Redução em mais de 14%
Número de mortes no trânsito cai após 10 anos de Lei Seca
Há dez anos a Lei Seca está em vigor no Brasil e um dos impactos positivos é a redução em mais de 14% do número de mortes por acidentes de trânsito no país, de acordo com dados do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde. Em 2008, quando a lei foi implementada, o SIM registrou 38.273 óbitos por essa causa. Em 2017, dados preliminares, já apontam a queda para 32.615 casos.
A redução é ainda mais representativa se comparado ao ano de 2012, quando a lei sofreu sua primeira alteração, tornando-se mais rígida com o aumento da multa para condutores flagrados dirigindo alcoolizados. Em 2012, 44.812 pessoas morreram vítimas de acidentes no trânsito. Comparado a 2017, a frequência caiu em 28,2%.
Os estados que mais registraram essa queda foram o Distrito Federal (40,6%), São Paulo (35,65%), Paraná (22,7%), Santa Catarina (20,5%), e Mato Grosso do Sul (18,8%). Em contrapartida houve o aumento da mortalidade no Tocantins (27,8%), Piauí (27,5%), Maranhão (17,5%) e na Bahia (15,6%).
Por regiões, o aumento se deu no Norte (16%) e no Nordeste (6,3%), enquanto que a redução ocorreu no Centro-Oeste (13,6%); Sudeste (31,6%); e Sul (13,6%). Em números reais, os casos de óbitos registrados de 2008 e 2017 passaram de 2.718 para 3.159 no Norte; 9.282 para 9.872 no Nordeste; 3.927 para 3.390 no Centro-Oeste; 15.189 para 10.378 no Sudeste; e de 7.157 para 5816 no Sul.
Houve aumento de internações
O número de internações ao contrário do de óbitos cresceu em todo o Brasil. Em 2008, a pasta registrou 95.216 internações no Sistema Único de Saúde (SUS) envolvendo condutores, passageiros e pedestres que haviam se acidentado no trânsito. Em 2017, 181.120 pessoas foram internadas e tratadas, um percentual 90,2% superior ao primeiro ano da lei seca. O valor gasto em 2017 foi superior a R$ 60 milhões.
Com relação as regiões, no Norte ocorreram 16.985 internações por acidentes de trânsito; no Nordeste 49.593; no Centro-Oeste 16.765; no Sudeste 75.157; e no Sul 22.620. Comparados a 2008 houve crescimento dos casos em 292% no Norte (4.328); 124% no Nordeste (22.055); 130% no Centro-Oeste (7.275); 49% no Sudeste (50.470); e em 104% Sul (11.088).
Álcool e direção
Dados da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde, mostram que, de 2011 a 2017, a frequência de adultos que admitem conduzir veículos motorizados após consumir qualquer quantidade de bebida alcoólica manteve-se estável. No entanto, quando observado por sexo, o percentual aumentou entre as mulheres, passando de 1,9% em 2011 para 2,5% em 2017.
Para o ano de 2017, de toda a população residente nas capitais do país, 6,7% dos adultos referiu que pratica tal comportamento. Os homens dentro desse patamar ainda continuam sendo os que mais se arriscam, com percentual de 11,7% enquanto que, entre as mulheres, esse mesmo percentual foi de 2,5%.
Os dados são do sistema de vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico (VIGITEL) 2017, do Ministério da Saúde. A pesquisa ainda mostra que entre as cinco capitais onde mais se pratica o consumo de álcool ligado a direção estão Palmas (16,1%); Florianópolis (15,3%); Cuiabá (13,5%); Boa Vista (11,6%); e Campo Grande (11,3%). O hábito também é menos praticado em Recife (2,9%); Maceió (3,4%); Rio de Janeiro (4%); Vitória (4,1%) e Porto Alegre (4,8%).
Atualizado em 19/06/2018 – 12:24.
Sudeste lidera o ranking
Brasil contabiliza 1.578 casos de mpox (varíola dos macacos) em 2024
O Brasil registrou, ao longo de 2024, 1.578 casos confirmados de mpox. O painel de monitoramento do Ministério da Saúde contabiliza ainda 60 casos prováveis e 434 casos suspeitos da doença no país.
A maioria das infecções se concentra na faixa etária dos 30 aos 39 anos (751 casos), seguida pelos grupos de 18 a 29 anos (496 casos) e de 40 a 49 anos (275 casos). Os homens respondem por 81% dos casos confirmados, sendo que 70% declararam ter relações sexuais com homens.
Outro recorte divulgado pelo painel de monitoramento do ministério é o de raça e cor. Os dados mostram que 46% dos casos de mpox no Brasil se concentram entre brancos; 29%, entre pardos; e 11%, entre pretos.
O Sudeste lidera o ranking de regiões com mais infecções, com 1.269 casos. Em seguida estão Nordeste (137), Centro-Oeste (97), Norte (712) e Sul (61). Entre os estados, São Paulo e Rio de Janeiro aparecem na frente, com 866 e 320 casos, respectivamente.
Emergência global
A Organização Mundial da Saúde (OMS) convocou para a próxima sexta-feira (22) uma reunião do comitê de emergência para reavaliar o cenário de mpox no mundo. Em agosto, o mesmo comitê declarou a doença como emergência em saúde pública de importância internacional.
Dados da entidade revelam que, de 1º de janeiro de 2022 a 30 de setembro deste ano, 109.699 casos de mpox foram confirmados em todo o mundo, além de 236 mortes. Pelo menos 123 países reportaram casos da doença.
O continente africano responde pela maior parte das infecções – 11.148 casos confirmados entre 1º de janeiro a 3 de novembro de 2024, além de 46.794 casos suspeitos. A África contabiliza também 53 mortes confirmadas por mpox e 1.081 óbitos suspeitos.
A República Democrática do Congo segue liderando o ranking, com 8.662 casos confirmados, 39.501 casos suspeitos, 43 mortes confirmadas e 1.073 óbitos suspeitos pela doença. Em seguida aparecem Burundi, com 1.726 casos confirmados, e Uganda, com 359 casos confirmados.
Nova variante
Segundo a OMS, três novos países confirmaram casos importados da variante 1b: Reino Unido, Zâmbia e Zimbábue. Além disso, pela primeira vez, a transmissão local da nova variante foi detectada fora da África – no Reino Unido, três pessoas foram infectadas por um viajante.
Atualizado em 16/11/2024 – 13:27.
Medicina
Residência médica pode ser a melhor escolha para recém-formados
A residência médica é uma etapa fundamental para quem deseja se especializar em áreas específicas da medicina. Esse programa, oferecido em instituições de saúde credenciadas pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Ministério da Saúde, busca fornecer aprendizado teórico e prático em ambientes hospitalares, para que os médicos residentes adquiram competências, e aprimorem sua capacidade de atendimento e diagnóstico.
O que o estudante pode escolher?
Quando os candidatos optam pela residência médica, eles podem escolher entre várias especialidades como clínica médica, pediatria, ginecologia e obstetrícia, cirurgia geral, anestesiologia, entre outras.
Essas especialidades servem como base para subespecializações, como cardiologia, neurologia e medicina intensiva, permitindo que o médico recém-formado aprofunde seus conhecimentos em áreas específicas após a formação inicial.
Quanto tempo dura?
Geralmente, o período de duração da residência pode variar entre dois e seis anos, dependendo da especialidade escolhida. Os programas seguem uma rotina intensa, com jornadas de trabalho que podem ultrapassar 60 horas semanais.
Durante a formação, o residente passa por rodízios em diferentes setores do hospital, para aprimorar suas habilidades em diagnóstico, tratamento e tomada de decisões rápidas, especialmente em áreas de alta complexidade. Além disso, o programa oferece uma bolsa-auxílio aos residentes, financiada pelo governo ou pela própria instituição de saúde, garantindo suporte financeiro durante a especialização.
Como se consegue uma residência?
O processo seletivo para uma residência médica é altamente concorrido, com exames rigorosos que avaliam os conhecimentos teóricos dos candidatos. Entre os exames de acesso, o edital Enare é um dos mais importantes e abrangentes do Brasil.
Isso porque ele organiza o processo seletivo para diversos programas de residência, sendo reconhecido por facilitar o acesso dos candidatos a programas de qualidade em instituições renomadas. Além disso, o edital oferece uma plataforma centralizada para inscrições e resultados, tornando todo o processo mais acessível e organizado.
A inclusão do Enare contribui para a democratização do acesso às vagas de residência médica e amplia as oportunidades para médicos recém-formados em todo o território nacional.
Residência ou especialização: o que escolher?
A residência médica e a especialização são ambas modalidades de pós-graduação, mas diferem em carga horária e formato. A residência é mais intensiva, concede título e bolsa-auxílio, enquanto a especialização, com menor carga horária e autofinanciada, permite que o profissional se qualifique rapidamente.
Para escolher a modalidade certa, é preciso ter claramente os objetivos de carreira, como obter um título ou desenvolver conhecimentos técnicos. Ambas são reconhecidas pelo MEC, e o profissional pode combinar os cursos para aprimorar ainda mais a sua formação.
Portanto, a escolha pela residência médica oferece inúmeros benefícios, que incluem a valorização no mercado de trabalho e a possibilidade de atender em áreas específicas com maior qualificação e conhecimento técnico. Dessa forma, o médico residente se torna um profissional capacitado para lidar com casos complexos e promove uma assistência de qualidade à população.
Atualizado em 16/11/2024 – 09:47.
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