777.700 doses
Vacinação contra a gripe começa dia 23 de abril na rede pública
A vacinação contra a gripe em 2018, por meio da rede pública do Distrito Federal, começará em 23 de abril. A campanha — que é nacional — seguirá até 1º de junho.
De acordo com a Secretaria de Saúde, o DF receberá 777.700 doses. A vacina é distribuída pelo Ministério da Saúde e previne contra os vírus Influenza A, Influenza B, H1N1 e H3N2.
A previsão é que o chamado dia D, o Dia de Mobilização Nacional, ocorra em 12 de maio.
Poderão se vacinar de forma gratuita aqueles que fazem parte dos grupos prioritários. São eles:
- Crianças de 6 meses a 5 anos incompletos
- Grávidas em qualquer idade gestacional
- Puérperas (até 45 dias pós-parto)
- Pessoas com 60 anos ou mais
- Pessoas com doenças crônicas e outras categorias de risco clínico
- Povos indígenas
- População privada de liberdade, funcionários do sistema prisional, e adolescentes e jovens de 12 a 21 anos que cumprem medidas socioeducativas
- Professores das redes pública e privada
- Trabalhadores da área de saúde
Segundo o boletim informativo de gripe referente à semana epidemiológica nº 13 de 2018, a estimativa é vacinar 706.988 pessoas no DF, com meta de cobertura de 90% de cada um dos grupos prioritários.
As crianças vacinadas pela primeira vez contra a influenza precisam retornar em 30 dias para uma dose de reforço.
Campanha ocorre em tempo hábil para que população fique protegida no inverno – A diretora da Vigilância Epidemiológica da Subsecretaria de Vigilância em Saúde da pasta, Maria Beatriz Ruy, diz que a campanha ocorrerá em tempo hábil para que a população-alvo esteja protegida antes do período de sazonalidade da doença, no inverno (com início em 21 de junho).
“A partir da vacinação, em cerca de 10 dias a pessoa já está protegida contra os vírus”, esclarece.
Ela afirma ainda que o monitoramento, um procedimento de praxe, foi antecipado neste ano: “Temos unidade de sentinela que coleta amostras e acompanhamos os tipos de vírus. Levamos em conta, por exemplo, o que acontece no Hemisfério Norte, que teve alta circulação do H3N2, pois antecipa a sazonalidade”.
Quanto ao estado de alerta registrado em Goiás, que confirmou mortes por H1N1 neste ano, a diretora explica aos moradores do DF que é importante se prevenir diante da grande circulação que há entre as unidades da Federação, mas que não há motivo para pânico.
“Estamos monitorando, e as medidas de prevenção são sempre as mais eficazes, além da vacina para os grupos prioritários. Preste atenção na higiene, tenha uma boa alimentação, se mantenha saudável para evitar ficar doente”, sugere.
Segundo a Subsecretaria de Vigilância em Saúde, no DF, em 2018, uma criança foi diagnosticada com o vírus H1N1 — a contaminação foi registrada em março e evoluiu para cura.
Distribuição e vacinação – O cronograma da campanha de vacinação contra a influenza é definido pelo Ministério da Saúde, que distribui as vacinas. As datas, de acordo com o órgão, são adaptadas “conforme a produção e entrega do imunobiológico [vacina].”
Ainda segundo a pasta, os laboratórios só começam a produzir as doses a partir de setembro do ano anterior, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) autoriza a produção. “Isso acontece porque, todos os anos, é necessário avaliar quais cepas mais circularam no Hemisfério Sul no ano anterior, e a partir daí adaptar a vacina”, afirma em nota. A produção da vacina leva cerca de seis meses.
Dicas para se prevenir da gripe – Para evitar a transmissão da gripe e de outras doenças respiratórias, a Secretaria de Saúde recomenda:
- Lavar as mãos com frequência, principalmente antes de comer
- Usar lenço descartável para higiene nasal
- Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir
- Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca
- Higienizar as mãos após tossir ou espirrar
- Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas
- Manter os ambientes bem ventilados
- Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe
- Evitar aglomerações e ambientes fechados (procurar manter os ambientes ventilados)
- Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos
Atualizado em 10/04/2018 – 18:10.
#Sem Sombra de Dengue
Especialistas pedem mais vacinação contra aumento da dengue no verão
A expectativa de aumento nos casos de dengue no próximo verão é “bastante preocupante”. A afirmação é do presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Alberto Chebabo. Segundo o médico, a dengue é uma doença surpreendente, que vem sendo combatida desde a década de 80 com poucas vitórias. Chebabo defendeu que é preciso ampliar a aplicação de vacinas contra a doença para permitir a proteção de um número maior de pessoas.
“A gente sabe que vai ser um verão quente e chuvoso. Já está assim e a gente ainda não chegou no verão, mas a dengue já começa a aparecer na primavera de forma intensa. Então, a gente tem uma preocupação grande em relação a essa temporada. A gente espera que a adesão à vacina contra a dengue seja ampliada e que a gente consiga vacinar uma parte maior da população, protegendo um número maior de pessoas. Esta é uma doença que traz bastante danos à sociedade, não só em termos de mortes como a gente tem visto recentemente, mas em termos de absenteísmo, sofrimento mesmo, de internação, então, é uma doença que não é simples. Mesmo os que passam por ela, dizem que nunca mais querem passar por ela”, contou.
O médico foi um dos participantes da coletiva de apresentação da pesquisa inédita sobre o impacto da desinformação e das Fake News sobre a dengue, realizada pela empresa multinacional de pesquisa e consultoria de mercado Ipsos e encomendada pela biofarmacêutica Takeda, com a colaboração da SBI. Foram entrevistadas 2 mil pessoas para entender as percepções sobre a dengue, a vacinação em geral e sobre a doença.
“A gente sabe que uma das principais formas é através da vacinação e espera que o Ministério da Saúde junto com a Takeda, consiga ampliar a oferta de vacinas pra gente proteger um número maior de pessoas, ampliar as nossas faixas etárias de vacinação, as cidades beneficiadas com o programa”, completou.
Também na apresentação, o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Renato Kfouri, defendeu mais capacitação de profissionais de saúde para facilitar a comunicação com pessoas desconfiadas que se recusam a se vacinar. A gente tem feito várias ações de enfrentamento à hesitação vacinal. Temos várias na Sociedade Brasileira de Pediatria, de Infectologia, de Imunizações, de gibis com a turma do Maurício de Souza, eventos presenciais, parcerias com o Instituto Questão de Ciência para entender este fenômeno social em relação a confiança nas vacinas. É um papel de todos”, apontou.
O médico infectologista acrescentou que a Organização Mundial da Saúde (OMS) começa como enfrentamento da hesitação a estratégia conhecida como 5 letras C “melhorar a confiança na vacina e na estratégica pública de colocar a vacinação em prática; a complacência, que é a percepção do risco, precisamos trabalhar mostrando os riscos da doença; a conveniência que é o acesso e as vacinas precisam estar disponíveis; a comunicação com papel fundamental da imprensa e o último o contexto que muitas vezes precisa ser particularizado como no acesso em regiões remotas, de pandemia, políticos, às vezes religiosos de um povo localizado”, observou.
Pesquisa
Um fato positivo no estudo é que mesmo diante da epidemia da doença no Brasil neste ano, 88% dos entrevistados disseram que veem a vacina contra a dengue uma medida eficaz de prevenção.
“Para elas, inclusive a maior parte de notas muito altas para importância de existir uma vacina contra a dengue no sistema público de saúde. Essa é uma informação muito importante porque ela nos diz o quanto a população entende a importância da disponibilização da vacina contra a dengue no sistema público”, indicou a analista de Pesquisa de Mercado da área de Healthcare na Ipsos, Juliana Siegmann.
Mesmo com este percentual elevado de confiança nas vacinas, o estudo indicou que a divulgação de Fake News, principalmente, em redes sociais, representa impacto direto nas decisões sobre a vacinação em geral. Entre os participantes da pesquisa, 41% relataram ter recebido informações falsas sobre vacinas neste tipo de meio de comunicação. Além disso, quase 30% já deixaram de se vacinar ou recomendaram que outros não se vacinassem devido a dúvidas sobre segurança e eficácia. Ainda conforme o estudo, 10% decidiram não se vacinar por causa de informações recebidas online ou de amigos e parentes. Embora não tenham mudado de opinião, 17% ficaram em dúvida por causa das informações recebidas.
Resultados
Como resultados mais favoráveis da vacinação, 91% prestam atenção nas campanhas, 90% acreditam que as vacinas em geral trazem benefícios e 95% dizem verificar a veracidade das informações sobre vacinas. Na avaliação dos sentimentos despertados pelas informações nas redes sociais sobre vacinas em geral, 77% falaram que elas trouxeram sensações positivas, como confiança (42%), tranquilidade (38%) e otimismo (33%). Pelo menos metade (50%) dos entrevistados se interessou pelo tema. Em movimento contrário, 23% se sentiram negativamente impactados e relataram ansiedade (16%), desconfiança (15%), medo (10%) e confusão (9%).
As principais fontes de informação sobre vacinas e dengue são a TV (59%), as redes sociais (49%) e os postos de saúde (47%). As Fake News mais comuns em relação à dengue são sobre a eficácia da vacina, a gravidade da doença, as curas milagrosas e as informações incorretas sobre formas de contágio.
O estudo da Ipsos apontou também que cerca de 10% dos pesquisados são descrentes em relação às vacinas em geral, sendo mais propensos a acreditar em falsas notícias. Nesse grupo, mais da metade tem idade acima de 55 anos, leve predominância masculina e maior presença nas classes C, D e E. Embora 77% tenham tido contato com a doença, 27% não consideram a dengue grave ou não sabem.
“Essa pesquisa traz dados muito importantes para todos nós, para a nossa atuação tanto individualmente, quanto da própria sociedade, para balizar as nossas ações sempre no intuito de melhorar a forma da gente se comunicar, entender quais são os desafios que a gente tem nessa comunicação e direcionar a nossa comunicação para combater principalmente as notícias falsas, as notícias falsas em relação a vacina de forma geral e, especificamente, em relação à vacina contra a dengue”, comentou Chebabo.
Ainda para aumentar o poder de convencimento da necessidade da vacinação, Chebabo destacou que é preciso tirar a vacina do discurso político. “A doença atinge a todos quem é de um lado ou de outro, quem torce para um time ou outro de futebol. Todos são atingidos da mesma maneira independente das suas convicções, sejam religiosas, sejam políticas, sejam em torcida de algum time de futebol. É um trabalho que temos tentado fazer, principalmente, na vacina, tirar do discurso político. A gente viu todo o mal que a gente teve no questionamento em relação à vacina da covid-19, que respingou no programa e na queda de cobertura de todas as vacinas”, afirmou.
A diretora médica da Takeda, Vivian Lee, lembrou que o Brasil é o primeiro país a integrar a vacina contra a dengue em um programa nacional de imunização, que ocorreu em 21 de dezembro de 2023. “Causa para a gente muito orgulho de fazer parte dessa história”, disse, acrescentando que a Takeda tem estudos para a produção da vacina da dengue que levaram até 15 anos. “Isso já rebate e esclarece uma Fake News de que a vacina foi desenvolvida muito rapidamente”, completou.
Atualizado em 22/11/2024 – 06:44.
Sudeste lidera o ranking
Brasil contabiliza 1.578 casos de mpox (varíola dos macacos) em 2024
O Brasil registrou, ao longo de 2024, 1.578 casos confirmados de mpox. O painel de monitoramento do Ministério da Saúde contabiliza ainda 60 casos prováveis e 434 casos suspeitos da doença no país.
A maioria das infecções se concentra na faixa etária dos 30 aos 39 anos (751 casos), seguida pelos grupos de 18 a 29 anos (496 casos) e de 40 a 49 anos (275 casos). Os homens respondem por 81% dos casos confirmados, sendo que 70% declararam ter relações sexuais com homens.
Outro recorte divulgado pelo painel de monitoramento do ministério é o de raça e cor. Os dados mostram que 46% dos casos de mpox no Brasil se concentram entre brancos; 29%, entre pardos; e 11%, entre pretos.
O Sudeste lidera o ranking de regiões com mais infecções, com 1.269 casos. Em seguida estão Nordeste (137), Centro-Oeste (97), Norte (712) e Sul (61). Entre os estados, São Paulo e Rio de Janeiro aparecem na frente, com 866 e 320 casos, respectivamente.
Emergência global
A Organização Mundial da Saúde (OMS) convocou para a próxima sexta-feira (22) uma reunião do comitê de emergência para reavaliar o cenário de mpox no mundo. Em agosto, o mesmo comitê declarou a doença como emergência em saúde pública de importância internacional.
Dados da entidade revelam que, de 1º de janeiro de 2022 a 30 de setembro deste ano, 109.699 casos de mpox foram confirmados em todo o mundo, além de 236 mortes. Pelo menos 123 países reportaram casos da doença.
O continente africano responde pela maior parte das infecções – 11.148 casos confirmados entre 1º de janeiro a 3 de novembro de 2024, além de 46.794 casos suspeitos. A África contabiliza também 53 mortes confirmadas por mpox e 1.081 óbitos suspeitos.
A República Democrática do Congo segue liderando o ranking, com 8.662 casos confirmados, 39.501 casos suspeitos, 43 mortes confirmadas e 1.073 óbitos suspeitos pela doença. Em seguida aparecem Burundi, com 1.726 casos confirmados, e Uganda, com 359 casos confirmados.
Nova variante
Segundo a OMS, três novos países confirmaram casos importados da variante 1b: Reino Unido, Zâmbia e Zimbábue. Além disso, pela primeira vez, a transmissão local da nova variante foi detectada fora da África – no Reino Unido, três pessoas foram infectadas por um viajante.
Atualizado em 16/11/2024 – 13:27.
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