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Pesquisa do Ministério da Saúde

Homens cuidam mais da saúde após participarem de pré-natal

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Foto/Imagem: Pixabay
Paula Laboissière

Oito em cada dez homens presentes em consultas de pré-natal passaram a ficar mais cuidadosos com a própria saúde, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira (8) pelo Ministério da Saúde. O estudo indica que 72,25% dos pais ou cuidadores entrevistados pela pasta participaram das consultas de pré-natal com suas parceiras. Desse total, 80,71% afirmaram que esse envolvimento os motivou a cuidar melhor de sua saúde.

“Os dados demonstram que a paternidade é a principal porta de entrada do homem na unidade de saúde para que ele também se cuide”, informou o ministério.

Nesta terceira etapa da pesquisa Saúde do Homem, Paternidade e Cuidado, foram feitas 37.322 entrevistas com pais ou cuidadores que assumiram a figura paterna e que acompanharam o pré-natal, parto e pós-parto de crianças nascidas no Sistema Único de Saúde (SUS) no ano de 2015.

O objetivo do estudo, de acordo com a pasta, é obter dados sobre acesso, acolhimento e cuidados com a saúde masculina nos serviços públicos de saúde e levantar informações sobre o envolvimento do pai no pré-natal e no nascimento da criança. A coleta de informações foi feita entre março de 2017 e março deste ano.

Falhas

Embora a pesquisa aponte maior conscientização em relação à saúde, ainda é alto o número de homens que não têm na sua rotina o cuidado com a saúde. Quando questionados sobre o costume de buscar estabelecimentos públicos de saúde, 36,36% dos entrevistados afirmaram não ter o hábito de ir a esses locais. Desse total, 47,57% (6.455) informaram como motivo nunca ter precisado, falta de interesse ou não gostar de hospital.

“Muitos agravos poderiam ser evitados caso os homens realizassem, com regularidade, as medidas de prevenção”, destacou o ministério.

Novembro Azul

O tema da campanha Novembro Azul este ano é Homem, da Infância à Velhice, Cuide de Sua Saúde, de Novembro a Novembro. A proposta, segundo a pasta, é chamar a atenção da população, dos gestores e dos profissionais de saúde para a importância de olhar para a saúde do homem de forma integral, e não apenas para a questão da próstata.

Ao longo de todo o mês, o ministério vai intensificar ações de comunicação nas redes sociais, na TV e no rádio, além da realizar eventos relacionados à campanha. No próximo dia 14, ocorre o 4º Fórum Ser Homem: Discutindo Políticas Públicas para a Saúde do Homem, no Tribunal de Contas da União (TCU), em Brasília. O encontro é uma parceria com o Instituto Lado a Lado, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), o Serviço Social do Comércio (Sesc) e a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). Já nos dias 21 e 22, a pasta promove o Simpósio Internacional: Saúde do Homem Integral e a Construção e Planejamento de Linha de Cuidado Participativa. O evento será no Hospital Regional do Paranoá, em Brasília, com a presença de Noel Richardson, representante da Irlanda, primeiro país a implantar a política de saúde do homem. Também participa do encontro o professor da Universidade de Brasília (UnB) Muna Muhammad Odeh.

Números

Dados do ministério mostram que, em 2017, foram registrados, no SUS, 533 milhões de atendimentos ambulatoriais e 4,3 milhões de procedimentos hospitalares em homens. No mesmo período, no âmbito da estratégia Pré-Natal do Parceiro, foram registradas 3.795 consultas e 31.732 exames de detecção do HIV e sífilis no parceiro ou na gestante.

O Sistema de Informações de Mortalidade da pasta msotra que, em 2016, 736.842 homens morreram em todo o país. Entre as principais causas de morte estão: tipos diversos de câncer (112.272), como próstata, fígado, pulmonar e de pele; doenças do coração (68.018); agressões (56.409); acidentes (84.139), em especial de transporte (31.565); doenças cerebrovasculares (51.753) e gripe e pneumonia (41.695).

26 de abril

Dia nacional de prevenção à hipertensão alerta para o controle da doença

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Ao Vivo de Brasília
hipertensão arterial
Foto/Imagem: Freepik

Celebrado no próximo sábado, 26, o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial faz um alerta importante para a conscientização da população sobre a identificação dessa doença “silenciosa”, mas que pode ser controlada com o acompanhamento médico e mudanças de hábitos.

Estima-se que cerca de 27,9% dos brasileiros sejam hipertensos. A maior prevalência ocorre entre mulheres, com 29,3% das pessoas do sexo feminino com a doença. Entre os homens, 26,4% tem hipertensão. Os dados são do levantamento feito pelo Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) do Ministério da Saúde, realizado, em 2023, nas 27 capitais.

O médico da Família e Comunidade da Amparo Saúde, Pedro Pina, informa que “a hipertensão arterial sistêmica, popularmente conhecida como pressão alta, é uma condição crônica caracterizada pelo aumento persistente da pressão sanguínea nas artérias. Isso significa que o coração precisa fazer mais força para bombear o sangue para o resto do corpo, o que pode causar sérios problemas de saúde ao longo do tempo”.

Pina explica que uma pessoa é considerada hipertensa quando apresenta valores iguais ou superiores a 140/90 mmHg em medições repetidas em diferentes ocasiões. “É importante ressaltar que apenas uma aferição acima do normal não caracteriza hipertensão arterial sistêmica, mas indica que a pessoa deve procurar um médico para compreender o motivo”, salienta ele, acrescentando que o diagnóstico preciso para essa doença “silenciosa” deve ser feito por um profissional de saúde, considerando também fatores de risco e condições clínicas.

A pressão alta pode ter diversas causas, incluindo fatores genéticos, como histórico familiar de hipertensão; hábitos alimentares inadequados, com o consumo excessivo de sal, gorduras e alimentos ultraprocessados; sedentarismo; obesidade; estresse; tabagismo; consumo excessivo de álcool; e doenças preexistentes, a exemplo de diabetes e doenças renais.

Sinais de pressão alta

Os sintomas da hipertensão podem não aparecem em todos os pacientes, como alerta Pina, tornando a doença ainda mais perigosa. No entanto, alguns sinais podem indicar que algo está errado, como dores de cabeça frequentes, tontura e mal-estar, visão embaçada ou alterações visuais associadas à dor de cabeça, falta de ar e dor no peito.

“Caso esses sintomas apareçam, é essencial buscar atendimento médico, porque o grande problema da hipertensão arterial sistêmica são suas consequências. Se não for controlada, ela pode levar a sérias complicações, como acidente vascular cerebral (AVC), infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca, doenças renais e problemas na visão”, informa.

Embora seja mais comum em adultos, crianças e adolescentes também podem desenvolver hipertensão, principalmente devido a fatores genéticos, obesidade e maus hábitos alimentares. “O acompanhamento pediátrico é fundamental para a prevenção e tratamento. A hipertensão em crianças, geralmente, tem causas de maior gravidade e que precisam ser investigadas com maior atenção”, pontua.

Para confirmar o diagnóstico da hipertensão será necessária a aferição da pressão arterial em diferentes momentos. Em alguns casos, exames complementares, como monitorização ambulatorial da pressão arterial (Mapa) ou monitorização residencial da pressão arterial (MRPA), podem ser solicitados pelo médico.

“O tratamento inclui mudanças no estilo de vida e, em muitos casos, o uso de medicamentos anti-hipertensivos”, informa Pina, pontuando que as principais medidas para o controle da hipertensão são: reduzir o consumo de sal e alimentos ultraprocessados, principalmente aqueles ricos em sódio, como refrigerantes; praticar atividade física regularmente para manter um peso saudável; controlar o estresse e evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, além de seguir corretamente as orientações médicas e tomar os medicamentos prescritos.

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Sem fake news

Vacina contra gripe é segura e não causa a doença

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Ao Vivo de Brasília
Vacina gripe SUS
Foto/Imagem: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF

A campanha de vacinação contra a gripe começou na última segunda-feira (7), nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul, com o objetivo de imunizar 90% do público-alvo, composto principalmente por idosos, crianças de idades entre 6 meses e 6 anos, gestantes e puérperas.

O Ministério da Saúde convoca esses grupos e os demais aptos a se vacinar procurem a proteção o mais rápido possível em unidades de saúde de seus municípios, porque o vírus causador da gripe circula com mais força no outono e no inverno nessas regiões. No segundo semestre, será a vez da Região Norte ser imunizada, para cobrir o “inverno amazônico”, período de chuvas de dezembro a maio.

Mas um obstáculo importante que a sociedade brasileira precisa superar para atingir a meta de vacinação são as muitas informações falsas circulando nas redes sociais. A presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Monica Levi, alerta que o maior risco são os grupos vulneráveis acreditarem na desinformação e correrem riscos, inclusive de morte, sem a proteção.

“Informação falsa, às vezes, é mais letal do que a própria doença. Essa é uma das grandes ameaças à saúde humana”, avisa . “Algumas pessoas podem deixar de se vacinar, acreditando em histórias falsas e consequentemente vão continuar vulneráveis, o que pode até levar ao óbito”, ela complementa.

De acordo com o Ministério da Saúde, o imunizante é capaz de evitar entre 60% e 70% dos casos graves e dos óbitos relacionados à doença.

Verdade e  fake news

Veja abaixo as explicações da presidente da SBIm que desmentem algumas das informações falsas que mais circulam contra a vacina da gripe e colocam em risco a vida das pessoas:

MENTIRA: “A vacina pode fazer algumas pessoas pegarem a gripe”

VERDADE: De acordo com a especialista, essa é a época do ano em que mais circulam o rinovírus, o metapneumovírus, o vírus sincicial respiratório, entre outros vírus, mas as pessoas chamam qualquer quadro respiratório de gripe. Mesmo que a pessoa tenha febre, dor de garganta e tosse, pode ser outro vírus respiratório, como o da covid, por exemplo. Além disso, se a pessoa já tiver sido infectada, e estiver incubando o vírus, os sintomas podem aparecer depois que ela tomou a vacina. E é preciso duas semanas, no mínimo, para desenvolver a proteção. Nesse período, a pessoa continua vulnerável, inclusive à gripe, como quem não foi vacinado.

MENTIRA: “A vacina contra a gripe não é segura e pode provocar a morte de pessoas mais velhas”

VERDADE: Essa é uma vacina extremamente segura, tanto que os grupos prioritários escolhidos para tomar a vacina são os que têm maior comprometimento da imunidade. Uma pessoa que faz um transplante de medula óssea, a primeira vacina que ele tem que tomar, três meses pós-transplante, é a vacina contra a gripe. Por que ela é segura? Porque é uma vacina inativada, ou seja, o vírus é morto, fracionado e você só usa uma fração dele na produção de anticorpos.  Então, em qualquer pessoa, seja imunocompetente ou imunocompromtida, seja uma pessoa que tenha alguma comorbidade, ela vai ser extremamente segura.

MENTIRA: “A vacina não evita totalmente o contágio, logo, não tem eficácia”

VERDADE: A vacina contra a gripe é eficaz principalmente para proteger contra a doença grave e suas complicações e contra o óbito. Dependendo da faixa etária e do grau de resposta imunológica da pessoa vacinada, ela pode ter uma menor eficácia contra o contágio pelo vírus, mas ela continua sendo muito importante para prevenir a forma grave da doença. Por isso, a recomendação é que as pessoas que são mais vulneráveis se vacinem todos os anos para não correr esse risco.

MENTIRA: “A gripe é uma doença comum, sem gravidade. Por isso, não é importante se vacinar”

VERDADE: A gripe é uma doença potencialmente grave. Nem todos casos vão ser assim, tem gente que vai ter sintomas, por mais ou menos uma semana, sem consequências. Mas algumas pessoas vão desenvolver pneumonia, vão desenvolver uma descompensação de outras doenças, como, por exemplo, diabetes, cardiopatia ou doença pulmonar obstrutiva crônica. Por isso que essa é uma vacina muito importante na faixa etária dos idosos, porque eles apresentam mais quadros graves, com mais internação e mais óbitos. Depois, as pessoas com comorbidades e as crianças pequenas são as mais atingidas pelas formas graves.

MENTIRA: “Os profissionais de saúde estão misturando a vacina da gripe com a vacina da covid”

VERDADE: Não se faz alquimia com nenhuma vacina. Cada uma tem os seus ingredientes, o seu volume, o seu conteúdo e jamais, nunca houve essa história de vacinas serem misturadas. O que existe são vacinas combinadas, que protegem contra várias doenças, mas elas já são fabricadas assim pelo próprio laboratório, com todas as quantidades e excipientes de cada um dos componentes, calculados, testados, com estudos clínicos e a aprovação de órgãos regulatórios. Mas isso não feito com a vacina da gripe e a vacina da covid.

Vacina atualizada

Todos os anos, a vacina é atualizada para proteger contra os três tipos do vírus influenza com maior circulação, por isso, o imunizante que está sendo aplicado previne contra a influenza A H1N1 e H3N2 e contra a Influenza B.

Por isso, para se manter protegido, é necessário receber a vacina todo ano.

Quem deve se vacinar contra a gripe

  •  Idosos;
  •  Crianças de 6 meses a menores de 6 anos;
  •  Gestantes e puérperas;
  •  Povos indígenas;
  •  Pessoas em situação de rua;
  •  Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais;
  •  Pessoas com deficiência permanentes;
  •  População privada de liberdade, incluindo adolescentes e jovens;
  •  Profissionais das Forças Armadas e das áreas de saúde, educação, segurança pública, salvamento, unidades prisionais, transporte rodoviário coletivo e de carga e portos.
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