Dia Nacional de Combate ao Fumo
Secretaria de Saúde do DF alerta para os riscos do câncer bucal
No Dia Nacional de Combate ao Fumo, lembrado em 29 de agosto, a Secretaria de Saúde aproveita a oportunidade para, mais uma vez, acender o alerta contra os tipos de câncer causados pelo hábito de fumar. Ocorre que a maioria dos tipos de câncer está relacionada ao tabagismo, como o bucal.
Estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca) para 2019 apontam 180 novos casos da doença no Distrito Federal. Desse total, 130 acometem pessoas do sexo masculino e 50 do feminino. No Brasil, os números são 14,7 mil notificações de câncer de boca, sendo 11,2 mil em homens e 3,5 mil em mulheres.
O câncer bucal é um tipo de tumor maligno que afeta lábios, gengiva, bochechas, palato (céu da boca), língua (principalmente as bordas), assoalho da boca (região embaixo da língua) e orofaringe.
O Serviço de Estomatologia do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) tem a finalidade de prevenir, diagnosticar e tratar as doenças que se manifestam na cavidade oral e no complexo maxilo-mandibular.
Especialista na área, o cirurgião-dentista da Secretaria, Eliziário César Leitão, informa que 40% das pessoas morrem no país, nos primeiros cinco anos, devido ao estágio muito avançado do tumor.
Fatores de risco
As principais causas do câncer bucal são o consumo de álcool e do tabaco, a exposição solar sem proteção, além do Papilomavírus humano (HPV).
Dieta pobre em frutas, legumes e verduras, próteses mal adaptadas, higiene bucal precária e dentes quebrados, que traumatizam a mucosa bucal, também estão relacionados ao desenvolvimento da doença.
A responsável técnica assistencial da Unidade de Odontologia do Hran, Vânia Viterbo, destaca outro grande vilão: o narguilé. “É preciso conscientizar os jovens sobre seus malefícios. O usuário de narguilé deve inalar, em uma sessão, a mesma quantidade de fumaça que um fumante de cigarros inalaria se consumisse 100 ou mais cigarros”, compara.
Diagnóstico
Como um dos métodos preventivos, o especialista em Estomatologia recomenda o autoexame bucal. “O paciente deve verificar em frente ao espelho e avaliar toda a estrutura da boca, como a bochecha, os dois lados da língua e também o ‘assoalho de boca’, além de todas as estruturas da cavidade oral”, explica Eliziário, que também atua como membro do Grupo de Controle do Câncer e Tabagismo da Secretaria de Saúde do DF.
A incidência de câncer bucal é elevada devido à descoberta tardia dos sintomas. “Muitas pessoas ainda vinculam essa doença ao médico. Cabe informar que o diagnóstico também pode ser feito pelos odontólogos, a partir do exame clínico (visual)”, afirma Eliziário.
No estágio inicial, não há presença de dor. “Por outro lado, nas fases intermediária e avançada observa-se dificuldade para falar, mastigar e engolir, além de emagrecimento acentuado e presença de linfadenomegalia cervical (caroço no pescoço)”, acrescenta o especialista.
O câncer bucal pode levar à perda óssea, o que provoca a mobilidade dos dentes, bem como afetar a língua e a mandíbula.
UBS
A porta de entrada para a consulta em Estomatologia é a Unidade Básica de Saúde (UBS). “É onde o paciente será encaminhado para o Centro de Especialidade Odontológica (CEO) de referência da sua região, pelo Sistema de Regulação (Sisreg)”, complementa o gerente de Serviços de Odontologia da pasta, Maurício Basso.
Os principais sinais
- Lesões (feridas) na cavidade oral ou nos lábios que não cicatrizam por mais de 15 dias, que podem apresentar sangramentos e estejam crescendo;
- Manchas ou placas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, gengivas, céu da boca ou bochechas;
- Nódulos (caroços) no pescoço;
- Rouquidão persistente.
Xô, Aedes!
Distrito Federal tem queda de 81% no número de casos de dengue
O engajamento da população e as iniciativas do Governo do Distrito Federal (GDF) para combater o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, têm dado resultado. No ano passado, nesta mesma época, foram 1.354 novos casos em uma semana. Agora, foram 256, uma queda de 81%.
“Esse levantamento mostra o resultado das ações, seja do governo, seja da população. É uma situação do momento, então pode haver mudanças. O importante é mantermos o foco e a união para juntos mantermos a dengue sob controle”, afirma a secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio.
O mais recente boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde mostra que, até o fim da Semana Epidemiológica 48, o DF somava 283.841 casos suspeitos de dengue ao longo de todo o ano, frente a 283.685 da semana epidemiológica 47, um acréscimo de 256. Já em 2023, a SE 48 somava 31.997 casos suspeitos, uma diferença maior que a apresentada frente ao término da SE 47 de 2023, com 30.643, à época, um acréscimo de 1.345 em uma semana.
O maior registro de números absolutos em 2024 ocorre por conta do “pico” dos casos de dengue ocorrido no início do ano. No entanto, o subsecretário de Vigilância à Saúde, Fabiano dos Anjos, reforça que o cenário atual é melhor que o vivido no fim de 2023, quando houve uma aceleração de infecções por dengue. “No mesmo período do ano passado, o número de casos era muito superior ao que se tem observado até o momento”, explica.
Visando à prevenção da dengue, a Secretaria de Saúde ampliou as ferramentas para monitoramento, como o uso de novas tecnologias digitais para análise de dados, por exemplo. A pasta também ampliou a força de trabalho envolvida nas ações diárias de combate à dengue, além de ter adotado novas estratégias, como as ovitrampas.
Ao longo de 2024, foram realizadas 1.357.780 inspeções em imóveis pela Vigilância Ambiental em Saúde. Além das inspeções de rotina, foram instaladas até o momento 2.175 armadilhas ovitrampas, tendo sido removidos 1.390.606 ovos do Aedes aegypti. Foram instaladas, ainda, 1.278 estações disseminadoras de larvicida.
Outros órgãos do GDF, como as administrações regionais e o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), atuam em ações de limpeza, por exemplo. Já a Secretaria de Educação, em parceria com a Secretaria de Saúde, se destaca pelas ações realizadas ao longo do ano com a comunidade escolar.
Estoque crítico
A negativo: FHB oferece senhas preferenciais para doadores de sangue
A Fundação Hemocentro de Brasília (FHB) está distribuindo senhas preferenciais para doadores de sangue A negativo até 11 de dezembro. A medida prioriza o atendimento a esse grupo em um momento crítico, em que os estoques operam com apenas 66% do nível considerado ideal.
“A senha preferencial é uma estratégia que utilizamos quando os estoques de determinada tipagem atingem níveis críticos, como é o caso, agora, do A negativo. Precisamos restabelecê-lo a níveis considerados seguros, a fim de manter o atendimento regular aos hospitais”, explica a gerente de Captação de Doadores do Hemocentro de Brasília, Kelly Barbi.
A queda no volume de doações foi intensificada pelos diversos feriados do mês de novembro. “Com a proximidade das festas de fim de ano e das férias escolares, convidamos a população a doar sangue, realizar esse gesto solidário e altruísta para com os pacientes do DF que necessitam de transfusões para manter ou recuperar a saúde. Há um aumento histórico de transfusões nesse período, motivo pelo qual fazemos esse apelo junto à população”, completa Kelly.
O Hemocentro de Brasília é responsável por abastecer toda a rede de saúde pública do Distrito Federal, além de instituições conveniadas, como o Hospital da Criança, o Instituto de Cardiologia do DF e o Hospital das Forças Armadas.
Como funciona a senha preferencial
A senha preferencial para doadores A negativo será concedida mediante comprovação do grupo sanguíneo, seja com o cadastro no Hemocentro ou por meio de um exame de tipagem sanguínea. A medida otimiza o atendimento e prioriza as necessidades emergenciais, garantindo que o Hemocentro possa atender à alta demanda desses pacientes.
Para doar sangue, é preciso ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 51 kg e estar saudável. Quem passou por cirurgia, exame endoscópico ou adoeceu recentemente deve consultar o site do Hemocentro para saber se está apto a doar sangue.
Quem teve gripe deve aguardar 15 dias após o desaparecimento dos sintomas para poder doar sangue. Quem teve covid-19 deve aguardar 10 dias após o fim dos sintomas, desde que sem sequelas. Se assintomático, o prazo é contado da data de coleta do exame. Pacientes diagnosticados com dengue clássica devem aguardar 30 dias para se candidatar à doação de sangue. Para a dengue hemorrágica, o prazo é de seis meses.
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