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Crise hídrica pode voltar

Brasiliense ainda não aprendeu a economizar água, alerta Adasa

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Foto/Imagem: Tony Winston/Agência Brasília


O crescimento populacional, as mudanças climáticas e a ocupação desordenada do solo têm sido os principais responsáveis pelo comprometimento da segurança hídrica no Distrito Federal. Em 1999 o DF já era considerado a terceira pior Unidade da Federação em disponibilidade de água.

Hoje, com 3 milhões de habitantes e o volume de 930m³ de água por habitante/ano, o DF pode ser considerado zona de escassez hídrica, de acordo com os critérios da Organização das Nações Unidas (ONU).

A recente crise de abastecimento – de janeiro de 2017 a junho de 2018 – não foi suficiente para a conscientização populacional em torno da necessidade de consumo racional da água. Pesquisa da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do DF (Adasa), realizada após o período crítico da crise hídrica, mostra que só nos quatro primeiros meses deste ano o volume consumido foi 10,1% maior que o registrado no mesmo período de 2018, quando ainda vigoravam medidas de restrição hídrica.

Enquanto nos primeiros quatro meses de 2018 foram consumidos 46,3 milhões de m³, em 2019 o volume aumentou para 51 milhões de m³, muito próximo do que foi registrado em 2016 (52,7 milhões m³), antes da crise hídrica.

“A segurança hídrica vai muito além dos reservatórios cheios. Ela requer que a sociedade como um todo esteja preparada para eventuais retornos de crises hídricas, que são realidade no mundo. Para que se atinja a segurança hídrica é importante poupar na abundância”, afirmou o diretor-presidente da Adasa, Paulo Salles.

Uma das iniciativas tomadas pela Adasa neste ano, para minimizar o aumento do consumo de água pela população do DF, foi o lançamento da campanha de conscientização para o uso racional do recurso hídrico. Com o slogan Use, reuse, economize e repita, a mensagem foi transmitida em redes sociais, emissoras de rádio de TV e outdoors, enfatizando a necessidade de manutenção da prática no combate ao desperdício.

A ação foi reforçada pela regulamentação, inédita no país, das instalações do sistema de reaproveitamento das águas de chuva e de reúso nas residências. A resolução da Adasa estabelece diretrizes para o aproveitamento de água pluvial e reúso de água cinza (proveniente de chuveiros, banheiras, lavatórios, tanques e máquinas de lavar roupa).

Apesar da prática de aproveitamento de água não potável estar prevista em legislação federal, a Adasa foi o primeiro órgão regulador no Brasil a definir os critérios para a implantação do sistema de água não potável em edificações residenciais.

Depois de tratadas, as fontes alternativas de água não potável podem ser utilizadas na irrigação de jardins, na descarga de vaso sanitário, na lavagem de pisos, fachadas e veículos automotivos e para uso ornamental – como espelhos d’água e chafarizes. Para a lavagem de roupa é permitido apenas o uso da água da chuva.

Investimento tecnológico

Além de campanhas de conscientização e ações para estimular a racionalização do consumo, a Adasa tem investido em novas tecnologias, com o apoio da Inteligência Artificial (IA) para monitorar cenários e se antecipar a possíveis crises hídricas no DF.

Para maior eficiência nesse trabalho de monitoramento, a Agência utiliza sensores instalados em diferentes pontos para medir os níveis de água em rios e reservatórios – além dos índices de chuvas, com medições programadas para cada 15 minutos.

Essas informações são transmitidas via satélite ao Banco de Dados SQL Server da Adasa, instalado na nuvem, e os dados são processados de forma automática e transferidos para ferramenta de análise.

Conscientização ambiental

A educação ambiental é outra frente de trabalho do órgão. Os programas Adasa na escola e Sala de leitura, dirigidos a alunos dos ensinos Médio e Fundamental, de escolas públicas e particulares, têm como foco a formação de multiplicadores da informação sobre a importância do uso racional da água.

Também é discutido o combate ao desperdício, a necessidade da preservação do meio ambiente e da destinação correta dos resíduos sólidos. Com o mesmo propósito, promove eventos dirigidos à população como a Semana do Lago Limpo e a Corrida e Caminhada pela Água.

Práticas conservacionistas para a preservação do solo e da água também são estimuladas pela Agência. São projetos especiais desenvolvidos em parceria com órgãos distritais federais e instituições, como o Produtor de Água, no Pipiripau, e a semeadura de espécies nativas do cerrado às margens do Descoberto.

Reconhecimento internacional

O trabalho incansável da Agência no sentido de orientar e procurar alternativas para garantir a segurança hídrica no DF lhe proporcionou o reconhecimento internacional. Hoje, a Adasa integra o Conselho Mundial da Água, como membro ativo na discussão de alto nível de temas relacionados a problemas com o produto no mundo.

A busca pela eficiência e qualidade tem pautado o trabalho da Agência na transparência, conhecimento, articulação institucional e na participação popular no processo decisório. Segundo Salles, a Adasa é reconhecida como uma das mais importantes agências reguladoras do país.

Atenção, cidadão!

IPVA 2025 começa a vencer em 24 de fevereiro; confira as datas de vencimentos

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IPVA 2025 DF
Foto/Imagem: Dênio Simões/Agência Brasília

O IPVA 2025 no DF começa a vencer em 24 de fevereiro, de acordo com a numeração final da placa do veículo, podendo ser pago à vista, com desconto ou em até seis parcelas. O dinheiro arrecadado com o tributo é investido pelo Governo do Distrito Federal (GDF) em áreas como educação, saúde, segurança e infraestrutura.

Em 2024, o montante previsto de arrecadação com o imposto foi de R$ 1,7 bilhão. Neste ano, a expectativa de lançamento é de R$ 2,2 bilhões, enquanto a expectativa de arrecadação do IPVA 2025 é de R$ 1,97 bilhão – são cerca de 1,18 milhão de veículos tributáveis no DF com lançamento de IPVA previsto.

Desconto

Há, ainda, o desconto de 10% que pode ser obtido com o pagamento em cota única, que vence junto com a primeira parcela do IPVA. Para obter esse abatimento, o veículo não pode ter débitos anteriores – que podem ser pagos até o vencimento da primeira parcela do imposto.

O secretário-executivo substituto de Fazenda da Secretaria de Economia, Daniel Carpovicz Botelho, ressaltou a importância da regularização dos débitos e também recordou que o prazo de indicação para a nota legal passou a ser de 2 a 20 de janeiro. A mudança tem por objetivo o envio de boletos em tempo hábil, já com o valor do desconto, que pode ser transformado em créditos para os veículos.

“É importante observar esse calendário com antecedência e organizar para se regularizar diante da composição de um imposto tão importante, que ajuda na realização de políticas públicas do governo”, destacou. Os valores arrecadados também são utilizados para a manutenção de ruas, avenidas e rodovias, além de serviços essenciais para a população, como saúde, educação, segurança e transporte.

Regularização

Para regularizar os débitos, o contribuinte deve acessar o site da Receita do DF ou o aplicativo da Secretaria de Economia e solicitar a emissão das parcelas em atraso.

É importante recordar que o contribuinte inadimplente pode ter o veículo apreendido durante as ações de fiscalização do Departamento de Trânsito (Detran-DF) e da Polícia Militar (PMDF).

A primeira medida administrativa do governo é a cobrança feita pela Receita do DF por telefone, e-mail ou aplicativo da Economia do DF sobre o débito. Caso o cidadão continue em débito após a cobrança, ele recebe um comunicado e depois será inscrito na dívida ativa. Se mesmo assim o contribuinte permanecer inadimplente, ele pode ser processado até por fim ter a execução fiscal.

Calendário

Calendario-IPVA-2025

Arte: Seec-DF

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Cirium

Aeroporto de Brasília é eleito o segundo mais pontual do mundo

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Aeroporto de Brasília
Foto/Imagem: Pedro Ventura/Agência Brasília

Terceiro terminal aéreo mais movimentado do país e um dos principais centros de conexões de voos do Brasil, o Aeroporto de Brasília foi colocado como o segundo mais pontual do mundo em operações aéreas na categoria de médio porte, em 2024, ficando atrás apenas do aeroporto de Tocumen, no Panamá.

A classificação chegou por meio do levantamento de performance de pontualidade realizado pela Cirium, uma empresa de dados e análises da aviação sediada em Londres, que avalia o desempenho e a confiabilidade de companhias aéreas e aeroportos. Segundo a corporação, o desempenho pontual do aeroporto é medido pelos voos de partida dentro de 15 minutos do horário programado. A pontualidade das operações do terminal brasiliense garantiu também o pódio entre os aeroportos brasileiros, o que torna o Aeroporto JK o mais pontual do Brasil entre todas as categorias.

O secretário de Turismo, Cristiano Araújo, ressaltou que em 2024 houve uma ampliação na malha aérea internacional, o que fortaleceu as atividades e impulsionou o turismo na capital. “Esse reconhecimento reflete o compromisso com a excelência operacional e reforça Brasília como um destino estratégico e bem conectado, tanto para o turismo quanto para os negócios. Vamos trabalhar para alcançar o primeiro lugar neste ano”, determinou o gestor.

Infraestrutura

Em 2023, o Aeroporto JK, administrado pela Inframerica, já havia conquistado o quarto lugar entre os mais pontuais no mundo, que movimentam entre 10 milhões e 15 milhões de passageiros por ano. No ano seguinte, o local se destacou com 88,19% dos voos decolando no horário, mais de 106 mil voos pontuais.

O superintendente de operações da Inframerica, Josmário Brito, afirmou que Brasília conta uma infraestrutura ímpar, com duas pistas que realizam operações simultâneas. Ele também destacou que foi feito um trabalho importante e bem coordenado nas saídas das posições de estacionamento de aeronaves.

“Todos os procedimentos operacionais do nosso aeroporto são feitos de forma muito colaborativa entre todas as equipes. Times de solo, torre de controle, fiscais de pátio, companhias aéreas, profissionais do Centro de Operações, órgãos públicos… Todos trabalham juntos e com um só objetivo: manter o padrão de segurança e a pontualidade. Fazer com que os voos saiam no horário garante uma malha integrada, evitando atrasos em cascata em outros aeroportos”, observou.

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