Neste sábado (1º)
Combate à dengue terá reforço de 700 bombeiros militares
A Secretaria de Saúde promove neste sábado (1º) uma nova mobilização para combater o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue e de outras arboviroses. A força-tarefa receberá o reforço de 700 militares do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal – 200 a mais que na primeira ação, no último sábado (25).
Desta vez as equipes da Vigilância à Saúde e os bombeiros visitarão residências em Ceilândia, Sol Nascente/Pôr do Sol, Samambaia, Taguatinga e Brazlândia. Serão feitas inspeções domiciliares com tratamento biológico e instalação de armadilhas, assim como na primeira mobilização.
“O objetivo é visitar as residências e fazer o trabalho de educação em saúde e identificação de focos do mosquito. Esse trabalho é essencial para a redução do número de casos nessas regiões, pois orienta a população sobre as doenças transmitidas pelo inseto e como prevenir o seu aparecimento”, afirmou o subsecretário de Vigilância à Saúde do DF, Divino Valero.
Na primeira ação, as visitas do Dia D de Combate à Dengue foram feitas no Guará, São Sebastião, Sobradinho, Fercal e Planaltina. Ao todo, mil imóveis foram inspecionados pelos bombeiros. Na ocasião, a chuva e o mau tempo impediram que mais locais fossem vistoriados.
Agora, a força-tarefa contará com cerca de 40 agentes e dez viaturas da Vigilância Ambiental, além dos 700 militares e 12 viaturas do Corpo de Bombeiros.
Além das ações desenvolvidas pelo poder público, a área técnica recomenda ser essencial que cada um faça a sua parte. Para a efetividade da ação, é preciso que os moradores estejam atentos para receber os militares e os agentes da Saúde nesse esforço concentrado de enfrentamento da doença. Segundo os técnicos, o cidadão tem papel fundamental na luta contra o mosquito.
Além disso, a Vigilância Ambiental realizou um treinamento para 400 militares do Corpo de Bombeiros com o objetivo de orientar e atualizar informações sobre o enfrentamento à dengue. Os militares foram preparados para esta ação com foco na inspeção dos domicílios, no tratamento dos possíveis criadouros da dengue e na orientação da população para eliminar o problema da proliferação do mosquito.
Prevenção
Durante todo o ano, a Vigilância Ambiental realiza um trabalho constante de visita às residências e locais com prováveis focos do mosquito Aedes aegypti, disseminando informações e orientações para os cuidados preventivos no enfrentamento da doença.
São realizados manejos ambientais com coleta de inservíveis dos imóveis, aplicação de fumacê, educação ambiental, mobilizações sociais em feiras, escolas, shopping, unidades de saúde e escolas.
Além das ações de controle vetorial, há um monitoramento semanal dos casos suspeitos de dengue, com sinais de alarme, casos graves e óbitos, que subsidia a tomada de decisão e o desencadeamento de ações.
Casos
A Secretaria de Saúde registrou 47.393 casos prováveis de dengue, entre dezembro de 2018 e dezembro de 2019. Desse total, 44.311 são de residentes no Distrito Federal e 3.082 em outros estados.
Os principais sintomas da dengue são febre alta, náusea, vômito, manchas avermelhadas pelo corpo, dor de cabeça, dor no corpo, dor em volta dos olhos e sinal de sangramento. Diante desses sintomas, o paciente deve buscar atendimento em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima.
Xô, Aedes!
Distrito Federal tem queda de 81% no número de casos de dengue
O engajamento da população e as iniciativas do Governo do Distrito Federal (GDF) para combater o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, têm dado resultado. No ano passado, nesta mesma época, foram 1.354 novos casos em uma semana. Agora, foram 256, uma queda de 81%.
“Esse levantamento mostra o resultado das ações, seja do governo, seja da população. É uma situação do momento, então pode haver mudanças. O importante é mantermos o foco e a união para juntos mantermos a dengue sob controle”, afirma a secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio.
O mais recente boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde mostra que, até o fim da Semana Epidemiológica 48, o DF somava 283.841 casos suspeitos de dengue ao longo de todo o ano, frente a 283.685 da semana epidemiológica 47, um acréscimo de 256. Já em 2023, a SE 48 somava 31.997 casos suspeitos, uma diferença maior que a apresentada frente ao término da SE 47 de 2023, com 30.643, à época, um acréscimo de 1.345 em uma semana.
O maior registro de números absolutos em 2024 ocorre por conta do “pico” dos casos de dengue ocorrido no início do ano. No entanto, o subsecretário de Vigilância à Saúde, Fabiano dos Anjos, reforça que o cenário atual é melhor que o vivido no fim de 2023, quando houve uma aceleração de infecções por dengue. “No mesmo período do ano passado, o número de casos era muito superior ao que se tem observado até o momento”, explica.
Visando à prevenção da dengue, a Secretaria de Saúde ampliou as ferramentas para monitoramento, como o uso de novas tecnologias digitais para análise de dados, por exemplo. A pasta também ampliou a força de trabalho envolvida nas ações diárias de combate à dengue, além de ter adotado novas estratégias, como as ovitrampas.
Ao longo de 2024, foram realizadas 1.357.780 inspeções em imóveis pela Vigilância Ambiental em Saúde. Além das inspeções de rotina, foram instaladas até o momento 2.175 armadilhas ovitrampas, tendo sido removidos 1.390.606 ovos do Aedes aegypti. Foram instaladas, ainda, 1.278 estações disseminadoras de larvicida.
Outros órgãos do GDF, como as administrações regionais e o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), atuam em ações de limpeza, por exemplo. Já a Secretaria de Educação, em parceria com a Secretaria de Saúde, se destaca pelas ações realizadas ao longo do ano com a comunidade escolar.
Estoque crítico
A negativo: FHB oferece senhas preferenciais para doadores de sangue
A Fundação Hemocentro de Brasília (FHB) está distribuindo senhas preferenciais para doadores de sangue A negativo até 11 de dezembro. A medida prioriza o atendimento a esse grupo em um momento crítico, em que os estoques operam com apenas 66% do nível considerado ideal.
“A senha preferencial é uma estratégia que utilizamos quando os estoques de determinada tipagem atingem níveis críticos, como é o caso, agora, do A negativo. Precisamos restabelecê-lo a níveis considerados seguros, a fim de manter o atendimento regular aos hospitais”, explica a gerente de Captação de Doadores do Hemocentro de Brasília, Kelly Barbi.
A queda no volume de doações foi intensificada pelos diversos feriados do mês de novembro. “Com a proximidade das festas de fim de ano e das férias escolares, convidamos a população a doar sangue, realizar esse gesto solidário e altruísta para com os pacientes do DF que necessitam de transfusões para manter ou recuperar a saúde. Há um aumento histórico de transfusões nesse período, motivo pelo qual fazemos esse apelo junto à população”, completa Kelly.
O Hemocentro de Brasília é responsável por abastecer toda a rede de saúde pública do Distrito Federal, além de instituições conveniadas, como o Hospital da Criança, o Instituto de Cardiologia do DF e o Hospital das Forças Armadas.
Como funciona a senha preferencial
A senha preferencial para doadores A negativo será concedida mediante comprovação do grupo sanguíneo, seja com o cadastro no Hemocentro ou por meio de um exame de tipagem sanguínea. A medida otimiza o atendimento e prioriza as necessidades emergenciais, garantindo que o Hemocentro possa atender à alta demanda desses pacientes.
Para doar sangue, é preciso ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 51 kg e estar saudável. Quem passou por cirurgia, exame endoscópico ou adoeceu recentemente deve consultar o site do Hemocentro para saber se está apto a doar sangue.
Quem teve gripe deve aguardar 15 dias após o desaparecimento dos sintomas para poder doar sangue. Quem teve covid-19 deve aguardar 10 dias após o fim dos sintomas, desde que sem sequelas. Se assintomático, o prazo é contado da data de coleta do exame. Pacientes diagnosticados com dengue clássica devem aguardar 30 dias para se candidatar à doação de sangue. Para a dengue hemorrágica, o prazo é de seis meses.
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