Entrevista
Presidente do BRB: “Objetivo é crescer e ultrapassar fronteiras”
O projeto é ousado: fazer o Banco de Brasília (BRB) atuante e presente para além das fronteiras do Distrito Federal. A nova gestão da instituição financeira está focada em desenvolver estratégias de mercado para se tornar um banco de fomento do “desenvolvimento econômico, social e humano da região”.
Para isto, estão nos planos: abrir novas agências, ampliar linhas de crédito para estimular o empreendedorismo, estabelecer parcerias com o governo para execução de programas e projetos de infraestrutura e desenvolvimento social e até mesmo, contratar de cerca de mil empregados concursados nos próximos quatro anos.
À frente dessa nova fase do banco regional está Paulo Henrique Costa, que tem mais de 20 anos de experiência no mercado financeiro. Em entrevista à Agência Brasília, o novo presidente do BRB faz um balanço da atuação nos últimos seis meses. Conta sobre as renegociações de dívidas com servidores e o trabalho de conscientização financeira; e, comenta as ações internas de combate à corrupção para “evitar episódios como os do passado”.
Costa ainda destaca as ações para levar os serviços do BRB para o Entorno e, a necessidade de o banco público ter uma atuação mais voltada para área social. O gestor explica também como vai funcionar a bilhetagem automática dos serviços de transporte público – que, daqui 90 dias, passará a ser completamente administrada pelo banco.
Entrevista
O Governador Ibaneis descartou a possibilidade de privatização do BRB e afirmou que espera que o banco ajude no desenvolvimento social do DF. Como atender a essa expectativa?
O governador estabeleceu com muita clareza, desde o início, a necessidade de construirmos um BRB diferente, mais próximo da população, mais protagonista do desenvolvimento econômico, social e humano do DF. Na nossa visão, esse é o papel de um banco público. Um banco que deixa de oferecer simplesmente as soluções que os demais bancos comerciais oferecem para ter um cuidado, uma atenção maior, com a população. O que queremos dizer com isso? Que estamos construindo um novo BRB. Mais atento e mais próximo de todos os setores. Os servidores, claro, continuam sendo nosso principal cliente. Mas temos a necessidade de avançar e a buscar diversificar nossa carteira. Por isto, hoje, o BRB se posiciona junto do setor produtivo, buscando atuar na cadeia da construção civil, do agronegócio, do comércio, na cadeia produtiva do turismo. Também passamos a ter um papel mais atuante no financiamento e desenvolvimento da infraestrutura do DF e, consequentemente, na missão de gerar emprego e renda para a região. Essa é a cara do novo BRB. Um banco que sai de dentro da sua sede e vai para as ruas construir soluções para a população. Outros exemplos do que estamos fazendo: financiamento de lote urbano, um programa forte de consultoria financeira, que permitiu que a gente mudasse a vida do servidor…Temos hoje a menor taxa do mercado para financiamento imobiliário. O BRB pretende estar no dia a dia da sociedade, fornecendo soluções financeira para o cliente – seja ele pessoa física ou jurídica.
Como a nova gestão do BRB quer se apresentar a população?
A população de Brasília pode se acostumar com esse novo BRB, mais presente no dia a dia do cidadão. Seja na relação usual com cliente de uma maneira mais ágil, moderna, leve, simplificada e competitiva. Com o banco atuando como parceiro do governo em vários programas. O cidadão vai perceber o impacto disto. Queremos, inclusive, atuar mais próximo da sociedade nas áreas de cultura, esporte, lazer e educação seja por meio do Instituto BRB ou pelas próprias iniciativas do banco.
Como tem funcionado essa consultoria financeira para ajudar servidores endividados?
Logo no início do ano, em fevereiro, lançamos esse programa de consultoria financeira. A gente entende que a solução para o servidor não é simplesmente renegociar a dívida. Mas, sim, entender o seu contexto financeiro e toda sua lógica de receita e gastos para darmos as orientações com relação a esse relacionamento com o dinheiro. Criamos uma agência específica para atender esses clientes e revimos os prazos e as taxas dos nossos produtos, de maneira a permitir que o servidor conseguisse alongar os prazos das operações. Recentemente, também lançamos um produto novo que se chama BRB Fácil. Que permite que clientes com mais de um ano de atraso no pagamento de suas dívidas possam quitar os valores com até 90% de desconto. E os resultados de tudo isto, a gente já está vendo: em seis meses, passamos de mais de 5 mil contratos, envolvendo mais de R$ 400 milhões renegociados. Nos últimos quatro anos, o programa se repetiu: são os 12 meses com mais sucesso, com apenas 500 renegociações. Também conseguimos trazer o salário de mais de 100 servidores de volta para o banco. Servidores que já tinha migrado por portabilidade para outros bancos. Sei que não é um número tão grande, mas a visão que trouxemos é que o servidor precisa ser tratado num ambiente concorrencial. Não é porque o BRB tem a exclusividade da folha que não precisa dar a atenção adequada. Por isto, começamos a melhorar nossas soluções de tecnologia, a oferta de produtos, a disponibilidade de nossos sistemas de 80% para 95%, se comparado ao ano passado, ampliamos com a oferta de financiamento de lotes, laçamos dois cartões de crédito novos: Visa Infinity e o cartão Sou Mais Mulher, que começou a ser comercializado há duas semanas.
O que é o cartão Sou Mais Mulher?
Esse cartão é uma parceria nossa com a Secretaria de Estado da Mulher para realizar um conjunto de ações que vão desde treinamento e consultoria financeira/empresarial a capacitação de lideranças. Isto para estimular o empreendedorismo feminino. Também teremos a presença do banco no Espaço Sou Mais Mulher, em Taguatinga. A proposta é que uma parte de todos os valores arrecadados com nesse cartão de crédito seja revertida para a Secretaria da Mulher, para ser usada em políticas públicas, visando o empoderamento e autonomia feminina. Nosso objetivo é comum: queremos promover a segurança e independência financeira de mulheres para diminuir, e quem sabe evitar, casos de violência. Estudos mostram que a principal causa da violência contra mulheres é a falta da autonomia financeira. Muitas mulheres acabam se sujeitando a algumas situações de agressão por conta da dependência financeira. Queremos oferecer-lhes uma alternativa.
Há algumas semanas, foi publicado no Diário Oficial um contrato de empréstimo consignado com a prefeitura de Unaí (MG). O BRB pretende ser também um banco de fomento para o Entorno?
Nosso projeto para o BRB é de regionalização. O governador Ibaneis foi muito claro em relação ao objetivo e a diretrizes. O desejo é de crescimento e expansão da atuação. Primeiro no Entorno, depois no Centro-Oeste e, logo, logo no Brasil, quando falamos em estratégia de banco digital. Em relação ao Entorno, nossa estratégia passa: primeiro, pelo aumento da nossa presença com abertura de novos BRB Conveniência e de agências, onde for possível; segundo, com o lançamento de programas e produtos de créditos que possam ser consumidos e utilizados pelos moradores do Entorno, que, muitas vezes, não têm acesso bancário como deveram ter. Nas duas próximas semanas, vamos lançar um novo programa de microcrédito, que vai nesse sentido e poderá se aproximar da população da região. E a ideia é oferecer o microcrédito junto com um programa de consultoria e acompanhamento na realização do empreendimento. Se eu pudesse resumir o que queremos para o Entorno, usaria dois termos: presença e novas soluções financeiras.
Nesse projeto de ampliação física, com a criação de novas agências, há possibilidade de novos concursos públicos?
Recentemente lançamos três concursos para 113 vagas e estabelecemos um cadastro de reservas para 1.000 pessoas. Ou seja, não devemos anunciar novos concursos tão cedo. O que vamos fazer é chamar rapidamente os primeiros 113 e estabelecer um cronograma com a intenção de chamar todos os demais do cadastro de reserva, ao longo dos desses quatro anos.
Um importante papel do BRB nesta gestão foi assumir o financiamento dos lotes da Terracap, que estão em processo de regularização. Como isto está sendo feito?
Veja que só realizamos operações seguras. Porque financiamos lotes regularizados, em processo de regularização junto à Terracap e à Secretaria de Patrimônio da União. Apenas quando o processo está certo, a gente vai lá paga e financia. Esse lote acaba sendo uma bela forma de garantia de recuperação dos recursos. Isto porque ele geralmente tem uma construção. Há duas questões, que torna esse lote bem garantido. A primeira delas é que a forma como é definido o preço do lote. Você pega o preço do mercado e dele deduz todas as melhorias de infraestrutura, que foram feitas naquele condomínio. A gente chega numa região, como o Grande Colorado, com lotes que têm um valor de mercado negociado em R$ 400 mil, mas é negociado pela Terracap por R$ 100 mil. Outra é o valor da construção, que está dentro do lote. Ou seja, no final, você está financiando 100% do lote e, tem uma garantia bem superior ao valor que está no contrato de financiamento. Para nós, essa é mais uma oportunidade de mostrar esse novo BRB. Porque apresentamos uma solução para Brasília, em relação à situação fundiária, nesse momento tão importante para a população de realização do sonho da casa própria.
Quando o BRB assumirá de vez a questão da bilhetagem no transporte público?
Decreto recentemente publicado prevê o cronograma de transferência e transição do antigo DFtrans, atual Semob, para o Banco de Brasília. Em 90 dias, a gente vira a chave.
Quais as melhorias que o usuário do sistema de transporte pode esperar?
Sentirão um sistema mais eficiente e dinâmico. Estamos ampliando o atendimento com mais 40 pontos de venda. Hoje, temos apenas 13 locais de comercialização do cartão – e passaremos a ter 53. Esse será o primeiro impacto: mais alternativas para comprar os bilhetes. O segundo impacto relevante é que, em 120 dias, lançaremos um aplicativo de celular em que o cidadão poderá adquirir o cartão online. Nele, o usuário vai poder acompanhar os créditos, o saldo e o extrato das movimentações e essa medida, certamente, vai ter um impacto muito importante sobre as filas. Muitos perguntam: e quem não tem acesso à internet? Por isso vamos apresentar duas soluções. A primeira é a Internet Social que está disponível em várias feiras e locais públicos do Distrito Federal, que já é um projeto realidade da Secretaria de Inovação. A segunda alternativa é uma negociação que faremos com as operadoras de telefonia para que esse tráfico no acesso ao aplicativo não seja cobrado do usuário. O BRB vai assumir essa conta. A partir daí, vamos avaliar, se houver necessidade, em ampliar a rede atendimento para as 127 agências e para os mais de cem correspondentes bancários (BRB Conveniência).
O aplicativo servirá apenas para a comercialização dos bilhetes?
No início do ano que vem, logo no primeiro trimestre, a gente quer que esse aplicativo possa também receber documentos. Para que não haja mais necessidade do cadastramento físico dos usuários nas lojas. Outra coisa: vamos garantir a estabilidade do sistema. Hoje, por exemplo, vemos muitas filas no metrô. Estamos atuando de maneira coordenada para que as catracas do metrô também possam ser substituídas e, a gente, dessa maneira conseguiria garantir uma maior estabilidade do sistema.
O GDF já teve grandes prejuízos com as fraudes identificadas no sistema de bilhetagem. Como vocês estão trabalhando para evitar que isto se repita?
Essa é uma grande preocupação e estamos trabalhando para reduzir e combater as fraudes. As informações são de R$ 100 milhões em fraudes por ano. Nossa estimativa, em 5 anos, é de gerar uma economia de cerca de R$ 500 milhões para o GDF. Chegamos a esses números atuando em conjunto com a Polícia Civil. Entendemos as principais causas e a partir dessas informações, estamos ampliando o controle de todo processo: das vendas e cadastramento dos usuários ao uso dos créditos.
O BRB sofreu muito nos últimos anos com escândalos de corrupção, o que impactou diretamente nos resultados do banco. Como ele está enfrentando o reflexo de tudo isso?
Não posso falar muito sobre os resultados do banco, porque ele é um banco de Estado em Bolsa de Valores. Mas podemos dizer que o BRB cresceu muito na produção dos seus principais negócios. A medida da nossa importância e da presença do BRB junto à sociedade é a quantidade e volume das operações que passamos a fazer nos últimos seis meses. Comparando o mesmo período do ano passado, estamos produzindo três vezes mais créditos consignados e vendemos quatro vezes mais cartões. Os créditos rurais, em junho, equivalem a todo o primeiro semestre do ano passado. Também em junho passado, contratamos operações de crédito imobiliário, que correspondem a soma de todos os meses do ano passado. Estabelecemos parcerias importantes com a Fecomércio, o Secovi, a Ademi e o Sinduscom e estamos negociando uma parceria com a Fibra. De fato, estamos se aproximando do setor produtivo para exercer esse papel de banco de desenvolvimento que se espera do BRB.
Como essa gestão está se preparando para combater a corrupção?
Estamos adotando várias ações de controle para evitarmos os erros do passado. O mais importante foi o fortalecimento da governança do banco. Isso já está acontecendo e, o fato mais marcante foi o lançamento do nosso programa de integridade. Um conjunto de 63 ações que vão fortalecer a conduta de todos aqui. Deixamos de maneira muito clara o que se espera dos empregados e gestores, principalmente no que diz respeito à relação com fornecedores. Amarramos um ambiente de controle muito firme e esperamos que o banco fique em paz, fique protegido de episódios como esses do passado.
Segurança Integral
Distrito Federal alcança menor taxa de homicídio dos últimos 48 anos
O sucesso do programa Segurança Integral, da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), implementado em 2023, e o trabalho integrado das forças de segurança pública fizeram com que o Distrito Federal superasse, mais uma vez, o recorde histórico na taxa de homicídios por 100 mil habitantes.
Balanço da pasta aponta que, em 2024, foram registrados 6,8 homicídios por grupo de 100 mil habitantes, índice mais baixo desde 1977, que teve 14/100 mil, portanto a menor taxa desse tipo de crime, em 48 anos. Essa metodologia, reconhecida internacionalmente, correlaciona o número de vítimas à população, oferecendo uma avaliação mais precisa e regionalizada dos níveis de violência.
Ao analisar os dados por número absoluto de vítimas de homicídio, verifica-se que o Distrito Federal atingiu o menor patamar dos últimos 40 anos, registrando 203 vítimas. O último número mais baixo da série histórica tinha ocorrido em 1984, quando houve 182 mortes decorrentes desse tipo de violência. Em toda a série histórica, desde 1977, a marca de maior incidência ocorreu em 2012, com 820 vítimas. Ou seja, uma queda de 75,24% em relação ao pico desse tipo criminal na série histórica.
No comparativo de 2024 com 2023, a redução no número absoluto de vítimas de homicídio do DF ficou em 13,2%, já que foram 203 vítimas de 2024, contra 234 de 2023. Ano passado, sete regiões do DF encerraram sem vítimas de homicídio: Arniqueira, Candangolândia, Cruzeiro, Jardim Botânico, Octogonal/Sudoeste, Riacho Fundo e Varjão.
Crimes violentos letais intencionais (CVLI)
O balanço criminal da pasta revelou, também, uma queda de 13,7% no número de vítimas de crimes violentos letais intencionais (CVLI), que incluem homicídios, feminicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte, no comparativo entre 2024 e 2023. Em 2024, o Distrito Federal encerrou com 245 vítimas dessas naturezas, contra 284 de 2023, alcançando o menor patamar em 25 anos, ocorrido no ano 2000, quando o DF registrava 665 vítimas desses tipos criminais.
O ponto mais elevado para esse grupo de crimes foi registrado em 2012, com 870 vítimas, uma queda de 71,83%, desde quando começaram a ser observadas sucessivas quedas no número de vítimas de CVLI.
“Os resultados alcançados estabeleceram um novo marco histórico para a segurança pública do Distrito Federal. A redução na taxa de homicídios para 6,8 por 100 mil habitantes, a menor em 48 anos, e a queda expressiva nos Crimes Violentos Letais Intencionais são reflexos do trabalho integrado das forças de segurança e da eficácia do programa Segurança Integral. Esses números não são apenas estatísticas: representam vidas preservadas e o avanço do DF como um lugar mais seguro para todos”, afirmou o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Sandro Avelar.
Feminicídios
Os feminicídios tiveram redução de 25,8% no ano passado, em relação ao ano anterior, quando foram registradas 23 mortes pelo crime de gênero. Em 2023 houve 31 vítimas. Essa redução é resultado das ações do eixo Mulher Mais Segura, do programa Segurança Integral, que concentra medidas preventivas e tecnologias voltadas para a proteção e o enfrentamento da violência contra a mulher, especialmente no âmbito doméstico e familiar. Uma das iniciativas do eixo é incentivar a denúncia como meio de interromper o ciclo de violência, permitindo que a rede de apoio possa agir de maneira mais eficiente. Isso ajuda a aumentar a notificação de casos, e a reduzir a subnotificação.
Ano passado, os programas Viva Flor e o Dispositivo de Proteção à Pessoa (DPP), da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), foram destaque na quarta edição do Prêmio Juíza Viviane Vieira do Amaral, após ficarem em primeiro lugar em uma das categorias do concurso promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O prêmio tem por finalidade contemplar experiência, atividade, ação, projeto, programa, produção científica ou trabalho acadêmico que contribua para a prevenção e o enfrentamento da violência doméstica e familiar contra a mulher.
Mortalidade violenta do país
O Distrito Federal tem recebido destaque por importantes publicações nacionais em razão do trabalho na redução dos índices de criminalidade, tais como o Atlas da violência, o Anuário brasileiro de segurança pública (produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública) e o Mapa da segurança pública, produzido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).
De acordo com o Atlas da violência 2024, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), realizado em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), última publicação sobre o assunto do referido instituto, que analisou as taxas de homicídios por unidade federativa, entre 2012 e 2022, o Distrito Federal figurou em primeiro lugar com o maior índice de redução da mortalidade violenta com -67,4%, seguido por São Paulo (-55,3%) e Goiás (-47,7%). O DF também foi o ente da federação que obteve a maior redução da taxa de homicídios registrados de jovens (15 a 29 anos) por 100 mil habitantes do País, entre 2012 e 2022 (-72,1%).
Segundo o Atlas da Violência dos Municípios 2024, Brasília passou a ocupar a posição de segunda capital mais segura do Brasil, atrás somente de Florianópolis (SC). Para tanto, a publicação considerou a taxa de homicídios estimada por 100 mil habitantes (2022), incluindo dados de óbitos classificados no Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde (SIM/MS) como Mortes Violentas por Causa Indeterminada (MVCIs).
“A redução dos crimes violentos letais, como homicídios, latrocínios e feminicídios no Distrito Federal, reflete o trabalho consistente que tem sido realizado. Investimos na aplicação eficiente de recursos humanos e tecnológicos para potencializar o planejamento operacional. O trabalho regionalizado feito por meio das Áreas Integradas de Segurança Pública tem sido essencial para direcionar o policiamento a regiões estratégicas, com base em análises de manchas criminais e ferramentas de gestão inteligente. Isso nos permite agir de forma rápida e eficiente, trazendo impactos significativos para a população”, explicou o secretário Sandro Avelar. “Com a integração das forças de segurança pública, o trabalho conjunto com outros órgãos de governo e os resultados sólidos que estamos alcançando, estou certo de que Brasília se tornará a capital mais segura do país”, conclui.
“Os crimes violentos letais intencionais (CVLI) continuam em queda, mas essa redução nem sempre se traduz em um aumento da sensação de segurança da população. Isso ocorre porque, estatisticamente, homicídios estão frequentemente relacionados a pessoas já envolvidas com a criminalidade, e não à população em geral, que é mais impactada por crimes contra o patrimônio. Aqui na capital federal, os crimes patrimoniais também têm apresentado redução, permitindo que as pessoas se sintam mais seguras ao transitar pelas ruas. Para preservar e aprimorar essa qualidade de vida que temos, a participação social é fundamental”, destacou o secretário Sandro Avelar. Segundo o Índice de Progresso Social (IPS) Brasil 2024, Brasília segue como a capital brasileira com maior qualidade de vida para sua população.
Crimes Contra o Patrimônio (CCP)
Os Crimes Contra o Patrimônio (CCP) no Distrito Federal seguem em trajetória de queda. No comparativo entre os 12 meses de 2024 e 2023, houve uma redução de 14,9% nos crimes patrimoniais monitorados prioritariamente pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), que englobam os roubos a transeunte (-16,6%, de 12.781 registros para 10.659), em residência (-28,8%, de 219 para 156), de veículo (-21,1%, de 1.291 para 1.018), em transporte coletivo (-49,3%, de 452 para 229), em comércio (-28%, de 525 para 378) e o furto em veículo (-7,3%, de 7.231 para 6.706), o que demonstra a efetividade dos programas implementados. No total, isso representa 3.353 crimes evitados.
Entre as medidas do programa Segurança Integral, da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, está o Programa de Videomonitoramento Urbano (PVU), que faz parte do eixo Cidade Mais segura, que realiza o monitoramento integrado entre as forças de segurança e outros 31 órgãos, bem como instituições e agências do governo local e federal, atendendo a 32 das 35 Regiões Administrativas do Distrito Federal, com 1.300 câmeras instaladas, incluindo a região da Asa Norte. Em 2024, as novas regiões contempladas foram Vicente Pires e Arniqueira. Neste ano, o PVU alcançou a região do Sol Nascente/Pôr do Sol. Ao total, já foram investidos R$ 70 milhões no programa.
Participação social
O secretário Sandro Avelar destacou a importância de se manter um diálogo permanente com a comunidade para instituir ações regionalizadas, o que tem ocorrido por meio do eixo Cidadão Mais Seguro do programa Segurança Integral da pasta. Por meio desse eixo são realizadas reuniões com a população a partir dos Conselhos Comunitários de Segurança (Consegs-DF) e iniciativas inovadoras, como a primeira Conferência Distrital de Segurança Pública (Confedisp), realizada no final do ano passado.
“A integração entre as forças de segurança pública e a sociedade tem sido essencial para o avanço de políticas públicas direcionadas às necessidades regionais. No caso dos crimes contra o patrimônio no Distrito Federal, destacamos a expressiva redução nos roubos em transportes coletivos, que caíram pela metade. Esse resultado é fruto do trabalho coordenado entre os órgãos envolvidos e do engajamento da população”, afirmou o secretário Sandro Avelar.
Atenção, cidadão!
IPVA 2025 começa a vencer em 24 de fevereiro; confira as datas de vencimentos
O IPVA 2025 no DF começa a vencer em 24 de fevereiro, de acordo com a numeração final da placa do veículo, podendo ser pago à vista, com desconto ou em até seis parcelas. O dinheiro arrecadado com o tributo é investido pelo Governo do Distrito Federal (GDF) em áreas como educação, saúde, segurança e infraestrutura.
Em 2024, o montante previsto de arrecadação com o imposto foi de R$ 1,7 bilhão. Neste ano, a expectativa de lançamento é de R$ 2,2 bilhões, enquanto a expectativa de arrecadação do IPVA 2025 é de R$ 1,97 bilhão – são cerca de 1,18 milhão de veículos tributáveis no DF com lançamento de IPVA previsto.
Desconto
Há, ainda, o desconto de 10% que pode ser obtido com o pagamento em cota única, que vence junto com a primeira parcela do IPVA. Para obter esse abatimento, o veículo não pode ter débitos anteriores – que podem ser pagos até o vencimento da primeira parcela do imposto.
O secretário-executivo substituto de Fazenda da Secretaria de Economia, Daniel Carpovicz Botelho, ressaltou a importância da regularização dos débitos e também recordou que o prazo de indicação para a nota legal passou a ser de 2 a 20 de janeiro. A mudança tem por objetivo o envio de boletos em tempo hábil, já com o valor do desconto, que pode ser transformado em créditos para os veículos.
“É importante observar esse calendário com antecedência e organizar para se regularizar diante da composição de um imposto tão importante, que ajuda na realização de políticas públicas do governo”, destacou. Os valores arrecadados também são utilizados para a manutenção de ruas, avenidas e rodovias, além de serviços essenciais para a população, como saúde, educação, segurança e transporte.
Regularização
Para regularizar os débitos, o contribuinte deve acessar o site da Receita do DF ou o aplicativo da Secretaria de Economia e solicitar a emissão das parcelas em atraso.
É importante recordar que o contribuinte inadimplente pode ter o veículo apreendido durante as ações de fiscalização do Departamento de Trânsito (Detran-DF) e da Polícia Militar (PMDF).
A primeira medida administrativa do governo é a cobrança feita pela Receita do DF por telefone, e-mail ou aplicativo da Economia do DF sobre o débito. Caso o cidadão continue em débito após a cobrança, ele recebe um comunicado e depois será inscrito na dívida ativa. Se mesmo assim o contribuinte permanecer inadimplente, ele pode ser processado até por fim ter a execução fiscal.
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