Novos profissionais
GDF reabre consultório e Sala Amarela da UPA de Sobradinho
Após um ano sem funcionar, um consultório e a Sala Amarela com dez leitos da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Sobradinho foram reabertos nesta segunda-feira (12). A solenidade de reativação contou com a participação do governador Ibaneis Rocha, do secretário de Saúde, Osnei Okumoto, e do presidente do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IGESDF), Francisco Araújo.
“Com a reforma das UPAs e das UBS , vamos ter condições de dar um atendimento melhor à população”, destacou Ibaneis Rocha. “Aqui nós temos uma população muito grande e durante muito tempo desassistida, com grandes problemas de infraestrutura. Estamos renovando e abrindo alas que estavam fechadas e abrindo também, daqui a 15 dias, uma ala que nunca havia sido aberta. Estamos abastecendo com insumos também.”
O IGESDF providenciou a reforma e o reabastecimento de medicamentos e insumos hospitalares, além de novos profissionais para o atendimento. Até agora, foram encaminhados à unidade 16 médicos – entre emergencistas e clínicos –, 26 enfermeiros, oito técnicos de enfermagem e quatro técnicos de laboratório. Mais profissionais devem ser contratados chegar até o próximo mês.
“A condição é favorável para que a gente possa estabelecer melhorias e oferecer isso à população”, lembrou o secretário de Saúde, destacando que o contrato de manutenção predial permitirá o bom funcionamento da UPA. O presidente do IGESDF endossou: “Chegar aqui hoje e [constatar que está] tudo reformado, ver a população cobrando e nós produzindo resultados, é muito gratificante”.
Estrutura
A Sala Amarela recebe pacientes que têm indicação de internação, devendo ficar em observação por, no máximo, 24 horas. Caso seja necessário ampliar esse tempo, a equipe providencia a transferência – de forma segura, em ambulância – para os hospitais que tiverem vaga.
A Sala Amarela conta com pontos de oxigênio, leitos e carrinhos de emergência equipados para atendimento em caso de parada cardiorrespiratória. O paciente é atendido por equipe multidisciplinar composta por médico, equipe de enfermagem, nutricionista e assistente social. Também atuam na UPA bioquímicos, farmacêuticos e odontologistas.
Atualmente, a UPA de Sobradinho realiza, em média, 2,7 atendimentos mensais. Além da sala Amarela, a unidade conta com a Sala Vermelha, que possui quatro leitos para atender pacientes graves. O espaço é equipado com ventiladores mecânicos, monitores cardíacos, bombas de infusão e rede de oxigênio. Os aparelhos são similares aos de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Na Sala Verde, há equipes de enfermagem e poltronas para que os pacientes em condição menos urgente fiquem em observação por poucas horas e recebam medicação. A estrutura conta ainda com farmácia, laboratório, sala de raios-X e consultórios que, com as reformas, passam a totalizar seis em funcionamento.
Reformas
Assim como as outras cinco UPAs do DF, a unidade de Sobradinho recebeu diversas reformas e manutenção feitas pelo IGESDF. Entre as melhorias, foram feitos reparos na parte elétrica e hidráulica, manutenção e troca de partes do piso como o da recepção e substituição de louças dos banheiros.
Além disso, todos os equipamentos receberam manutenção, e chegaram cinco longarinas (bancos com quatro lugares), dez colchões novos com travesseiros, enxoval e três novas cadeiras de rodas.
Xô, Aedes!
Distrito Federal tem queda de 81% no número de casos de dengue
O engajamento da população e as iniciativas do Governo do Distrito Federal (GDF) para combater o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, têm dado resultado. No ano passado, nesta mesma época, foram 1.354 novos casos em uma semana. Agora, foram 256, uma queda de 81%.
“Esse levantamento mostra o resultado das ações, seja do governo, seja da população. É uma situação do momento, então pode haver mudanças. O importante é mantermos o foco e a união para juntos mantermos a dengue sob controle”, afirma a secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio.
O mais recente boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde mostra que, até o fim da Semana Epidemiológica 48, o DF somava 283.841 casos suspeitos de dengue ao longo de todo o ano, frente a 283.685 da semana epidemiológica 47, um acréscimo de 256. Já em 2023, a SE 48 somava 31.997 casos suspeitos, uma diferença maior que a apresentada frente ao término da SE 47 de 2023, com 30.643, à época, um acréscimo de 1.345 em uma semana.
O maior registro de números absolutos em 2024 ocorre por conta do “pico” dos casos de dengue ocorrido no início do ano. No entanto, o subsecretário de Vigilância à Saúde, Fabiano dos Anjos, reforça que o cenário atual é melhor que o vivido no fim de 2023, quando houve uma aceleração de infecções por dengue. “No mesmo período do ano passado, o número de casos era muito superior ao que se tem observado até o momento”, explica.
Visando à prevenção da dengue, a Secretaria de Saúde ampliou as ferramentas para monitoramento, como o uso de novas tecnologias digitais para análise de dados, por exemplo. A pasta também ampliou a força de trabalho envolvida nas ações diárias de combate à dengue, além de ter adotado novas estratégias, como as ovitrampas.
Ao longo de 2024, foram realizadas 1.357.780 inspeções em imóveis pela Vigilância Ambiental em Saúde. Além das inspeções de rotina, foram instaladas até o momento 2.175 armadilhas ovitrampas, tendo sido removidos 1.390.606 ovos do Aedes aegypti. Foram instaladas, ainda, 1.278 estações disseminadoras de larvicida.
Outros órgãos do GDF, como as administrações regionais e o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), atuam em ações de limpeza, por exemplo. Já a Secretaria de Educação, em parceria com a Secretaria de Saúde, se destaca pelas ações realizadas ao longo do ano com a comunidade escolar.
Estoque crítico
A negativo: FHB oferece senhas preferenciais para doadores de sangue
A Fundação Hemocentro de Brasília (FHB) está distribuindo senhas preferenciais para doadores de sangue A negativo até 11 de dezembro. A medida prioriza o atendimento a esse grupo em um momento crítico, em que os estoques operam com apenas 66% do nível considerado ideal.
“A senha preferencial é uma estratégia que utilizamos quando os estoques de determinada tipagem atingem níveis críticos, como é o caso, agora, do A negativo. Precisamos restabelecê-lo a níveis considerados seguros, a fim de manter o atendimento regular aos hospitais”, explica a gerente de Captação de Doadores do Hemocentro de Brasília, Kelly Barbi.
A queda no volume de doações foi intensificada pelos diversos feriados do mês de novembro. “Com a proximidade das festas de fim de ano e das férias escolares, convidamos a população a doar sangue, realizar esse gesto solidário e altruísta para com os pacientes do DF que necessitam de transfusões para manter ou recuperar a saúde. Há um aumento histórico de transfusões nesse período, motivo pelo qual fazemos esse apelo junto à população”, completa Kelly.
O Hemocentro de Brasília é responsável por abastecer toda a rede de saúde pública do Distrito Federal, além de instituições conveniadas, como o Hospital da Criança, o Instituto de Cardiologia do DF e o Hospital das Forças Armadas.
Como funciona a senha preferencial
A senha preferencial para doadores A negativo será concedida mediante comprovação do grupo sanguíneo, seja com o cadastro no Hemocentro ou por meio de um exame de tipagem sanguínea. A medida otimiza o atendimento e prioriza as necessidades emergenciais, garantindo que o Hemocentro possa atender à alta demanda desses pacientes.
Para doar sangue, é preciso ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 51 kg e estar saudável. Quem passou por cirurgia, exame endoscópico ou adoeceu recentemente deve consultar o site do Hemocentro para saber se está apto a doar sangue.
Quem teve gripe deve aguardar 15 dias após o desaparecimento dos sintomas para poder doar sangue. Quem teve covid-19 deve aguardar 10 dias após o fim dos sintomas, desde que sem sequelas. Se assintomático, o prazo é contado da data de coleta do exame. Pacientes diagnosticados com dengue clássica devem aguardar 30 dias para se candidatar à doação de sangue. Para a dengue hemorrágica, o prazo é de seis meses.
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