de Educação, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, dentre outros.
“O enfrentamento ao Aedes não é um problema apenas do setor saúde, mas de todos. As ações futuras devem ser pactuadas em conjunto, pois o maior beneficiário dessas ações será a população”, destacou o subsecretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero.
A Diretoria de Vigilância Ambiental também executa, rotineiramente, um trabalho constante de visita às residências e locais com prováveis focos do mosquito Aedes aegypti, realizando manejos ambientais, aplicação de fumacê e educação ambiental.
Casos
O último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde apontou 1.419 casos prováveis de dengue nas primeiras semanas de janeiro deste ano, com uma morte em decorrência da doença.
Houve aumento de 84,1% de casos, quando comparados os mesmos períodos de 2019 e 2020. As crianças com menos de um ano de idade e as pessoas com 50 anos ou mais foram as mais atingidas pela doença.
Telefone
Dicas e alertas sobre a dengue? Envie seu CEP para o número 40199 e cadastre-se na lista da Defesa Civil. Essa é outra atividade em parceria com a Secretaria de Saúde.
Xô, Aedes!
Distrito Federal tem queda de 81% no número de casos de dengue
O engajamento da população e as iniciativas do Governo do Distrito Federal (GDF) para combater o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, têm dado resultado. No ano passado, nesta mesma época, foram 1.354 novos casos em uma semana. Agora, foram 256, uma queda de 81%.
“Esse levantamento mostra o resultado das ações, seja do governo, seja da população. É uma situação do momento, então pode haver mudanças. O importante é mantermos o foco e a união para juntos mantermos a dengue sob controle”, afirma a secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio.
O mais recente boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde mostra que, até o fim da Semana Epidemiológica 48, o DF somava 283.841 casos suspeitos de dengue ao longo de todo o ano, frente a 283.685 da semana epidemiológica 47, um acréscimo de 256. Já em 2023, a SE 48 somava 31.997 casos suspeitos, uma diferença maior que a apresentada frente ao término da SE 47 de 2023, com 30.643, à época, um acréscimo de 1.345 em uma semana.
O maior registro de números absolutos em 2024 ocorre por conta do “pico” dos casos de dengue ocorrido no início do ano. No entanto, o subsecretário de Vigilância à Saúde, Fabiano dos Anjos, reforça que o cenário atual é melhor que o vivido no fim de 2023, quando houve uma aceleração de infecções por dengue. “No mesmo período do ano passado, o número de casos era muito superior ao que se tem observado até o momento”, explica.
Visando à prevenção da dengue, a Secretaria de Saúde ampliou as ferramentas para monitoramento, como o uso de novas tecnologias digitais para análise de dados, por exemplo. A pasta também ampliou a força de trabalho envolvida nas ações diárias de combate à dengue, além de ter adotado novas estratégias, como as ovitrampas.
Ao longo de 2024, foram realizadas 1.357.780 inspeções em imóveis pela Vigilância Ambiental em Saúde. Além das inspeções de rotina, foram instaladas até o momento 2.175 armadilhas ovitrampas, tendo sido removidos 1.390.606 ovos do Aedes aegypti. Foram instaladas, ainda, 1.278 estações disseminadoras de larvicida.
Outros órgãos do GDF, como as administrações regionais e o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), atuam em ações de limpeza, por exemplo. Já a Secretaria de Educação, em parceria com a Secretaria de Saúde, se destaca pelas ações realizadas ao longo do ano com a comunidade escolar.
Estoque crítico
A negativo: FHB oferece senhas preferenciais para doadores de sangue
A Fundação Hemocentro de Brasília (FHB) está distribuindo senhas preferenciais para doadores de sangue A negativo até 11 de dezembro. A medida prioriza o atendimento a esse grupo em um momento crítico, em que os estoques operam com apenas 66% do nível considerado ideal.
“A senha preferencial é uma estratégia que utilizamos quando os estoques de determinada tipagem atingem níveis críticos, como é o caso, agora, do A negativo. Precisamos restabelecê-lo a níveis considerados seguros, a fim de manter o atendimento regular aos hospitais”, explica a gerente de Captação de Doadores do Hemocentro de Brasília, Kelly Barbi.
A queda no volume de doações foi intensificada pelos diversos feriados do mês de novembro. “Com a proximidade das festas de fim de ano e das férias escolares, convidamos a população a doar sangue, realizar esse gesto solidário e altruísta para com os pacientes do DF que necessitam de transfusões para manter ou recuperar a saúde. Há um aumento histórico de transfusões nesse período, motivo pelo qual fazemos esse apelo junto à população”, completa Kelly.
O Hemocentro de Brasília é responsável por abastecer toda a rede de saúde pública do Distrito Federal, além de instituições conveniadas, como o Hospital da Criança, o Instituto de Cardiologia do DF e o Hospital das Forças Armadas.
Como funciona a senha preferencial
A senha preferencial para doadores A negativo será concedida mediante comprovação do grupo sanguíneo, seja com o cadastro no Hemocentro ou por meio de um exame de tipagem sanguínea. A medida otimiza o atendimento e prioriza as necessidades emergenciais, garantindo que o Hemocentro possa atender à alta demanda desses pacientes.
Para doar sangue, é preciso ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 51 kg e estar saudável. Quem passou por cirurgia, exame endoscópico ou adoeceu recentemente deve consultar o site do Hemocentro para saber se está apto a doar sangue.
Quem teve gripe deve aguardar 15 dias após o desaparecimento dos sintomas para poder doar sangue. Quem teve covid-19 deve aguardar 10 dias após o fim dos sintomas, desde que sem sequelas. Se assintomático, o prazo é contado da data de coleta do exame. Pacientes diagnosticados com dengue clássica devem aguardar 30 dias para se candidatar à doação de sangue. Para a dengue hemorrágica, o prazo é de seis meses.
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