População-alvo
Dia D de mobilização contra a gripe acontece neste sábado (12)

Neste sábado (12), os postos de vacinação de todo o país estarão abertos para vacinar a população-alvo contra a gripe. As pessoas que fazem parte do grupo prioritário devem procurar as unidades mais próximas para receber a vacina gratuitamente. O ministro da Saúde, Gilberto Occhi, participa do Dia D de mobilização contra a influenza, em Brasília. Até o dia 9 de maio, 13,6 milhões de pessoas foram vacinadas no Brasil. Esse total considera o público estimado de pessoas privadas de liberdade – o que inclui adolescentes e jovens de 12 a 21 anos em medidas socioeducativas, funcionários do sistema prisional e pessoas com comorbidades.
A expectativa do Ministério da Saúde é vacinar 54,4 milhões de pessoas até o final da campanha, dia 1º de junho. Dessas, 43 milhões são idosos a partir de 60 anos, crianças de seis meses a menores de cinco anos, trabalhadores de saúde, professores das redes pública e privada, povos indígenas, gestantes e puérperas (até 45 dias após o parto). Até esta quarta-feira (9), 26,7% dessa população receberam a vacina contra a gripe – ou 11,6 milhões de pessoas.
A escolha dos grupos prioritários segue recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). Essa definição também é respaldada por estudos epidemiológicos e pela observação do comportamento das infecções respiratórias, que têm como principal agente os vírus da gripe. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias.
A vacina contra gripe é segura e reduz as complicações que podem produzir casos graves da doença, internações ou, até mesmo, óbitos. Ela protege contra os três subtipos do vírus da gripe que mais circularam no último ano no Hemisfério Sul, de acordo com determinação da OMS, (A/H1N1; A/H3N2 e influenza B). Neste ano, apenas a cepa da influenza A (H1N1) não foi alterada: A/Michigan/45/2015 (H1N1)pdm09; A/Singapore/INFIMH-16-0019/2016 (H3N2); e B/Phuket/3073/2013.
Casos de gripe no Brasil – Neste ano, até 5 de maio, foram registrados 1.005 casos de influenza em todo o país, com 158 óbitos. Do total, 597 casos e 99 óbitos foram por H1N1. Em relação ao vírus H3N2, foram registrados 208 casos e 30 óbitos. Ainda foram registrados 112 casos e 13 óbitos foram por influenza B e os outros 88 casos e 15 óbitos por influenza A não subtipado.
Tratamento da gripe – O uso do antiviral fosfato de oseltamivir é indicado para os casos de síndrome respiratória aguda grave e casos de síndrome gripal com condições ou fatores de risco para complicações, de acordo com o Protocolo de Tratamento de Influenza 2017, do Ministério da Saúde. No caso de pacientes com síndrome gripal, sem condições ou fatores de risco para complicações, a prescrição do fosfato de oseltamivir deve ser considerada por avaliação clínica. O tratamento deve ser realizado, preferencialmente, nas primeiras 48h após o início dos sintomas.
Todos os estados estão abastecidos com o medicamento e devem disponibilizá-lo de forma estratégica em suas unidades de saúde. Desde o início deste ano, foram enviados 8,1 milhões de unidades do medicamento oseltamivir aos estados, que estão devidamente abastecidos.
Cobertura vacinal contra a gripe até 09/05/2018
UF | População alvo * | Doses aplicadas | Cobertura vacinal |
---|---|---|---|
RO | 320.995 | 27.497 | 8,57 |
AC | 179.655 | 35.507 | 19,76 |
AM | 928.981 | 55.542 | 5,98 |
RR | 166.853 | 10.532 | 6,31 |
PA | 1.588.711 | 181.160 | 11,4 |
AP | 150.992 | 55.038 | 36,45 |
TO | 312.379 | 97.630 | 31,25 |
MA | 1.477.293 | 241.711 | 16,36 |
PI | 689.276 | 105.314 | 15,28 |
CE | 1.903.955 | 725.951 | 38,13 |
RN | 713.238 | 214.954 | 30,14 |
PB | 910.736 | 125.285 | 13,76 |
PE | 2.006.416 | 417.355 | 20,8 |
AL | 681.389 | 194.490 | 28,54 |
SE | 432.676 | 93.401 | 21,59 |
BA | 3.065.925 | 694.071 | 22,64 |
MG | 4.411.312 | 1.352.222 | 30,65 |
ES | 786.693 | 235.117 | 29,89 |
RJ | 3.803.804 | 593.078 | 15,59 |
SP | 9.569.208 | 2.367.882 | 24,74 |
PR | 2.375.984 | 966.203 | 40,67 |
SC | 1.361.185 | 467.128 | 34,32 |
RS | 2.645.657 | 982.555 | 37,14 |
MS | 618.857 | 86.044 | 13,9 |
MT | 666.364 | 181.794 | 27,28 |
GO | 1.301.902 | 1.007.538 | 77,39 |
DF | 563.847 | 176.001 | 31,21 |
BRASIL | 43.634.283 | 11.691.000 | 26,79 |
- Idosos a partir de 60 anos, crianças de seis meses a menores de cinco anos, trabalhadores de saúde, professores, povos indígenas, gestantes e puérperas.
- Por ser um público estimado, estão excluídas do cálculo da cobertura vacinal: pessoas privadas de liberdade – o que inclui adolescentes e jovens de 12 a 21 anos em medidas socioeducativas, funcionários do sistema prisional e pessoas com comorbidades.

Painel de Monitoramento das Arboviroses
Brasil ultrapassa 1 milhão de casos prováveis de dengue em 2025

O Brasil registrou, desde 1º de janeiro de 2025, 1.010.833 casos prováveis de dengue. De acordo com o Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde, o país contabiliza ainda 668 mortes confirmadas pela doença e 724 em investigação. O coeficiente de incidência, neste momento, é de 475,5 casos para cada 100 mil pessoas.
A título de comparação, no mesmo período do ano passado, quando foi registrada a pior epidemia de dengue no Brasil, haviam sido contabilizados 4.013.746 casos prováveis e 3.809 mortes pela doença, além de 232 óbitos em investigação. O coeficiente de incidência, à época, era de 1.881 casos para cada 100 mil pessoas.
Em 2025, a maior parte dos casos prováveis se concentra na faixa etária de 20 a 29 anos, seguida pelos grupos de 30 a 39 anos, de 40 a 49 anos e de 50 a 59 anos. As mulheres concentram 55% dos casos e os homens, 45%. Brancos, pardos e pretos respondem pela maioria dos casos (50,4%, 31,1% e 4,8%, respectivamente).
São Paulo lidera o ranking de estados em número absoluto, com 585.902 casos. Em seguida estão Minas Gerais (109.685 casos), Paraná (80.285) e Goiás (46.98 casos). São Paulo mantém ainda o maior coeficiente de incidência (1.274 casos para cada 100 mil pessoas). Em seguida aparecem Acre (888), Paraná (679) e Goiás (639).
Perigos das redes
Desafio do desodorante: psicóloga faz alerta após morte de criança

Sarah Raissa Pereira de Castro, 8 anos, morreu após participar de um desafio viralizado nas redes sociais que consiste em inalar grandes quantidades de desodorante aerossol. A prática, conhecida como “desafio do desodorante”, resultou em uma parada cardiorrespiratória. A menina foi socorrida na última quinta-feira (10) e levada ao Hospital Regional de Ceilândia (HRC), no Distrito Federal, mas teve morte cerebral confirmada dias depois.
Neste domingo (13), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) instaurou um inquérito para apurar as circunstâncias da morte da criança.
A chamada “trend” faz parte de uma categoria perigosa de desafios conhecida como chroming ou huffing, que estimula a inalação de vapores tóxicos de produtos de uso doméstico, como sprays de limpeza, tinta, esmalte e desodorantes.
Segundo especialistas, o impacto no organismo é devastador. Ao ser inalado, o produto entra rapidamente na corrente sanguínea pelos pulmões — órgãos extremamente vascularizados — e pode provocar arritmias cardíacas severas, culminando em parada cardíaca e óbito em poucos minutos.
Além disso, o desodorante contém substâncias como etanol (em níveis até 90% superiores aos encontrados em bebidas alcoólicas), ácido clorídrico e compostos antissépticos, que podem causar desde queimaduras internas até reações alérgicas extremas, como o edema de glote — quando a garganta se fecha, impedindo a respiração.
“A busca por aceitação nas redes sociais e o desejo de pertencer a um grupo pode fazer com que crianças e adolescentes se exponham a riscos extremos sem consciência das consequências”, explica a psicóloga Bruna Bettini, que atua em Brasília no espaço Uwake. “O cérebro ainda em desenvolvimento tem mais dificuldade de avaliar riscos e ponderar decisões. Por isso, o papel dos pais e responsáveis é essencial na mediação do que os filhos acessam e consomem digitalmente.”
Bettini também alerta para os impactos emocionais e sociais desses desafios. “Não é apenas sobre a curiosidade ou a brincadeira. Existe uma pressão silenciosa para se mostrar ‘valente’, ousado, engraçado. A validação por curtidas e comentários muitas vezes supera o senso de autopreservação.”
Riscos silenciosos, consequências fatais
O chroming não é novidade, mas tem ganhado força com a ampla circulação de vídeos curtos e virais em plataformas populares entre crianças e adolescentes. Seus efeitos imediatos se assemelham à intoxicação alcoólica: tontura, euforia, fala arrastada, vômitos, convulsões e dificuldade para respirar.
Os produtos inalados têm em comum a facilidade de acesso e o fato de estarem presentes em praticamente todos os lares.
O que fazer em caso de emergência?
Caso uma criança inale uma substância tóxica, a orientação médica é clara: deve ser levada imediatamente ao pronto-socorro. Pode haver necessidade de oxigenação por inalação ou intubação.
“Jamais se deve provocar o vômito ou oferecer qualquer substância, como leite ou água, sem orientação médica”, alertam especialistas.
Como prevenir?
Para Bruna Bettini, o diálogo dentro de casa é a ferramenta mais poderosa de prevenção. “Mais do que proibir, é preciso conversar com as crianças, entender o que estão assistindo, com quem estão interagindo e ensinar, com afeto e direcionamento, sobre os perigos da exposição irresponsável.”
Ela também defende a necessidade de maior responsabilidade por parte das plataformas digitais. “Estamos falando de conteúdos com potencial letal sendo acessados por crianças com poucos cliques. As empresas precisam agir com mais firmeza na moderação dessas tendências.”
Enquanto isso, famílias, escolas e sociedade civil enfrentam o desafio de proteger as infâncias em um ambiente digital onde os perigos nem sempre são visíveis.
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