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Dia do Cardiologista

Estresse: 4º maior fator de risco para doenças cardiovasculares

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Foto/Imagem: Freepik


O estresse está cada vez mais presente na vida das pessoas, que, em sua maioria, têm os dias corridos e preenchidos por trabalho, preocupações e ansiedade. O que muita gente não sabe é que o estresse também pode ser extremamente prejudicial à saúde do coração. No mês em que se comemora o Dia do Cardiologista (14 de agosto), especialistas reiteram que, de acordo com levantamentos do Ministério da Saúde, o estresse já é o quarto maior fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.

De acordo com a cardiologista do Instituto do Coração de Taguatinga (ICTCor), Dra. Carla Margalho, passar por muitas situações estressantes faz com que o organismo libere altas quantidades de hormônios, como o cortisol, a adrenalina e a noradrenalina. “Quando em excesso, essas substâncias geram a contração dos vasos sanguíneos. Isso leva ao aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca, o que pode causar arritmias, hipertensão e, consequentemente, um infarto do miocárdio”, explica.

Outra problemática causada pelo excesso dos hormônios em questão é a possível quebra de placas de gordura, que pode levar a um entupimento de artérias. “Quando nossas artérias se entopem, o fluxo de sangue é interrompido, o que traz consequências que variam entre insuficiências cardíacas, infartos e acidentes vasculares cerebrais (AVCs). Nesses casos, geralmente é indicado que o paciente se submeta a uma angioplastia, procedimento que realiza o desentupimento das artérias”, relata Dra. Carla.

Prevenir é melhor remédio

Mesmo em meio a uma convulsão social, o estresse é um fator de risco que pode ser controlado com certa tranquilidade. Segundo a cardiologista, exercícios físicos são um dos primeiros passos a serem dados no processo. “Quando praticamos uma atividade, liberamos hormônios que trazem sensação de bem-estar, como a endorfina. Elas acabam por fazer o efeito contrário e combater os hormônios que nos fariam mal”, garante.

Na lista de bons hábitos, também estão incluídos a alimentação saudável, a manutenção do peso e a não privação do sono. “Tudo isso contribui para a diminuição do estresse. Entre os hábitos que devem ser cortados, ou, ao menos, diminuídos, estão o tabagismo e a alta ingestão de bebidas alcoólicas”, diz a especialista. Para finalizar, a médica lembra que o estresse é prejudicial ao coração quando acontece de forma crônica. “Ninguém está livre de passar por um momento de irritabilidade, mas temos que evitá-los ao máximo. Estar rodeado de amigos e fazer coisas das quais gostamos é uma boa dica”, conclui.

Xô, Aedes!

Casos de dengue no Distrito Federal caem 97% em relação ao ano passado

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combate à dengue df
Foto/Imagem: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

O Distrito Federal continua a registrar queda no número de casos de dengue. Até 29 de março deste ano, a capital notificou 9,3 mil ocorrências suspeitas da doença, das quais 6,1 mil eram prováveis. No mesmo período de 2024, foram registrados quase 220 mil casos prováveis. Os dados estão no último boletim epidemiológico, divulgado pela Secretaria de Saúde (SES-DF).

“Devemos registrar e comemorar esses dados, mas sem perder de vista os cuidados para combater a dengue. Afinal, alcançamos esse resultado por meio de um esforço conjunto da população e do governo. É um trabalho contínuo”, explica o subsecretário de Vigilância à Saúde, Fabiano dos Anjos Martins.

Aedes aegypti é responsável por transmitir não só o vírus da dengue, como também da febre amarela urbana, chikungunya e zika. Entre essas arboviroses, a capital federal contabilizou 129 casos suspeitos de chikungunya, dos quais 105 são considerados prováveis. Desses, 93,3% (98 ocorrências) correspondem a moradores do DF. Até o momento, 59 casos tiveram confirmação laboratorial, enquanto os demais seguem em investigação.

A chikungunya é uma doença febril aguda e sistêmica, causada por um arbovírus do gênero Alphavirus (CHIKV), e transmitida principalmente pelas fêmeas do mosquito. A infecção se destaca por sua elevada taxa de incapacitação, podendo causar sintomas persistentes em algumas pessoas.

Ação domiciliar dos Avas

Peça-chave no combate ao Aedes aegypti, a visita dos Agentes de Vigilância Ambiental em Saúde (Avas) promove a prevenção de doenças, o mapeamento de territórios e a execução de atividades de vigilância por meio da coleta e da pesquisa.

Identificá-los é simples: os Avas usam colete e chapéu com abas, os dois da cor marrom-cáqui, além de uma camiseta branca. Eles também carregam uma bolsa amarela, onde armazenam seu material de trabalho.

Os agentes devem estar devidamente identificados com símbolos da SES-DF e com a designação de suas funções bem visíveis no uniforme. Na maioria dos casos, o profissional estará munido de um crachá com nome e foto, porém pode haver situações em que o servidor ainda esteja com seu crachá provisório.

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Sabin Diagnóstico e Saúde

Hemocromatose: como diagnosticar o excesso de ferro no sangue

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Hemocromatose - excesso de ferro no sangue
Foto/Imagem: Freepik

O ferro é um mineral essencial para o organismo, mas seu acúmulo pode causar danos sérios à saúde. A hemocromatose é um distúrbio no qual o corpo absorve mais ferro do que o necessário dos alimentos, e um diagnóstico preciso pode prevenir complicações graves em diversos órgãos, como fígado, coração, pâncreas e articulações.

A doença pode ser hereditária, causada por mutações genéticas, ou adquirida, quando surge devido a fatores externos, como transfusões sanguíneas frequentes, doenças hepáticas ou suplementação do mineral em excesso.

Os sintomas da hemocromatose podem variar e, muitas vezes, demoram anos para se manifestar. De acordo com o Ministério da Saúde (MS), entre estes estão: fraqueza, fadiga, letargia, apatia e perda de peso. Em alguns casos, pode haver sinais específicos a depender do órgão afetado, como, por exemplo, arritmia (coração), diabetes (pâncreas) ou dor abdominal (hepatomegalia, termo médico para fígado grande).

Diagnóstico

O diagnóstico da hemocromatose envolve exames laboratoriais específicos que avaliam os níveis de ferro no sangue. Segundo a supervisora técnica do Sabin Diagnóstico e Saúde, Gélida Pessoa, identificar a doença com base nos sintomas pode ser difícil, por isso, exames de sangue podem indicar um caminho para o médico que avalia o paciente.

“Esses testes medem os níveis sanguíneos de ferro, a chamada ferritina (uma proteína que armazena ferro) e da transferrina, a proteína que transporta o ferro no sangue quando ele não está nos glóbulos vermelhos”, explica.

Dois procedimentos são a dosagem de ferritina sérica e a saturação da transferrina. Ambos podem indicar se os níveis destas proteínas estão deficitários ou elevados. Caso os índices estejam altos, o passo seguinte é investigar a origem da sobrecarga de ferro para determinar a melhor conduta médica.

Nos casos em que se suspeita de doença hereditária, uma das opções que podem ser indicadas pelo médico é o painel hereditário para hemocromatose. “Esse exame genético permite analisar múltiplos genes relacionados ao metabolismo do ferro, sendo essencial para confirmar casos hereditários e orientar o rastreamento familiar,” explica Gélida.

Em casos mais avançados, exames de imagem, como a ressonância magnética, podem ser utilizados para avaliar o grau de sobrecarga de ferro nos órgãos. “A ressonância é uma ferramenta importante na avaliação da carga férrica, especialmente no fígado e no coração, permitindo um planejamento terapêutico mais adequado”, acrescenta a supervisora técnica.

Prevenção

Embora a hemocromatose hereditária não possa ser evitada, algumas medidas podem ser adotadas para prevenir a forma adquirida da doença. Evitar o uso indiscriminado de suplementos de ferro sem orientação médica é um dos cuidados essenciais, assim como manter exames periódicos para monitorar os níveis de ferro no sangue, especialmente em pessoas com histórico familiar da doença.

Além disso, a alimentação também desempenha um papel importante na prevenção. Reduzir o consumo de carnes vermelhas e frutos do mar crus pode ajudar a controlar a absorção de ferro, assim como moderar a ingestão de bebidas alcoólicas, que podem sobrecarregar o fígado e agravar possíveis danos hepáticos.

Gélida reforça que, embora a hemocromatose seja difícil de diagnosticar nos estágios iniciais, a realização de check-ups anuais pode ser fundamental para a prevenção. “Manter exames regulares ao menos uma vez por ano é essencial não apenas para identificar a hemocromatose, mas também para monitorar outras alterações de saúde”, destaca.

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