Cresceu 56,5%
Lucro líquido da Petrobras atinge R$ 6,9 bilhões no 1º trimestre
O lucro líquido da Petrobras cresceu 56,5% no primeiro trimestre deste ano, em relação a igual período do ano passado, atingindo R$ 6,96 bilhões. O crescimento expressivo surge depois de quatro anos seguidos de prejuízos e de um processo de reestruturação e de redução do endividamento da companhia, que teve início após as denúncias da Operação Lavo Jato.
Este é, segundo a estatal, o melhor resultado trimestral desde o início de 2013, quando a empresa havia lucrado R$ 7,69 bilhões, e também terminou o trimestre com resultados positivos em sua métrica de segurança.
Segundo a Petrobras, a principal explicação para o aumento de 56% no lucro líquido do primeiro trimestre de 2018 é a elevação nas cotações internacionais do petróleo, que saíram de US$ 53,8 na média do primeiro trimestre de 2017 para US$ 66,8 este ano.
Além disso, a mudança no preço internacional também permitiu que a Petrobras obtivesse margens mais elevadas nas exportações de petróleo e gás natural, assim como na venda de derivados. A empresa também teve ganhos com a alienação de ativos de Lapa, Iara e Carcará no pré-sal da Bacia de Santos.
Parente explica resultados – “Este é um resultado certamente bastante positivo e que espelha não apenas o esforço que está sendo feito na empresa nos últimos tempos, e que acontece em todas as áreas, consolidando a recuperação”, disse o presidente da Petrobras, Pedro Parente.
Para ele, além de consolidar o processo de recuperação da empresa, “o balanço indica resultados financeiros positivos, com redução da alavancagem [da dívida], redução de custos e gerando uma base muito sólida para que a companhia possa criar uma base muito sólida em direção ao pleno retorno na direção do aumento da sua capacidade exploratória, cuja área cresceu 25%. É um resultado que realmente reflete a visão da empresa de ter um planejamento estratégico e de seguir este planejamento com muita disciplina no novo sistema de gestão.”
“O indicador financeiro, que é a relação entre a dívida líquida e o Ebitda [sigla em inglês que significa lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização] também registrou melhora, saindo de 3,67 vezes para 3,52, reafirmando o compromisso estabelecido no plano de negócios da Petrobras de chegar ao fim do ano com uma relação dívida líquida/Ebitda ajustada de, no máximo, 2,5 vezes”, disse Parente.
“Estamos cumprindo à risca o que prometemos no nosso plano de negócios anunciado em 2016 e o resultado do primeiro trimestre mostra que as escolhas têm sido acertadas”, ressaltou.
Para Pedro Parente, no entanto, ainda há muito a ser feito. “Com este resultado, consolidamos a trajetória de recuperação da Petrobras. Nosso objetivo é chegar a dezembro com uma empresa com indicadores de segurança entre os melhores do nosso setor, financeiramente equilibrada e com sua reputação recuperada”.
Concorrência do etanol – O balanço do primeiro trimestre divulgado pela Petrobras constata uma redução no volume de vendas no Brasil (principalmente da gasolina, em função da maior concorrência do etanol) e também queda no volume do petróleo exportado.
A empresa ressalta, porém, que os dados de importação de terceiros, a partir do primeiro trimestre de 2018, indicam que “houve mudança na tendência de mercado, com uma redução significativa nas compras de diesel, que caíram de 4.170 mil metros cúbicos no quarto trimestre de 2017 para 2.907 mil metros cúbicos no primeiro trimestre de 2018.
A mudança de tendência levou a uma recuperação da participação de mercado da Petrobras, que saiu de 74% em 2017 para 79% em abril de 2018. Na gasolina, as importações registraram pequena elevação, mas a participação de mercado da companhia aumentou de 83% em 2017 para 86% em abril último .
Remuneração aos acionistas – Com o lucro líquido registrado no primeiro trimestre de 2018, a Petrobras irá remunerar todos os seus acionistas com R$ 0,05 por ação. A distribuição para os acionistas não era feita desde 2014.
A medida foi decidida pelo Conselho de Administração e prevê a antecipação do pagamento dos dividendos na forma de juros sobre capital próprio (JCP) para ambas as classes de ações para o próximo dia 25.
Produção – A produção total de petróleo e gás natural no primeiro trimestre de 2018 foi de 2.680 mil barris de óleo equivalente por dia (boed), sendo 2.582 mil boed no Brasil, 4% inferior em relação ao primeiro trimestre de 2017, refletindo as paradas programadas e o desinvestimento no Campo de Lapa.
Também houve queda de 7% na produção de derivados e de 9% nas vendas em relação ao primeiro trimestre de 2017, totalizando 1.679 mil barris por dia (bpd) e 1.768 mil bpd, respectivamente.
Exportações – A Petrobras manteve a posição de exportadora líquida, principalmente em razão da redução das importações, que caíram entre os dois trimestres 38%. Pelos dados divulgados, a empresa fechou o primeiro trimestre do ano com um saldo de 507 mil barris por dia (bpd) de derivados, contra os 489 mil bpd do primeiro trimestre do ano passado.
A estatal informou, ainda, que o fluxo de caixa se manteve positivo pelo décimo segundo trimestre consecutivo, atingindo R$ 13 bilhões no primeiro trimestre de 2018, 3% inferior ao ano anterior, principalmente em função do pagamento da primeira parcela do acordo da Class Action (ações coletivas) com acionistas norte-americanos e do prêmio para contratação de opções de venda para proteger o preço de parte da produção de óleo.
Atualizado em 08/05/2018 – 21:55.
PNAD Contínua
Taxa de desocupação atingiu o segundo menor patamar em 12 anos
A taxa de desocupação no terceiro trimestre de 2024 caiu para 6,4%, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada pelo IBGE nesta sexta-feira, 22 de novembro. Frente ao trimestre passado (que marcou 6,9%) a redução foi de 0,5 ponto percentual (p.p.). É o menor valor para um terceiro trimestre desde o início da série histórica, em 2012. Comparada ao terceiro trimestre de 2023 (7,7%), houve diminuição de 1,3 p.p.
O índice de desocupação registrado no período é também o segundo menor valor da série histórica, confirmando a tendência de queda. Para William Kratochwill, analista da pesquisa, “essa redução pode ser atribuída à chegada do segundo semestre do ano, período em que indústrias iniciam o ciclo de contratações voltado à produção e formação de estoques, visando a atender ao aumento do consumo no final do ano. No último trimestre, a ocupação na indústria registrou um acréscimo de mais de 400 mil vagas”.
O recuo na taxa de desocupação do país foi acompanhado por sete das 27 unidades da Federação (UFs). Além das sete com quedas nessa taxa, as outras UFs não mostraram variações estatisticamente significativas no indicador. As maiores taxas de desocupação foram verificadas em Pernambuco (10,5%), Bahia (9,7%) e Distrito Federal (8,8%), e as menores em Rondônia (2,1%), Mato Grosso (2,3%) e Santa Catarina (2,8%).
No terceiro trimestre de 2024, a população desocupada recuou acima dos 10% em todas as faixas de tempo de procura por trabalho. O grupo dos que buscavam trabalho por menos de um mês teve redução de 17,6%, o dos que procuravam trabalho de um mês a menos de um ano diminuiu 12,1%, o contingente dos que buscavam trabalho por um ano a menos de dois anos recuou 19,1%, e a faixa com maior tempo de procura (dois anos ou mais) teve a maior redução percentual: 20,4%.
O número de pessoas que buscavam trabalho por dois anos ou mais recuou para 1,5 milhão — menor valor para um terceiro trimestre nos últimos dez anos. “Este aquecimento da economia, refletido na redução da taxa de desocupação, influencia diretamente na diminuição do tempo de busca por trabalho. Como consequência, reduz-se o número de pessoas que estavam há mais de dois anos procurando por uma ocupação”, pontuou William.
Rendimento estável
Frente ao trimestre anterior, o rendimento médio real da população ocupada mostrou-se estável em todas as grandes regiões. Já em relação ao mesmo trimestre (3º) de 2023, o rendimento médio cresceu no Nordeste (R$ 2.216), Sudeste (R$ 3.656) e Sul (R$ 3.577), com estabilidade no Norte (R$ 2.482) e Centro-Oeste (R$ 3.683).
Estimada em R$ 327,7 milhões, a massa de rendimento médio real de todos os trabalhos do país ficou estável frente ao trimestre anterior (R$ 325,2 milhões) e teve crescimento quando comparada ao terceiro trimestre de 2023 (R$ 305,8 milhões). Em relação ao segundo trimestre de 2024, a massa de rendimento cresceu somente no Sul, com as demais regiões apresentando estabilidade. Entre as cinco grandes regiões do país, o Sudeste tinha a maior massa de rendimento real (R$ 167,3 milhões) no terceiro trimestre de 2024.
Mulheres e homens
A taxa de desocupação por sexo foi de 5,3% para os homens e 7,7% para as mulheres no terceiro trimestre de 2024. Já a taxa de desocupação por cor ou raça ficou abaixo da média nacional para os brancos (5,0%) e acima para os pretos (7,6%) e pardos (7,3%).
A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (10,8%) foi maior do que as dos demais níveis de instrução. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 7,2%, mais do que o dobro da verificada para o nível superior completo (3,2%).
Carteira assinada
No Brasil, dentre os empregados do setor privado, o percentual com carteira assinada foi de 73,1%. Os maiores percentuais de empregados com carteira estavam em Santa Catarina (87,3%), Paraná (81,6%) e São Paulo (81,0%), e os menores, no Piauí (49,2%) Maranhão (52,6%) e Pará (54,3%).
O percentual da população ocupada do país trabalhando por conta própria foi de 24,6%. Os maiores percentuais eram de Rondônia (33,6%), Amapá (32,6%) e Maranhão (30,7%), e os menores, do Tocantins (19,9%), Mato Grosso do Sul (20,4%) e Distrito Federal (20,4%).
A taxa de informalidade para o Brasil foi de 38,8% da população ocupada. As maiores taxas ficaram com Pará (56,9%), Maranhão (55,6%) e Piauí (54,5%), e as menores, com Santa Catarina (26,8%), Distrito Federal (30,2%) e São Paulo (30,6%).
Informalidade
A taxa de informalidade para o Brasil foi de 38,8% da população ocupada. As maiores taxas ficaram com Pará (56,9%), Maranhão (55,6%) e Piauí (54,5%). Já as menores foram verificadas em Santa Catarina (26,8%), Distrito Federal (30,2%) e São Paulo (30,6%).
A taxa de informalidade da população ocupada é calculada considerando-se os empregados no setor privado e os empregados domésticos sem carteira de trabalho assinada, além dos empregadores e trabalhadores por conta própria sem registro no CNPJ e dos trabalhadores familiares auxiliares.
Sobre a pesquisa
A PNAD Contínua é a principal pesquisa sobre a força de trabalho do Brasil. A cada trimestre, dois mil entrevistadores integrados às mais de 500 agências da rede de coleta do IBGE visitam uma amostra de 211 mil domicílios, percorrendo cerca de 3,5 mil municípios situados nas 27 UFs do país. Os dados desta pesquisa também podem ser consultados no Sidra. A próxima divulgação da PNAD Contínua Trimestral, referente ao quarto trimestre de 2024, será em 14 de fevereiro de 2025.
Atualizado em 22/11/2024 – 15:01.
Pesquise, compare e escolha
Três dicas para comprar seu primeiro carro e fazer um ótimo negócio
Um estudo da Serasa, em parceria com o Instituto Opinion Box, revela que 67% dos brasileiros gastam mais com o veículo do que com contas básicas como água e luz, ficando atrás apenas da alimentação. Antes de dar o primeiro passo para comprar um veículo, é indispensável entender o que avaliar para realizar esse sonho, evitando surpresas desagradáveis no futuro.
Planejamento financeiro: a chave para uma compra segura
A primeira etapa é elaborar uma planilha detalhada com todos os seus gastos mensais, tanto os fixos (aluguel, contas de água e luz) quanto os variáveis (alimentação, lazer). Essa estratégia possibilita visualizar com clareza a renda disponível e identificar se há espaço no orçamento para um novo compromisso financeiro, como um carro.
Lembre-se que outros custos pesam no bolso, pois é comum focar apenas no valor do veículo, seja ele à vista ou financiado, mas os custos mensais vão muito além do pagamento das parcelas. É preciso considerar:
- IPVA e licenciamento: taxas anuais obrigatórias, de acordo com o valor do veículo e o estado.
- Seguro: essencial para proteger o investimento e garantir assistência em caso de imprevistos.
- Combustível: um gasto contínuo que pode variar bastante dependendo do modelo do carro e da distância percorrida.
- Manutenções: revisões periódicas, troca de óleo, pneus e outras peças são fundamentais para manter o carro em bom estado e evitar gastos maiores no futuro.
Como encontrar o carro ideal?
Com tantas opções disponíveis no mercado, encontrar o veículo que se encaixa perfeitamente nas suas necessidades e bolso pode ser um desafio. No entanto, há alguns pontos que podem ser definidos para guiar a pesquisa.
- Novo, usado ou seminovo? Cada opção tem suas vantagens e desvantagens. Carros novos costumam ter mais tecnologia e garantia, mas possuem um valor inicial mais alto. Já os leilões de carros seminovos e usados podem oferecer um bom custo-benefício, mas exigem uma análise mais detalhada da história do veículo.
- Quais são as suas prioridades? Faça uma lista com as características consideradas essenciais em um carro. É importante ter um porta-malas grande? Prefere um SUV para encarar qualquer terreno ou um carro menor para a cidade? Pense em itens como número de portas, tração, tecnologia embarcada (central multimídia, sensor de ré, etc.) e até mesmo o tipo de revestimento dos bancos.
Pesquise, compare e escolha
Após definir quais são as prioridades, é hora de começar a pesquisar. A internet é uma grande aliada nessa etapa. Utilize sites especializados, fóruns e redes sociais para comparar modelos, marcas e preços. Converse com amigos e conhecidos que tenham o carro que te interessa para saber a opinião deles. Preste atenção em sites de avaliação de veículos. Eles costumam oferecer informações sobre cada modelo, como desempenho, segurança, economia de combustível e custo de manutenção.
Atualizado em 22/11/2024 – 14:06.
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