Distrito Federal
Doação de equipamentos reabrirá dezenas de leitos em hospitais
A Secretaria de Saúde recebeu a doação de 80 monitores e 47 desfibriladores do Ministério da Saúde, por meio da Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP). Os equipamentos permitirão a reabertura de leitos de UTI e fortalecerão a estrutura de todos os centros obstétricos da rede pública de saúde do Distrito Federal.
“No DF teremos a possibilidade de abrir de 47 a 50 leitos de UTI, que apenas aguardavam esses equipamentos para voltar a funcionar. Já temos o levantamento das unidades que irão receber e a primeira é o Hospital Regional do Gama, onde serão reabertos quatro leitos”, anunciou o secretário de Saúde, Osnei Okumoto.
Além do Hospital Regional do Gama, na primeira etapa de entregas serão contemplados o Hospital da Região Leste (antigo Hospital Regional do Paranoá), onde serão reabertos cinco leitos, e o Hospital Materno Infantil de Brasília, com a reabertura de quatro leitos pediátricos.
“Depois de patrimoniados, os equipamentos também irão para todos os centros obstétricos da rede, sendo dois monitores e um desfibrilador para cada”, adianta a gerente de Serviços de Terapia Intensiva da Secretaria de Saúde, Sâmara Godeiro.
Parceria
A doação dos equipamentos é feita em parceria que visa ampliar o acesso a medicamentos e produtos para saúde considerados estratégicos para o Sistema Único de Saúde (SUS), por meio do fortalecimento do complexo industrial do país. O objetivo principal é fomentar o desenvolvimento nacional para reduzir os custos de aquisição dos medicamentos e produtos para saúde que atualmente são importados ou que representam um alto custo para o SUS.
No caso dos monitores e desfibriladores os equipamentos vêm por meio de um termo de compromisso assinado com a Universidade Estadual da Paraíba.
“Em 2013, assinamos contrato com o Ministério da Saúde e também com uma empresa privada. A duração é de cinco anos e, depois deste período, a empresa terá de nos passar a tecnologia para que possamos fabricar os equipamentos”, conta a coordenadora administrativa do Núcleo de Tecnologias Estratégicas em Saúde da Universidade Estadual da Paraíba, Kátia Galdino.
Depois dos trâmites burocráticos, a primeira compra de equipamentos aconteceu em agosto de 2017 e a entrega foi feita no final daquele mesmo ano. “Na primeira etapa conseguimos um contrato de R$ 15 milhões e entregamos a seis estados. Posteriormente, conseguimos outro contrato, no valor de R$ 40 mil, e contemplamos 17 estados e o Distrito Federal”, comemora a coordenadora.
Segundo o Ministério da Saúde, em 2019 foram adquiridos 828 monitores e 457 desfibriladores para distribuição em todo o Brasil.
Entrega
De acordo com o coordenador geral de Atenção Hospitalar e Domiciliar do Ministério da Saúde, Rafael Leonardo Mendonça, a escolha dos estados que receberiam os equipamentos decorreu de mapeamento da necessidade de cada região pelos produtos.
“Perguntamos aos estados e ao DF qual a necessidade deles e estamos tentando atender de acordo com o orçamento do Ministério da Saúde, priorizando aqueles com mais necessidade. Até o fim deste ano pretendemos contemplar todo o país com uma quantidade. Para aqueles que necessitarem de mais [peças], voltaremos no próximo ano com outras entregas”, adiantou.
Xô, Aedes!
Distrito Federal tem queda de 81% no número de casos de dengue
O engajamento da população e as iniciativas do Governo do Distrito Federal (GDF) para combater o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, têm dado resultado. No ano passado, nesta mesma época, foram 1.354 novos casos em uma semana. Agora, foram 256, uma queda de 81%.
“Esse levantamento mostra o resultado das ações, seja do governo, seja da população. É uma situação do momento, então pode haver mudanças. O importante é mantermos o foco e a união para juntos mantermos a dengue sob controle”, afirma a secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio.
O mais recente boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde mostra que, até o fim da Semana Epidemiológica 48, o DF somava 283.841 casos suspeitos de dengue ao longo de todo o ano, frente a 283.685 da semana epidemiológica 47, um acréscimo de 256. Já em 2023, a SE 48 somava 31.997 casos suspeitos, uma diferença maior que a apresentada frente ao término da SE 47 de 2023, com 30.643, à época, um acréscimo de 1.345 em uma semana.
O maior registro de números absolutos em 2024 ocorre por conta do “pico” dos casos de dengue ocorrido no início do ano. No entanto, o subsecretário de Vigilância à Saúde, Fabiano dos Anjos, reforça que o cenário atual é melhor que o vivido no fim de 2023, quando houve uma aceleração de infecções por dengue. “No mesmo período do ano passado, o número de casos era muito superior ao que se tem observado até o momento”, explica.
Visando à prevenção da dengue, a Secretaria de Saúde ampliou as ferramentas para monitoramento, como o uso de novas tecnologias digitais para análise de dados, por exemplo. A pasta também ampliou a força de trabalho envolvida nas ações diárias de combate à dengue, além de ter adotado novas estratégias, como as ovitrampas.
Ao longo de 2024, foram realizadas 1.357.780 inspeções em imóveis pela Vigilância Ambiental em Saúde. Além das inspeções de rotina, foram instaladas até o momento 2.175 armadilhas ovitrampas, tendo sido removidos 1.390.606 ovos do Aedes aegypti. Foram instaladas, ainda, 1.278 estações disseminadoras de larvicida.
Outros órgãos do GDF, como as administrações regionais e o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), atuam em ações de limpeza, por exemplo. Já a Secretaria de Educação, em parceria com a Secretaria de Saúde, se destaca pelas ações realizadas ao longo do ano com a comunidade escolar.
Estoque crítico
A negativo: FHB oferece senhas preferenciais para doadores de sangue
A Fundação Hemocentro de Brasília (FHB) está distribuindo senhas preferenciais para doadores de sangue A negativo até 11 de dezembro. A medida prioriza o atendimento a esse grupo em um momento crítico, em que os estoques operam com apenas 66% do nível considerado ideal.
“A senha preferencial é uma estratégia que utilizamos quando os estoques de determinada tipagem atingem níveis críticos, como é o caso, agora, do A negativo. Precisamos restabelecê-lo a níveis considerados seguros, a fim de manter o atendimento regular aos hospitais”, explica a gerente de Captação de Doadores do Hemocentro de Brasília, Kelly Barbi.
A queda no volume de doações foi intensificada pelos diversos feriados do mês de novembro. “Com a proximidade das festas de fim de ano e das férias escolares, convidamos a população a doar sangue, realizar esse gesto solidário e altruísta para com os pacientes do DF que necessitam de transfusões para manter ou recuperar a saúde. Há um aumento histórico de transfusões nesse período, motivo pelo qual fazemos esse apelo junto à população”, completa Kelly.
O Hemocentro de Brasília é responsável por abastecer toda a rede de saúde pública do Distrito Federal, além de instituições conveniadas, como o Hospital da Criança, o Instituto de Cardiologia do DF e o Hospital das Forças Armadas.
Como funciona a senha preferencial
A senha preferencial para doadores A negativo será concedida mediante comprovação do grupo sanguíneo, seja com o cadastro no Hemocentro ou por meio de um exame de tipagem sanguínea. A medida otimiza o atendimento e prioriza as necessidades emergenciais, garantindo que o Hemocentro possa atender à alta demanda desses pacientes.
Para doar sangue, é preciso ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 51 kg e estar saudável. Quem passou por cirurgia, exame endoscópico ou adoeceu recentemente deve consultar o site do Hemocentro para saber se está apto a doar sangue.
Quem teve gripe deve aguardar 15 dias após o desaparecimento dos sintomas para poder doar sangue. Quem teve covid-19 deve aguardar 10 dias após o fim dos sintomas, desde que sem sequelas. Se assintomático, o prazo é contado da data de coleta do exame. Pacientes diagnosticados com dengue clássica devem aguardar 30 dias para se candidatar à doação de sangue. Para a dengue hemorrágica, o prazo é de seis meses.
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