De 12 de fevereiro a 10 de março
CCBB Brasília recebe mostra em homenagem a Martin Scorsese
O Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) Brasília recebe a mostra de cinema Scorsese, em homenagem ao cineastra Martin Scorsese, um dos maiores e mais influentes cineastas contemporâneos, consagrado com diversos prêmios e homenagens internacionais. A seleção de 33 produções – entre documentários, longas e curta-metragens para cinema e televisão – permanece em cartaz no Cinema do CCBB entre os dias 12 de fevereiro a 10 de março, em programação que conta ainda com debate sobre a trajetória do cineastra, curso ministrado pela crítica Cecília Barroso e uma sessão inclusiva do filme Touro Indomável.
Na programação, a retrospectiva exibirá 25 longas-metragens de ficção, desde o longa de estreia Quem Bate à Minha Porta? (I Call First, 1967), com o ator Harvey Keitel e a montadora Thelma Schoonmaker, grandes colaboradores do cineasta, até Silêncio (Silence, 2016), passando por clássicos como Taxi Driver (1976), primeira Palma de Ouro de Scorsese, Os Bons Companheiros (Goodfellas, 1990), Os Infiltrados (The Departed, 2006), que deu a Scorsese um Oscar de direção, e, ainda, raridades como Sexy e Marginal (Boxcar Bertha, 1972) e Caminhos Perigosos (Mean Streets, 1973).
Serão exibidos também três documentários, entre eles Uma Viagem Pessoal Pelo Cinema Americano (A Personal Journey with Martin Scorsese Through American Cinema, 1995), uma verdadeira aula de cinema; quatro curtas-metragens, como The Big Shave (1967), e um filme para TV, Histórias Maravilhosas/Mirror, Mirror (série Amazing Stories, 1986), completando a mostra.
“Martin Scorsese é sem dúvida um dos maiores diretores de cinema vivo no mundo. Sempre nos espantou o fato de nunca ter sido realizada nenhuma mostra sobre sua obra no Brasil. A retrospectiva Scorsese é uma forma de quitar esta dívida, exibindo pela primeira vez uma rica seleção de seus filmes. Esperamos com isto revelar ao público brasileiro a grandiosidade deste grande cineasta e cinéfilo que tanto fez e ainda faz pelo cinema mundial”, comentam os curadores José de Aguiar e Marina Pessanha.
Da amizade de Martin Scorsese com os também influentes cineastras Brian De Palma, Francis Ford Coppola, George Lucas e Steven Spielberg nasceu uma geração que transformou os anos 70 em uma das décadas mais memoráveis do cinema americano. Conhecido como um diretor de gênero, Scorsese demonstra grande interesse por filmes de máfia. De Os Bons Companheiros até Os Infiltrados, passando por Cassino, é clara a persistência do diretor no tema da violência.
O cineasta também é famoso por dispositivos como o uso da câmera lenta, voz em off, travelling e imagem congelada. Lança praticamente um filme por ano, desde a década de 60, e ele mesmo produz quase todos seus filmes.
A programação da mostra Scorsese contará também com um debate com os críticos Cecília Barroso, Paulo Ricardo Gonçalves de Almeida e mediação do curador José de Aguiar, com tradução em libras. A mostra também oferecerá um curso nos dias 20, 21 e 22 de fevereiro, com Cecília Barroso, cujas inscrições podem ser realizadas através do e-mail [email protected]. Os dois eventos são gratuitos.
A mostra Scorsese apresentará também uma sessão inclusiva do filme Touro Indomável (Raging Bull, 1980), com audiodescrição, tradução em libras, legendagem descritiva e entrada gratuita no dia 7 de março, às 13h.
Além disso, será distribuído ao público da mostra – por meio do cartão fidelidade do CCBB Brasília – um catálogo produzido especialmente para a mostra com fotos, fichas técnicas, filmografia, textos críticos inéditos e clássicos de publicações nacionais e estrangeiras. A obra pode ser retirada na bilheteria do centro cultural.
Mostra Scorsese
- Cinema do CCBB (Setor de Clubes Sul, Trecho 2, Lote 22)
- De 12 de fevereiro a 10 de março
- Programação e a classificação dos filmes no site
- Ingresso a R$ 10,00 (inteira), R$ 5,00 (meia e clientes BB) e sessões gratuitas
Atualizado em 07/02/2019 – 12:17.
Entrada gratuita
Edição no Clube do Choro celebra 10 anos do Festival Divas do Samba
Jovelina, Ivone, Leci, Alcione, Beth: é inquestionável a contribuição fundamental das mulheres na construção do gênero musical que é a cara do Brasil. E o samba do DF também é comandado por mulheres, ou melhor, por divas.
Clécia Queiroz, Karynna Spinelli, Karla Sangaleti, Mirian Marques, Fernanda Jacob e Gija Barbieri são os nomes confirmados para a 4ª edição do Festival Divas do Samba, evento gratuito que celebra o protagonismo feminino no samba e dá visibilidade às mulheres que representam a força do gênero musical.
O encontro, com entrada gratuita, está marcado para os dias 6 e 7 de dezembro, no Clube do Choro de Brasília, no Eixo Monumental, e vem para comemorar o Dia Nacional do Samba, celebrado em 2 de dezembro, e os 10 anos do Divas do Samba, que teve sua primeira edição em 2014.
“O protagonismo feminino no projeto Divas do Samba reafirma a contribuição e a participação das mulheres na história do samba, que no passado cediam suas casas e terreiros e, muitas vezes, deixavam que seus maridos e companheiros assumissem o protagonismo de suas composições, simplesmente para que o samba pudesse existir e prosperar”, lembra Dhi Ribeiro, cantora que é referência do samba brasiliense, e esteve presente em todas as edições do projeto e nesta temporada assina como madrinha do Divas.
A diretora-geral do projeto, Ellen Oliveira, reforça que a missão do projeto é preservar o samba, que é patrimônio imaterial, e enaltecê-lo por meio das interpretações das mulheres que vão subir ao palco do festival.
Segundo a diretora, o objetivo também é mostrar a importância da mulher no samba, seja no palco ou nos bastidores. “A equipe é majoritariamente feminina. Nós temos mulheres na parte técnica como direção de palco, luz e roadies. O festival é idealizado, produzido e apoiado no crescimento feminino, destacando a mulher na cultura”, detalha Ellen.
Referências do samba
A curadoria para a 4ª edição faz jus à grandeza desse ritmo que é patrimônio imaterial da cultura brasileira, enaltece artistas do nosso quadradinho e traz grandes nomes do samba nacional, como a pernambucana Karynna Spinelli e a baiana Clécia Queiroz.
“Traremos para o Divas o espetáculo Cabeça Feita do meu último álbum, lançado este ano. É o terceiro de minha trajetória e traz canções autorais e arranjos feitos por meus músicos e por mim. Então, vamos levar ao palco do Divas o sotaque do samba de pernambuco”, anuncia Karynna.
Ainda segundo a cantora, 10 anos de Divas reflete uma vitória muito grande para o samba. “Eu me sinto extremamente honrada em fazer parte da história do projeto. Cantei no Divas em 2019, após uma pequena pausa no meu trabalho por questões de saúde, então esse palco foi o ninho que me trouxe de volta. É muito importante termos espaços e festivais, feitos por mulheres que movimentam a cadeia da música. O Divas traz isso”, complementa Spinelli.
Sobre o Festival
O Divas do Samba chega a sua quarta edição, sendo que a estreia do festival foi em 2 de dezembro de 2014, na Torre de TV, comemoração que também contou com o talento de Dhi Ribeiro, um dos grandes nomes do samba do DF. A segunda edição foi em 2019, com um tributo inesquecível à matriarca e rainha do samba, Ivone Lara. A última edição, já no Clube do Choro, foi em homenagem à Beth Carvalho, em 2022.
Atualizado em 20/11/2024 – 09:08.
De 21/11 a 15/12
CCBB traz a Brasília obra de Torquato Neto em peça teatral com Tuca Andrada
Neste que marca o retorno do ator ao teatro e à direção, apresenta uma leitura autoral sobre o poeta, escritor e jornalista piauiense Torquato Neto (1944-1972). Um dos mais importantes pensadores, artistas e provocadores da cultura brasileira nos anos 60/70, que se tornou conhecido em todo o país por ter sido uma das principais figuras do Tropicalismo.
Let´s Play That ou Vamos Brincar Daquilo cumpre temporada na Galeria 4 do Centro Cultural Banco do Brasil – Brasília, de 21 de novembro a 15 de dezembro. Com ingressos a R$ 15 (meia entrada), à venda a partir de 15/11, a peça será apresentada de quinta a sábado, às 19h30, e domingo, às 18h30. A classificação indicativa é não recomendada para menores de 16 anos. Mais informações no site do CCBB Brasília.
Com texto de Tuca Andrada e dirigido pelo mesmo em parceria com sua amiga de adolescência Maria Paula Costa Rêgo, fundadora com Ariano Suassuna do Grupo Grial de Dança, o projeto surgiu a partir da leitura da obra “Torquatália”, uma antologia do Torquato Neto por Paulo Roberto Pires. E se alimentou da leitura de poemas, parcerias musicais, trabalhos jornalísticos, roteiros, correspondências e de um diário escrito de dentro de um hospital psiquiátrico.
Sem quarta parede, cuja encenação se desenvolve numa arena onde o público está dentro da ação, ao longo de 80 minutos o ator costura a dramaturgia fragmentada com canções de autoria de Torquato. Responsável por composições como Louvação e Geleia Geral, com Gilberto Gil; Mamãe Coragem e Nenhuma Dor, com Caetano Veloso; Let’s Play That, com Jards Macalé, e interpretadas em cena pelo ator na companhia dos músicos Caio Cesar Sitônio, que assina a direção musical, e Pierre Leite.
Let´s Play That ou Vamos Brincar Daquilo é dividido em duas partes, mas sem intervalo. Na primeira, o ator mostra à assistência sua visão, impressões e marcas que teve ao se envolver com o poeta. Na segunda, o público é convocado a interagir, perguntando, fazendo observações, críticas e tirando dúvidas, o que torna o espetáculo renovado a cada noite.
Atualizado em 13/11/2024 – 10:25.
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