Câncer de Mama
Secretaria de Saúde divulga programação do Outubro Rosa
O Palácio do Buriti recebeu, nesta quinta-feira (3), iluminação especial alusiva ao mês de prevenção e enfrentamento ao câncer de mama, o Outubro Rosa. A ação inicia, oficialmente, as atividades da Secretaria de Saúde do Distrito Federal relativas ao tema. A partir desta data, unidades básicas de saúde (UBS) e policlínicas estarão de portas abertas para acolher e avaliar pacientes.
“O câncer de mama é uma doença enfrentada por toda a família. É preciso abordar o tema e convidar toda a população para participar da campanha. Estamos vivendo um novo momento e temos a capacidade de atender a todo o público-alvo da campanha”, destacou o vice-governador, Paco Britto, durante solenidade.
No Distrito Federal, não há fila de espera para a realização de mamografias. Atualmente, a Saúde oferta quase 3 mil vagas do exame por mês. Todas as regiões de saúde dispõem de mamógrafos, algumas até com mais de um aparelho, com capacidade para receber todas as mulheres alvos da campanha.
Excepcionalmente, durante este mês, a mulher pode ser acolhida em qualquer UBS ou policlínica, independentemente de onde resida. Cada paciente que passar por consulta terá o retorno agendado e os encaminhamentos garantidos. A expectativa é de realização de 100 mil atendimentos.
“Precisamos, cada vez mais, acolher e promover o acesso das mulheres ao atendimento, e um atendimento humanizado. Com as ações do Outubro Rosa, também estamos desenvolvendo uma cultura sobre a importância de se fazer a prevenção e oferecer essa assistência a todas as mulheres”, ressaltou o secretário de Saúde, Osnei Okumoto, ao anunciar a programação do Outubro Rosa.
As diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer de mama preconizam a oferta de mamografia para as mulheres com idade entre 50 e 69 anos, a cada dois anos. Em outubro, além das consultas e da mamografia, pretende-se alertar a população para a importância da solicitação do exame citopatológico com o objetivo de ampliar a cobertura.
Força-tarefa
Entre os dias 21 e 25, no Hospital Regional de Taguatinga (HRT), ocorrerá uma ação voluntária de reconstrução mamária. Também haverá tatuagem de aréola nas pacientes que já reconstruíram as mamas. As mulheres a serem atendidas nesta iniciativa são as que já tiveram a mama retirada, acompanhadas pela Mastologia do hospital, e que estejam inseridas no sistema de regulação da Secretaria de Saúde do DF.
Na Semana de Reconstrução da Mama, todas as cirurgias eletivas do hospital ficam suspensas, exceto as de emergência. O Centro Cirúrgico do HRT estará reservado para a realização das reconstruções mamárias. A expectativa é de atender 75 pacientes.
Estão sendo confeccionadas camisetas, toucas e ornamentos cor-de-rosa para as equipes do Centro Cirúrgico. As pacientes vão utilizar camisolas e lençóis nas cores da campanha.
Participam da iniciativa voluntários de todas as áreas do HRT e de outros hospitais das redes pública e privada, e aposentados, como cirurgiões, enfermeiros e técnicos. Músicos, cabeleireiros, maquiadores, manicures e vários outros profissionais também se ofereceram para colaborar com a ação.
Próteses
Durante a campanha, acontecerá a distribuição gratuita de próteses mamárias externas pelo Núcleo de Órteses e Próteses da Secretaria de Saúde. A interessada precisa comparecer ao Núcleo de Atendimento Ambulatorial de Órteses e Próteses e Materiais Especiais, na Estação do Metrô da 114 Sul, Praça do Cidadão, e realizar o cadastro para, posteriormente, retirar o acessório, confeccionado sob medida.
Dados
O câncer de mama é o tipo mais comum da doença entre as mulheres, no mundo e no Brasil, depois do de pele não melanoma. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), historicamente, o Distrito Federal é a quarta unidade da Federação em novos casos de câncer de mama, apresentando aproximadamente mil novos casos por ano. Cerca de 60% das pacientes dependem do Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento.
“Sabemos dos desafios que enfrentamos, mas temos a consciência de nossas responsabilidades. Temos papel importante na conscientização do diagnóstico precoce e é preciso encorajar todas as mulheres para o autoexame. As chances de cura são altíssimas”, conclui a secretária da Mulher, Ericka Filippelli.
Xô, Aedes!
Distrito Federal tem queda de 81% no número de casos de dengue
O engajamento da população e as iniciativas do Governo do Distrito Federal (GDF) para combater o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, têm dado resultado. No ano passado, nesta mesma época, foram 1.354 novos casos em uma semana. Agora, foram 256, uma queda de 81%.
“Esse levantamento mostra o resultado das ações, seja do governo, seja da população. É uma situação do momento, então pode haver mudanças. O importante é mantermos o foco e a união para juntos mantermos a dengue sob controle”, afirma a secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio.
O mais recente boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde mostra que, até o fim da Semana Epidemiológica 48, o DF somava 283.841 casos suspeitos de dengue ao longo de todo o ano, frente a 283.685 da semana epidemiológica 47, um acréscimo de 256. Já em 2023, a SE 48 somava 31.997 casos suspeitos, uma diferença maior que a apresentada frente ao término da SE 47 de 2023, com 30.643, à época, um acréscimo de 1.345 em uma semana.
O maior registro de números absolutos em 2024 ocorre por conta do “pico” dos casos de dengue ocorrido no início do ano. No entanto, o subsecretário de Vigilância à Saúde, Fabiano dos Anjos, reforça que o cenário atual é melhor que o vivido no fim de 2023, quando houve uma aceleração de infecções por dengue. “No mesmo período do ano passado, o número de casos era muito superior ao que se tem observado até o momento”, explica.
Visando à prevenção da dengue, a Secretaria de Saúde ampliou as ferramentas para monitoramento, como o uso de novas tecnologias digitais para análise de dados, por exemplo. A pasta também ampliou a força de trabalho envolvida nas ações diárias de combate à dengue, além de ter adotado novas estratégias, como as ovitrampas.
Ao longo de 2024, foram realizadas 1.357.780 inspeções em imóveis pela Vigilância Ambiental em Saúde. Além das inspeções de rotina, foram instaladas até o momento 2.175 armadilhas ovitrampas, tendo sido removidos 1.390.606 ovos do Aedes aegypti. Foram instaladas, ainda, 1.278 estações disseminadoras de larvicida.
Outros órgãos do GDF, como as administrações regionais e o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), atuam em ações de limpeza, por exemplo. Já a Secretaria de Educação, em parceria com a Secretaria de Saúde, se destaca pelas ações realizadas ao longo do ano com a comunidade escolar.
Estoque crítico
A negativo: FHB oferece senhas preferenciais para doadores de sangue
A Fundação Hemocentro de Brasília (FHB) está distribuindo senhas preferenciais para doadores de sangue A negativo até 11 de dezembro. A medida prioriza o atendimento a esse grupo em um momento crítico, em que os estoques operam com apenas 66% do nível considerado ideal.
“A senha preferencial é uma estratégia que utilizamos quando os estoques de determinada tipagem atingem níveis críticos, como é o caso, agora, do A negativo. Precisamos restabelecê-lo a níveis considerados seguros, a fim de manter o atendimento regular aos hospitais”, explica a gerente de Captação de Doadores do Hemocentro de Brasília, Kelly Barbi.
A queda no volume de doações foi intensificada pelos diversos feriados do mês de novembro. “Com a proximidade das festas de fim de ano e das férias escolares, convidamos a população a doar sangue, realizar esse gesto solidário e altruísta para com os pacientes do DF que necessitam de transfusões para manter ou recuperar a saúde. Há um aumento histórico de transfusões nesse período, motivo pelo qual fazemos esse apelo junto à população”, completa Kelly.
O Hemocentro de Brasília é responsável por abastecer toda a rede de saúde pública do Distrito Federal, além de instituições conveniadas, como o Hospital da Criança, o Instituto de Cardiologia do DF e o Hospital das Forças Armadas.
Como funciona a senha preferencial
A senha preferencial para doadores A negativo será concedida mediante comprovação do grupo sanguíneo, seja com o cadastro no Hemocentro ou por meio de um exame de tipagem sanguínea. A medida otimiza o atendimento e prioriza as necessidades emergenciais, garantindo que o Hemocentro possa atender à alta demanda desses pacientes.
Para doar sangue, é preciso ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 51 kg e estar saudável. Quem passou por cirurgia, exame endoscópico ou adoeceu recentemente deve consultar o site do Hemocentro para saber se está apto a doar sangue.
Quem teve gripe deve aguardar 15 dias após o desaparecimento dos sintomas para poder doar sangue. Quem teve covid-19 deve aguardar 10 dias após o fim dos sintomas, desde que sem sequelas. Se assintomático, o prazo é contado da data de coleta do exame. Pacientes diagnosticados com dengue clássica devem aguardar 30 dias para se candidatar à doação de sangue. Para a dengue hemorrágica, o prazo é de seis meses.
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