Cine Brasília e Teatro dos Bancários
Cultura italiana é tema da OSTNCS em novembro
Em homenagem aos 150 anos de morte de Gioachino Rossini, a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro apresenta ao público, em novembro, as principais peças do compositor italiano.
O Concerto Italiano, no dia 13, contempla as introduções de óperas por ele compostas, as chamadas Aberturas de Rossini. São elas: Semiramide, O Barbeiro de Sevilha, L’Italiana in Algeri, Guilherme Tell, Il Signor Bruschino, La Scala di Seta e La Cambiale di Matrimonio.
A capacidade técnica de improvisação e o conhecimento em teatro fizeram com que o artista tivesse intensa atuação no segmento.
Suas obras têm elementos trágicos e cômicos, típicos da ópera, e representam um momento de inovação e criatividade. Elas são expoente do período chamado Restauração Italiana, do fim do século 18.
O concerto homenageia a cultura do país mediterrâneo e mostra a influência de Rossini não só na música, mas também na gastronomia. Para ele teria sido criada a receita Filé Rossini, que leva foie gras (fígado de pato ou ganso) e trufas negras.
Outras apresentações da orquestra em novembro
Nesta terça-feira (6), a sinfônica abre a programação do mês com clássicos como Don Juan, do austríaco Johann Strauss, e Ma mère l’Oye, do francês Maurice Ravel. O grupo também recebe a pianista russa Kristina Miller, que executa o Concerto para Piano nº 3, de Sergei Rachmaninoff. A regência é do maestro da orquestra, Cláudio Cohen.
Em 20 de novembro, haverá outro pianista convidado: Szymon Nehring. O polonês será responsável pela execução de Concerto para piano nº 1, de Frédéric Chopin. A peça é considerada uma despedida do compositor de sua terra natal, uma vez que foi a última a ser escrita por ele antes que deixasse a Polônia em direção a Viena, na Áustria. O regente será Bahmann Sales.
Na última terça do mês, 27 de novembro, a sinfônica contempla artistas com atuação em Brasília, como o colombiano Lucas Jaramillo. O saxofonista Carlos Gontijo é o solista convidado e executa Árvores Lunares, para saxofone e orquestra, de Luiz Gonçalves. A regência é de Jorge Lisboa Antunes, filho do maestro Jorge Antunes.
Concertos da Saúde democratizam acesso à música erudita
Em cinco meses de apresentações por unidades da rede pública de saúde, a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional manteve o compromisso de aproximar o público dos clássicos mundiais. Para novembro, estão previstos quatro espetáculos: nos dias 8, 15, 22 e 29.
O repertório incluirá música de câmara, com quartetos de corda, sopro, violoncelo, flauta.
Por onde passa, a orquestra tem sido muito bem recebida, de acordo com o maestro Cohen. “Pacientes e funcionários param para nos ouvir, participam do momento.” Até dezembro, o grupo deve completar 20 apresentações nesse formato.
Atualizado em 04/11/2018 – 10:22.
Entrada gratuita
Edição no Clube do Choro celebra 10 anos do Festival Divas do Samba
Jovelina, Ivone, Leci, Alcione, Beth: é inquestionável a contribuição fundamental das mulheres na construção do gênero musical que é a cara do Brasil. E o samba do DF também é comandado por mulheres, ou melhor, por divas.
Clécia Queiroz, Karynna Spinelli, Karla Sangaleti, Mirian Marques, Fernanda Jacob e Gija Barbieri são os nomes confirmados para a 4ª edição do Festival Divas do Samba, evento gratuito que celebra o protagonismo feminino no samba e dá visibilidade às mulheres que representam a força do gênero musical.
O encontro, com entrada gratuita, está marcado para os dias 6 e 7 de dezembro, no Clube do Choro de Brasília, no Eixo Monumental, e vem para comemorar o Dia Nacional do Samba, celebrado em 2 de dezembro, e os 10 anos do Divas do Samba, que teve sua primeira edição em 2014.
“O protagonismo feminino no projeto Divas do Samba reafirma a contribuição e a participação das mulheres na história do samba, que no passado cediam suas casas e terreiros e, muitas vezes, deixavam que seus maridos e companheiros assumissem o protagonismo de suas composições, simplesmente para que o samba pudesse existir e prosperar”, lembra Dhi Ribeiro, cantora que é referência do samba brasiliense, e esteve presente em todas as edições do projeto e nesta temporada assina como madrinha do Divas.
A diretora-geral do projeto, Ellen Oliveira, reforça que a missão do projeto é preservar o samba, que é patrimônio imaterial, e enaltecê-lo por meio das interpretações das mulheres que vão subir ao palco do festival.
Segundo a diretora, o objetivo também é mostrar a importância da mulher no samba, seja no palco ou nos bastidores. “A equipe é majoritariamente feminina. Nós temos mulheres na parte técnica como direção de palco, luz e roadies. O festival é idealizado, produzido e apoiado no crescimento feminino, destacando a mulher na cultura”, detalha Ellen.
Referências do samba
A curadoria para a 4ª edição faz jus à grandeza desse ritmo que é patrimônio imaterial da cultura brasileira, enaltece artistas do nosso quadradinho e traz grandes nomes do samba nacional, como a pernambucana Karynna Spinelli e a baiana Clécia Queiroz.
“Traremos para o Divas o espetáculo Cabeça Feita do meu último álbum, lançado este ano. É o terceiro de minha trajetória e traz canções autorais e arranjos feitos por meus músicos e por mim. Então, vamos levar ao palco do Divas o sotaque do samba de pernambuco”, anuncia Karynna.
Ainda segundo a cantora, 10 anos de Divas reflete uma vitória muito grande para o samba. “Eu me sinto extremamente honrada em fazer parte da história do projeto. Cantei no Divas em 2019, após uma pequena pausa no meu trabalho por questões de saúde, então esse palco foi o ninho que me trouxe de volta. É muito importante termos espaços e festivais, feitos por mulheres que movimentam a cadeia da música. O Divas traz isso”, complementa Spinelli.
Sobre o Festival
O Divas do Samba chega a sua quarta edição, sendo que a estreia do festival foi em 2 de dezembro de 2014, na Torre de TV, comemoração que também contou com o talento de Dhi Ribeiro, um dos grandes nomes do samba do DF. A segunda edição foi em 2019, com um tributo inesquecível à matriarca e rainha do samba, Ivone Lara. A última edição, já no Clube do Choro, foi em homenagem à Beth Carvalho, em 2022.
Atualizado em 20/11/2024 – 09:08.
De 21/11 a 15/12
CCBB traz a Brasília obra de Torquato Neto em peça teatral com Tuca Andrada
Neste que marca o retorno do ator ao teatro e à direção, apresenta uma leitura autoral sobre o poeta, escritor e jornalista piauiense Torquato Neto (1944-1972). Um dos mais importantes pensadores, artistas e provocadores da cultura brasileira nos anos 60/70, que se tornou conhecido em todo o país por ter sido uma das principais figuras do Tropicalismo.
Let´s Play That ou Vamos Brincar Daquilo cumpre temporada na Galeria 4 do Centro Cultural Banco do Brasil – Brasília, de 21 de novembro a 15 de dezembro. Com ingressos a R$ 15 (meia entrada), à venda a partir de 15/11, a peça será apresentada de quinta a sábado, às 19h30, e domingo, às 18h30. A classificação indicativa é não recomendada para menores de 16 anos. Mais informações no site do CCBB Brasília.
Com texto de Tuca Andrada e dirigido pelo mesmo em parceria com sua amiga de adolescência Maria Paula Costa Rêgo, fundadora com Ariano Suassuna do Grupo Grial de Dança, o projeto surgiu a partir da leitura da obra “Torquatália”, uma antologia do Torquato Neto por Paulo Roberto Pires. E se alimentou da leitura de poemas, parcerias musicais, trabalhos jornalísticos, roteiros, correspondências e de um diário escrito de dentro de um hospital psiquiátrico.
Sem quarta parede, cuja encenação se desenvolve numa arena onde o público está dentro da ação, ao longo de 80 minutos o ator costura a dramaturgia fragmentada com canções de autoria de Torquato. Responsável por composições como Louvação e Geleia Geral, com Gilberto Gil; Mamãe Coragem e Nenhuma Dor, com Caetano Veloso; Let’s Play That, com Jards Macalé, e interpretadas em cena pelo ator na companhia dos músicos Caio Cesar Sitônio, que assina a direção musical, e Pierre Leite.
Let´s Play That ou Vamos Brincar Daquilo é dividido em duas partes, mas sem intervalo. Na primeira, o ator mostra à assistência sua visão, impressões e marcas que teve ao se envolver com o poeta. Na segunda, o público é convocado a interagir, perguntando, fazendo observações, críticas e tirando dúvidas, o que torna o espetáculo renovado a cada noite.
Atualizado em 13/11/2024 – 10:25.
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