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Safer Internet Day alerta sobre riscos da rede para crianças

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Foto/Imagem: Pixabay


No Dia da Internet Mais Segura (Safer Internet Day, em inglês), celebrado hoje (6) em dezenas de países em todo o mundo, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) alerta para o acesso desigual às novas tecnologias e para os inúmeros perigos do uso da rede mundial pelos menores de idade. A campanha deste ano tem o lema “Criar, conectar e compartilhar o respeito: uma internet melhor começa com você”.

Em um relatório lançado hoje em Madri, intitulado Los niños y niñas de la brecha digital en España (Os meninos e meninas da abertura digital na Espanha), o Unicef revela que o acesso de menores à internet está acontecendo cada vez mais cedo. Os que agora têm 15 e 16 anos começaram a usar a rede digital com 10 anos, e aqueles que agora têm entre 9 e 10 anos começaram com sete.

Na Espanha, 95% das crianças entre 10 e 15 anos utilizam a internet. Mas ainda há 300 mil crianças e adolescentes que não têm acesso a computadores e 140 mil que nunca tiveram contato com a internet.

“No ambiente digital em que essas crianças nasceram, não ter acesso à tecnologia informatizada é uma forma de exclusão que pode ter consequências para o seu desenvolvimento pessoal e trabalho futuro”, afirma Maite Pacheco, diretora de Conscientização e Políticas Infantis, da Comissão Espanhola do Unicef.

Perigos da rede – Os riscos a que as crianças estão expostas quando navegam nas redes sociais e na internet são diversos. O uso excessivo, cyberbullying (bullying através da internet), sexting (divulgação de conteúdos eróticos através de celulares), acesso a conteúdos não adequados para menores de idade, falta de privacidade e uso indevido de dados pessoais, são alguns dos malefícios existentes.

Entre os perigos está também o assédio sexual, que afeta principalmente as meninas. O Unicef baseou-se em um estudo realizado em 2016 com uma amostra de 4 mil crianças. A pesquisa mostrou que 42,6% das meninas disseram terem sido vítimas de algum tipo de violência ou assédio sexual online, em comparação com 35,9% dos meninos.

O relatório apresentou o depoimento de uma menina de 13 anos que diz que “muitas pessoas” lhe pediram fotos. “Foi o que me incomodou, porque me pediam fotos de partes do meu corpo e eu disse que não e não. Nunca os enviei, eu costumava enviar só do meu rosto, mas nunca enviei nada daqui para baixo”.

Minorias – As crianças de grupos tradicionalmente discriminados, como crianças da comunidade cigana, de origem migratória ou do grupo LGTBI são as mais vulneráveis e as mais atacadas. A discriminação e o discurso de ódio têm um impacto muito negativo sobre elas, uma vez que perpetua estereótipos e dificulta sua integração.

O relatório do Unicef enfocou o uso de novas tecnologias por crianças de origem equatoriana e da África magrebina (oriundos do Marrocos, Argélia, Túnisia, Saara Ocidental e Mauritânia) e subsaariana, pois são as populações de imigrantes mais representativas na Espanha. O estudo leva em consideração meninos e meninas que migraram com suas famílias, bem como aqueles que já nasceram no país.

Em geral, essas crianças têm alto acesso à internet nos telefones celulares. De acordo com o estudo, “se eles não têm Wi-Fi (acesso à rede sem fio) em casa, eles se conectam com um amigo ou membro da família. O problema enfrentado por esses menores é, principalmente, o recebimento de mensagens de ódio”.

Riscos e Oportunidades – De acordo com o relatório, diariamente mais de 175 mil crianças acessam a internet pela primeira vez no mundo, ou seja, um jovem entra na rede a cada meio segundo. E, apesar dos riscos, de um modo geral a rede pode desempenhar um papel fundamental para que essas crianças possam desenvolver seu potencial, melhorar sua integração e até buscar referências e ajuda.

O acesso à informação através de aplicativos e plataformas especializadas pode ajudá-las na construção de relacionamentos sociais com outras crianças que têm as mesmas preocupações e dificuldades.

“Para mim, as redes sociais têm sido uma grande ajuda”, explica a estudante marroquina Nora Kaddour, de 18 anos. “Graças às redes, fiz amigos e posso estar em contato com minha família, contar-lhes o que acontece comigo ou o que eu preciso. Através da internet, posso obter informações para estudar e é mais fácil fazer os trabalhos (escolares)”.

Gabriel Díaz, 19 anos, estudante e ativista LGTBI, conta que a internet mudou sua vida. “Consegui encontrar respostas para um mar de dúvidas e senti que não era o único. Também é verdade que encontrei muitas informações erradas e enfrentei discriminação e ódio contra o coletivo LGTBI”.

Atualizado em 06/02/2018 – 16:18.

Novembro Azul

Retinopatia diabética afeta mais de 10 milhões de brasileiros

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Retinopatia diabética
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O Novembro Azul também é uma campanha de conscientização sobre o diabetes e suas complicações, como a retinopatia diabética. A doença ocular é causada por lesões nas pequenas artérias que irrigam a retina, danificando o tecido localizado no fundo do olho que capta as imagens interpretadas pelo cérebro. Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) mostram que a doença é a principal causa de perda de visão entre pessoas de 20 a 64 anos de idade. Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), mais de 10 milhões de brasileiros convivem com problemas associados à enfermidade, número que pode ser ainda maior devido à subnotificação dos casos.

Antônio Sardinha, oftalmologista do Hospital de Olhos de Cuiabá (HOC), enfatiza que a retinopatia diabética é uma complicação séria que pode ocorrer em qualquer estágio e tipo de diabetes. “A cegueira está associada à fase avançada da retinopatia diabética, caracterizada pela retinopatia proliferativa e suas manifestações, como neovascularização na retina ou no disco óptico, hemorragia pré-retiniana ou vítrea e proliferação fibrovascular, que pode resultar em descolamento de retina”, explica o especialista.

Entre os sintomas iniciais estão visão borrada, distorcida, presença de manchas flutuantes e áreas escuras na visão. “O problema pode evoluir silenciosamente, causando hemorragias em áreas da retina menos importantes e progredir para glaucoma, hemorragias maiores e descolamento de retina, o que pode levar à perda de visão”, alerta o especialista.

Ele ressalta que o exame de fundo de olho é crucial para o diagnóstico da retinopatia diabética. “Pacientes com diabetes tipo 1 devem realizar o exame anualmente após cinco anos do diagnóstico, enquanto os com diabetes tipo 2 devem ser examinados no momento do diagnóstico e anualmente depois disso. Gestantes com diabetes devem ser avaliadas precocemente, enquanto mulheres com diabetes gestacional apresentam baixo risco para retinopatia diabética”, explica o oftalmologista.

De acordo com o especialista, o tratamento inclui controle rigoroso do diabetes, ajustes nos hábitos alimentares e no estilo de vida, além de tratamento imediato do edema macular diabético, quando necessário, para prevenir a piora da visão e a cegueira. “Acompanhamento médico regular é essencial para determinar a gravidade da retinopatia e orientar o tratamento adequado”, conclui o oftalmologista do Hospital de Olhos de Cuiabá (HOC).

Atualizado em 24/11/2024 – 10:01.

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Será enviado à CLDF

Governador Ibaneis Rocha anuncia projeto de lei para reduzir o ITBI no DF

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Ibaneis anuncia PL para redução ITBI no DF
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O governador Ibaneis Rocha anunciou, nesta sexta-feira (22), um projeto de lei para alterar a alíquota do Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), sendo de 1% na primeira transmissão de imóvel novo edificado e de 2% nos demais casos.

A fala ocorreu durante as comemorações dos 60 anos do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Distrito Federal (Sinduscon-DF), onde o chefe do Executivo foi homenageado pelo trabalho em prol do setor.

O projeto de lei será enviado em breve à Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) para votação e, se aprovado, terá validade a partir de 1º de janeiro de 2025.

No discurso, o governador Ibaneis Rocha afirmou que a redução do tributo não vai afetar os investimentos no DF, que terá de R$ 8 bilhões a R$ 10 bilhões de investimentos para o próximo ano. “O compromisso no momento que a gente tivesse com as contas ajustadas era fazer essa redução. Ela tem um impacto muito grande, principalmente na vida das pessoas que compram seus imóveis, seja o primeiro imóvel, seja o primeiro imóvel novo. Porque quando você fala de redução de 3% para 2% você está falando de uma redução de quase 50% desse valor do ITBI. Isso faz uma diferença muito grande na vida das pessoas, porque os imóveis no Brasil são muito caros. E a gente, por outro lado, com essa redução para 1% do imóvel novo, aquele primeiro imóvel, aquela primeira escritura, a gente incentiva também a construção civil, porque os empresários vão investir mais. Então nós vamos ter um retorno disso aí na parte do ICMS, porque nós vamos vender mais ferro, cimento, tijolo, e vamos gerar mais emprego nas cidades, porque a cidade precisa de geração de emprego. A construção civil é muito importante para o Distrito Federal”, disse Ibaneis Rocha.

A redução na alíquota do ITBI faz parte do trabalho do GDF para fortalecer setores importantes da economia e colaborar com a geração de emprego e renda.

“Nós vamos ter uma redução na arrecadação em torno de R$ 500 milhões, mas que está perfeitamente acomodada dentro do nosso orçamento. Isso mostra que nós estamos trabalhando no caminho certo, com organização, sem deixar de fazer os investimentos necessários, mas também pensando no lado da geração de emprego na nossa cidade”, acrescentou Ibaneis Rocha.

Em 2015, o ITBI subiu de 2% para 3%. Em 2022, o Governo do Distrito Federal (GDF) reduziu temporariamente para 1% pelo período de três meses como parte do programa Pró-Economia II, criado para recuperar e fortalecer a economia da capital, afetada pela pandemia de covid-19. Agora, a redução virá por meio de lei, conforme explica o secretário de Economia, Ney Ferraz.

“A determinação do governador Ibaneis Rocha é trabalharmos sempre na construção de um ambiente favorável para o desenvolvimento econômico da nossa cidade. E a redução do ITBI converge nesse sentido, pois estimula as transações imobiliárias, novas construções, gera emprego e renda. Além disso, estamos estimulando também a arrecadação do ICMS, com a venda de material de construção, por exemplo. Ou seja, a redução é na verdade um estímulo para o crescimento da nossa economia. O melhor é que não se trata de uma medida temporária. A proposta do governo é manter as alíquotas de 2% para transações de imóveis usados e 1%, no caso de novos imóveis”, detalhou Ney Ferraz.

A medida foi bem recebida por diferentes setores. Para o presidente do Sinduscon-DF, Adalberto Valadão Júnior, a medida mostra uma visão inteligente do governo.

“Cabe a gente ser bastante grato e reconhecer esse esforço que o governador fez. São basicamente três motivos importantes pelo qual isso nos orgulha e nos agrada muito. Primeiro, é uma demonstração de sensibilidade com os pleitos do setor. Segundo, é a correção de um erro histórico, que como eu falei, aconteceu há cerca de 10 anos, quando numa sanha arrecadatória, o governo anterior aumentou o ITBI, prejudicando não só o setor produtivo, mas também boa parte da população. E terceiro, demonstra uma ideologia pouco presente hoje entre os políticos, mas que deveria estar mais presente e que é muito importante, que é compreender que carregar, que colocar peso sobre o empresário, sobre a população, isso só atrasa a vida de todo mundo”, avalia.

Em visão semelhante, o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF), José Aparecido da Costa Freire, comemorou o anúncio. “Há tempos destacamos a necessidade de reduzir a carga tributária como uma medida essencial para impulsionar o investimento, a expansão e a inovação nos negócios. Essa iniciativa do GDF promove benefícios amplos, como a facilitação da regularização de imóveis, a redução de custos operacionais e o estímulo à formalização”, avalia.

Atualizado em 22/11/2024 – 23:37.

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